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Perseguindo um anjo( Nicolas? )

Eu senti vontade de espremê-la nos meus braços para que ela não sentisse medo, ou frio.

- Era você mesmo que eu queria encontrar! - digo.

Ela se vira no mesmo momento surpresa brilhando nos meus olhos, notei que de perto ela era ainda mais linda do que imaginava parecia um anjo. Me apresentei dizendo que era o homem que ela tinha salvo porém ela nada disse continuou me olhando parecendo angustiada gostaria de ter o poder de ler mente para saber o que afligia ela.

Então ela fez algo inusitado, saiu correndo como se houvesse mil demônios a perseguindo , corri. na sua trás, mas não consegui alcançá-la, pois a mesma se enfiou dentro de um táxi. Fiquei ali parado no meio da rua olhando o táxi sumir de vista, retornei para meu carro me dirigindo para casa estava frustrado, queria ter conversado com aquela menina e ter feito mil e uma coisas mais. Gargalhei com o rumo dos meus pensamentos.

- Pirou Nicolas?

Me virei encontrando meu irmão sentado na penumbra da sala, bebendo um whisky.

- Estava me esperando, maninho?

- Seu sonho…

Caminhei até onde ele estava e tomei o copo de whisky de sua mão.

- Certeza de que não tem veneno? - pergunto-lhe, com indagação.

- Se fosse te matar maninho, não seria envenenado!

- Hum, talvez você contratasse um vagabundo de rua para fazer isso por você, não é mesmo?

Ele levantou exasperado me fitando furioso.

- Já te disse que não tenho nada a ver com o seu atentado.

- Não tenho tanta certeza, reze para que eu não encontre nenhuma prova ou você estará perdido

- Entenda uma coisa nicolas, Se eu quisesse te matar eu não mandaria ninguém fazer isso, eu mesmo o faria com maior prazer.

Virei o whisky, olhando diretamente nos seus olhos e então coloquei a mão no peito tremendo.

- Estou morrendo…estou morrendo…

Uma gargalhada escapuliu do meu peito, adorava encher o saco de Vítor.

- Você é um idiota mesmo!

Ele saiu pisando duro e eu caí na gargalhada, me servi de mais uma dose de whisky e então fui para meu quarto me jogando na cama, cruzando os braços debaixo da cabeça e fitando o teto pálido.

A porta do meu quarto foi aberta e por ela entrou a bailarina da boate, ela vestia um roupão e estava descalça, me levantei sentando na cama e aquela mulher parou a uma pequena distância de mim. E sem uma palavra tirou o roupão ficando vestida apenas uma linda lingerie vermelha, tentei abraçá-la, porém, ela se esquivou me empurrando de volta na cama e então começou a dançar sensualmente seus olhos fixos nos meus e então rastejando na cama ela veio para cima de mim. Por mais que eu quisesse beijá-la, tocá-la não conseguia ela deslizava de minha mão como água entre os dedos.

Assustei empapado de suor e o coração batucando dentro do meu peito, estava assustado, nunca antes tinha pensado tanto numa mulher sem nem mesmo ter tocado num fio de cabelo dela, tinha que resolver logo minha situação com essa bailarina, ou, acabaria enlouquecendo de vez.

No dia seguinte acordei cedo e escoltado por meus seguranças pessoais, visitei um galpão localizado fora da cidade onde havia escondido toneladas de drogas que seria traficado para a Venezuela dentro de três dias e conversei com um dos responsáveis.

- Está tudo certo para o transporte?

- Está sim, Diablo, em três dias tudo estará em contêineres, indo para a Venezuela.

Diablo era o nome ao qual eu era conhecido no submundo do crime, e ele era proferido com temor, fazendo jus ao meu nome, era implacável e cruel.

- Me avise quando embarcar.

- Pode deixar chefe!

Ainda fui visitar vários outros negócios clandestinos já era início de noite quando cheguei em casa minha irmã veio correndo me abraçar.

- Maninho, onde você esteve?

- Trabalhando irmã...

- Desde ontem que não te vi!

- Quem mandou dormir demais ontem? Quando cheguei você estava dormindo e hoje quando sair continuava dormindo!

- Senti sua falta...

Baguncei seus cabelos, coisa que sempre fazia quando a encontrava, Chloé era a minha irmãzinha querida, a única pessoa no mundo que merecia todo o meu afeto e proteção.

Naquela noite, enquanto a lua brilhava no céu, eu me deitei na cama e fechei os olhos. A mulher misteriosa estava lá outra vez ,dançando em minha mente, e eu me perguntava se algum dia poderia tocá-la, beijá-la. Mas o submundo do crime não permitia fraquezas.

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