A esposa destinada do Lycan

A esposa destinada do LycanPT

Fantasia
Suelen R. Noguez  Atualizado agora
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Resumo
Índice

No campo de batalha os Lycans eram implacáveis, possuíam força e uma fúria incontrolável. O Alfa do clã das montanhas era um líder forte, porém teve sua amada destinada pela Lua assassinada por uma matilha de lobisomens. Ele caçou e matou a maioria, mas alguns escaparam. Então Aram regressou e se tornou a sombra do que um dia foi. Tempos depois, os anciãos ofereceram a ele uma oportunidade de retomar sua posição no Clã. Uma fêmea da matilha que ele perseguia, havia sido encontrada sozinha e desorientada na floresta. Um clã inimigo de lobisomens estava em poder dela e gostaria de entregá-la, em busca de uma trégua nos conflitos. Aram deveria desposá-la e temendo uma rebelião, ele aceitou. Dessa forma ele subjugaria a loba, provando a superioridade dos Lycans. Lucine era uma jovem que já havia vivido seu inferno particular, nascida em uma matilha de lobisomens desonestos e cruéis, sempre viveu como uma pária. Quando o Lycan matou quase todos, ela julgou que estava livre, mas ao contrário disso foi levada pelos sobreviventes e mantida como escrava a mercê de seus abusos. Quando finalmente conseguiu matá-los e fugir, lá estava ela sendo capturada, e sendo entregue para o maior inimigo de seu Clã. Em meio a uma disputa sangrenta entre Lycans e lobisomens, o destino ligaria duas almas em uma história de amor que poderia salvar suas vidas?

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O alfa decadente!
Ultimamente Aram detestava a visita do tio, na verdade, detestava qualquer visita que viesse interromper o seu bem-sucedido e satisfatório calvário de dor e autopiedade. Yasmina havia partido para a vida além da vida e ele merecia todo aquele sofrimento pois não a tinha protegido. A Deusa Lua o havia abençoado quando a colocou em seu destino e ele não fora digno daquela graça, às vezes, escolher permanecer vivo era muito mais difícil do que morrer.Agora ele teria que viver o resto de seus dias sob o peso de ter sido indiretamente responsável por sua morte e a dor de não ter mais a sua Luna destinada. Para viver seu suplício, ele só precisava ficar sozinho, o que era muito difícil, visto que ainda era o Alfa daquele clã, apesar de vir há meses negligenciando seus deveres. Ele não fazia questão de ouvir os muitos lamentos do tio, que vinha trazer notícias do conselho de anciãos. O homem disse a Aram que os mais velhos estavam a ponto de desistir dele e já estavam procurando uma saída p
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Apenas uma menina.
A menina chegou ao vilarejo uma semana depois do acordo entre o Lycan e os lobisomens ser firmado. Aram mandou seus betas que possuíam melhor treinamento em combate para ir buscá-la, ele ainda não estava certo que aquele acordo não se tratava de alguma armadilha.Szafir era o beta de confiança de Aram, haviam lutado diversas batalhas e construíram juntos uma estabilidade para o clã. O amigo era um lobo de honra, em quem ele podia confiar. Se fosse realmente uma armadilha, ele era a pessoa certa para identificar e neutralizar o ataque.Porém, tudo ocorreu de forma tranquila. Quando o grupo de betas chegou no local indicado para pegar a garota, seu líder, Szafir, ficou muito impressionado com o aspecto da fêmea que seria a nova Luna da alcateia. Ela realmente parecia bastante jovem e assustada, era óbvio que não era uma convidada bem-vinda naquela matilha de lobisomens. Estava com as mãos e os pés amarrados e a boca amordaçada. Aquilo parecia um tanto exagerado, dado a constituição frág
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O casamento.
Aram levou Lucine até a frente da casa e ali já havia uma pequena multidão. Uma mulher entregou a xícara de café a ele e o sal a Lucine, que foi instruída a temperar a bebida. Ela já havia ouvido falar desse costume antigo mas nunca havia presenciado, ficou surpresa em como o noivo conseguiu beber o café tão rapidamente, visto a quantidade de sal que ela havia colocado.Depois, foi preparado um grande banquete, cada membro do clã doava o que tinha disponível para a festa, que era sempre grandiosa. A sacerdotisa reuniu os noivos bem no centro do círculo de mesas, em que estavam a comida e os convidados, os fez ficar bem na frente dela e deu início a cerimônia. Como de costume, ela os abençoou fazendo reverência e preces à Deusa Lua e outras deusas ancestrais, a Deusa do amor e a Deusa da fertilidade. Para Lucine, aquilo era um espetáculo muito exagerado, era estranho como os Lycans haviam parado no tempo, seguindo tradições e costumes que os Lobisomens haviam abandonado há muito. Tod
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A lua de mel.
Aram acordou cedo como era seu costume quando estava sóbrio. Olhou no celular e eram apenas sete horas, não tinha nada programado para esta manhã assim como para nenhum horário do dia. Todos esperavam que ele quisesse ficar sozinho com a esposa e aproveitar o máximo possível a lua de mel, o que estava bem longe da sua realidade.Não podia ficar na cama o dia todo, mas também não podia sair e ficar dividindo a sala com aquela fêmea que o lembrava de tudo o que ele queria esquecer. Lenha, lembrou que precisava cortar lenha. O inverno estava próximo e ele precisava reabastecer seu estoque de lenha seca. Isso certamente o deixaria ocupado no pátio de trás da cabana por pelo menos a manhã toda.Quando ele se vestiu e saiu do quarto, a encontrou ainda profundamente adormecida no sofá. Se aproximou mais e a sacudiu de leve para despertar.— Acorde garota, eu disse que você precisava levantar cedo e guardar as cobertas.Ela acordou assustada olhando para os lados, pareceu por um momento, não
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Trabalho em equipe.
Aram se sentiu observado, ergueu os olhos e a loba estava parada na porta da cozinha encarando-o. Ele podia sentir o cheiro do seu medo, e não entendia, já que ele nem mesmo a havia percebido ali. Quando a olhou mais tempo viu que ela havia trocado de roupa, vestia um conjunto de moletom que parecia ser 5 vezes maior que o seu tamanho. Que belo trabalho Szafir havia feito.— O que foi? Tem algo a me dizer?— Eu, eu queria saber se você não tem nenhuma tarefa que eu possa realizar, não quero ficar sentada no sofá olhando para as paredes.Ele apoiou a lâmina do machado no chão antes de responder à ela.— Você pode, sei lá, assistir televisão. Aproveite para pôr em dia seu programa favorito.— Eu não tenho mais um programa favorito.Ela respondeu a ele em tom bastante sério. Aram deu um longo suspiro, sabendo que não seria tão fácil se livrar da companhia dela.— Então você pode ir pegando toda a lenha que eu rachar e levar para a pilha que tem no galpão.Ele disse, apontando a grande co
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Comida para cachorros.
Eles comeram em silêncio e quando terminaram, Lucine foi recolher os pratos para limpá-los. Aram segurou seu pulso quando ela foi tirar o dele.— Depois de fazer isso, me espera no sofá da sala.Ela fez como ele pediu enquanto Aram se dirigia ao quarto. Ele voltou com uma caixa de suprimentos de primeiros socorros e se sentou no mesmo sofá que ela, porém mais afastado.— Agora tira o tênis e coloca a perna no sofá.Ela o obedeceu, colocou o pé já sem a meia para cima do sofá, próximo de onde ele estava. Ele pegou a perna dela, colocou em seu colo e começou a examinar atentamente os ferimentos. Deu-se conta que existiam diversas cicatrizes, umas por cima das outras, o que significava que ela passou bastante tempo amarrada com as cordas a ferindo. Os machucados se curavam e outros eram abertos. Naquele momento ele soube que aquela fêmea havia passado por algo verdadeiramente ruim. Achou melhor não fazer qualquer comentário, lavou a região com soro e aplicou uma pomada com antibiótico.—
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O Beta.
— Comida de cachorro? Como eu iria imaginar? Você nem tem um cachorro!Lucine tentou se explicar, visivelmente confusa.— Você chegou aqui ontem, como pode saber se eu tenho ou não um cachorro?— Onde está esse cachorro então, e porque não estava escrito no pacote que era comida de cachorro?Aram secou a boca com um pano de prato que estava no fogão. Apesar de tudo, o cozido não havia ficado com gosto tão ruim, apenas a textura estava estranha. Quando Yasmina morreu, ele não conseguiu ficar com o cachorro deles, o Eros. Szafir então levou o animal para a sua casa, para que fosse cuidado decentemente. Nas raras vezes que ia fazer compras, ele comprava comida para o animal e entregava ao amigo. Com os últimos acontecimentos, havia esquecido de entregar a ração a Szafir.— O cachorro não mora mais aqui, mas eu ainda levo comida de vez em quando. Bem, mas não importa, não têm como comer isso, vou fazer uns sanduíches.Ela começou a esvaziar os pratos de volta na panela.— Eu sinto muito A
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A besta e o chamado da Luna.
Quando todos já iam se dirigindo ao galpão de suprimentos, Lucine ainda esperava Aram, que conversava com alguns homens mais velhos. O fato daquele beta ter vindo falar com ela, diminuiu um pouco o desconforto de se sentir odiada por todos ali presentes. Não que ligasse para a opinião de quem quer que fosse, mas sentir olhares afiados em sua direção não era agradável.Szafir também havia dado um bom conselho, que ela precisava trazer sempre na mente. Ele disse que Aram era um bom Alfa, mas que sua paciência não era conhecida por ser infinita. Que ela teria mais a ganhar se não o ficasse testando em embates e, de preferência, não oferecesse mais comida de cachorro para ele. Ela sorriu ao lembrar de sua fala descontraída. Ele havia dado o conselho e se retirado, deixando-a pensativa, instantes depois ela percebeu que o Alfa estava vindo até onde ela o esperava. Tinha uma
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Sobre bons maridos.
O tempo passou de forma amena, com o Alfa reconquistando o respeito do povo. Trabalhava igual aos demais na indústria de madeira, e nos dias livres ajudava no reparo das casas que necessitavam algumas reformas. Lucine não desistiu de aprender a preparar uma refeição decente, e com comida de verdade, que não era para cachorros, não foi tão difícil. Nos dias em que não ia para a madeireira, Aram ajudava bastante, com a casa e com as refeições.Lucine começou a gravar o rosto das pessoas, pois os via quase diariamente quando ia levar o almoço para o marido na fábrica. Com o passar dos dias, começou a receber alguns acenos de cabeça e até um até logo ou outro. O fato de ela ir todos os dias, pelo visto, estava fazendo as pessoas acreditarem que ela cuidava bem do marido.O fato do Alfa sempre a receber com um modesto, mas sincero sorriso, e demonstrar b
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Medo do bicho papão.
Em uma tarde em que ele não estava trabalhando, eles foram até uma pequena cidade que ficava próxima à aldeia, para comprar mantimentos. O lugar ficava a apenas 20 minutos de carro da aldeia, e possuíam um armazém bem abastecido e algumas lojas pequenas de roupas.Os dois foram primeiro ao armazém, passaram por um corredor de doces e ele percebeu que ela ficou olhando para uns chocolates que estavam na prateleira, porém não disse coisa alguma. Ele então, pegou alguns e colocou no carrinho de compras.— Você não precisa de nenhum produto específico, sei lá shampoo, desodorante?Ele perguntou, quando percebeu que ela não escolheria nada para si.— Estou bem com o que você tem em casa!Aram parou de empurrar o carrinho e a encarou.— Lucine, o shampoo do meu banheiro deve estar vencido a alguns meses! E você realmente planej
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