Hael acordou primeiro, com a bexiga prestes a explodir. Como sabia dos problemas de Lily para dormir, fez o máximo de cuidado ao sair da cama para não fazer barulho. Foi até o banheiro improvisado, se aliviou e jogou um pouco de água do barril que estava ao lado.Ele deu uma risada ao ver o sabonete ao lado e passou pelo corpo rapidamente. Ao sair do banheiro limpo, terminou de se secar e voltou a deitar nu ao lado dela. Sorrindo, observou a expressão de Lily ao acordar."Até assim, toda amarrotada, ela é linda."— Bom dia. — Ela sorriu, colocando as mãos na boca para bocejar. — Quer dizer, nem sei se é bom dia.— Bom dia, minha Lily. Acredito que seja, sim. — Ele respondeu, puxando-a para um beijo.Lily se sentou na cama e se assustou, fazendo com que Hael também se assustasse.— O que foi, amor?— Meu Deus, eu consegui dormir sem problemas! — Ela se virou para ele. — Não tive pesadelos.Ele deu um beijo no ombro dela.— Depois de toda a ação vigorosa que tivemos por um longo tempo,
Bella não conseguiu dormir durante a noite inteira. A preocupação com seu pai e com Lily a consumia. Embora Ryder tenha chegado mais cedo e dito que Billy foi atrás dela, aqueles homens pareciam perigosos demais. Um arrepio de medo percorreu sua coluna. Será que seu pai ainda estava vivo? A tempestade rugia lá fora, trovões ecoavam pelo céu como tiros distantes, e os clarões iluminavam a paisagem por segundos antes da escuridão engolir tudo de novo. A fazenda parecia menor naquela noite, abafada pelo silêncio inquietante. Ela fechou os olhos, mas tudo que via era a imagem do pai sorrindo para ela quando era criança, ensinando-a a dançar em cima de seus pés. "Sempre serei seu porto seguro, princesa." Mas agora, ele precisava dela. O barulho da chuva forte não ajudava a acalmá-la. Por várias vezes, se levantou para olhar pela janela, esperando ver um grupo de cavaleiros se aproximando. Mas nada. Antes mesmo do amanhecer, decidiu que não podia mais ficar parada. Vestiu uma d
( Alerta De Gatilho ) Hael a atirou de sua garupa com um sorriso no rosto. Ele não conseguia mais esconder sua felicidade e, para ser sincero, nem queria. Levou o cavalo para o estábulo da fazenda, ouvindo as vozes dos homens à distância, enquanto Lily checava Raio e Tempestade juntos.Ele tirou a sela do cavalo e a guardou. Depois disso, sem pressa, caminhou até Liliam e a abraçou por trás, puxando-a para si. Seu rosto encontrou o pescoço dela, e ele deslizou um beijo ali, sentindo o perfume suave da pele quente.Lily sorriu, levando as mãos ao cabelo dele e fazendo um carinho lento e gostoso.— Cansada? — perguntou Hael, sua voz rouca e próxima ao ouvido dela.— Um pouco… — Ela soltou um suspiro, inclinando-se contra o peito dele. — Mas estou faminta.Então virou-se, fitando-o com um olhar malicioso e cúmplice.— O que acha de comermos, tomarmos um banho juntos e dormirmos?— Dormir…? — Hael fez uma careta pensativa. — Não sei… tem outras coisas que quero fazer bem melhor do que do
— Aceite, isso é por tudo que fizeram por mim e pelo meu pai. — Bella colocou o saco de dinheiro na mão de Billy. O apito do trem soou ao fundo, indicando que a partida estava próxima. Eles haviam conseguido uma passagem para fora da cidade ao entardecer. Aquele trem os levaria até Houston e, de lá, poderiam embarcar em um navio até Nova York. Quanto mais rápido partissem, mais seguros estariam. — Não, a senhorita não me deve nada. — Billy sorriu e devolveu o dinheiro para ela. — Já fez muito por mim… por nós. — Ele puxou Liliam para perto, abraçando-a com um braço. — Você já é nossa amiga. Não tem como aceitar isso. — Mas… — Escute ele. Você realmente é nossa amiga, e nós não cobramos de amigos. — Lily sorriu e se afastou de Billy apenas para abraçar Bella. — Obrigada por tudo, Bella. Principalmente por nos ouvir. Eu gosto muito de você e, se algum dia quiser nos visitar, sabe onde nos encontrar. Você foi minha melhor aluna. Bella riu, emocionada. — Eu que agradeço. — Ela abaixo
Os corpos estavam espalhados pelo chão. O bando de Billy, Liliam e do Sem Alma recolhia os mortos, colocando-os na carroça para levá-los ao deserto, onde as feras se encarregariam do resto.Não sobrara ninguém do bando de Richard. Hael observou o corpo de Jason Fox ser carregado. Aquele fora o primeiro a morrer por suas mãos no momento em que Liliam fora levada. Não quisera um duelo. Apenas justiça. E foi exatamente o que fez.Seus olhos vagaram pelo ambiente até encontrarem Lily, que conversava com Ryder diante do corpo sem vida de Richard.Soltou um suspiro e desviou o olhar para Jake, sentado nos degraus da varanda da fazenda. O amigo retirou um cigarro do bolso e o acendeu. Hael se aproximou.Jake lhe estendeu um cigarro, e os dois fumaram em silêncio, deixando a adrenalina da batalha se dissipar aos poucos.— Como está a ferida? — Hael perguntou, lançando um olhar para o braço enfaixado do amigo.— Foi só um arranhão. — Jake deu de ombros. — Não fui tão rápido dessa vez.— Acho q
Epílogo1 ano depoisA voz de Jake soava em uma canção enquanto os outros faziam coro e davam risada. Os homens do xerife ao fundo já estavam irritados com aquilo. Hael apenas abaixou a cabeça e riu.— É melhor abrir a porta para deixá-nos ir em paz, a não ser que queira morrer… — Jake apontou para Spencer para que ele continuasse a rima.— Por nossas armas pedindo por mais. — Spencer riu observando as caretas pela rima horrível.Um policial chegou perto e bateu com o marrete sobre a grade, mandando-os ficarem quietos. Já fazia um dia inteiro que estavam ali. Fazia tempo que o bando não se reunia desde que ele e Jake saíram, e quando finalmente aconteceu, combinaram de ir ao Saloon... e aí deu confusão.Como sempre… corpos no chão e tiros para todos os lados.E lá estavam eles presos até o momento.O barulho de tiros ao fundo soou entre toda a delegacia. Eles se levantaram no mesmo instante. Ouviram homens gritando e mais sons de disparos.Hael se aproximou da grade e viu sua linda, s
Aviso: Conteúdo Adulto (Está história é uma ficção e qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.)O saloon estava cheio naquela noite. Hael, porém, já estava acostumado com o barulho: homens gritando, trocando ofensas e se embriagando até perderem a noção. Se sua vida se resumisse a apenas esses momentos, talvez ele se desse por satisfeito. Levou o copo de uísque à boca e engoliu o líquido em um gole só, ignorando a ardência na garganta.Então, uma briga começou.Ele revirou os olhos, irritado, e murmurou para si mesmo: "Será que é pedir demais uma noite de paz? Uma noite sem confusão?" Sem qualquer interesse em assistir à pancadaria que estourava atrás dele, serviu-se de mais uma dose, fechou os olhos e deixou-se levar por pensamentos mais agradáveis. Sonhou com uma vida tranquila, uma fazenda cercada de verde, gado no pasto e o som do vento ao longe. Casaria com uma mulher maravilhosa e, com a bênção de Deus, teria muitos filhos. Um sorriso involuntário formou-se em se
Cidade de Albuquerque — Novo México 1870Isabella Portman era a dama perfeita. Criada para seguir as regras da sociedade, ela sabia exatamente como se comportar em qualquer situação. Desde pequena, fora educada em um dos melhores colégios internos para moças, onde se tornara uma mulher culta, cujas palavras e sabedoria frequentemente assustavam aqueles ao seu redor. Diziam até que ela estava "à frente de seu tempo".Sua relação com o pai, o xerife Henry Hamilton, fora sempre distante. Embora o respeitasse, as visitas entre eles tornaram-se esparsas ao longo dos anos. Quando ele se mudou para o Oeste e ela se casou, os encontros tornaram-se ainda mais raros. Isabella se acostumara à vida na alta sociedade, mas, com a morte do marido e a solidão do luto, ela sentiu a necessidade de voltar a estar perto do pai. A pressão social e os comentários cruelmente piedosos sobre sua viúva situação tornaram a decisão ainda mais urgente. "Coitada, ficou viúva tão cedo", "Será que ela vai casar nova