O tempo passou rápido demais, já até se passaram um mês e uns dias desde aquele dia e, o homem não retornou e nem mesmo sabíamos se havia dado tudo certo na cirurgia. Ou se tinha morrido, ou, qualquer outra coisa. Tinha até sonhado com ele umas duas vezes e acordado exaltada, ensopada de suor. Ele era um ingrato, podia muito bem ter enviado um cartãozinho dizendo que estava bem, mas nada nem uma mísera informação, os ricos são todos iguais, só nos enxergam nos momentos que precisam.
Como trabalhava apenas à noite, durante o dia não tinha nada que fazer, então me dedicava a tarefas domésticas e a cuidar de minhas plantinhas. Neste momento mesmo eu estava na varanda molhando as orquídeas e aspirando o perfume doce provindo das flores, estes eram um dos raros momentos em que eu ficava feliz. Terminando essa tarefa, fui para a cozinha preparar o almoço que compunha de arroz branco, strogonoff e batata palha, comida que eu sabia fazer muito bem, além ser a preferida de Dafne. Poucos minutos depois ela chegou do seu serviço para almoçar, ela trabalhava num salão de beleza, ao ver a refeição, ela soltou um suspiro e simplesmente lançou a bolsa sobre o sofá, indo se servir. Enquanto comíamos, ela reclamava das costas doloridas e dos pés inchados de tanto ficar em pé. - Sério Amy, devo ter feito uns dez cabelos hoje! Abri a boca arregalando os olhos, denotando surpresa. Dafne continuou o falatório. - Já contei meu dia, agora é a sua vez. O que você fez de novo? Apontei para a varanda onde havia as flores, Dafne torceu o nariz, ela achava que era uma perda de tempo me dedicar à prática de jardinagem. - Você está parecendo uma velhinha, Amy. Daqui uns dias vai andar de bobs no cabelo e roupão, tem que sair, curtir a vida, namorar… me diga. Quando foi a última vez que beijou na boca? Revirei os olhos para ela, que apenas deu de ombros. Dafne era uma inconveniente, sempre dizia o que queria e quando queria e enquanto ela mantinha a atenção no seu prato de strogonoff, eu prestava atenção nela admirando seus atributos físicos. Ela era uma mulher linda, tinha um belo corpo e lindas madeixas vermelhas. Simpática e alegre, era o tipo de mulher de parar o trânsito e ninguém ficava imune ao seu charme. Notando que eu a encarava, ela mesma perguntou curiosa: - O que foi que está me olhando assim? Meus dedos moveram em sintonia formando a frase: - "Você é linda" - Ah, obrigada amiga, você também é. Juro que se não fosse hétero, te pegava de jeito1 Sorrindo da brincadeira de Dafne, movi ligeiramente a mão formando a pergunta: - "Mesmo eu sendo muda?" - Ora! E no que isso atrapalha? Para o amor, o importante é a linguagem corporal, labial! Um sorriso brincou nos meus lábios, Dafne era uma palhaça, mas incrivelmente ela sabia como me colocar para cima, me fazer sentir-me bem comigo mesma, tarefa difícil já que tinha a autoestima bem baixa. À noite tomei um banho gelado, vesti um jeans confortável e tênis, coloquei a roupa que usava para dançar dentro de uma mochila de costas. - Já vai trabalhar, Amy? Movimentei as mãos devagar para que Dafne pudesse compreender. - "Sim, hoje me apresento mais cedo!" - Quer que eu te leve de carro? Um sorriso de canto brincou nos meus lábios, movi ligeiramente a mão dizendo: - "Mas é claro que quero que me leve, desde aquele incidente, me tremo toda ao passar naquele beco." - Por mim você já teria arranjado emprego em outro lugar. Arqueei a sobrancelha com um certo sarcasmo, Dafne percebeu. - Que foi? Movi a mão outra vez dizendo simplesmente: - "Você esquece minha situação não é Dafne? Eunão posso falar, as pessoas não costumam contratar mudas, aquela boate nojenta foi o único lugar que me aceitou." - Não quis te ofender amiga, só acho que você merece coisa melhor do que ficar dançando para aquele bando de bebados safados! Aquele papo estava me irritando, sabia no fundo que Dafne tinha razão, porém, isto não diminuía minha irritação em nada. Sem olhá-la, abandonei o apartamento descendo correndo as escadas, Dafne que corria atrás, me alcançou no último degrau. - Me espere, vou te levar! A viagem até a boate foi silenciosa, Dafne estacionou em frente ao local e antes que eu saltasse fora do carro, ela me segurou pelo braço. - Já me desculpei amiga, não queria te chatear… eu juro! Suspirei fundo olhando para Dafne. Sua amizade havia sido um presente para mim que sempre fui muito sozinha, era difícil conseguir amigos devido minha deficiência. Gesticulei um pedido de desculpas. - "Me desculpe amiga, estou chateada com a vida e estou descontando em você." - respondi. - Está bem amiga eu te entendo. - Obrigada... Ela me beijou na bochecha, acariciando meus cabelos. - Você é maravilhosa Amy, nunca duvide disso. A abracei apertado e então saí do carro entrando na boate logo em seguida, pela porta dos fundos indo para o meu camarim improvisado, troquei os jeans por um conjunto sensual, soltei meus cabelos, deixando os caírem como uma cascata, passei um batom vermelho vivo e uma maquiagem provocante. Ao me olhar no espelho, não me reconhecia. Era como se quando subisse no palco me tornasse uma outra mulher, me tornava aquilo que os homens desejavam, ousadia, sensualidade. Fora do palco era só uma garota ainda ansiosa por aceitação e amor. Céus! Como queria ser amada, queria que me olhassem como uma mulher digna de amor e não apenas como um pedaço de carne, como algo para ser usado e descartado feito um trapo velho sem utilidade. O dono do bar me anunciou e assim que subi no palco, os homens uivam o nome - Angel! Angel! Angel era o nome artístico que tinham me dado, porque segundo eles, o meu nome era muito sem graça e não atraía a atenção. A música começou a tocar e eu me movia sensualmente em volta do poste de pole dance e, minutos depois eu estava me movimentando, desempenhando movimentos acrobáticos magníficos. Estava ciente dos olhares gulosos daqueles bêbados, em meu corpo. Finalizei com um passo chamado golfinho invertido, ao qual eu ficava dependurada na barra de ferro, de cabeça para baixo, as palmas pipocaram e eu me curvei em agradecimento. Saí do palco escoltada por seguranças, isso impedia que qualquer um daqueles idiotas tentassem me agarrar. Já bastava os assédios verbais sofridos, ao menos o meu físico era protegido. Na privacidade do camarim, troquei as roupas sexys por meu jeans confortável e pegando um lencinho na minha mochila, limpei o batom e a maquiagem. Logo em seguida, utilizando a porta dos fundos, saí daquela boate, ao olhar o beco sujo por onde teria que passar, lembrei-me do dia fatídico em que encontrei aquele homem e automaticamente tremi, foi quando uma voz grossa de homem soou atrás de mim, gritando. - Era você mesmo que queria encontrar! Me virei exasperada, dando de cara com um homem de quase dois metros de altura, pele bronzeada e um sorriso que derreteria qualquer mulher. Me encolhi e o homem deu um passo à frente dizendo: - Não tenha medo, sou o Montenegro… o homem que você encontrou baleado no beco! Sabia disso sua voz grossa e meio rouca lhe entregou além de que recordava daquele par de olhos profundos, embasbacada continuava olhando para aquele homem impressionada e totalmente sem reação. - Você não vai falar comigo? Se está em dúvida que sou eu mesmo, posso prová-lo! Tentei gesticular e tentar explicá-lo, mas não saiu nada estava nervosa demais tremia que era uma beleza então a única alternativa que encontrei foi sair correndo feito uma louca.Eu senti vontade de espremê-la nos meus braços para que ela não sentisse medo, ou frio. - Era você mesmo que eu queria encontrar! - digo. Ela se vira no mesmo momento surpresa brilhando nos meus olhos, notei que de perto ela era ainda mais linda do que imaginava parecia um anjo. Me apresentei dizendo que era o homem que ela tinha salvo porém ela nada disse continuou me olhando parecendo angustiada gostaria de ter o poder de ler mente para saber o que afligia ela. Então ela fez algo inusitado, saiu correndo como se houvesse mil demônios a perseguindo , corri. na sua trás, mas não consegui alcançá-la, pois a mesma se enfiou dentro de um táxi. Fiquei ali parado no meio da rua olhando o táxi sumir de vista, retornei para meu carro me dirigindo para casa estava frustrado, queria ter conversado com aquela menina e ter feito mil e uma coisas mais. Gargalhei com o rumo dos meus pensamentos. - Pirou Nicolas? Me virei encontrando meu irmão sentado na penumbra da sala, bebendo um whi
No final de semana meu plano era ficar em casa sentada num sofá e assistindo filmes clichês, comendo brigadeiros e chorando numa cena triste, mas minha amiga tinha outros planos.- Por favor Amy, vamos...Balancei a cabeça negativamente e eu não estava no clima para sair.- Amy, não acredito que você prefere ficar sozinha em casa em plena sexta-feira a ir comigo beber em um pub?Dei de ombro gesticulando simplesmente:- "Você vai se divertir mais se eu não for."- Não entendo por que diz isto!Movi minha mão com agilidade formando as palavras.- Sou uma companhia chata, silenciosa as pessoas se enfadam de mim- Não diz isto amiga, amo sua companhia.Gesticulei a resposta da minha querida amiga.- "Só você pensa isso, vejo como os seus amigos ficam entediados" ...- Claro que não amiga é impressão sua, vamos por favor.Balancei a cabeça negando, porém Dafne não se dava por vencida.- Não vou convidar ninguém desta vez, será só você e eu...Gesticulei- "Você não vai desistir, né?"- Nã
Observo o homem sentado a minha frente com demasiada impaciência, a horas que estou tentando convencer _ lo do porque ele deve colaborar conosco porém o mesmo não está dando o braço a torcer .__compreenda Vargas você só tem a ganhar colaborando conosco___ não posso aceitar o pedido de habeas corpus de Aníbal Garcia, a Federal está no meu pé , tenho tentado me manter mais afastado de problemaVargas era um juiz corrupto que contribuía com a máfia arquivando processos inocentando aliados nossos, porém neste caso ele recusava terminantemente nos ajudar devido ao fato do preso agora ser um dos homens mais procurado do país , Aníbal Garcia meu sub chefe que estava encarcerado a uns dois meses, a polícia estava que nem urubu no seu pé querendo que ele falasse o nome de integrantes da máfia e principalmente que revelasse a identidade de diablo o chefão da máfia, ou seja eu .__ então Vargas?___ não vou me envolverTirei um canivete suíço do bolso e cravei na sua mão direita seu grito de d
Cheguei na boate no mesmo horário de sempre me troquei no camarim e aguardei ser chamada."Anjo"MOVI sensualmente pelo palco ao som de uma canção eletrizante , cada movimento era executado com maestria e graça finalizei a apresentação subindo no poste de pole dance e descendo escorregando pelo mesmo, os uivos dos homens invadindo meus tímpanos.Um dos homens subiu no palco me agarrando e eu tentei me soltar mas o tal homem era bem mais forte do que eu, os outros divertia assistindo a cena felizmente dois segurança vieram e me ajudaram, minutos depois sozinha no camarim chorava, isto não era novidade para mim acontecia mais vezes do que eu gostaria mas sempre me deixava desnorteada, troquei as roupas sensuais por um vestido justo preto e uma jaqueta jeans e então abandonei a boate pelas portas dos fundos. UMA chuvinha fina caía lá fora segurei firme minha bolsa e acelerei o passo chegando até um ponto de ônibus, mexia distraidamente no meu celular quando um conversível preto parou dia
Mantinha meu olhar fixo em amy que estava sentada do outro lado da mesa beliscando uma lagosta, ela parecia perdida em seus próprios pensamentos..___Nicolas?Desviei o olhar de amy para a sua amiga tagarela .___ sim?__que vinho é esse?___ É o brunello di montalcino um vinho tinto italiano premium ele é produzido na região de toscana, você gostou?__ É uma delícia , nunca tinha bebido vinho tão bom..___ É o meu favorito. DigoE olhando diretamente para o anjo silencioso sentado do outro lado da mesa disse:___ E você amy o que achou ?Ela voltou sua atenção para mim , movendo ligeiramente suas mãos delicadas, prestei atenção aos mínimos detalhes._"_Brunello é bom mas não o suficiente para ser o meu favorito._ sério isto, você está falando de um dos vinhos mais requintados e caro___ Ele é muito intenso para o meu paladar prefiro algo mais doce e suave___ como por exemplo?___ cabernet sauvignon para mim é perfeito, tem o doce e a acidez na medida certa. gesticula elaOlhei surp
Passei o dia na minha empresa preso no escritório resolvendo pendências administrativas e a noite fui receber um carregamento de droga que vinha da Jamaica num navio, quando cheguei meu subchefe Aníbal lá estava acompanhado de uns outros quatro homens, Billy, Wallace, Drake , jake, aníbal veio ao meu encontro ., ___ Que demora homem pensei que não fosse vim mais.___ tive uns imprevistos, e o navio já chegou?__ sim ...Tirei a mochila das costas e abrindo ela tirei as roupas de mergulhos de dentro entreguei uma a ele ficando com a outra, sem vergonha arranquei a roupa ali mesmo ficando só de cueca e vestindo o macacão super colante, quando nós dois já estávamos vestidos os homens nos assoviaram.___ mais que gracinhas__ realçou os glúteosAníbal levava na esportiva já eu ficava irritado o que culminava no fim da graça sem graça deles.___ o próximo que falar uma s arranco a língua...Sem mais delongas Aníbal e eu saltamos no mar mergulhando até o casco do barco retirando da caixa d
Levantei cedo e preparei um café forte e os biscoitos amanteigados que Dafne adorava e enquanto ela não acordava fiquei deitada no sofá folheando um livro, gostaria de prestar atenção na história mas minha mente estava naquele homem de olhar penetrante e voz sedosa, gostava de ouvir _ lo falar por que sua voz era como uma doce carícia na minha pele .___ Que carinha de boba é esta amiga?Dafne de pé ao meu lado me fitava sorrindo .___ acordou dorminhoca? Gesticulei com as mãos___ sim amy, o cheirinho gostoso dos seus biscoitos foram até meu quarto me chamar..Fomos as duas para a mesa e nos servimos de uma xícara fumegante de café, ficamos um momento em silêncio apenas sorvendo tranquilamente nosso café da manhã.__E os biscoitos ficaram bons? gesticulei.Ela não compreendeu a princípio porque movi a mão depressa demais então tive que repetir outra vez agora devagar___ delícia como sempre amy, você é demais.___ vai trabalhar hoje? Gesticulo__ tenho que ir né amiga..Outra vez o s
Observo a jovem do outro lado da mesa com um sorriso malicioso ela fica linda levemente embriagada , as bochechas rosadas e os olhos faiscantes além de que fica muito expressiva também tanto que se declarou para mim, ler nos seus gestos ligeiros um "Eu te amo"foi confuso porque contrariando a lógica eu gostei de ouvir aquilo dela, ser amado por um anjo era uma dádiva reservada a poucos, minha única reação naquele momento foi beijar aqueles lábios macios e viciantes com paixão porém palmas as nossas costas nos faz afastar confusos , ali parada nos olhando com ódio está ninguém menos do que a minha noiva. _ "Solte meu noivo sua vagabunda. ela disse Amy olhava de mim para trina confusa e tudo que eu queria neste momento era ter o poder de teletransporte para que eu teletransportasse amy para um lugar seguro longe da crua verdade que vinha pela frente, verdade esta que afastaria minha doce menina de mim. Amy me olhando gesticulou ligeira.. ____" Nicolas quem é esta mulher? ___ Depois