Continuação do livro - Renascimento da Luna Elaris está fugindo da sua alcateia, ela está sendo acusada por aqueles que são sua ‘’familia’’. Ao correr rumo à floresta, ela encontra Davian, à sombra do Alfa Zane. Ela é protegida por ele. Ao ver a loba frágil e em perigo, Davian assusta os lobos e leva Elaris para sua cabana. ELA É A SUA DESTINADA, MAS A CONEXÃO DELES SÓ ACENDEM COM O PASSAR DOS DIAS. Elaris é acolhida por ele, morando escondida sobre a cidade onde quem governa é o Alfa Zane. Um amor proibido, duas almas predestinadas. E um destino que virá além do que imaginam.
Leer másDavian Deane Enquanto caminhava saindo do castelo de Zane, a conversa que tive com ele não saía da minha cabeça. O jeito como Zane falava sobre Elaris… era como se houvesse algo que ele sabia e se divertia em não contar. Mas... o que seria? Mas sinceramente, isso nem virou o foco da minha mente por muito tempo, porque minha mente foi logo para as palavras daqueles homens que estavam na floresta.Aqueles imbecis queriam Elaris... e eu estava fervendo de raiva, enquanto lembrava de cada palavra deles. E o mais importante, eles já sabiam quem sou eu, e que eu sou a sombra do alfa. Enquanto eu sentia que precisava de algo que justificasse aqueles homens na floresta, a perseguição insana, o ódio que parecia cercá-la. Eu precisava entender por que ela estava sendo caçada e, ainda mais, o que ela tinha feito para provocar a ira da rainha, do rei e da matilha dela.O que Elaris fez? Por que ela estava no meio disso tudo?Estava pensando em tanta coisa que a minha mente fervilhava. Resol
Davian Deane Ao caminhar por um tempo, avistei o castelo do alfa. Segui em frente e cumprimentei os soldados, que apenas assentiu para mim, entrei e fui até a sala do Zane. Subi as escadarias e senti como estava silencioso, com certeza Elena e o filho deles estavam dormindo a essa hora. Ao caminhar pelo longo corredor, fui direto à sala de Zane, já que, como de costume, eu precisava reportar tudo a ele, e, dadas as circunstâncias, a urgência fazia sentido. Os homens na floresta tinham me dado muito o que pensar. Não era só o fato de estarem disfarçados, circulando pelo nosso território; era o que disseram sobre Elaris. Aquilo? Bem, não saia da minha cabeça. Bati na porta duas vezes, dizendo ser eu. Ele então respondeu. — Entre minha sombra. — sua voz era direta, como sempre. Então, eu entrei. Zane estava sentado atrás de sua mesa, a expressão normalmente calma agora estava tensa, mas, assim que me aproximei, ele relaxou um pouco. Fiz um sinal de cabeça em cumprimento e me
Davian Deane A floresta parecia estar em expectativa, como se cada sombra, cada folha e galho soubesse que havia algo errado. Caminhei devagar, meus passos firmes, mas silenciosos, atentos ao que se escondia nas sombras. A cada passo, a sensação de que eu não estava sozinho crescia. O frio que subia pela minha espinha não era o frio comum da noite. Era um aviso.Ajeitei minha postura e me escondi entre as árvores, sempre atento ao meu redor. Foi então que o som veio. Primeiro, leve, quase imperceptível. Um roçar de passos cuidadosos, mas desajeitados demais para serem apenas folhas ao vento. Aquilo era gente. E não estavam ali por acaso. É claro. Comecei a avançar na direção do som, cauteloso, mas determinado. Assim que me aproximei, os passos cessaram abruptamente. Não era só uma pessoa; eram várias. Meus olhos se cessaram quando os observei, atentamente. Consegui distinguir dois ou três vultos à frente, mas não arrisquei chegar tão perto. Eles já pareciam nervosos, hesitantes,
Elaris Stins Eu tentei dormir, juro que tentei, mas o sono não vinha.Então me decidi, me levantei e fui tentar fazer algo para comer. Eu precisava me alimentar e parar de pensar em Davian, por que a ideia de ficar sozinha, me incomodava, eu estava acostumada a ficar com ele. Mesmo que não devesse, sentia sua falta. Quanto cheguei até a cozinha, fiquei olhando sem foco para o lugar e então, suspirei. Fui até os armários e procurei algo para fazer. Peguei batatas, cenouras, cebolas, temperos tradicionais como ervas e afins. Descasquei a batata e a cenoura e as fiquei, em seguida peguei uma panela que estava na pia e coloquei tudo dentro, junto dos temperos e ervas. Levei ao fogo e então me sentei, esperando o cozimento... eu não estava com fome, mas sabia que tinha que ficar bem, caso Davian voltasse, que podia ser a qualquer hora. Enquanto esperava, olhei para a lua pela janela da cozinha, coloquei o cotovelo sobre a mesa e as mãos sobre o rosto, pensativa.Seria uma missão fác
Elaris Stins Eu deveria estar empolgada, afinal, cada detalhe que Davian contava sobre seu trabalho como sombra do alfa era incrível.Mas, após alguém o chamar e ele ir até a porta, fiquei preocupada. Ele voltou tempo depois, parecia estar se arrumando para algo. Ele iria sair?Foi então que me aproximei dele, já curiosa. — Para onde você vai? — perguntei, preocupada e curiosa. Davian se virou para me olhar, um leve sorriso surgiu em seus lábios, parecia que não queria me passar a preocupação, mas eu já estava. — Trabalho — ele foi direto. — Me chamaram para uma missão. — respondeu, ajustando a adaga na cintura e prendendo mais uma faca na lateral. Eu lhe olhei com as sobrancelhas levemente franzidas, como se tentasse adivinhar o que estava escondendo. Que trabalho seria? Mas resolvi não insistir, não perguntar mais. — Ah... — murmurei, abraçando meus braços. — Parece importante. Soltei um suspiro pesado, enquanto olhava para ele, que terminava de se arrumar. Davian deu de
Davian Deane. Eu continuava contando algumas histórias da vida como sombra do alfa, aproveitando a distração. A cada detalhe que eu mencionava, Elaris parecia mais interessada, como se ela fosse uma criança que estava ouvindo histórias fantasiosas.Quando foquei na panela no fogão, terminando o caldo que serviria com pães para nós, me virei para ver Elaris... e ela estava estranha. Estava ficando doente? Parecia vermelha, e ela fechava os olhos com força. Parei de mexer na panela e perguntei. — Está tudo bem? - ela abriu os olhos, meio assustada, me encarou e então ficou pensativa por alguns segundos. — Sim, estou, sim, Davian. - disse, dando um meio sorriso. Mas, parecia que não estava. Mas não perguntei mais nada. Apenas assenti e desliguei o fogo, servi o caldo em uma tigela para ela e peguei alguns pães, colocando em outra tigela.— Pode comer, eu já irei em servir. - disse. Ela agradeceu e se sentou, soprou o caldo e começou a comer, parecia estar apreciando o café da manhã
Elaris Stins Eu me sentei perto da bancada enquanto Davian continuava mexendo na panela, a conversa fluindo naturalmente, e por algum motivo, eu não conseguia parar de ouvi-lo. Cada coisa que ele dizia parecia mais fascinante que a anterior. Ele falava de como era seguir Zane, de como cada missão era uma experiência diferente, mesmo que algumas delas fossem apenas vigiar fronteiras ou lidar com lobos mais jovens que testavam a paciência do alfa. Para ele, parecia tudo tão simples. Quase... natural. Como se ser sombra de alguém fosse a coisa mais óbvia do mundo. Mas... enquanto ele falava, algo estranho começou a se formar dentro de mim. Cada palavra dele parecia me puxar mais fundo em algo que eu não conseguia explicar. Aquela vida cheia de responsabilidades, ação e movimento era tudo tão diferente da minha. Eu nunca fiz nada parecido. Nunca tive a chance de experimentar nada fora das paredes onde eu era geralmente mantida, como uma bonequinha de porcelana, guardada em segurança
Davian Deane. Após tomar alguns goles da bebida, fiquei encarando Elaris, me levantei depois de um tempo e me aproximei da cama dela. Elaris estava com a respiração lenta, parecia estar dormindo tranquilamente. Isso era bom... Já eram quatro da manhã, eu poderia tirar uma soneca, seria rápido. Apenas para descasar a minha mente, não queria pensar em Elaris daquele jeito, isso não. Voltei a me sentar na cadeira e fechei os olhos lentamente, cruzei os braços e respirei fundo... Em minutos, comecei a apagar. ***** Senti um cheiro diferente, doce... E aquilo me despertou. Quem estava ali? Alguém tinha surgido na minha cabana? Elaris?? Ela estava bem? No mesmo instante, abri os olhos devagar e a primeira coisa que vi foi... Elaris. Ela estava ali, bem perto de mim, e a dona daquele cheiro doce. Ela estava bem na minha frente, tão perto que eu quase pulei de susto. Tive que me segurar, meus olhos apenas arregalaram, por ela estar tão próxima, seu rosto bem perto do
Elaris Stins. Tentei não me mexer durante a noite, após ter acordado... aquele sonho, bom, ele me atormentou por horas, até que eu dormisse. E bom... não dormi bem, foram apenas algumas horas. Quando abri os olhos, já acordada, vi o primeiro fio de luz que começou a se esgueirar pela fresta da janela, e eu sabia que era hora de levantar. Ou melhor, eu deveria levantar. Passei a noite inteira lutando para dormir, mas não adiantou. Meu corpo se revirou na cama, inquieto, como se estivesse preso entre o sono e a vigília, incapaz de escapar do calor que parecia não querer me deixar em paz. Cada vez que fechava os olhos, aquele sonho voltava, insistente, vivo demais para ser apenas uma ilusão passageira. Suspirei, frustrada, e empurrei o lençol para longe. A manhã havia chegado, e com ela a certeza de que eu não tinha conseguido descansar nem por um segundo. Que droga! Virei o rosto devagar, espiando em direção à porta. Davian ainda estava lá, como eu esperava. A postura rígi