Milena é uma garota que decidiu tentar a vida ao lado de sua irmã gêmea no Rio de Janeiro, saindo do interior do nordeste às duas param no Complexo da Maré virando simples moradoras. Ela não para em casa de tanto que se dedica ao trabalho que conseguiu em um shopping e não vê o caminho que sua irmã leva com o passar dos anos. Depois de alguns anos em terras cariocas e com um bom dinheiro guardado, Milena é demitida do emprego encontrando a oportunidade perfeita para abrir seu próprio negócio, animada com a novidade corre para casa e quando chega no morro seu mundo desaba. Sua irmã é encontrada morta de forma cruel em uma vala na saída da favela, sua casa que era alugada foi queimada e todas suas economias em sua conta bancária sumiram. Correndo atrás para entender o que aconteceu, Milena descobre o assassino de sua irmã: Leandro, mais conhecido como LC, o dono do morro. Tudo fica como um borrão ao saber que seu dinheiro também foi enviado para ele e quando vai enfrentá-lo, uma vizinha conhecida a ampara não deixando que faça besteiras. Sem saída a única coisa que ela tem agora é o último dinheiro da saída do seu emprego e seu seguro-desemprego por alguns meses. Milena arca com a despesa de mandar o corpo de Mirela para sua terra Natal e permanece com uma quantia para se manter. O que a mantém em pé nesse momento difícil é o ódio e a sede de vingança contra Leandro. Em meio a desafios Milena vai descobrir que sua força é ainda maior e terá que lutar para sobreviver no mundo sombrio que entrará.
Ler maisMelissa Ribeiro Uma semana depois... É mais um dia que troco de lugar com Jennifer para cuidar de Milena, nada mudou desde o dia que veio para o hospital. Os médicos não optaram por fazer a cirurgia dela mesmo após o tratamento para a infecção que foi um sucesso, seu traumatismo craniano estava ainda sendo avaliado a cada dia e não viam necessidade de cirurgia já que progredia com os dias que se passavam. Para mim e Jennifer era um pesadelo ver nossa amiga assim, não podia contar para família de Milena sobre isso porque eu sabia que assim que acordasse e se ela imaginasse que procurei sua família, ia querer me esfolar viva. A mãe do Leandro vazia constantes visitas para Milena e eu já tinha compreendido que seu filho a usava para vigiar a recuperação dela. Então, nós ficávamos de olho nela, não que fosse fazer algo contra a vida da minha amiga, mas para não falar ou influenciar ela com palavras sobre seu filho. Quando Milena acordasse seria ela a decidir se denunciará ou não LC
Oculto Esse era o momento perfeito para me infiltrar no morro, o único trouxa no comando era Marreta e era fácil de entrar lá dentro. Leandro sempre foi esperto e sagaz quando o assunto era aquele lugar, mas era aparecer um rabo de saia que o deixasse fissurado, tudo mudava. Ingrid foi a que mais durou e por pouco tempo chegou a ser seu ponto fraco, ele não era burro como os outros para cuidar dos negócios e era por isso que agora eu iria chegar de fininho naquele lugar. Meus colegas de trabalho tentaram diversas formas de encontrar Ingrid e tirá-la de lá, mas nenhuma das vezes tiveram sucesso. Vocês querem saber o motivo? Pois é, eu sei que sim. É banal para muitos, só que meu chefe não acha isso. Um golpe de uma adolescente mimada que tinha tudo o que queria dos pais, uma noite inconsequente que trouxe a consequência mais rápido que o esperado. Meu chefe sendo o mais velho daquela relação quis arcar com a responsabilidade, mas a imbecil foi por outro caminho e quando descobri
Leandro Caio (LC) A preocupação começava a me atingir, fazia três horas que Milena estava em observação após a cirurgia e isso foi a única coisa que avisaram, sem mais detalhes. Assim que chegou no hospital e a levaram não fizeram questão de explicar nada do que acontecia, mas depois que recebeu a transfusão de sangue ainda no centro cirúrgico, vieram informar tudo o que fizeram. A enfermeira m*****a não voltou aparecer, parece que tinha tomado um chá de sumiço, no seu lugar veio uma novinha com o jeito todo delicado, fazia pouco tempo. Milena tinha tido uma ruptura no baço, três costelas fraturados e o mais preocupante para os médicos era o traumatismo craniano, onde não sabiam quais seriam as sequelas que teria ou até mesmo se acordaria. Ali meu mundo desabou com o olhar carregado de Melissa sobre mim. Além de uma infecção pulmonar que agravou a situação no meio da cirurgia e tiveram que fechar antes mesmo de fazer a descompressão craniana, iam esperar algumas horas para saber com
Fernando Pessoa (Falcão) Eu era um cara de boa, não curtia explanar pra geral as mina que eu pegava e curtia mais, deixava somente as piranhä de rolê serem expostas comigo. As que eu tinha um bagulho a mais, nunca ninguém soube de nada e pô, quando meus olhos viram ela, eu soube que era pra mim. Fiquei fascinado em seus olhos desconfiados em cada esbarrão que dávamos e foi assim que Milena virou meu objetivo. Me afastei das festas que eles davam, aos poucos deixei de cheirar como ainda fazia e o vício foi difícil de lidar, mas consegui. Burlei o quanto pude para ela não arrumar um emprego, para conversar comigo e nada aconteceu. Ontem pela noite, eu sentia que algo não estava certo e fui até a sua casa para tentar de uma vez me declarar, contar o que sentia por ela. Tudo que ficou preso aqui dentro. Bati na porta depois de pular o portão, chamei ela muitas vezes até que desisti percebendo que não estava. Meu cotação acelerou sabendo que ela tinha ido para a SexyGirl, aquele lugar
Leandro Caio (LC) Me vejo em uma confusão de sentimentos contraditórios, a raiva pela ocultação da identidade de Milena com todos sabendo quem ela é e o que planejava durante todo esse tempo. E o arrependimento por ter arrebentado a garota na porrada. Fazia pouco tempo que vieram avisar que ela ia subir direto para sala de cirurgia e eu não tinha ideia como Coreano veio para cá trazendo Melissa junto, mas precisava me controlar para não arrebentar ele também. Todos sabiam que a morena era irmã da vagabundä da Mirela, ninguém quis chegar em mim mandado o papo e me deixaram passar como otáriø perante o morro já que fiquei como um filho da püta obcecado nela, desde o primeiro contato nosso. De cabeça baixa sentado num canto mais afastado do casal respiro fundo pensando nas consequências dos meus atos. Antes de sair de casa me planejei para após a sua recuperação levá-la para minha casa, colocando como uma empregada durante o dia e a noite, seria minha püta assim como Mirela foi. Mas
Melissa Ribeiro Eu sabia! Leandro ia acabar matando minha amiga e isso era culpa do Marlon, a grande língua do Coeano, vulgo meu namorado. Quando ele citou o nome de Milena prestes a sair daquela casa senti um arrepio subir a minha nuca, mas não quis parecer paranoica porque o infeliz do LC não teve reação alguma para indicar que havia entendido os sinais. Estava na boate discutindo com meu Coreano gostoso quando abri o celular e a primeira coisa que apareceu foi um post no perfil de fofoca do morro dizendo que uma equipe médica tinha sido acionada para casa do "patrão" após ele sair da minha antiga casa. Curiosos como são, os moradores já ficaram espertos e estavam em busca de mais informações, mas arrastei Marlon para o morro enquanto tentava ligar com o celular dele e com o meu para falar com o filho da püta do Leandro. Até pelo rádio de comunicação meu namorado chegou tentar se comunicar com ele, mas fez questão de não atender nenhum dos dois depois de algumas tentativas n
Leandro Caio (LC) A raiva que eu sentia não se dispou ao arrebentar a cara dessa vagabundä. Nunca deixaria alguém como ela me desrespeitar na minha casa, porque esse morro era o meu lugar e não tirariam minha autoridade em nada aqui, muito menos uma qualquer. Milena pagaria caro por querer me passar de otáriø e quando acordasse vai ver que seu inferno particular começou. Qualquer movimentação que eu fizesse já tava ligado que Coreano ou Marreta iam colar aqui. Pensei na possibilidade de descer ela no postinho, mas assim todos saberiam do que aconteceu e de julgamentos já estava cheio. Peguei meu celular no bolso discando o número do GG, chamou algumas vezes até que atendesse. Ligação on: — GG tá ligado na antiga casa da Melissa? — eu cortei qualquer cumprimento indo direto ao ponto. — Fala chefia, já tô ligado pô. O que tá rolando? — indagou ele. — Pega um carro e desce aqui na casa dela, sem alvoroço tá ligado?! Não conta para ninguém e vem na maciota. — encarei o corpo jo
Milena Fernandes Assim que a porta fechou a expressão no rosto de LC mudou completamente, antes seu olhar era curioso sobre mim e agora, estava escuro, cheio de fúria. Comecei a suar frio com o arrepio que subiu a minha coluna quando me encarou, engoli em seco a saliva grossa que insistiu em descer rasgando. Me vi nervosa, num beco sem saída com um monstro me perseguindo, só que dessa vez, era real. Leandro estava ali, pronto para me estrangular tamanha a raiva que brotava em seus olhos. Fiquei em silêncio esperando qualquer sinal de agressividade, gritos ou até mesmo um tiro com a arma que carregava pendurada e que causava um rebuliço em minhas entranhas. — Você é a irmã da Mirela, né não? — foi o primeiro questionamento que me fez e congelei. A imagem da minha irmã morta em meus braços veio em mente, o choro dos meus pais quando souberam que não tinham mais sua filha viva e a dor dilacerante que senti por todo aquele tempo vieram me atropelando. Meu rosto mudou, endureci a pos
Leandro Caio (LC) Correndo com a bandoleira no peito, o fuzil engatilhado pra atirar em qualquer cu azul que aparecer em minha frente eu descia o morro ao lado do Coreano. Só consegui escutar pelo rádio os olheiros avisando que era os bota subindo com o filha da püta do delegado da civil. Cheio de ódio desci a parada com o primeiro fuzil que encontrei, cada menor que tava despreparado correu pra boca pegando sua arma e assim todo mundo se espalhou, não tinham chegado nem na metade do morro quando comecei a ver sinal deles. Um dos bota apareceu no meu campo de visão querendo avançar mais e só consegui puxar o braço do Coreano levando comigo para o beco, coloquei a cara pra fora com o fuzil apontado na direção do desgraçado e a rajada de tiro subiu atingindo do peito até a cabeça, estragando o rosto dele para o velório. Dei uma risada me enfiando no beco novamente e a cara do filho da mãe que me acompanhava era de incredulidade. — Pørra, nem vi o filho da püta e tu já foi na ignor