A fumaça esbranquiçada do meu Narguilé, preenche o meu quarto, enquanto observo com deleite as chamas dançando insinuantes e sedutoras, elas parecem me chamar para dançar uma dança perigosa, letal. Passo alguns minutos dominado pelo leve torpor e na minha mente conturbada, lembranças difusas do passado. Recordo de coisas das quais gostaria de esquecer, a imagem vívida e detestável de Alicia, presente neste momento.
Ela era a mulher que infelizmente me trouxe ao mundo, apenas isto porque a mesma nunca desempenhou papel de mãe ela uma viciada em drogas e se prostituir para pagar seu vício, ela me odiava e fazia questão de demonstrar isto diariamente me queimando com o seu cigarro. O cheiro forte de maconha me causando náuseas, me afogando diversas vezes na banheira durante o banho, também me lembro de um dos seus inúmeros amantes me espancando no meu quarto, enquanto ela transava com outro no quarto ao lado. Só aos sete anos que me livrei desse inferno, quando o conselho tutelar me tirou do monstro que tinha como mãe e me colocou num orfanato onde fui adotado por uma família importante que dominava o submundo do crime. Com a morte do meu pai adotivo, me tornei o chefão da máfia mais perigosa do país. Isso para desgosto do meu irmão Victor, que não aceitava que o seu pai tivesse nomeado como seu sucessor o filho adotivo, excluindo ele que era filho legítimo. Me levanto da cama saindo depressa do quarto como se assim aquelas vozes e aquelas lembranças dolorosas fossem parar e me deixar em paz um segundo peguei minha Kawasaki ninja e saí correndo em disparada sem destino, sem rumo e sem nem mesmo me preocupar em levar um segurança comigo, o vento gelado no meu rosto e a adrenalina que corria por minhas veias, me lembrando que estou vivo. Havia momentos em que me esquecia desse simples fato. Estaciono em frente a uma boate noturna entrando na mesma que estava lotada, as luzes fascinantes e o cheiro familiar de álcool e mulher me deixando animado, me sento próximo ao balcão bebendo uma dose atrás de outra de whisky, volto a atenção para o palco. Quando o dono do local anuncia a bailarina da noite, os homens empoleiram em volta do palco como cachorro em frente à um açougue, levantando me junto a eles para ver o motivo de tanto alvoroço-me surpreendo com a bailarina que era uma mulher pequena e delicada como uma boneca, os lábios era um botão de flor. Os olhos azuis como o céu numa manhã calma de verão, uma profusão de cachos dourados caia em meio às suas costas, notei que as roupas curtas e sensuais não combinavam com ela parecia uma fantasia desproporcional. Ela se movia sensualmente no palco, os homens uivaram quando ela deslizou pelo poste de pole dance ficando dependurada de cabeça para baixo parecia uma deusa neste instante nossos olhares se encontraram e pela primeira vez na vida senti meu coração bater mais rápido. Quando ela abandonou o palco minutos depois os homens uivaram chamando a mesma de volta, mas a mesma desapareceu sem olhar para trás por uma porta, os homens desanimados se dispersaram eu me aproximando do balcão pedi mais uma bebida e enquanto bebia uma mulher se aproximou sentando do meu lado. - Olá? - Oi! Percorri a mulher por inteiro, era muito atraente porém, minha mente estava em uma outra pessoa. - Sozinho? - É o que parece, hahah! - Aceita companhia? - Não! E se fosse querer uma companhia, não seria você! - Idiota! Dito isso, ela saiu pisando duro nos seus saltos altos, visivelmente irritada com a rejeição. Acabei não evitando uma risadinha zombeteira, pedi outra tequila absorvendo de uma vez, paguei e então me dirigi para fora da boate para poder fumar um cigarro, mimutos depois estava encostado numa parede num beco sujo fumando tranquilamente. Ao contrário do interior da boate que estava lotado, aqui fora estava deserto, era nítido que aqui era um lugar perigoso, mas eu não ligava sempre tive um fascínio por perigo e morte, por isso frequentava lugares como este. Terminei meu cigarro e caminhei pelo dito beco para retornar para boate. - Nicolas Montenegro? A voz firme partiu de um homem alto e encapuzado, a uma pequena distância de mim. Ele tinha nas mãos uma pistola, o que deixava claro sua intenção e apesar de saber que não tinha a menor chance, ainda tentei pegar a minha arma na cintura, porém, antes que eu alcançasse a mesma, ouvi o silvo de bala e um líquido quente escorrer por minha pele. Coloquei a mão no abdômen e quando ergui a mesma, estava empapada de sangue, o meu sangue vermelho vivo. Vacilei um passo, caindo de bruços no chão sujo. Sabia que ele terminaria de me matar, então prendi a respiração me fingindo de morto. Sentir a mão dele no meu pescoço checando minha respiração e então logo em seguida ele desferiu vários chutes nas minhas costelas. Não me movo e nem solto qualquer ruído, apesar da dor que sentia. Convencido que eu estava morto, o homem liga para alguém dizendo: - Está feito chefe! Nicolas Montenegro está morto! Me mantive imóvel enquanto ouvia os passos se afastando pelo beco e quando tive certeza de que o homem havia ido embora, me arrastei pelo beco deixando um rastro de sangue, me sentei encostado na parede… eu estava fraco e sentia-me zonzo devido à quantidade de sangue perdida. Sabia que a inconsciência não tardaria a chegar e provavelmente a morte. Quando imaginei como ia morrer, não pensei que seria sozinho como um cachorro de rua num beco sujo, respirei fundo, minha boca seca só queria um gole de água, não queria morrer com sede. Ouço passos vindo em minha direção, pensei que fosse aquele homem que estivesse voltando para verificar outra vez se de fato eu havia morrido, porém, para minha surpresa era a jovem bailarina da boate. Ao me ver ali sentado e sangrando, ela arregalou os olhos cobrindo a boca com a mão. - Me ajude, me ajude! - peço-lhe. Tal esforço me fez cuspir sangue, a jovem olha assustada em todas as direções e então começa a afastar depressa, obviamente ela não queria ser pega com um homem baleado à beira da morte. Não a culpo, compreendia sua reação, pois qualquer pessoa no lugar dela faria a mesma coisa. Fechei os olhos, resignados com o meu triste destino, abrindo-os minutos depois, quando senti um toque macio e morno no rosto. A jovem bailarina havia voltado e se ajoelhado ao meu lado segurando meu rosto entre as mãos, a jovem nada dizia, apenas me olhava fixamente. Ela tremia bastante, podia sentir seu medo no ar. - Me ajude!Apesar de viver em um bairro perigoso, jamais imaginei que algum dia estaria diante de uma situação como a que agora estou. Observo apavorada o homem sentado numa poça de sangue, o seu próprio sangue, ele ainda está acordado, porém, sua respiração está bastante irregular, sua pele pálida como cera. Minha vontade é de sair correndo daquele beco sujo e deixá-lo lá, porém, minha consciência não me permite tal atitude covarde, ele é um ser humano e não posso simplesmente dar as costas e ir embora e deixá-lo ali para morrer. Que ser humano seria se fizesse isto?Tiro o celular da bolsa e digito uma mensagem de texto no WhatsApp, enviando para minha amiga que divide apartamento comigo, ela é minha última esperança no momento, felizmente a resposta veio rápida, curta e direta.__"Estou indo!"Notei que o ferimento do homem estava sangrando muito, logo tomei uma atitude extrema, retirei a sua camisa social azul claro e, embolando-a, coloco-a sobre seu ferimento. Fico segurando até que min
O tempo passou rápido demais, já até se passaram um mês e uns dias desde aquele dia e, o homem não retornou e nem mesmo sabíamos se havia dado tudo certo na cirurgia. Ou se tinha morrido, ou, qualquer outra coisa. Tinha até sonhado com ele umas duas vezes e acordado exaltada, ensopada de suor. Ele era um ingrato, podia muito bem ter enviado um cartãozinho dizendo que estava bem, mas nada nem uma mísera informação, os ricos são todos iguais, só nos enxergam nos momentos que precisam.Como trabalhava apenas à noite, durante o dia não tinha nada que fazer, então me dedicava a tarefas domésticas e a cuidar de minhas plantinhas. Neste momento mesmo eu estava na varanda molhando as orquídeas e aspirando o perfume doce provindo das flores, estes eram um dos raros momentos em que eu ficava feliz.Terminando essa tarefa, fui para a cozinha preparar o almoço que compunha de arroz branco, strogonoff e batata palha, comida que eu sabia fazer muito bem, além ser a preferida de Dafne. Poucos minuto
Eu senti vontade de espremê-la nos meus braços para que ela não sentisse medo, ou frio. - Era você mesmo que eu queria encontrar! - digo. Ela se vira no mesmo momento surpresa brilhando nos meus olhos, notei que de perto ela era ainda mais linda do que imaginava parecia um anjo. Me apresentei dizendo que era o homem que ela tinha salvo porém ela nada disse continuou me olhando parecendo angustiada gostaria de ter o poder de ler mente para saber o que afligia ela. Então ela fez algo inusitado, saiu correndo como se houvesse mil demônios a perseguindo , corri. na sua trás, mas não consegui alcançá-la, pois a mesma se enfiou dentro de um táxi. Fiquei ali parado no meio da rua olhando o táxi sumir de vista, retornei para meu carro me dirigindo para casa estava frustrado, queria ter conversado com aquela menina e ter feito mil e uma coisas mais. Gargalhei com o rumo dos meus pensamentos. - Pirou Nicolas? Me virei encontrando meu irmão sentado na penumbra da sala, bebendo um whi
No final de semana meu plano era ficar em casa sentada num sofá e assistindo filmes clichês, comendo brigadeiros e chorando numa cena triste, mas minha amiga tinha outros planos.- Por favor Amy, vamos...Balancei a cabeça negativamente e eu não estava no clima para sair.- Amy, não acredito que você prefere ficar sozinha em casa em plena sexta-feira a ir comigo beber em um pub?Dei de ombro gesticulando simplesmente:- "Você vai se divertir mais se eu não for."- Não entendo por que diz isto!Movi minha mão com agilidade formando as palavras.- Sou uma companhia chata, silenciosa as pessoas se enfadam de mim- Não diz isto amiga, amo sua companhia.Gesticulei a resposta da minha querida amiga.- "Só você pensa isso, vejo como os seus amigos ficam entediados" ...- Claro que não amiga é impressão sua, vamos por favor.Balancei a cabeça negando, porém Dafne não se dava por vencida.- Não vou convidar ninguém desta vez, será só você e eu...Gesticulei- "Você não vai desistir, né?"- Nã
Observo o homem sentado a minha frente com demasiada impaciência, a horas que estou tentando convencer _ lo do porque ele deve colaborar conosco porém o mesmo não está dando o braço a torcer .__compreenda Vargas você só tem a ganhar colaborando conosco___ não posso aceitar o pedido de habeas corpus de Aníbal Garcia, a Federal está no meu pé , tenho tentado me manter mais afastado de problemaVargas era um juiz corrupto que contribuía com a máfia arquivando processos inocentando aliados nossos, porém neste caso ele recusava terminantemente nos ajudar devido ao fato do preso agora ser um dos homens mais procurado do país , Aníbal Garcia meu sub chefe que estava encarcerado a uns dois meses, a polícia estava que nem urubu no seu pé querendo que ele falasse o nome de integrantes da máfia e principalmente que revelasse a identidade de diablo o chefão da máfia, ou seja eu .__ então Vargas?___ não vou me envolverTirei um canivete suíço do bolso e cravei na sua mão direita seu grito de d
Cheguei na boate no mesmo horário de sempre me troquei no camarim e aguardei ser chamada."Anjo"MOVI sensualmente pelo palco ao som de uma canção eletrizante , cada movimento era executado com maestria e graça finalizei a apresentação subindo no poste de pole dance e descendo escorregando pelo mesmo, os uivos dos homens invadindo meus tímpanos.Um dos homens subiu no palco me agarrando e eu tentei me soltar mas o tal homem era bem mais forte do que eu, os outros divertia assistindo a cena felizmente dois segurança vieram e me ajudaram, minutos depois sozinha no camarim chorava, isto não era novidade para mim acontecia mais vezes do que eu gostaria mas sempre me deixava desnorteada, troquei as roupas sensuais por um vestido justo preto e uma jaqueta jeans e então abandonei a boate pelas portas dos fundos. UMA chuvinha fina caía lá fora segurei firme minha bolsa e acelerei o passo chegando até um ponto de ônibus, mexia distraidamente no meu celular quando um conversível preto parou dia
Mantinha meu olhar fixo em amy que estava sentada do outro lado da mesa beliscando uma lagosta, ela parecia perdida em seus próprios pensamentos..___Nicolas?Desviei o olhar de amy para a sua amiga tagarela .___ sim?__que vinho é esse?___ É o brunello di montalcino um vinho tinto italiano premium ele é produzido na região de toscana, você gostou?__ É uma delícia , nunca tinha bebido vinho tão bom..___ É o meu favorito. DigoE olhando diretamente para o anjo silencioso sentado do outro lado da mesa disse:___ E você amy o que achou ?Ela voltou sua atenção para mim , movendo ligeiramente suas mãos delicadas, prestei atenção aos mínimos detalhes._"_Brunello é bom mas não o suficiente para ser o meu favorito._ sério isto, você está falando de um dos vinhos mais requintados e caro___ Ele é muito intenso para o meu paladar prefiro algo mais doce e suave___ como por exemplo?___ cabernet sauvignon para mim é perfeito, tem o doce e a acidez na medida certa. gesticula elaOlhei surp
Passei o dia na minha empresa preso no escritório resolvendo pendências administrativas e a noite fui receber um carregamento de droga que vinha da Jamaica num navio, quando cheguei meu subchefe Aníbal lá estava acompanhado de uns outros quatro homens, Billy, Wallace, Drake , jake, aníbal veio ao meu encontro ., ___ Que demora homem pensei que não fosse vim mais.___ tive uns imprevistos, e o navio já chegou?__ sim ...Tirei a mochila das costas e abrindo ela tirei as roupas de mergulhos de dentro entreguei uma a ele ficando com a outra, sem vergonha arranquei a roupa ali mesmo ficando só de cueca e vestindo o macacão super colante, quando nós dois já estávamos vestidos os homens nos assoviaram.___ mais que gracinhas__ realçou os glúteosAníbal levava na esportiva já eu ficava irritado o que culminava no fim da graça sem graça deles.___ o próximo que falar uma s arranco a língua...Sem mais delongas Aníbal e eu saltamos no mar mergulhando até o casco do barco retirando da caixa d