Nicolas Montenegro, o temido mafioso italiano, encontra-se à beira da morte, mas tem sua vida inesperadamente salva por Amy Carter, uma jovem muda de pureza cativante. Consumido por uma obsessão avassaladora, Nicolas está disposto a desafiar sua família e a própria máfia para possuir Amy, arriscando tudo em nome de um desejo que não pode ser contido. Sua jornada é um perigoso jogo de poder e paixão que pode custar-lhe a vida. À medida que Nicolas se embrenha mais fundo em seu fascínio por Amy, ele começa a questionar os princípios brutais que sempre regeram sua vida. Amy, por sua vez, vê além do homem implacável, tocando o coração de alguém que ninguém acreditava ter humanidade. Entre conflitos familiares e guerras de poder, a conexão entre eles floresce em um amor proibido que promete mudar o destino da máfia e desafiar a ordem estabelecida. Mas será que o amor será suficiente para protegê-los dos perigos que espreitam em cada sombra?
Leer másFiquei apenas alguns dias internado, recebendo a visita de Amy ,minha esposa. Ela estava preocupada, mas a alegria de me ver vivo era palpável – uma grande dádiva. Não apenas eu estava vivo, mas Richard também. Eu havia cumprido minha promessa de protegê-lo e, no fim, ele havia se salvado e me salvado também, mostrando que não era mais apenas uma criança dependente, mas um homem.O clima em casa era de paz. Fui recebido com flores, alegria e uma sensação reconfortante de união familiar. Richard e Ângela eram inseparáveis; ela estava no quinto mês de gravidez, radiante, e ele, ansioso para ser pai. Chloe e Aníbal haviam feito as pazes com Richard, e estavam animados com a chegada do primeiro neto. Tudo estava bem, nossa família unida e feliz – exatamente o que eu sempre quis.Almoçamos no jardim, um almoço especial. Foi durante esse almoço que contei a Amy minha decisão, uma decisão que ela não recebeu bem. Eu havia decidido me entregar à polícia. Queria ser um homem novo, livre
A guerra começou. Nos encontramos em um local abandonado nos arredores da cidade, um antigo cemitério clandestino da máfia. Nikolai chegou com um grande número de homens, assim como eu. Ficamos frente a frente, a quinhentos metros de distância. Nikolai apontou para Richard, que estava ao meu lado, gritando para todos ouvirem: "No final dessa guerra, quero a cabeça desse loiro! O mundo será meu!" E o ataque começou.Foi um confronto brutal, corpo a corpo, tiros por todos os lados. Eu me mantinha protegido pela massa de meus homens, mas meu foco era único: Richard. Ele lutava ao meu lado e ao lado de Aníbal. Minha prioridade era protegê-lo, garantir sua segurança. Eu havia dito a todos, no início: "A missão não é me proteger, é proteger meu filho. Eu morro antes dele. Ele vai ser pai, e tem que sair vivo daqui." Aquela era minha determinação, minha promessa. Eu faria tudo por ele, assim como um dia ele faria por seu próprio filho.Richard, apesar da inexperiência em confront
O clima pesado da reunião na cosa Nostra ainda ecoava na minha cabeça, um peso insuportável no peito. A guerra com a bravta era inevitável. Richard, meu filho, estava em jogo, tudo por causa do seu envolvimento dele com Ângela. Nikolai queria sua cabeça em uma bandeja de prata .Aquele acordo, ou melhor, a falta de acordo, me assombrava. Não havia escapatória. A negociação foi uma farsa, uma última, desesperada tentativa de evitar o inevitável.__"Nicolas, o que aconteceu?" Amy perguntou, a voz carregada de preocupação. Ângela andava de um lado para o outro, os olhos cheios de lágrimas.__"Foi uma reunião... difícil," respondi, suspirando. "Com a Cosa Nostra. Para... selar uma aliança. Contra a bravta."___ Não tem como evitar essa guerra? ___"O envolvimento de Richard... com a noiva de Nikolai," expliquei, a voz rouca. "Foi um erro terrível. Ele quer a cabeça de nosso filho.Amy ficou pálida e começou a falar .___ Temos que tirar Richard daqui, mandar-lo para o mais longe pos
Fitei firme Richard, meu filho. Ele estava abatido, a sombra dos últimos dias cravada em seu rosto. O peso da situação era palpável, pairando entre nós como uma névoa tóxica. “Sente-se, filho”, pedi, minha voz mais suave do que eu pretendia. Ele obedeceu, as mãos grandes e calejadas repousando pesadamente sobre os joelhos. ___“Então, filho, o que queria?” A pergunta saiu rouca, carregada de uma apreensão que eu tentava esconder. __“Primeiramente, me desculpar, pai. Sei que sou o culpado por toda essa desgraça.” A confissão saiu em um sussurro, quase inaudível. __“Se culpar não vai mudar nada, Richard. Temos que procurar consertar o estrago.” A verdade era que uma parte de mim já havia se conformado com a possibilidade de não haver conserto. _“E se não tiver mais jeito, pai?” A pergunta, carregada de desespero, me atingiu como um soco no estômago. __“Para tudo tem jeito, filho. Acredite.” Minhas palavras soaram mais como um mantra para mim mesmo do que uma promessa a ele. Ri
O ar estava denso, pesado como um cobertor molhado. O silêncio na mansão era ensurdecedor, quebrado apenas pelo tique-taque incessante do relógio na sala de jantar – um relógio que parecia zombar da nossa imobilidade, cada segundo uma eternidade. Eu podia sentir o cheiro de medo, impregnado nas paredes, misturado com o aroma enjoativo de flores murchas que adornavam os vasos. A mansão, antes um símbolo de opulência, agora era uma prisão dourada.Anibal e Chloe estavam trancados em seus quartos, duas ilhas de silêncio em meio ao turbilhão de angústia. Eles não falavam, apenas observavam, esperando. Esperando o quê? Eu também não sabia. Talvez a morte. Talvez a salvação.Angela, chorava baixinho, soluços abafados que rasgavam o silêncio. Meu filho, Richard, tentava acalmá-la, repetindo frases vazias, sem sentido, como um mantra desesperado: __"Vai ficar tudo bem, Angela. Vai ficar tudo bem." Mas eu sabia que não estava bem. Nada estava bem.Encontrei Nicolas em seu escritório, falando
Com isso, Chloe se virou e saiu da sala, as portas se fechando com um estrondo que ressoou como um eco de sua dor. O que antes era uma discussão já tensa agora se tornara uma cena de desespero e traição. Angela desabou em prantos, as lágrimas escorrendo pelo rosto, a dor e a culpa tomando conta dela. Eu me aproximei, tentando confortá-la, mas me sentia impotente diante da situação. O que havia começado como um amor proibido agora se transformara em uma tempestade de emoções, atingindo todos ao nosso redor. — Angela, eu sinto muito — eu disse, tentando segurar suas mãos, mas ela se afastou, perdida em sua dor. — Isso não era o que eu queria. __Ninguém esperava que as coisas chegassem a esse ponto. — Eu não queria causar isso — ela respondeu, a voz entrecortada pelas lágrimas. — Eu só queria ser feliz. O peso da culpa a consumia, e eu sabia que as palavras de Chloe haviam atingido um ponto sensível. A raiva e a frustração não eram apenas direcionadas a mim, mas a todos nós. Era
As palavras dele eram como facadas, e eu sentia a raiva crescendo dentro de mim. Cada insulto que ele lançava era um golpe, e não estava disposto a ficar em silêncio.— Você não sabe do que está falando, Aníbal! — eu gritei, a frustração transbordando. — Não sou um moleque! Eu amo a Angela, e isso é o que importa!— Amor? — ele riu, um som ácido e sarcástico. — Você acha que isso é amor? Você acabou de colocar uma marca na vida dela e na sua! Você acha que isso vai terminar bem?— Você não tem ideia do que estamos passando! — Angela gritou, suas palavras cheias de emoção. — Não é sua vida, não é sua decisão!Aníbal se virou para ela, o desprezo claro em seu olhar. — Você realmente acha que isso vai acabar bem? Eu sou o primeiro a ser morto por causa desse trato desfeito. E você, Richard, será o próximo.O ar ficou pesado com suas palavras, e eu percebi que ele estava falando sério. A ameaça pairava sobre nós como uma nuvem escura, e o medo começou a se infiltrar na minha determinação.
— Desconfiava que eles estivessem se encontrando, mas não pensei que tivesse chegado tão longe… — ela respondeu, sua voz quase inaudível.Ele me soltou, mas seu olhar continuou furioso, agora fixo em minha mãe.— Por que não me avisou antes, Amy? Teria mandado esse moleque para longe, teria impedido que essa loucura acontecesse… — ele a acusou, sua voz carregada de reprovação.— Eu… — ela tentou se defender, mas as palavras falharam.— Você também é culpada, Amy — ele a condenou, sua voz implacável.— Ela não tem culpa de nada, sou um homem, pai. Foi minha decisão — eu disse, defendendo minha mãe.___ E minha também tio, eu ano Richard — E por isso se entregou a ele? — meu pai perguntou a Angela, sua voz fria e implacável. — Você não tem ideia do preço que isso vai te custar!Pronto, Angela caiu no choro novamente.— Guarde suas lágrimas, você tem muito que chorar… — meu pai disse, sua voz dura e sem compaixão.— Não fale assim com ela, pai… — eu protestei, meu coração apertado ao ve
A imagem do meu pai, impassível e imponente, continuava a me assombrar. Sua ausência, sua impossibilidade de me oferecer apoio, amplificava minha sensação de solidão e fragilidade. Eu me sentia dividido entre a necessidade de compartilhar meu fardo e o medo de sua reação. Ele sempre fora um homem de ações firmes, de decisões inabaláveis, e a ideia de sua desaprovação me paralisava.Angela percebeu minha angústia. Em meio ao caos, ao medo constante de sermos descobertos, ela se tornou meu porto seguro, meu refúgio. Sem palavras, ela me abraçava, me confortava, me dava força. Seu amor, incondicional e inabalável, era o meu único consolo, a minha única esperança em meio àquela tempestade.— Preciso falar com alguém, Angela — confessei uma noite, a voz embargada pela emoção. — Preciso de ajuda.— Eu estou aqui, Richard — ela respondeu, sua voz suave e carinhosa. — Sempre estarei.Mas mesmo o seu apoio não era suficiente. A necessidade de um aliado, de alguém que pudesse me ajudar a