LC (Leandro Caio)
Pørra. A Ingrid era totalmente loucona de achar normal eu querer comer outras mina mesmo casado com elas. Tinha batido o pé que podia continuar comigo se tivéssemos um acordo, que mina doida que fui arrumar?
Tá ligado que bandido é bicho solto, né não? Não sou diferente de qualquer outro, mas nois tem um tempo que quer um carinho e um bagulho de romance pô. Foi numa dessas que casei com essa doidona.
Ingrid era a mina mais gostosa do baile e eu tava com os menor da resenha, foi coisa de aposta quando colocaram cinco mil pra quem conquistasse a filha rebelde do pastor. Não deu outra, os cara foram pra cima e eu só curtindo de canto vendo como ela recusava cada um deles. Meu ego ficou gigante quando a vagaba subiu pro camarote com o meu melhor amigo, o Marreta.
Já acostumado a dividir as marmitas comigo, e chegou logo me oferecendo ela, que não negou a proposta, mas papo era de conquista então neguei a püta. Falei na cara dela que só queria o bagulho entre nós dois, Marreta só faltou dar risada e ela ficou envergonhada, mas toda interesseira aceitou sair dali comigo.
Nunca tinha visto meu amigo tão surpreso como naquele dia, a piranhä descartou ele como um papel amassado e me beijou na frente de geral. Todo mundo conhecia meu proceder de não beijar ninguém, principalmente em baile, achava nojento essas piranhä que chupa um e outro por aí.
Levei Ingrid pra minha goma e pørra, o sexo foi do caralhø. Comi ela de tudo que é jeito e não satisfeito, deixei minha pørra dentro da calcinha dela quando gøzei. Passou a noite comigo com um papo de qualidade, dei a liberdade de um carinho que nunca dei pra outras e foi gostoso conhecer ela. Quando acordei no outro dia, mandei ela meter o pé e ficar com a calcinha gozada de lembrança porque não comia püta como ela duas vezes. A m*****a sorriu e disse que eu seria dela.
Aquela praga pegou em um mês. Fiquei alucinado vendo ela com outros cara e tomei mermo pra mim, primeiro de amante porque não ia assumir ninguém, mas no segundo ano quis assumir o que tinha pra geral e parei de pegar outras.
Ingrid saiu de casa no mesmo dia que seu pai soube do nosso envolvimento, o pastor ficou com a família ainda no morro porque Oz é o dono do morro, se dependesse de mim, tinha mandado vazar.
Deixei ela bem amparada morando numa casa maneira no ano que tive como minha amante e sustentava todos seus luxos. Não queria mulher minha saindo de casa pra trabalhar, queria ela sempre pronta me esperando com a bøceta quente e comida feita. Nunca tive problemas quanto a isso.
Nós completamos três anos juntos ao total e foi a primeira vez que quis terminar nosso relacionamento depois de ter oficialmente casado. Chegou umas novinha no morro e cada dia a tentação era maior, queria trair no bagulho não, então sentei com ela e fui transparente.
Minha surpresa foi enorme quando ela com os olhos marejados disse que isso não era motivo de terminar, limpou os olhos e abriu um sorriso.
— É normal você ter atração por outras meninas e ainda me amar, não é motivo pra me deixar amor... — disse tranquila e fiquei com medo.
Nenhuma mina seria louca assim para ficar tranquila enquanto o marido diz que quer comer outras piranhä da rua.
— Não é normal, por isso quero terminar Ingrid.
Nosso relacionamento já deu o que tinha que dar e na moral? Não é contigo o problema, tu é maneira e føde bem. Só quero conhecer outras mina sem te dar fama de cornä no morro. — ela sorriu e me abraçou.
— A gente não vai terminar por isso amor e não adianta insistir. Podemos entrar em acordo sobre essa questão, o que acha? — arregalo meus olhos preocupado com a insanidade dela.
— Do que tu tá falando? — pergunto pra ter certeza.
— É tudo bem pra mim se quiser se relacionar com outras meninas, mas podemos ter regras e tudo fica bem... Continuo como sua mulher, você mata seu desejo e vivemos bem como se nosso relacionamento fosse aberto, mas vai ser só da sua parte, que tal? — me afasto dela passando a mão no rosto achando que tô sonhando com essa pørra.
— Tu me ama? — pergunto sério e ela assente — Como tu pode dizer um bagulho desse sendo que me ama? Tudo bem eu te trair? — ela confirma — Tu deve tá chapada Ingrid, porque isso não é normal... — ela suspira levantando e vem até mim.
— Amor, eu sempre gostei de umas putariäs e você sabe... sou bi — da de ombros e estala a língua — Eu acho a ideia de te ver com outra excitante, por isso falei de entrar em acordo sobre essa ideia... fico satisfeito e você também — pisca um olho e abro a boca sem reação.
Isso é fetiche? Sei que tem mano que curte ser corno, mas mulher?! Nunca vi essa pørra não.
E se for um plano dela pra me matar depois desse tal acordo?
Divago em vários pensamentos até que sou sentado no sofá da sala e sua boca cola na minha num beijo intenso.
O sexø é intenso enquanto rola pede pra que eu imagine outra nos olhando, meu tesão sobe e parece ser uma das fødas mais intensas que já tive. Quando nos dois estamos satisfeitos, vou direto para o banheiro tomar uma ducha e ela vem atrás.
— Então amor, se me curtiu assim, não vai ser tão diferente comer outra comigo vendo... Prometo que não vou surtar. — fico em dúvida no que diz e me mantenho em silêncio.
Quero entender o porque não termina e segue sua vida, não tem necessidade de submeter a isso. Eu sei que não amo ela, talvez nunca tenha amado se for ver pela forma que os outros casais se tratam e pô amor é besteira perto de um término como esse. Quero ficar de boa com as piranhä, não é só fodër como ela pensa.
Desço as escadas da nossa casa e entro direto na cozinha deixando ela para trás com o surto dela.
Atualmente sou sub da maré e trabalhei pra caralhø até chegar aqui.
Minha vida não foi fácil tendo somente minha coroa que me amparava e eu a ela. Entrei para o tráfico om doze anos, foi na precisão mermo e depois disso só fui crescendo no mundo do crime. Os anos passavam e tudo ia mudando, os caras morriam em trocação, na manhã seguinte eram substituídos. Comecei a entender como funcionava na pele mermo, quando o Guizé morreu em uma invasão e nem enterro deram porque era dinheiro jogado fora. Ele era meu melhor amigo de infância e veio pro crime pra ajudar a tia Marlene que na época tava com uma anemia grave que não conseguia trabalhar como antes. O menor trabalhava de aviãozinho no comando do Filé que era o dono na época, tentamo brigar pra dar um enterro digno e uma despedida para a tia, o filho da püta negou na maldade mermo.
Aquilo foi me revoltando até juntar com os cara que iam na merma pilha que eu, cheio de ódio do Filé, e na trairagem mermo matamos ele. Quem assumiu foi o OZ e com ele era outra história. Moleque tinha crime como sua casa, era sinistro ver como em anos mudou a favela e a vida de geral. Eu já tinha dezessete anos quando me chamou pra gerenciar uma das bocas e o Marreta ficou com outra, nós três juntos era rolê bom na certa.
De amigos, viramos irmãos e tamo aí hoje cada um na sua função. Oz de dono, eu de sub e o Marreta de gerente de todas as bocas. Fazia um mês que eu tinha completado meus vinte e sete anos, tava só no sucesso querendo a oportunidade de terminar com Ingrid e ela mandava uma dessas.
— Amor... Olha aqui... — escuto sua voz atrás de mim e me viro encarando ela que segura o celular — Eu tenho uma lista de amigas que provavelmente você quis pegar ou até quer, que tal começar por elas? — de novo esse papo torto, puta que pariu.
— Tu tá falando sério? — cruzo os braços indagando ela com seriedade.
— Tô gato. Só quero que tenha regras nossas e de resto, tudo bem pra mim... — deu de ombros e respirei fundo.
— Primeiro, de verdade mermo. Por que não terminamos e tu segue teu caminho, eu como quem eu quero, do jeito que quero e deu? — ela desvia o olhar e começa mexar na unha.
— Não quero ficar com fama de ex e também, o dinheiro e nosso romance, só tenho se continuar comigo... — revira os olhos e só então entendo.
É tudo interesse. Tem porra nenhuma de amor. É engraçado como fico mais tranquilo com isso, minha preocupação era magoar ela e agora entendo seu lado.
— Suave então, que regras quer impor? — pergunto entusiasmado e ela estreita os olhos em minha direção.
Vejo ela sentar em uma das banquetas no meio da cozinha e viro na sua direção me encostando no balcão aguardando o que dirá.
— Não quero que beije outra além de mim — balanço a cabeça concordando — Eu preciso aprovar as garotas ou nada feito — suspiro — Pode ficar tranquilo que só não vou querer as piranhäs que ficam de gracinha comigo na rua, precisa ser alguém que é tranquila em manter sigilo o máximo de coisas possíveis... — assinto porque também não curto essas parada de explanar pra geral um bagulho só nosso.
— Não curto qualquer uma, cê tá ligada nisso pô... Então tá suave essas parada — dou de ombros.
— Tem algumas meninas do morro que são gostøsas e que eu não ouço falar tão mal assim. Acho que dá pra eu acertar tudo e você fica com a parte boa, quem sabe se tu escolher antes e me avisar consiga falar por você... — nego na merma hora.
— Ai vou perder a melhor parte pra mim. Curto a parada do flerte e chegar nas mina, ai é minha parada, eu resolvo. — lambo os lábios e sorrio de canto.
— Tu que sabe. — ela bufa impaciente e dou uma risada seca.
— Tá vendo, não vai dar certo e é melhor terminar logo. — sua feição suaviza na merma hora.
— Não amor, prometo que por mim é tranquilo isso... — relaxo e ela morde o canto da unha — Voltando ao assunto das regras, eu preferia que fosse aqui em casa já que é bem distante de outras casas. — concordamos nisso também.
Depois de colocar algumas regras, eu acabo saindo de casa para ir pra boca e no caminho que faço a pé troco a senha do meu celular.
A primeira vez que vou atrás das piranhä na rua vai ser no próximo baile e acho que tenho até em mente quem vai ser; Melissa, a mais gostosa do morro que vivia dando moral pra mim.
LC (Leandro Caio) Eu sabia que essa pørra que a a Ingrid inventou não ia dar certo. Fazia umas horas que tinha chegado moradora nova e a primeira coisa que Ingrid fez foi ir conversar com a mina, o interesse dela foi enorme quando viu o espetáculo que Mirela é. Não deu outra e me apresentou no barzinho do Joca em um dia comum. A mina era uma perdição, gostøsa e muito simpática, nossa troca de olhares foi intensa desde o primeiro contato. Ingrid nos deixou sozinho ali e todo mundo já sabia que eu a traia, mas não comentavam nada tão na cara por mais que eu não me importasse com a fama de cornä dela, que só aumentava. Peguei um baldinho de cerveja e alguns petiscos para nos entreter durante a noite. O movimento do bar aumentava assim como nossa intenção, sentado do lado dela já tinha apertado sua coxa e subido a mão até sua calcinha aproveitando que estava vestindo uma mini saia. Comecei a reparar que ela não parecia nem um pouco desconfortável com a ideia de ficar com um homem cas
Leandro (LC) Quatro anos depois... Pørra! Finalmente estava saindo desse inferno que é o presídio. Não via a hora de retornar para casa e voltar na atividade. Com certeza quem tinha me colocado lá dentro ia pagar por isso, não ia deixar barato assim. Esses anos foi me servindo de aprendizado, cada vez que meu advogado entrava pra falar comigo era um pedido negado que recebia para diminuir minha pena ou aceitarem uma prisão domiciliar, já que meus crimes foram somente o tráfico. Algum filho da püta tava de traição no morro para isso acontecer, tinha acabado de sair deixar Mirela em casa no final da noite quando a invasão começou. Aquele dia estava com meu carro descendo o morro para ir até uma pizzaria, do nada bati de frente com uma viatura e os fogos estouraram. Não tinha o que fazer, ou me entregava, ou morria. Preferi seguir intacto, mas para meu azar tava com maconha no carro, não era muito, só que bastou para ir preso no artigo 33. Naquela noite ainda na delegacia com meu
Milena Fernandes Eu estava me sentindo realizada nesses quatro anos morando aqui no Rio, não tinha amizades e evitava sair para evitar os olhares tortos que eu recebia sem motivo algum, mas me sentia feliz. Estudei muito para poder abrir meu salão de beleza, já tinha até em mente um ponto que eu queria comprar na favela mesmo. Ouvindo sempre minha irmã dizer que as "monas" iam muito se arrumarem em salão porque na comunidade tinha os "bofes do tráfico" que bancavam elas, isso me encorajou a abrir meu espaço aqui no morro mesmo sendo só eu para fazer atendimentos. Então, a ideia já tava fixa na minha mente que eu abriria meu lugarzinho no morro e o dinheiro que tinha ia ser uma parte desse meu sonho. Guardei 20 mil reias trabalhando direto, sem folgar muito e fazendo muitas horas extras como vendedora aqui no shopping. O meu trabalho era tranquilo com a equipe toda, mas os atendimentos começaram a cair drasticamente depois de um tempo e uma boa parte dos funcionários foram demiti
Mirela Fernandes Nada na minha vida foi fácil e eu sabia o tanto que me julgavam, mas ninguém esteve na minha pele em todos os momentos horríveis que passei. Aos quatorze anos quando era apenas uma adolescente que buscava estudar mais e mais para fazer cursinhos sofri meu primeiro abuso. Na época Milena estava estudando muito e conseguiu seu primeiro emprego, nunca tivemos exigência dos nossos pais para trabalhar ou estudar, só queriam nos manter por lá ao lado deles. Quando mainha começou a trabalhar fora e Milena também saia no mesmo horário, sobrava os afazeres da casa para mim fazer e eu sempre mantinha tudo em ordem, painho trabalha próximo de casa então vivia indo ver como estava tudo. Até que num desses dias eu estava saindo do banho enrolada na toalha depois de ter dado uma bela faxina na casa e quase morri do coração ao ver painho parado na porta do meu quarto me encarando. [...] Passado... Não aguentava mais limpar toda a casa. Tinha passado pano depois de esfregar
LC (Leandro Caio) Reunido com os caras no bar do Joca a resenha rolava solto final de tarde. Precisava ir ver a Ingrid, mas tava afim de me estressar agora não, o surto dela já deveria estar pronto com o tanto de mensagem e ligação que me fez. Só mandei o segurança da nossa casa não deixar ela sair até que eu chegasse e era isso que ia ser feito. Não impediria de que falar pra caralhø quando me visse, mas eu tava pouco me fodendo pra falação dela e queria mermo era uma buceta nova pra me tirar da seca de dias que estava desde a última visita dela e de Mirela. Falar nessa filha da püta já me subia o ódio, era do caralho o que tava fazendo com sua vida virando uma viciada em pó. Mandei o Foguinho ficar de olho nela pra não sair, e qualquer coisa me acionar, e pelo visto tava suave que ele nem me procurou. Oz e Marreta se juntaram a nós na mesa do bar, cada um era acompanhado de uma mulher. Oz estava com Juliana, sua fiel de anos, e Marreta tinha arrumado uma loira gostosa pra brinca
Milena Fernandes O morro está silencioso e é estranho para mim ver tudo assim parado, tem um único bar aberto no caminho que faço sem ninguém dentro. Deve ser pela invasão que teve mais cedo, da última vez que entraram aqui lembro que levaram alguém de cargo alto preso e não teve esse silêncio todo, penso que pode ter tido alguma morte importante para os traficantes para estarem assim. Ainda na metade do caminho vejo um lampejo de fogo alto e de repente gritos começam a serem ouvidos avisando que é realmente um incêndio, alguma casa acabou pegando fogo no meio da noite. Continuo caminhando e passam algumas motos por mim com homens armados em cima delas, sinto arrepios no meu corpo tendo um pressentimento ruim. Paro um pouco tentando entender o que está acontecendo quando duas garotas vem na minha direção. — Falaram que ele jogou o corpo dela lá em baixo, tá irreconhecível — uma loira diz para a amiga atraindo minha atenção. — Vamos lá ver antes que levem pra enterrar lá em cima
Milena Fernandes Uma semana depois... É a vida não te dava escolhas fáceis. Fui descobrir agora, nesse exato momento em que enviava o corpo de Mirela para Maceió onde meus pais receberiam o cadáver de uma das filhas. Não sabia como estava conseguindo enfrentar tudo isso, talvez tivesse sido o apoio que estou recebendo de Melissa. Ela me deixou ficar em sua casa, comprou roupas e sapatos para meu uso, até mesmo itens de higiene pessoal tinha comprado. Eu era grata por o que estava fazendo, mas hoje mudaria isso de algum jeito. Falar com meus pais não foi fácil, doeu mais do que imaginei olhar nos olhos de minha mãe por uma simples chamada de vídeo e cantar que minha irmã havia sido morta. Eles não conseguiram aceitar minha decisão de ficar aqui e eu não quis falar que fui roubada, achariam que a polícia resolveria o caso e sabemos que não. Consegui enrolar por uma semana, até poder mandar o corpo dela com meu próprio dinheiro. Dona Patrícia me pagou até a mais quando contei o q
LC (Leandro Caio) A vida continuava, mas não tava fácil não ficar sem o Oz no comando. Tudo é novo, tem coisas que não sei e é instantâneo pegar o celular para ligar pra ele, a ligação cai da caixa postal fazendo a ficha cair mais uma vez. Isso é várias vezes durante o dia. Sabe aquele papo que homem não chora? É um estereótipo ultrapassado pra caralhø, tem essa não pô. Tava geral de luto nesses dias que passaram. Ontem a noite depois da reunião que tivemos aqui no morro com o Vicente, chefe do comando, foi feito uma homenagem ao eterno Oz com salva de tiros e muita oração para que descanse em paz. Hoje era o oitavo dia após sua morte e já não aguentava mais ser o chefe, ainda tive que lidar com Tavin vindo aqui para falar do corpo da Mirela que a irmã queria mandar para casa do caralhø. Maior burocracia e ainda tirei do meu bolso pra pagar as despesas que o jato teve, a documentação falsa e a pørra toda porque a irmã dela tava sem grana. Fiz também porque não queria ficar com e