Os Alfas se reuniram no grande salão da vila. O lugar, com suas paredes de madeira rústica e vigas expostas, era o centro das decisões da matilha. Lucian, o líder, estava no centro da sala. Sua expressão era de preocupação, mas também de determinação. Ele havia sentido algo que não podia ignorar, algo que exigia respostas.
— Draven está mentindo — declarou Lucian, quebrando o silêncio que pairava sobre o grupo. Sua voz firme reverberou pelo salão. Todos os Alfas presentes pararam de murmurar, voltando seus olhares para o líder.
— O que você quer dizer com isso, Lucian? — perguntou Jarek, um dos Alfas mais antigos da matilha, cruzando os braços. Ele era grande e musculoso, com cicatrizes de batalhas passadas marcando seu rosto severo.
Lucian olhou para cada um dos Alfas, sentindo o peso da responsabilidade sobre seus ombros. Ele sabia que essa discussão poderia mudar o destino da matilha.
— Quando Draven veio à vila hoje, ele disse que havia encontrado um homem no mar, que estava fraco e precisava de cuidados — começou Lucian, com um tom sério. — Mas isso não é verdade. Ele está escondendo algo, e eu sei o que é.
Os olhos dos Alphas brilharam com uma mistura de curiosidade e inquietação. Eles confiavam em Lucian, mas Draven sempre havia sido um aliado fiel da matilha. Ainda assim, o silêncio no salão mostrou que estavam prontos para ouvir o que o líder tinha a dizer.
— Quando Draven veio hoje até aqui eu senti o cheiro de uma mulher. Não qualquer mulher. Uma Luna. — continuou Lucian, sua voz baixa, mas carregada de autoridade.
Alguns dos Alfas se levantaram de suas cadeiras, suas expressões incrédulas e alarmadas. O cheiro de uma Luna, especialmente em uma ilha tão isolada, era algo que não poderia ser ignorado.
— Uma Luna? — exclamou Rehan, um dos Alfas mais jovens, os olhos arregalados de surpresa. — Tem certeza, Lucian?
Lucian balançou a cabeça, confirmando.
— Eu senti. O cheiro era inconfundível. Draven está escondendo uma Luna em sua cabana, e ele mentiu sobre isso.
O salão explodiu em murmúrios e discussões acaloradas. Alguns questionavam as intenções de Draven, enquanto outros tentavam processar o que isso significava para a matilha. Uma Luna significava mais do que uma simples visitante. Ela era uma figura de poder, uma força capaz de mudar o equilíbrio dentro da matilha.
— Por que ele esconderia algo assim? — perguntou Jarek, ainda confuso, sua voz ressoando por cima das conversas. — Draven sempre foi leal. Não faz sentido ele mentir sobre algo tão importante.
Lucian cruzou os braços, pensativo.
— Isso é o que eu pretendo descobrir. Mas o fato de ele ter escondido a presença dela já é motivo suficiente para desconfiança. Não podemos nos dar ao luxo de ignorar isso. Ele pode estar tentando protegê-la... ou pode estar escondendo algo mais.
— Se ela for uma Luna, isso muda tudo! — gritou Rehan, se levantando de repente. — Uma Luna pode significar uma nova era para a matilha, ou até um desastre. Depende de quem ela é e por que está aqui.
— Mas por que Draven mentiria sobre isso? — insistiu Jarek. — Ele sabe que somos uma comunidade, que qualquer decisão deve ser compartilhada com a matilha.
Lucian olhou ao redor, percebendo que a dúvida estava corroendo o grupo. O vínculo de confiança entre os Alfas era a base da força deles, e a ideia de que um dos seus pudesse estar traindo essa confiança era um veneno perigoso.
— Temos que confrontá-lo — disse Lucian, sua voz cortando o tumulto de conversas. — Precisamos descobrir a verdade antes que seja tarde demais.
— E se ele estiver protegendo ela por um motivo legítimo? — perguntou Aric, conhecido por sua cautela. — Não podemos simplesmente acusá-lo sem ouvir sua versão.
Lucian assentiu.
— É verdade, Aric. Não estou propondo que o condenemos sem provas. Mas a presença de uma Luna pode significar muitas coisas, boas ou ruins. E se Draven estiver escondendo mais do que apenas sua presença? Precisamos estar prontos para qualquer possibilidade.
Os Alphas continuaram a debater, suas vozes subindo e descendo como o mar agitado. Alguns queriam agir imediatamente, confrontar Draven e forçá-lo a falar. Outros achavam melhor esperar e observar, tentar entender por que ele estaria escondendo uma Luna.
Jarek, sempre o mais direto, deu um passo à frente.
— Então, o que fazemos, Lucian? Vamos confrontá-lo agora?
Lucian ficou em silêncio por um momento, ponderando. Ele sabia que a verdade era essencial, mas também que qualquer movimento errado poderia provocar uma ruptura dentro da matilha. Finalmente, ele falou:
— Vamos até a cabana de Draven — disse ele, com firmeza. — Mas não iremos com violência. Vamos exigir respostas. Se ele estiver escondendo algo, saberemos. Se ele tiver uma explicação, ouviremos. Mas, de uma forma ou de outra, a verdade virá à tona.
Os Alfas assentiram, preparando-se para o confronto inevitável. Lucian os guiaria, como sempre fazia, mas dessa vez, ele também estava em terreno incerto. Uma Luna, uma figura tão poderosa, em segredo naquela ilha... aquilo poderia alterar tudo o que eles conheciam sobre seu mundo.
Draven estava sentado ao lado da cama observava a mulher dormir um sono profundo, o silêncio na cabana era reconfortante, mas ele sabia que não duraria. Desde o momento em que a resgatara do naufrágio, sabia que seu segredo estava em risco. Proteger uma mulher desconhecida era algo que ninguém ousaria fazer em silêncio por muito tempo.
Ele suspirou, com os pensamentos em um fluxo anormal. De repente, seus ouvidos captaram o som de passos do lado de fora. Passos firmes, decididos, que não pertenciam a somente um lobo, mas a matilha completa. Ele fechou os olhos por um momento, tentando acalmar o batimento acelerado de seu coração. Ele sabia que esse momento chegaria.
Levantando-se lentamente, Draven caminhou até a porta da cabana e olhou por uma fresta da porta. Seus sentidos aguçados confirmaram o que ele já sabia: Lucian estava à frente da matilha. O cheiro de desconfiança e tensão pairava no ar, inconfundível.
Ele voltou-se para Bianca por um breve instante. Ela ainda dormia, alheia ao caos que se aproximava. Draven sabia que, em questão de minutos, sua tranquilidade estaria destruída. O conflito era inevitável. Ele a protegeria, a qualquer custo.
"Eles não a levarão." Esse pensamento repetia-se como um mantra em sua mente. Ele havia quebrado o protocolo ao esconder sua presença, mas não podia permitir que os outros Alfas decidissem o que deveria ser feito com a mulher.
Draven abriu a porta antes que Lucian ou os outros tivessem a chance de bater. Seu olhar duro encontrou o de Lucian imediatamente, e o líder da matilha não hesitou.
— Sabíamos que você estava escondendo algo, Draven — disse Lucian, sua voz baixa, mas carregada de tensão. — Chegou a hora de explicações.
Os outros Alfas estavam posicionados logo atrás, formando uma linha imponente, prontos para agir caso fosse necessário. Draven, no entanto, não se intimidou. Sua postura era calma, controlada, mas seus olhos não escondiam a determinação feroz que ardia dentro dele.
— Não há nada para explicar — respondeu Draven, em um tom cortante. — O que quer que vocês pensem que sabem, não entenderiam.
Lucian estreitou os olhos, dando um passo à frente. Ele não tinha a intenção de fazer aquilo virar uma batalha, mas estava preparado. O cheiro de uma Luna era inconfundível, e Draven não podia mais negar o que estava escondendo.
— Uma Luna está aqui, Draven. Não negue. Nós sabemos — disse Lucian, sua voz firme. — E o fato de você ter mentido e escondido isso de nós... Isso levanta muitas questões.
Draven se sentiu injustiçado de tais acusações, seus instintos alertando-o para a gravidade da situação, maso semblante de espanto mostrava que ele não fazia ideia de que a mulher a qual estava ajudando era uma Luna, agora ele conseguia entender o motivo de estar sentindo uma ligação com ela.
— Eu não sabia que ela era uma Luna — disse Draven se defendendo assim que recuperara do espanto inicial. — Eu não disse nada porque estava protegendo ela.
Os olhos de Lucian brilharam com curiosidade, mas também com raiva. Ele não estava acostumado a ser desafiado dentro da própria matilha. Os outros Alphas começaram a murmurar, claramente desconfortáveis com a situação.
— Se é verdade que você a está protegendo, então nos deixe vê-la — exigiu Lucian.
Draven permaneceu em silêncio por um longo momento. Ele sabia que não poderia mantê-la escondida para sempre, mas também sabia que revelar sua identidade naquele momento poderia colocá-la em um perigo ainda maior. Ela não estava pronta para enfrentar os Alphas. Não ainda.
— Não. Não vou permitir que vocês a perturbem — disse ele, finalmente, sua voz dura como pedra. — Ela ainda não sabe quem é, e se vocês a levarem agora, só estarão colocando sua vida em risco.
— Draven — disse Lucian, a voz mais calma agora. — Eu entendo seu instinto de protegê-la. Mas ela não é sua para guardar. A Luna pertence à matilha. Precisamos vê-la, precisamos saber o que está acontecendo. Acreditamos em você, mas não podemos ignorar o fato de que está escondendo algo tão importante.
Draven apertou os punhos, seu corpo tenso. Ele sabia que Lucian estava tentando ser razoável. Ele olhou para trás, para a cabana, onde ela ainda dormia, e então voltou-se para Lucian.
— Se eu deixar que a vejam, vocês precisam prometer que nada será decidido sem antes ouvir o que eu tenho a dizer. Não vou permitir que a tirem daqui à força.
Lucian assentiu lentamente, os olhos fixos nos de Draven.
— Eu prometo. Queremos a verdade, Draven. Nada mais.
Draven suspirou, resignado. Ele sabia que não poderia proteger Bianca da matilha por muito mais tempo. E, no fundo, sabia que a verdade teria que vir à tona eventualmente. Mas isso não significava que ele a entregaria de bandeja.
Com um último olhar para os Alfas, ele se afastou da porta, permitindo que Lucian e os outros entrassem na cabana. Enquanto eles avançavam, Draven sentia o peso de uma batalha iminente, uma que ele estava disposto a lutar com tudo que tinha para garantir a segurança de Bianca.
Capítulo 6Bianca, ainda envolta pelo calor das mantas que a cobriam, se remexeu levemente sobre o colchão improvisado. Algo estava diferente. Uma sensação estranha, como se houvesse olhos a observando, fez seu coração acelerar. Sua respiração ficou mais rápida, e um leve tremor percorreu seu corpo. Com o coração batendo forte no peito, ela abriu os olhos lentamente.A primeira coisa que viu foram sombras — grandes, imóveis, cercando-a como sentinelas silenciosos. Seus olhos, ainda se ajustando à penumbra da cabana, foram se fixando em figuras imponentes. Homens altos, poderosos, com expressões fechadas, em pé ao lado da cama como uma muralha.Bianca sentiu o pânico subir pela garganta.“Quem eram eles? Por que estavam ali?” Ela pensou com seu corpo ficando rígido de medo enquanto olhava para cada um deles, procurando por uma resposta. Eles não falavam. Apenas a observavam com olhos atentos, como se aguardassem algo.Ela tentou levantar-se, mas suas pernas estavam pesadas, seu corpo a
Capítulo 7 Bianca, ainda atordoada pelas revelações do que havia ocorrido, mal conseguia raciocinar. Seus olhos se moviam entre os homens que a cercavam, especialmente Lucian e Draven. — Eu preciso de respostas — disse Bianca, sua voz firme, embora ainda houvesse um tremor em suas palavras. — Vocês me falam de ser uma Luna, de ser importante... Mas o que vocês são, afinal?Draven, que estava ao seu lado, tensionou. Ele evitou olhar diretamente para ela, seus olhos fixos no chão, como se lutar para dizer aquilo o machucasse de alguma forma. Sua mandíbula estava rígida, e um silêncio desconfortável se formou no ambiente.— É complicado, Bianca — ele murmurou, finalmente quebrando o silêncio, mas suas palavras não traziam conforto. Na verdade, só aumentavam a confusão dela.Bianca franziu o cenho, não satisfeita com a resposta evasiva de Draven.— Complicado? — repetiu, a frustração transparecendo. — Eu quase morri naquele naufrágio, acordei cercada por estranhos, e agora vocês me dize
Capítulo 8 As revelações de Lucian, Jarek e dos outros alfas rodavam em sua mente como uma tempestade, cada pedaço de informação levando-a a questionar tudo o que sabia — ou pensava saber — sobre sua vida, o mundo, e agora... seu papel como Luna.Ela permaneceu deitada, com os olhos fixos no teto, incapaz de dormir. Seu coração batia rápido, e sua respiração estava curta. Como ela poderia aceitar tudo aquilo? Lobos? Shifters? Uma outra dimensão? E, acima de tudo, a ideia de que ela era a Luna — a companheira de todos aqueles alfas. Era como se ela estivesse vivendo em um pesadelo, mas não conseguia acordar.A madrugada avançou lenta, cada minuto parecia uma eternidade. Os sons da floresta, que antes lhe traziam paz, agora a faziam sentir-se desconfortável, como se tudo ao seu redor estivesse observando e esperando por seu próximo movimento. Lá fora, ela sabia que Draven estava de guarda. Mesmo sem vê-lo, ela sentia sua presença firme e protetora, mas isso não era suficiente para acal
Capítulo 9 Draven a havia levado até a vila, como ela pedira, e durante o caminho, o silêncio entre os dois era quase palpável. Ela podia sentir a tensão no ar, mas, mais do que isso, sentia a responsabilidade que agora recaía sobre seus ombros. O peso de ser a Luna de cem Alfas – uma conexão que ela não havia escolhido, mas que parecia estar destinada a ela desde o momento em que naufragou naquela ilha.Seus passos eram firmes, mas seu coração batia descompassado. Enquanto caminhava ao lado de Draven, sentia os olhares dos outros Alfas a seguirem. Eles não falavam, mas o olhar deles dizia muito. Expectativa, esperança, e até um pouco de dúvida. Mas Bianca sabia o que precisava fazer.Quando finalmente chegaram ao centro da vila, onde Lucian, Jarek, e os outros Alfas estavam reunidos, a presença deles parecia preencher o espaço. Bianca respirou fundo, sentindo a tensão na vila aumentar com sua chegada. Seus olhos encontraram os de Lucian, que parecia já adivinhar o que estava por vir
Capítulo 10A noite havia sido intensa, e a sensação de pertencimento ainda pulsava em seu peito. Mas, agora que a euforia da festa havia passado, uma nova tensão começou a tomar conta dela, algo mais pessoal, mais íntimo.Draven caminhava ao seu lado, em seu habitual silêncio, mas Bianca podia sentir algo diferente no ar. Talvez fosse a maneira como ele a olhava, ou o simples fato de que, naquele momento, ambos estavam finalmente sozinhos, afastados da agitação e da multidão. O frescor da noite envolvia os dois, mas o calor que Bianca sentia por dentro era muito mais intenso.Quando chegaram à cabana, Draven abriu a porta com um gesto tranquilo, como se fosse algo que ele já havia feito muitas vezes. Ele era sempre tão contido, quase inabalável. E, por isso, quando Bianca entrou, sentiu-se estranhamente à vontade.Ela se sentou na beirada da cama, sentindo o cansaço da noite de comemoração pesar sobre seu corpo, mas sua mente estava inquieta. Seus olhos, involuntariamente, procuraram
Capítulo 11Ela tentou controlar as emoções que explodiam dentro dela — raiva, confusão, medo — mas era difícil. A sensação de estar presa entre as expectativas da alcatéia e seus próprios desejos a deixava tensa. Tudo estava acontecendo rápido demais, e ela não sabia como reagir.Draven, por sua vez, observava-a em silêncio. Ele não tentou se aproximar nem tocá-la. A tensão entre eles agora era palpável, como um fio prestes a se romper. Bianca conseguia ver a dor nos olhos dele, mas isso só a deixava mais confusa. Como ele podia dizer que a queria e, ao mesmo tempo, admitir que ela pertencia a todos? A contradição se torcia em seu estômago como um nó.— Eu não sabia... — murmurou ela, quase para si mesma, sua voz entrecortada. — Eu não sabia que ser Luna significava... isso.A verdade a atingiu com força, e a ideia de ser uma líder, não apenas para Draven, mas para toda a alcatéia, parecia um peso esmagador. O que ela sabia sobre liderança? O que ela poderia oferecer a um grupo que p
Capítulo 12Há uma semana, Bianca se isolara na cabana de Draven, afastando-se dos alfas e de qualquer interação. No entanto, não era dentro da cabana que ela encontrava refúgio. A maior parte dos dias, ela passava no topo de uma colina, de onde podia ver o oceano se estender até o horizonte. O isolamento, seu único escape, a mantinha longe das responsabilidades que a aguardavam, dos olhares dos alfas e das expectativas que pesavam sobre ela. Era um esforço consciente de se esconder, de evitar decisões e encarar o destino que a aguardava. Ninguém ousava perturbar sua reclusão. Exceto Draven.Ele sempre aparecia silenciosamente, nunca diretamente. Draven respeitava seu espaço, quase como se sentisse o quanto sua presença constante a sufocaria ainda mais. Em vez disso, deixava discretamente alimentos ao lado do abrigo improvisado, durante a noite, quando Bianca estava adormecida. Cada manhã, ao despertar, ela encontrava as frutas frescas, o pão cuidadosamente deixado, e sabia que ele
Capítulo 13O peso do fardo que carregava parecia, de alguma forma, mais suportável. Ela havia sido ouvida. Pela primeira vez, eles entenderam que sua dor não era algo a ser ignorado ou minimizado.Quando a clareira finalmente se acalmou, e os alfas baixaram suas cabeças em reconhecimento, Bianca se afastou da colina e voltou ao seu refúgio solitário. Ela sabia que, apesar da força que mostrara, não poderia continuar fugindo para sempre. Havia mais decisões pela frente, e essas não poderiam ser adiadas indefinidamente.Bianca passou a noite em claro, deitada sob o manto das estrelas, ouvindo o vento que parecia mais suave agora, quase reconfortante. Sua mente vagava pelas possibilidades, e uma ideia começava a tomar forma. Ela não queria mais ser prisioneira de seu próprio destino, mas, ao mesmo tempo, sabia que não poderia simplesmente continuar a se afastar de tudo e todos.Bianca se sentou lentamente, seus pensamentos se alinhando. Era hora de uma nova abordagem. Na manhã seguinte,