A exaustão tomou conta de Sofia como uma onda gigante. Cada tarefa era um fardo, cada e-mail uma obrigação, cada documento uma montanha a ser escalada. A pressão imensa do trabalho, a responsabilidade de preparar tudo para a chegada de Arthur, a deixavam sem fôlego. Não havia ameaças, apenas a imensa quantidade de trabalho a ser feito, papeis a serem recolhidos de todas as áreas para apresentar ao Sr Choi A mensagem de Arthur, uma simples notificação de sua volta, sem qualquer tom agressivo, a havia lançado em uma frenética corrida contra o tempo. Dormir? Comer? Respirar fundo? Luxos inimagináveis. A pressão era uma força física, sufocando-a, deixando-a sem ar. A declaração de Jun, a vulnerabilidade em suas palavras, o pedido de desculpas subsequente – tudo isso ficou perdido no turbilhão. A primeira mensagem de jun, uma declaração novamente, vibrou em seu celular, mas a exaustão foi mais forte. A segunda mensagem, um pedido de desculpas, também passou despercebida. Sofia estava em
O ambiente da festa pulsava ao redor deles, mas para Kim e Angel, só existia o momento presente. Kim, com um misto de nervosismo e paixão nos olhos, aproximou-se de Angel. Ele hesitou por um instante, a mão tremendo levemente enquanto buscava o ponto certo para começar, a timidez era uma novidade para ele que sempre foi tão extrovertido e com palavras na ponta da língua, quase gaguejando ele começa a falar, e toma coragem, depois das primeiras palavras não tem como voltar atrás — Olha, eu não sei se este é o momento ideal, mas não consigo mais guardar isso para mim. Eu preciso te dizer como me sinto. Assim como Jun se declarou para Sofia, mesmo que as coisas não tenham dado certo entre eles, eu resolvi me abrir para você, porque a ideia de perder essa chance me assusta demais. Angel, eu não consigo esconder mais. Ultimamente, nossa proximidade tem sido intensa, e isso despertou em mim um sentimento profundo, algo que vai muito além de uma simples atração. Eu não sei se você sente o
Capítulo 6: O relógio marcava 13h50. Sofia podia sentir o suor frio escorrendo pelas têmporas. Três dias. Três dias de uma maratona frenética para deixar a sala presidencial impecável para a volta de Arthur Choi. A tela trincada do seu celular, um reflexo da fragilidade que sentia por dentro, era um lembrete constante do caos dos últimos dias. A ausência das mensagens de Jun pesava, mas a prioridade era a iminente chegada do CEO. Ela relatou cada detalhe dos últimos dias à Senhorita Amanda, a secretária-chefe, enquanto finalizava a revisão dos documentos. A organização meticulosa da papelada, a limpeza impecável da sala, a confirmação de todas as agendas – tudo estava pronto. A tensão era palpável, um nó na garganta que a impedia de respirar fundo. — ...e então, Senhorita Amanda, verifiquei todas as reservas de voos e reuniões... tudo está na agenda digital, como o senhor Choi prefere. — Sofia concluiu, sentindo a voz trêmula. De repente, o elevador sibilou, abrindo-se com um estro
A porta do escritório se abriu, revelando Amanda, que saía da sala de Arthur. Amanda parecia um pouco nervosa, mas com um leve sorriso nos lábios. Sofia, sentada em sua mesa, organizando alguns papéis, levantou o olhar, curiosa. Sofia: Aconteceu algo, Amanda? Amanda: (Suspira) Foi uma longa história, Sofia. O senhor Choi teve problemas com o carro no caminho, tentou consertar e se sujou todo..tentou te ligar porém não conseguiu,e ficou com muito ódio e sem bateria,disse que mandou varias mensagens Sofia tenta explicar porém amanda interrompe e diz que explicou que havia pegado o celular com sofia,e esqueceu de devolver, nesta hora ela rira o celular do bolso e entrega em suas mãos Sofia: Nossa... o rigada amanda... E ele? Como ele está? Amanda: Irritado, no começo. Mas depois que eu expliquei, ele se acalmou um pouco. Ainda está visivelmente frustrado, mas... Ele parece diferente. Mais... observador. Sofia assentiu, ainda processando a informação. A imagem de Arthur, o CEO
Arthur: (Após um longo silêncio, finalmente encontrando a voz, ainda um pouco rouca pela surpresa) Sofia... eu... me desculpe. Eu não esperava... Eu estava... (gesticula sem jeito em direção à toalha) Sofia: (Ainda corada, mas encontrando um pouco de firmeza na voz) Não se preocupe, senhor Choi. Eu... eu estava apenas... (procura uma desculpa, sem sucesso) Eu... eu já ia embora. Arthur: (Ajeitando a toalha, visivelmente envergonhado) Sim, claro. Eu... devo ter me esquecido completamente da hora. Sofia: (Tentando parecer natural, apesar do tremor em suas mãos) Tudo bem. Boa noite, senhor Choi. Arthur: (Assentindo, ainda sem jeito) Boa noite, Sofia. E... desculpe mais uma vez pela... (ele hesita, sem conseguir encontrar uma palavra adequada para descrever a situação) ... inconveniência. Sofia se vira e sai rapidamente da sala, sentindo o alívio de estar longe daquela situação embaraçosa, mas também uma estranha sensação de inquietação. A imagem de Arthur, em sua vulnerabilidade
Arthur se pega pensativo: Droga, que dia! Ainda estou pensando naquela situação com a Sofia... Aquele susto no chuveiro... Que constrangimento! Ela deve ter achado um absurdo. Mas, por outro lado, a forma como ela se comportou depois... profissional, eficiente, quase como se nada tivesse acontecido. Admiro isso nela. Aquele olhar... aquele leve rubor nas bochechas... Não consigo tirar da cabeça. Será que ela está bem? Deveria ter insistido em levá-la para casa eu mesmo. Mas não queria parecer invasivo, um chefe inconveniente. E a Amanda... que sorte a dela ter aparecido em minha mente na hora certa! Ainda bem que consegui contornar a situação. Mas... tem algo diferente entre nós agora. Uma tensão... uma eletricidade no ar. Não sei definir. É profissionalismo? Respeito? Ou algo mais? Não consigo parar de pensar nela. Naquele sorriso discreto, naquela forma como ela se concentra no trabalho... é... ela é realmente fascinante. Preciso parar de pensar nisso. Tenho que focar no trabalho. M
O sol da manhã entrava pela janela do escritório de Arthur, iluminando a poeira suspensa no ar. Ele chegou cedo, como de costume, e se dedicou ao trabalho com a mesma eficiência de sempre, mas uma frieza calculada permeava seus atos. Sofia chegou pouco depois, e a interação entre eles foi mínima, estritamente profissional. Arthur respondeu às perguntas dela com brevidade, mantendo o tom de voz impessoal e o olhar fixo nos papéis. Evitou qualquer contato visual prolongado, qualquer gesto ou palavra que pudesse ser interpretado como um sinal de afeição ou mesmo de reconhecimento do incidente anterior. Seus movimentos eram precisos, seus comandos claros e concisos, sem espaço para qualquer tipo de conversa informal ou comentário pessoal. Ele se comportou como um chefe impecável, eficiente e distante, uma muralha impenetrável entre ele e Sofia. A frieza não era grosseira, mas sim uma demonstração calculada de controle, uma tentativa de apagar qualquer vestígio de emoção ou vulnerabilidade.
Sofia retorna ao escritório, a leveza do almoço com Kim ainda presente. Mas a atmosfera muda assim que ela encontra Arthur. O silêncio é pesado, o ar frio. Arthur a trata com a mesma frieza de antes, conciso e distante. O trabalho se desenrola em um clima de desconforto. Finalmente, Sofia não aguenta mais a tensão.Sofia:Arthur,(ela começa, a voz um pouco insegura)conteceu alguma coisa? Eu fiz algo de errado?Arthur a olha, seus olhos impenetráveis. _Não, Sofia. Está tudo bem.(A resposta é seca, sem a simpatia que ela esperava)O tempo passa. A frieza de Arthur continua, inabalável. Até que, no final da tarde, ele a surpreende._Sofia (ele diz, a voz ainda fria, mas com um tom diferente, uma inflexão que Sofia não consegue decifrar). Que horas você vai sair hoje?Sofia responde, indicando o horário. Arthur continua, a voz mais baixa agora, quase um sussurro:_E… seu namorado vai te buscar?Sofia franze a testa, surpresa pela pergunta. _Não, eu não tenho nam