Em uma ilha remota, onde a magia e o destino se entrelaçam, uma jovem Luna chamada Bianca naufraga em busca de um novo começo. Perseguida por sombras do passado, ela logo descobre que a ilha é o lar de 100 Alfas, homens poderosos que perderam suas Lunas em tragédias que ecoam por gerações. Cada Alfa carrega uma dor única e um desejo ardente de se reconectar com sua alma gêmea. À medida que Bianca, se adapta à vida na ilha, ela percebe que não é apenas uma sobrevivente, mas a chave para a redenção desses Alfas. Conforme suas habilidades e sentimentos emergem, ela é puxada para um vínculo profundo e inquebrável, revelando um amor que transcende o tempo e a perda. No entanto, a convivência em um lar com tantos corações partidos traz desafios inesperados, à medida que rivalidades, ciúmes e dilemas emocionais ameaçam desestabilizar a nova família que ela encontrou. Enquanto a ilha esconde segredos antigos e perigos iminentes, a Luna deve decidir: será que ela pode curar as feridas do passado e, ao mesmo tempo, encontrar seu próprio lugar entre os Alfas? E, com o peso da responsabilidade sobre seus ombros, até onde ela irá para proteger aqueles que agora considera sua verdadeira família?
Ler maisBianca estava determinada a conhecer melhor cada um dos alfas que a cercavam. Ela não seria uma luna indefesa a espera de proteção, queria ajudar. Se fosse para fazer parte da alcatéia, seria útil, e não apenas alguém que esperaria. Depois de dias explorando a ilha e pensando em quais dos grupos deles escolheria para conhecer primeiro, decidiu que era hora de sair da segurança e acompanhar os líderes de caça e exploração.Era início da noite quando ela caminhou até o ponto de encontro, onde os dez alfas responsáveis por caçar e explorar os perigos da ilha já a esperavam. Krixon, o líder do grupo, estava encostado em uma árvore, os olhos âmbar observando atentamente cada movimento dela. Ao lado dele, Miryas e Vorath conversavam em voz baixa, enquanto Zaphyr afiava uma faca com uma precisão impecável. Os outros permaneciam em posições relaxadas, mas o ar de expectativa era palpável.— Você tem certeza disso? — Krixon perguntou, a voz grave ecoando no silêncio da noite. Ele era imponente
Capítulo 13O peso do fardo que carregava parecia, de alguma forma, mais suportável. Ela havia sido ouvida. Pela primeira vez, eles entenderam que sua dor não era algo a ser ignorado ou minimizado.Quando a clareira finalmente se acalmou, e os alfas baixaram suas cabeças em reconhecimento, Bianca se afastou da colina e voltou ao seu refúgio solitário. Ela sabia que, apesar da força que mostrara, não poderia continuar fugindo para sempre. Havia mais decisões pela frente, e essas não poderiam ser adiadas indefinidamente.Bianca passou a noite em claro, deitada sob o manto das estrelas, ouvindo o vento que parecia mais suave agora, quase reconfortante. Sua mente vagava pelas possibilidades, e uma ideia começava a tomar forma. Ela não queria mais ser prisioneira de seu próprio destino, mas, ao mesmo tempo, sabia que não poderia simplesmente continuar a se afastar de tudo e todos.Bianca se sentou lentamente, seus pensamentos se alinhando. Era hora de uma nova abordagem. Na manhã seguinte,
Capítulo 12Há uma semana, Bianca se isolara na cabana de Draven, afastando-se dos alfas e de qualquer interação. No entanto, não era dentro da cabana que ela encontrava refúgio. A maior parte dos dias, ela passava no topo de uma colina, de onde podia ver o oceano se estender até o horizonte. O isolamento, seu único escape, a mantinha longe das responsabilidades que a aguardavam, dos olhares dos alfas e das expectativas que pesavam sobre ela. Era um esforço consciente de se esconder, de evitar decisões e encarar o destino que a aguardava. Ninguém ousava perturbar sua reclusão. Exceto Draven.Ele sempre aparecia silenciosamente, nunca diretamente. Draven respeitava seu espaço, quase como se sentisse o quanto sua presença constante a sufocaria ainda mais. Em vez disso, deixava discretamente alimentos ao lado do abrigo improvisado, durante a noite, quando Bianca estava adormecida. Cada manhã, ao despertar, ela encontrava as frutas frescas, o pão cuidadosamente deixado, e sabia que ele
Capítulo 11Ela tentou controlar as emoções que explodiam dentro dela — raiva, confusão, medo — mas era difícil. A sensação de estar presa entre as expectativas da alcatéia e seus próprios desejos a deixava tensa. Tudo estava acontecendo rápido demais, e ela não sabia como reagir.Draven, por sua vez, observava-a em silêncio. Ele não tentou se aproximar nem tocá-la. A tensão entre eles agora era palpável, como um fio prestes a se romper. Bianca conseguia ver a dor nos olhos dele, mas isso só a deixava mais confusa. Como ele podia dizer que a queria e, ao mesmo tempo, admitir que ela pertencia a todos? A contradição se torcia em seu estômago como um nó.— Eu não sabia... — murmurou ela, quase para si mesma, sua voz entrecortada. — Eu não sabia que ser Luna significava... isso.A verdade a atingiu com força, e a ideia de ser uma líder, não apenas para Draven, mas para toda a alcatéia, parecia um peso esmagador. O que ela sabia sobre liderança? O que ela poderia oferecer a um grupo que p
Capítulo 10A noite havia sido intensa, e a sensação de pertencimento ainda pulsava em seu peito. Mas, agora que a euforia da festa havia passado, uma nova tensão começou a tomar conta dela, algo mais pessoal, mais íntimo.Draven caminhava ao seu lado, em seu habitual silêncio, mas Bianca podia sentir algo diferente no ar. Talvez fosse a maneira como ele a olhava, ou o simples fato de que, naquele momento, ambos estavam finalmente sozinhos, afastados da agitação e da multidão. O frescor da noite envolvia os dois, mas o calor que Bianca sentia por dentro era muito mais intenso.Quando chegaram à cabana, Draven abriu a porta com um gesto tranquilo, como se fosse algo que ele já havia feito muitas vezes. Ele era sempre tão contido, quase inabalável. E, por isso, quando Bianca entrou, sentiu-se estranhamente à vontade.Ela se sentou na beirada da cama, sentindo o cansaço da noite de comemoração pesar sobre seu corpo, mas sua mente estava inquieta. Seus olhos, involuntariamente, procuraram
Capítulo 9 Draven a havia levado até a vila, como ela pedira, e durante o caminho, o silêncio entre os dois era quase palpável. Ela podia sentir a tensão no ar, mas, mais do que isso, sentia a responsabilidade que agora recaía sobre seus ombros. O peso de ser a Luna de cem Alfas – uma conexão que ela não havia escolhido, mas que parecia estar destinada a ela desde o momento em que naufragou naquela ilha.Seus passos eram firmes, mas seu coração batia descompassado. Enquanto caminhava ao lado de Draven, sentia os olhares dos outros Alfas a seguirem. Eles não falavam, mas o olhar deles dizia muito. Expectativa, esperança, e até um pouco de dúvida. Mas Bianca sabia o que precisava fazer.Quando finalmente chegaram ao centro da vila, onde Lucian, Jarek, e os outros Alfas estavam reunidos, a presença deles parecia preencher o espaço. Bianca respirou fundo, sentindo a tensão na vila aumentar com sua chegada. Seus olhos encontraram os de Lucian, que parecia já adivinhar o que estava por vir
Capítulo 8 As revelações de Lucian, Jarek e dos outros alfas rodavam em sua mente como uma tempestade, cada pedaço de informação levando-a a questionar tudo o que sabia — ou pensava saber — sobre sua vida, o mundo, e agora... seu papel como Luna.Ela permaneceu deitada, com os olhos fixos no teto, incapaz de dormir. Seu coração batia rápido, e sua respiração estava curta. Como ela poderia aceitar tudo aquilo? Lobos? Shifters? Uma outra dimensão? E, acima de tudo, a ideia de que ela era a Luna — a companheira de todos aqueles alfas. Era como se ela estivesse vivendo em um pesadelo, mas não conseguia acordar.A madrugada avançou lenta, cada minuto parecia uma eternidade. Os sons da floresta, que antes lhe traziam paz, agora a faziam sentir-se desconfortável, como se tudo ao seu redor estivesse observando e esperando por seu próximo movimento. Lá fora, ela sabia que Draven estava de guarda. Mesmo sem vê-lo, ela sentia sua presença firme e protetora, mas isso não era suficiente para acal
Capítulo 7 Bianca, ainda atordoada pelas revelações do que havia ocorrido, mal conseguia raciocinar. Seus olhos se moviam entre os homens que a cercavam, especialmente Lucian e Draven. — Eu preciso de respostas — disse Bianca, sua voz firme, embora ainda houvesse um tremor em suas palavras. — Vocês me falam de ser uma Luna, de ser importante... Mas o que vocês são, afinal?Draven, que estava ao seu lado, tensionou. Ele evitou olhar diretamente para ela, seus olhos fixos no chão, como se lutar para dizer aquilo o machucasse de alguma forma. Sua mandíbula estava rígida, e um silêncio desconfortável se formou no ambiente.— É complicado, Bianca — ele murmurou, finalmente quebrando o silêncio, mas suas palavras não traziam conforto. Na verdade, só aumentavam a confusão dela.Bianca franziu o cenho, não satisfeita com a resposta evasiva de Draven.— Complicado? — repetiu, a frustração transparecendo. — Eu quase morri naquele naufrágio, acordei cercada por estranhos, e agora vocês me dize
Capítulo 6Bianca, ainda envolta pelo calor das mantas que a cobriam, se remexeu levemente sobre o colchão improvisado. Algo estava diferente. Uma sensação estranha, como se houvesse olhos a observando, fez seu coração acelerar. Sua respiração ficou mais rápida, e um leve tremor percorreu seu corpo. Com o coração batendo forte no peito, ela abriu os olhos lentamente.A primeira coisa que viu foram sombras — grandes, imóveis, cercando-a como sentinelas silenciosos. Seus olhos, ainda se ajustando à penumbra da cabana, foram se fixando em figuras imponentes. Homens altos, poderosos, com expressões fechadas, em pé ao lado da cama como uma muralha.Bianca sentiu o pânico subir pela garganta.“Quem eram eles? Por que estavam ali?” Ela pensou com seu corpo ficando rígido de medo enquanto olhava para cada um deles, procurando por uma resposta. Eles não falavam. Apenas a observavam com olhos atentos, como se aguardassem algo.Ela tentou levantar-se, mas suas pernas estavam pesadas, seu corpo a