Aviso: Conteúdo Adulto (Está história é uma ficção e qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.)O saloon estava cheio naquela noite. Hael, porém, já estava acostumado com o barulho: homens gritando, trocando ofensas e se embriagando até perderem a noção. Se sua vida se resumisse a apenas esses momentos, talvez ele se desse por satisfeito. Levou o copo de uísque à boca e engoliu o líquido em um gole só, ignorando a ardência na garganta.Então, uma briga começou.Ele revirou os olhos, irritado, e murmurou para si mesmo: "Será que é pedir demais uma noite de paz? Uma noite sem confusão?" Sem qualquer interesse em assistir à pancadaria que estourava atrás dele, serviu-se de mais uma dose, fechou os olhos e deixou-se levar por pensamentos mais agradáveis. Sonhou com uma vida tranquila, uma fazenda cercada de verde, gado no pasto e o som do vento ao longe. Casaria com uma mulher maravilhosa e, com a bênção de Deus, teria muitos filhos. Um sorriso involuntário formou-se em se
Cidade de Albuquerque — Novo México 1870Isabella Portman era a dama perfeita. Criada para seguir as regras da sociedade, ela sabia exatamente como se comportar em qualquer situação. Desde pequena, fora educada em um dos melhores colégios internos para moças, onde se tornara uma mulher culta, cujas palavras e sabedoria frequentemente assustavam aqueles ao seu redor. Diziam até que ela estava "à frente de seu tempo".Sua relação com o pai, o xerife Henry Hamilton, fora sempre distante. Embora o respeitasse, as visitas entre eles tornaram-se esparsas ao longo dos anos. Quando ele se mudou para o Oeste e ela se casou, os encontros tornaram-se ainda mais raros. Isabella se acostumara à vida na alta sociedade, mas, com a morte do marido e a solidão do luto, ela sentiu a necessidade de voltar a estar perto do pai. A pressão social e os comentários cruelmente piedosos sobre sua viúva situação tornaram a decisão ainda mais urgente. "Coitada, ficou viúva tão cedo", "Será que ela vai casar nova
Logo ao amanhecer, Bella saiu em busca de ajuda, indo até os homens que trabalhavam com seu pai. Mas, ao chegar na frente da delegacia, viu os corpos espalhados no chão. Colocou as mãos na boca, tomada pelo pânico, e deu meia volta, buscando auxílio em qualquer lugar. No entanto, as pessoas que passavam apenas a ignoravam ou balançavam a cabeça em sinal de medo, sem sequer deixá-la terminar de falar.Merda, ninguém nesta cidade consegue me ajudar.Foi então que um senhor, com uma carroça carregada de feno, parou ao lado dela.— Somos só civis, senhorita. Não temos como lutar contra bandidos, mas talvez alguém no saloon possa ajudá-la. — Ele apontou em direção ao local.— Obrigada, senhor. — Ela agradeceu, observando o homem seguir seu caminho.Bella sabia que não deveria entrar ali. O saloon não era um lugar para mulheres. Mas seu desespero superava qualquer pudor. Reunindo coragem, ela caminhou até o saloon. Ao soltar o ar que estava prendendo, percebeu que, para sua sorte, não havia
Hael disfarçou o sorriso ao perceber o olhar admirado da jovem. Ele sabia que era bonito, mas não dava importância a isso. No entanto, não deixou de notar o olhar ousado dela em seu traseiro enquanto selava o cavalo. Isso era inusitado para alguém que deveria ser uma dama da alta sociedade, e ele logo concluiu que Isabella Portman não tinha nada de inocente.Claro, ele não podia julgá-la. Afinal, também a analisara brevemente na delegacia. Era uma mulher atraente, com traços delicados. Talvez fosse um pouco magra, consequência das regras rígidas de onde vivia, mas isso não diminuía sua beleza.Discretamente, reparou no vestido comportado que ela usava. Os cabelos dourados estavam presos em um coque, com alguns fios soltos caindo suavemente sobre o rosto delicado. Seus olhos claros brilhavam com intensidade, o nariz arrebitado e os lábios carnudos completavam o quadro. Sim, ela era realmente bonita.Quando notou as duas malas ao lado dela, ergueu uma sobrancelha. Não podia acreditar no
Eles chegaram a uma aldeia atrás das montanhas, não muito longe de Albuquerque. As ruas estavam vazias devido ao horário da noite, mas era possível ouvir vozes altas e o som de música vindo do Saloon iluminado no final da rua principal.Hael conduziu seu cavalo até o celeiro local, desmontando com agilidade. Ele tirou a sela e fez carinho na crina do animal, observando o feno, o capim e a água disponíveis.— Pronto, amigão. Está livre agora. Alimente-se e descanse. Volto amanhã.— Qual é o nome dele? — Isabella perguntou, curiosa.— Raio.— Que nome legal. — Ela tentou se aproximar para acariciar o animal, mas Raio se desvencilhou, indo direto para a comida. — Acho que ele não gosta de mim.Hael soltou um riso discreto, enquanto verificava o restante do celeiro, notando outros cavalos e uma carroça parada no canto.— Não leve isso para o lado pessoal. Ele não gosta de pessoas estranhas. Para fazer carinho nele, precisa conquistar a confiança dele.Isabella sorriu, balançando a cabeça
Isabella suspirou, deitada na cama, tentando fechar os olhos, mas não conseguia. Seu coração agitado não se acalmava nem um pouco; a preocupação a deixava aflita. Se algo acontecesse com seu pai, ela jamais iria se perdoar. Ele precisava estar bem.Fechou os olhos e começou a orar em silêncio."Deus, se estiver ouvindo a minha prece, por favor, traga o meu pai vivo e salvo. É tudo o que peço. Não o tire de mim também... já bastou o Ralf. Ele não, por favor."Repetindo essas palavras como um mantra, Isabella foi interrompida por passos no corredor. A porta rangeu ao se abrir.Ela se sentou rapidamente na cama, assustada.— Desculpe, não queria te acordar. — A voz cativante e tranquila de Billy Walker ecoou pelo quarto.O corpo dela se arrepiou, como vinha acontecendo desde que o viu naquela manhã. Lindo, cheiroso... e quando cavalgaram juntos, com ela abraçada ao seu corpo quente, foi difícil ignorar o efeito que ele causava."Merda. Isso não deveria estar acontecendo." Sua intenção er