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Cinco anosatrás

LC (Leandro Caio)

Pørra. A Ingrid era totalmente loucona de achar normal eu querer comer outras mina mesmo casado com elas. Tinha batido o pé que podia continuar comigo se tivéssemos um acordo, que mina doida que fui arrumar?

Tá ligado que bandido é bicho solto, né não? Não sou diferente de qualquer outro, mas nois tem um tempo que quer um carinho e um bagulho de romance pô. Foi numa dessas que casei com essa doidona. 

Ingrid era a mina mais gostosa do baile e eu tava com os menor da resenha, foi coisa de aposta quando colocaram cinco mil pra quem conquistasse a filha rebelde do pastor. Não deu outra, os cara foram pra cima e eu só curtindo de canto vendo como ela recusava cada um deles. Meu ego ficou gigante quando a vagaba subiu pro camarote com o meu melhor amigo, o Marreta. 

Já acostumado a dividir as marmitas comigo, e chegou logo me oferecendo ela, que não negou a proposta, mas papo era de conquista então neguei a püta. Falei na cara dela que só queria o bagulho entre nós dois, Marreta só faltou dar risada e ela ficou envergonhada, mas toda interesseira aceitou sair dali comigo.

Nunca tinha visto meu amigo tão surpreso como naquele dia, a piranhä descartou ele como um papel amassado e me beijou na frente de geral. Todo mundo conhecia meu proceder de não beijar ninguém, principalmente em baile, achava nojento essas piranhä que chupa um e outro por aí.

Levei Ingrid pra minha goma e pørra, o sexo foi do caralhø. Comi ela de tudo que é jeito e não satisfeito, deixei minha pørra dentro da calcinha dela quando gøzei. Passou a noite comigo com um papo de qualidade, dei a liberdade de um carinho que nunca dei pra outras e foi gostoso conhecer ela. Quando acordei no outro dia, mandei ela meter o pé e ficar com a calcinha gozada de lembrança porque não comia püta como ela duas vezes. A m*****a sorriu e disse que eu seria dela.

Aquela praga pegou em um mês. Fiquei alucinado vendo ela com outros cara e tomei mermo pra mim, primeiro de amante porque não ia assumir ninguém, mas no segundo ano quis assumir o que tinha pra geral e parei de pegar outras.

Ingrid saiu de casa no mesmo dia que seu pai soube do nosso envolvimento, o pastor ficou com a família ainda no morro porque Oz é o dono do morro, se dependesse de mim, tinha mandado vazar. 

Deixei ela bem amparada morando numa casa maneira no ano que tive como minha amante e sustentava todos seus luxos. Não queria mulher minha saindo de casa pra trabalhar, queria ela sempre pronta me esperando com a bøceta quente e comida feita. Nunca tive problemas quanto a isso.

Nós completamos três anos juntos ao total e foi a primeira vez que quis terminar nosso relacionamento depois de ter oficialmente casado. Chegou umas novinha no morro e cada dia a tentação era maior, queria trair no bagulho não, então sentei com ela e fui transparente. 

Minha surpresa foi enorme quando ela com os olhos marejados disse que isso não era motivo de terminar, limpou os olhos e abriu um sorriso.

— É normal você ter atração por outras meninas e ainda me amar, não é motivo pra me deixar amor... — disse tranquila e fiquei com medo.

Nenhuma mina seria louca assim para ficar tranquila enquanto o marido diz que quer comer outras piranhä da rua.

— Não é normal, por isso quero terminar Ingrid.

Nosso relacionamento já deu o que tinha que dar e na moral? Não é contigo o problema, tu é maneira e føde bem. Só quero conhecer outras mina sem te dar fama de cornä no morro. — ela sorriu e me abraçou.

— A gente não vai terminar por isso amor e não adianta insistir. Podemos entrar em acordo sobre essa questão, o que acha? — arregalo meus olhos preocupado com a insanidade dela.

— Do que tu tá falando? — pergunto pra ter certeza.

— É tudo bem pra mim se quiser se relacionar com outras meninas, mas podemos ter regras e tudo fica bem... Continuo como sua mulher, você mata seu desejo e vivemos bem como se nosso relacionamento fosse aberto, mas vai ser só da sua parte, que tal? — me afasto dela passando a mão no rosto achando que tô sonhando com essa pørra.

— Tu me ama? — pergunto sério e ela assente — Como tu pode dizer um bagulho desse sendo que me ama? Tudo bem eu te trair? — ela confirma — Tu deve tá chapada Ingrid, porque isso não é normal... — ela suspira levantando e vem até mim.

— Amor, eu sempre gostei de umas putariäs e você sabe... sou bi — da de ombros e estala a língua — Eu acho a ideia de te ver com outra excitante, por isso falei de entrar em acordo sobre essa ideia... fico satisfeito e você também — pisca um olho e abro a boca sem reação.

Isso é fetiche? Sei que tem mano que curte ser corno, mas mulher?! Nunca vi essa pørra não. 

E se for um plano dela pra me matar depois desse tal acordo? 

Divago em vários pensamentos até que sou sentado no sofá da sala e sua boca cola na minha num beijo intenso.

O sexø é intenso enquanto rola pede pra que eu imagine outra nos olhando, meu tesão sobe e parece ser uma das fødas mais intensas que já tive. Quando nos dois estamos satisfeitos, vou direto para o banheiro tomar uma ducha e ela vem atrás.

— Então amor, se me curtiu assim, não vai ser tão diferente comer outra comigo vendo... Prometo que não vou surtar. — fico em dúvida no que diz e me mantenho em silêncio.

Quero entender o porque não termina e segue sua vida, não tem necessidade de submeter a isso. Eu sei que não amo ela, talvez nunca tenha amado se for ver pela forma que os outros casais se tratam e pô amor é besteira perto de um término como esse. Quero ficar de boa com as piranhä, não é só fodër como ela pensa.

Desço as escadas da nossa casa e entro direto na cozinha deixando ela para trás com o surto dela.

Atualmente sou sub da maré e trabalhei pra caralhø até chegar aqui. 

Minha vida não foi fácil tendo somente minha coroa que me amparava e eu a ela. Entrei para o tráfico om doze anos, foi na precisão mermo e depois disso só fui crescendo no mundo do crime. Os anos passavam e tudo ia mudando, os caras morriam em trocação, na manhã seguinte eram substituídos. Comecei a entender como funcionava na pele mermo, quando o Guizé morreu em uma invasão e nem enterro deram porque era dinheiro jogado fora. Ele era meu melhor amigo de infância e veio pro crime pra ajudar a tia Marlene que na época tava com uma anemia grave que não conseguia trabalhar como antes. O menor trabalhava de aviãozinho no comando do Filé que era o dono na época, tentamo brigar pra dar um enterro digno e uma despedida para a tia, o filho da püta negou na maldade mermo. 

Aquilo foi me revoltando até juntar com os cara que iam na merma pilha que eu, cheio de ódio do Filé, e na trairagem mermo matamos ele. Quem assumiu foi o OZ e com ele era outra história. Moleque tinha crime como sua casa, era sinistro ver como em anos mudou a favela e a vida de geral. Eu já tinha dezessete anos quando me chamou pra gerenciar uma das bocas e o Marreta ficou com outra, nós três juntos era rolê bom na certa. 

De amigos, viramos irmãos e tamo aí hoje cada um na sua função. Oz de dono, eu de sub e o Marreta de gerente de todas as bocas. Fazia um mês que eu tinha completado meus vinte e sete anos, tava só no sucesso querendo a oportunidade de terminar com Ingrid e ela mandava uma dessas.

— Amor... Olha aqui... — escuto sua voz atrás de mim e me viro encarando ela que segura o celular — Eu tenho uma lista de amigas que provavelmente você quis pegar ou até quer, que tal começar por elas? — de novo esse papo torto, puta que pariu.

— Tu tá falando sério? — cruzo os braços indagando ela com seriedade.

— Tô gato. Só quero que tenha regras nossas e de resto, tudo bem pra mim... — deu de ombros e respirei fundo.

— Primeiro, de verdade mermo. Por que não terminamos e tu segue teu caminho, eu como quem eu quero, do jeito que quero e deu? — ela desvia o olhar e começa mexar na unha.

— Não quero ficar com fama de ex e também, o dinheiro e nosso romance, só tenho se continuar comigo... — revira os olhos e só então entendo.

É tudo interesse. Tem porra nenhuma de amor. É engraçado como fico mais tranquilo com isso, minha preocupação era magoar ela e agora entendo seu lado.

— Suave então, que regras quer impor? — pergunto entusiasmado e ela estreita os olhos em minha direção.

Vejo ela sentar em uma das banquetas no meio da cozinha e viro na sua direção me encostando no balcão aguardando o que dirá.

— Não quero que beije outra além de mim — balanço a cabeça concordando — Eu preciso aprovar as garotas ou nada feito — suspiro — Pode ficar tranquilo que só não vou querer as piranhäs que ficam de gracinha comigo na rua, precisa ser alguém que é tranquila em manter sigilo o máximo de coisas possíveis... — assinto porque também não curto essas parada de explanar pra geral um bagulho só nosso.

— Não curto qualquer uma, cê tá ligada nisso pô... Então tá suave essas parada — dou de ombros.

— Tem algumas meninas do morro que são gostøsas e que eu não ouço falar tão mal assim. Acho que dá pra eu acertar tudo e você fica com a parte boa, quem sabe se tu escolher antes e me avisar consiga falar por você... — nego na merma hora. 

— Ai vou perder a melhor parte pra mim. Curto a parada do flerte e chegar nas mina, ai é minha parada, eu resolvo. — lambo os lábios e sorrio de canto.

— Tu que sabe. — ela bufa impaciente e dou uma risada seca.

— Tá vendo, não vai dar certo e é melhor terminar logo. — sua feição suaviza na merma hora.

— Não amor, prometo que por mim é tranquilo isso... — relaxo e ela morde o canto da unha — Voltando ao assunto das regras, eu preferia que fosse aqui em casa já que é bem distante de outras casas. — concordamos nisso também.

Depois de colocar algumas regras, eu acabo saindo de casa para ir pra boca e no caminho que faço a pé troco a senha do meu celular.

A primeira vez que vou atrás das piranhä na rua vai ser no próximo baile e acho que tenho até em mente quem vai ser; Melissa, a mais gostosa do morro que vivia dando moral pra mim.

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