Capítulo 6: A mensagem

A mensagem vibrou no celular de Sofia, interrompendo abruptamente a atmosfera romântica deixada pela declaração de Jun. As palavras na tela eram curtas e diretas, mas carregavam um peso que transcendia as letras impressas. Um comando, mais do que um pedido, ressoando com a autoridade inquestionável de um CEO acostumado a ser obedecido: "Estou chegando de viagem em 4 dias. Peça para que arrumem minha sala, deixem tudo limpo e a papelada em ordem. Tenho muita coisa para fazer e muita coisa para pôr em dia."

A assinatura eletrônica: Arthur choi.

A ficha de Sofia caiu lentamente. Arthur, o CEO da empresa, o homem que ela ainda não havia visto pessoalmente em seus 30 dias de trabalho, havia lhe enviado uma mensagem. A palidez tomou conta de seu rosto. Normalmente, Amanda, que estava sendo sua assistente temporária ate a chegada do Sr Choi, era a intermediária de todas as comunicações com o CEO, que estava viajando havia três meses. A ausência de contato de Arthur não era incomum, mas a mensagem direta, a exigência de que tudo estivesse em ordem em poucos dias... tudo isso era inusitado.

A notícia a atingiu como um raio. trinta dias. trinta dias trabalhando em uma empresa gigantesca, navegando em um mar de responsabilidades e metas desafiadoras, e ela ainda não havia trocado uma única palavra com o CEO. A responsabilidade de preparar a sala dele, de colocar a papelada e contratos em ordem em apenas 4 dias, era imensa. A pressão, acumulada durante semanas, explodiu em sua mente. Era mais do que apenas organizar documentos; era uma prova de sua capacidade, uma avaliação silenciosa de sua competência. Ela sabia que Arthur tinha uma pilha gigantesca de tarefas para pôr em dia após três meses de ausência e a pressão era incomensurável. Ela sentia que estava sendo avaliada silenciosamente, que estava em uma corrida contra o tempo para provar seu valor.

A declaração de Jun, o momento vulnerável e íntimo na praia de Eurwangni, evaporou de sua mente como orvalho matinal sob o sol escaldante. A urgência da situação, a imensa responsabilidade que repousava sobre seus ombros, ofuscaram completamente qualquer outro pensamento. O medo de falhar, de decepcionar o CEO, de não estar à altura do desafio, a consumia. A sensação de pânico, de sufocamento, era avassaladora. Ela se sentia perdida em um turbilhão de tarefas, de prazos apertados, e da enorme pressão de impressionar alguém que ela ainda não conhecia pessoalmente.

Sofia se levantou, sentindo as pernas bambas. Ela precisava agir rápido. A organização da sala de Arthur não era apenas uma questão de limpeza e organização de documentos; era uma demonstração de sua capacidade de lidar com pressão, de sua eficiência, de sua capacidade de antecipar e resolver problemas. Era uma prova, um teste silencioso, e ela precisava se sair bem.

Esquecendo a declaração de Jun, a fragilidade que sentia momentos antes, Sofia se transformou. A vulnerabilidade deu lugar à determinação, a fragilidade à força de vontade. Ela pegou seu celular, começando a fazer ligações, enviando e-mails, delegando tarefas, mobilizando a equipe para cumprir a exigente demanda do CEO. A noite serena na praia de Eurwangni havia dado lugar a uma noite de frenética atividade, a uma corrida contra o tempo para estar preparada para a chegada de Arthur. A mensagem do CEO não apenas interrompeu um momento romântico, mas também expôs Sofia a um novo e intenso desafio profissional, forçando-a a se reinventar e a se mostrar capaz de enfrentar a pressão de trabalhar para um homem tão exigente e poderoso quanto Arthur choi. O silêncio da noite era agora preenchido pela lembrança do barulho das máquinas de fax, das impressoras, e das vozes apressadas de sua equipe, trabalhando em conjunto para superar o desafio imposto pela mensagem do CEO.

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