Capítulo 311
Quando George e eu descemos do carro, Benedita estava sentada na cadeira de balanço no quintal, lendo um livro. O vento balançava a barra do seu vestido, criando uma cena tão delicada que parecia até um quadro, algo quase irreal.

Ela estava tão absorta na leitura que nem percebeu quando o carro parou na entrada. Só levantou os olhos quando Kiko gritou:

— Benê, olha quem chegou!

— Kiko, seu carro faz mais barulho que um trator. Não preciso nem olhar pra saber que é você. — A resposta de Benedita me fez soltar uma risada.

Kiko ficou visivelmente sem jeito, coçando a cabeça.

— Não é só eu, não. Tem mais gente. — Ele tentou justificar.

Benedita, no entanto, virou a página do livro com calma, sem dar muita atenção, como se ele nem estivesse ali.

Kiko abriu a boca para insistir, mas eu balancei a cabeça, pedindo para ele deixar pra lá. Então, fui até ela.

Parei atrás de Benedita e olhei para o livro que ela estava lendo. Sorri.

— Esse livro você já leu, não leu?

Na última
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