O Oeste selvagem é um território sem lei, onde pistoleiros são conhecidos por sua impiedade e força brutal. Hael é um deles. Com uma personalidade forte e uma inteligência afiada, ele construiu sua reputação a partir de um passado trágico e de uma origem que o tornava diferente de todos ao seu redor. Lutou arduamente para conquistar respeito e, enfim, tornou-se Billy Walker, um dos pistoleiros mais temidos do Oeste. Seu curto período de férias chega ao fim quando uma jovem desesperada implora por sua ajuda. Reunindo seu bando, o fora da lei não imaginava que, além do perigo iminente, enfrentaria uma atração avassaladora que poderia mudar tudo. Isabella Portman é a dama perfeita, mas o que deveria ser uma temporada breve e feliz em sua terra natal transforma-se em um pesadelo. Seu pai, o xerife local, é levado por um grupo de bandidos perigosos. Em seu desespero, Isabella busca auxílio na única pessoa capaz de ajudá-la: o temível Billy Walker. Liliam Bennet, conhecida como Gata Selvagem, é uma mulher de sangue quente, temida e desejada por qualquer homem que cruze seu caminho. Filha do infame fora da lei apelidado Sem Alma, Lily conhece todas as estratégias de seu pai e de seu bando, sendo tanto o ponto fraco quanto a maior força deles. Mesmo relutante, ela não consegue resistir ao pedido de Hael para se unir à missão, ainda que acreditasse ter enterrado o amor que um dia sentiu por ele. Aviso: Conteúdo Adulto
Ler maisIsabella observava Liliam perto do barril de água e decidiu se aproximar. Ainda estava preocupada com o que acontecera na noite anterior, mas não tocaria no assunto. Sabia que a morena não gostava de demonstrar fraqueza e que mencionar aquilo só a deixaria desconfortável.— Bom dia, Lily — cumprimentou animada, como de costume.— Bom dia, querida — Liliam respondeu com um sorriso. — Já comeu alguma coisa?— Já sim, não precisa se preocupar.— Hoje continuaremos a viagem. Amanhã chegaremos a uma aldeia onde será possível comer melhor e tomar um banho decente — comentou com animação, antes de completar com uma informação importante: — Ah, e não se preocupe. Estamos perto do acampamento do homem que pegou o seu pai.O rosto de Isabella se contraiu em preocupação.— Você acha que ele está vivo?Liliam hesitou antes de responder.— Existe uma possibilidade, especialmente se meu pai estiver lá — suspirou. — Mas não pense nisso agora. Concentre-se apenas em encontrá-lo.Isabella assentiu.—
Na manhã seguinte, assim que Lily acordou, Hael foi procurá-la. Diferente da noite anterior, ela parecia a mesma de sempre. Um alívio percorreu seu corpo ao perceber que Liliam estava bem.— Lily. — A chamou com a voz rouca.— Bom dia, Minho. — Ela sussurrou.Ele não resistiu e a abraçou apertado, afundando o rosto no pescoço dela e inspirando seu aroma. Passara a noite inteira preocupado, pensando várias vezes em ir até a barraca dela, mas sabia que Ryder não o deixaria entrar. A ausência de qualquer movimentação o havia forçado a esperar.— O que foi? — Ela o abraçou, afagando os cabelos dele.Ele precisava perguntar. Aquilo o atormentava desde a noite anterior. Era ele ali, o homem em quem ela sempre confiou. Não havia motivo para Liliam se esconder dele. Depois do que presenciara, ele precisava saber o que ela estava escondendo.— Você... ah, querida... o que aconteceu ontem? — Ele perguntou, afastando-se para segurar o rosto dela. — É por isso que não estava dormindo? Você tem pe
Hael a observava com cuidado, tentando se aproximar. Jake avançava por trás, enquanto ela continuava com a faca apontada para si mesma. Aquela não era a Lily que ele conhecia. Ela estava completamente transtornada. Ele nunca a vira assim antes.Alguém passou apressado, esbarrando com força em Hael.— Sai da frente!Ryder surgiu segurando uma garrafinha, avançando com calma na direção dela. Ele parecia tranquilo, analisando-a com cuidado.O que ele está fazendo?, Hael pensou, franzindo o cenho.— Sai! — Lily gritou, sua voz carregada de fúria.— Liliam... — A voz de Ryder soou baixa e tranquila, como mel. — Você está segura. Nada está acontecendo, acalme-se, amor.Amor? O estômago de Hael se revirou como se tivesse levado um soco.— Não! Pare com isso! — Liliam gritou, mais agressiva ainda.Hael deu um passo à frente, pronto para intervir, mas Ryder já estava perto dela, falando com calma, quase em sussurros.— Lily, você está segura. Somos nós. — Ele se abaixou, colocando a garrafa no
*GATILHO AO FINAL DO CAPÍTULO*O sol estava escaldante, e Liliam sentia o cansaço pesar sobre seus ombros como um fardo insuportável. Por mais que quisesse apenas descansar, ela não podia ceder. Não agora. Cada minuto longe da aldeia era um minuto mais perto do perigo.Desde o encontro com William, algo dentro dela parecia ter se quebrado. As palavras dele ainda ecoavam em sua mente, cortando mais fundo do que qualquer lâmina."Esses homens sabem, Lily? Que você é a puti..."Ela respirou fundo, lutando contra o arrepio que subia por sua espinha. Não, ela não era aquilo. Não era nada daquilo. Mas as lembranças ameaçavam transbordar, como uma represa prestes a ruir. Suas mãos tremiam levemente, e a cicatriz em sua barriga parecia queimar, trazendo de volta memórias que ela lutava para esquecer.— Você está bem? — A voz de Ryder a trouxe de volta à realidade.Ela piscou, ainda olhando para o horizonte vazio.— Hm... — murmurou, tentando soar indiferente, mas sua expressão apavorada entre
Liliam estava de mau humor. Há dias lutava contra o sono, preferindo o cansaço extremo a enfrentar os pesadelos que a assombravam. Um arrepio percorreu sua espinha ao lembrar deles. Respirou fundo, tentando afastar os pensamentos ruins, enquanto terminava de arrumar suas coisas.Saber que Minho ainda usava o colar que ela comprara para os dois lhe trazia uma paz reconfortante. Um sorriso tímido surgiu em seus lábios enquanto seus dedos acariciavam a primeira letra do nome dele no pingente.Os dias em que ele a evitara haviam sido difíceis, mas, felizmente, tudo voltara ao normal. Ele podia não estar ao seu lado como homem, mas ela se agarrava à amizade entre eles, algo que não estava disposta a perder.Se Minho descobrisse que ela o amava, as coisas mudariam. Tudo ficaria estranho. Por mais que tentasse sufocar esse sentimento, a luta havia sido em vão. O amor que sentia por ele estava mais forte do que nunca. Não havia nada que pudesse fazer além de aceitar essa realidade. Talvez um
Hael agradeceu mentalmente por estar usando seu sobretudo. Ele cobriria a ereção em sua calça, e ela não perceberia nada. Ignorando a pulsação incômoda no meio das pernas, ele caminhou em direção a ela, focando na cicatriz de mordida em sua barriga. Seu coração doeu ao vê-la.O que tinha sido aquilo? Não parecia uma mordida de animal, mas de humano. E, para deixar aquela marca, devia ter sido com bastante força.— Querida, o que foi isso? — perguntou, com o tom amoroso de sempre, esquecendo-se de tudo.— Não foi nada — respondeu ela, encabulada, virando-se para o lado oposto.Com isso, Hael teve a visão da bunda perfeita dela e o aroma maravilhoso que só Liliam tinha. Ele se sentiu ainda mais excitado, mas se concentrou no que importava.— Lily, essa cicatriz... me fala o que aconteceu. Foi algum homem? — insistiu aflito.Ela vestiu a roupa íntima devagar e, em seguida, as calças.— Você me ignorou por dias e agora está todo preocupado de novo? — Lily riu, desconversando, enquanto abo
— Mire e atire. — Liliam sussurrou, guiando Bella a apontar para o alvo.Eles haviam parado mais cedo naquele dia. O sol começava a se pôr, e o grupo resolveu montar o acampamento próximo a outro lago. Bella agradeceu mentalmente — finalmente poderia tomar um banho decente antes de escurecer. Enquanto isso, Liliam continuava a ensinar e orientar Bella sobre o que fazer em situações de perigo.Desde a última conversa, Bella não voltou a mencionar a "outra mulher" para Billy. Porém, não deixou de notar que ele estava evitando Liliam. Do que ele tinha tanto medo?Bella tentou mais uma vez acertar o alvo, mas errou novamente, atingindo outro lugar longe das garrafas de vidro vazias.— Sou péssima nisso também. — Suspirou.Liliam riu.— Não é, não. Você só precisa de mais prática. Para quem nunca atirou, está indo muito bem. — Liliam a encorajou.Bella olhou para Liliam com hesitação antes de fazer sua próxima pergunta.— Lily, posso te fazer uma pergunta... íntima?A morena ajustou a arma
Bella acordou durante a noite. Estava nua e deitada ao lado de Billy no colchão dentro da barraca dele. Para evitar comentários, os dois estavam sendo discretos em sua relação. Haviam combinado isso ao saírem do lago naquela vez. Claro que os olhares dele estavam mais gentis para ela, e durante o dia ele vinha perguntando se ela estava bem ou precisava de algo. Mas não era o suficiente para deduzirem algo. Ela teve a confirmação que queria: Billy sentia atração por ela, e isso era o que desejava. Óbvio que era inteligente o bastante para não se apaixonar por ele e nem esperava nada dele. Era só desejo mútuo. Nesse ponto, Bella era bem resolvida, diferente das outras moças com quem ele estava acostumado. E bom, ela sempre foi uma observadora. Agora, todo o seu instinto dizia que tinha algo estranho rolando entre ele e Liliam. No início, achou que fosse coisa da sua cabeça, mas desde que os viu juntos, percebeu a intensidade entre eles — uma intensidade que nem mesmo os dois pareciam
No dia seguinte, quando Minho saiu de sua barraca, o dia começava a clarear. Lily e Ryder já haviam arrumado algumas coisas e agora comiam frutas como café da manhã. Ela colocou um pedaço doce de maçã na boca, o gosto suave contrastando com a sensação do sol começando a aquecer a manhã.— Bom dia, Lily. — Minho disse, beijando o ombro dela sem se importar com o outro homem ao lado. — Ryder. — Cumprimentou com um aceno de cabeça.— Billy. — Ryder devolveu no mesmo tom, inclinado.— Você está bem? — Ele perguntou para Lily, o olhar um pouco preocupado. — Está parecendo um pouquinho cansada. Era para ter me chamado.— Estou bem, Billy. — Ela mordeu outro pedaço da maçã, ignorando o comentário enquanto os outros rapazes saíam da tenda. — Escute, faltam mais alguns dias para entrarmos em El Paso...Minho soltou um suspiro pesado.— Eu já sei, aquele bando, não é? Da última vez trocamos algumas balas, mas consegui passar. Vou deixar os meus homens de sobreaviso.— Eu ia dizer que posso pass