Pamela Campos, uma fisioterapeuta sem papas na língua, vive cercada por situações embaraçosas. Que culpa ela tem ser tão, como posso dizer, atrapalhada e bem desbocada? Após o término do seu último relacionamento ter acabado mal, ela não queria saber de nenhum outro romance que pudesse fazê-la ficar cega e dependente de alguém outra vez. Não foi por acaso que conheceu Theo Albuquerque, um homem depressivo e grosseiro. Não houve nada de destino e sim, as circunstâncias juntaram os dois. Ela não acredita mais no amor. Ele isolou-se do mundo. Em um tratamento sem pé e nem cabeça, transformará a vida desses dois.
Ler maisDois anos mais tarde...Eu não sabia como contar a novidade ao meu noivo, portando, entrei sem rodeios no seu escritório. Theo tinha superado tantas coisas ao meu lado, esperava que a notícia que tinha para lhe dar, não abalasse muito seu emocional. Do que estou falando? Do seu irmãozinho, filho do seu pai com outra mulher. A notícia pegou a todos de surpresa, entretanto, não trazia boas notícias sobre seu pai, o senhor Albuquerque havia sido preso junto com sua nova esposa, por fraude empresarial. O pequeno Luca de sete meses precisava de um lar. Dona Vera, minha sogra, não queria sequer ver a criança. Por que julgaria ela? Ela tinha suas razões após sofrer tanto na mão do ex marido.— Seu irmão precisa de voc&
Theo AlbuquerqueAcordar no dia seguinte com Pamela nos meus braços, reafirmou o que mais queria, que ficássemos juntos pelo resto de nossas vidas. Um romântico? Mais que isso, um apaixonado por uma mulher maravilhosa! Se dependesse de mim levaria ela naquele dia mesmo para fazenda, mas antes de convidá-la tinha outro assunto pendente para resolver. O quê? Bom, era a hora de encarar meu ex melhor amigo Rodrigo depois do acidente que sofremos juntos. Pra recomeçar às vezes é preciso uma reconciliação com o passado, o máximo que poderia acontecer era ele fechar a porta na minha cara.Beijei a bochecha da minha amada ao vê-la mover-se entre as cobertas.— Bom dia, namorada! — murm
Pamela CamposDisposta a esquecer tudo que nos aconteceu durante esses meses longe um do outro, acabei me antecipando pra caralho. Simplesmente coloquei Theo em uma situação que ele não teria escapatória, um relacionamento comigo, claro! Me faltava ele para complementar meu novo recomeço. A Dra. Bruna surpreendeu-me ao abrir uma clínica, fiquei mais animada ainda quando fui contratada para trabalhar ao seu lado. Sabe quando você sente que é o momento certo de dar um passo tão sério? Então, aquele era o momento de arriscar novamente, meu coração já era daquele homem antes mesmo do nosso primeiro beijo.Nem tudo são flores como diz o velho ditado porque durante algum tempo quis ver Theo Albuquerque no inferno. Por quê? Começou quando ele passou a ignorar minhas mensagens e ligações. Pra esquecê-lo saí com a
Theo AlbuquerqueNunca fui muito bom quando tratava-se de escolhas, pois elas poderiam ter consequências irreversíveis, mas caso não as tivesse feito tudo continuaria igual. Observava de longe Anabel brincar com um dos cachorros da nossa fazenda do interior. Nossa mãe chegou silenciosa tocando meu ombro esquerdo. Ela mais do que todos nós precisou de coragem ao abrir mão de um casamento de quase trinta e cinco anos. Todo o processo jurídico foi cansativo para todos nós.— Filho, tem certeza do que vai fazer? Estamos todos bem agora que estamos longe da cidade grande. — compreendia o que ela queria dizer, mas minha resposta continuava a mesma de antes.— A senhora sabe o quanto esperei. Foram
De tudo que poderia acontecer para interromper um momento tão gostoso como o nosso, sequer imaginaríamos que seria por causa de Ernesto Albuquerque! Nos assustamos com uma confusão em alto e bom som para quem quisesse ouvir.— Não sente vergonha de trazer homens para nossa casa? Anabel, você é mesmo uma vadia! Ter uma filha como você me envergonha! Por que fez isso sua garota burra? Sabia que acabaria mal porque estou em casa!Engoli em seco. Ele com certeza, falava do meu irmão Gabriel. Uma das coisas mais assustadoras que poderia ter acontecido naquela noite foi ele ter chamado a própria filha de vadia. Pelo pouco que a conhecia tinha plena certeza de que não era uma. Como um pai tinha coragem de tratar a filha daquela maneira? Ele não a amava? Me questionei.Theo saiu da cama indo até o closet. Fiquei trêmula, ouvindo a discussão ficar cada vez mais violenta.
Pamela CamposQuatro dias após eu quase ter desistido do tratamento de Theo, estávamos meu irmão e eu os aguardando, sim, os! Convidei Theo e Anabel para meu apartamento, pensei que seria bom ele sair um pouco de casa. Gabriel não gostou muito porque enxotei ele do sofá, obrigando-o a tomar um longo banho. Meu irmãozinho ficou de cara fechada. Era quase sete da noite. Minha ansiedade mal conseguia disfarçar, os últimos quatro dias foram de muitas emoções.Coloquei um vestido que há muito tempo não usava, um azul-claro de bolinhas brancas, um pouco acima dos joelhos e de mangas longas. Não vi porque não usá-lo, o pequeno decote era um charme a mais, embora eu não tivesse seios grandes, me sentia muito sexy nele. Não que eu quisesse seduzir alguém, não era nada disso, está bem? Apenas senti vontade de usá
Theo AlbuquerqueEla merecia algo melhor, alguém que pudesse lhe trazer alegrias e ser mais do que um peso. Eu não era para ela e não forçaria nada, por mais que quisesse tê-la nos meus braços e sentir o sabor dos seus lábios, afastei-me. Sua reação com minha ação repentina não foi das melhores. E se nos beijássemos? O talvez deveria ficar nos meus pensamentos, não de fato deixar acontecer. Levantei do chão, estendi minha mão em sua direção para ajudá-la levantar do chão.— Desculpe as provocações, senhorita Pamela. — falei, torcendo que ela aceitasse minha ajuda.Com um sorriso lindo ela segurou firme minha mão. De alguma maneira aquele gesto fez meu coração acelerar e eu gostei muito disso.— Estou me acostumando às suas esquisit
Após hospedar meu irmãozinho da maneira certa, digo ditando minhas regras claro, almoçamos em um restaurante próximo do meu apartamento, não deixei que ele passasse fome com miojo. Não queria ter que deixá-lo sozinho, mas foi preciso, não tinha porque levá-lo junto comigo para a mansão Albuquerque. A primeira coisa que queria fazer depois de chegar na mansão era procurar Anabel e pedir desculpas. Eu errei jogando minha fúria toda em cima dela, esperava que ela pudesse me desculpar. Pro look daquele dia optei por uma calça jeans e um moletom de capuz rosa. Talvez se perguntem, e o seu colete? Não coloquei até porque cão que late não morde.Durante o trajeto fiquei em silêncio. Quando desci do carro, encontrei Anabel sentada próxima ao jardim em uma cadeira de balanço. Envergonhada caminhei em sua direção.— Ol&aac
A noite anterior não foi nada mal considerando o fato de que passei a noite quase toda sendo zoada pela Dra. Bruna. No dia seguinte logo cedo fui lavar minhas calcinhas ao som de sofrência. Eu queria ter uma manhã tranquila e também me sentia inspirada para fazer alguns desenhos. Após estender minhas calcinhas para secar, abaixei o volume do som e corri na ponta dos pés até o quarto. Empolgada, sentei na cadeira de frente para a escrivaninha. Abri o caderno de desenhos, pegando o lápis.— O que vai ser hoje? — perguntei-me, pressionando o lápis nos lábios.Comecei com alguns rabiscos do que seria um vestido de inverno até ser interrompida pelo toque do meu celular. Levantei da cadeira revirando os olhos. Quando peguei meu telefone era uma ligaç