Milena Fernandes
Eu estava me sentindo realizada nesses quatro anos morando aqui no Rio, não tinha amizades e evitava sair para evitar os olhares tortos que eu recebia sem motivo algum, mas me sentia feliz. Estudei muito para poder abrir meu salão de beleza, já tinha até em mente um ponto que eu queria comprar na favela mesmo. Ouvindo sempre minha irmã dizer que as "monas" iam muito se arrumarem em salão porque na comunidade tinha os "bofes do tráfico" que bancavam elas, isso me encorajou a abrir meu espaço aqui no morro mesmo sendo só eu para fazer atendimentos. Então, a ideia já tava fixa na minha mente que eu abriria meu lugarzinho no morro e o dinheiro que tinha ia ser uma parte desse meu sonho. Guardei 20 mil reias trabalhando direto, sem folgar muito e fazendo muitas horas extras como vendedora aqui no shopping. O meu trabalho era tranquilo com a equipe toda, mas os atendimentos começaram a cair drasticamente depois de um tempo e uma boa parte dos funcionários foram demitidos como um corte de gastos. Não sabia qual era a ideia da dona Patrícia, mas por enquanto eu e a Mariene, continuamos aqui dando nosso melhor, firmes e fortes. O domingo ia demorar para se aproximar e cada vez mais eu não via a hora de ter uma folga, fazia algumas semanas que eu estava trabalhando na minha folga depois de fazer um acordo com dona Patrícia, durante a semana no próximo mês eu folgaria uma vez em cada dia da semana que não tivesse tanto movimento ou poderia escolher trabalhar dois dias somente meio período. Não sabia o que tinha acontecido para nos liberar liberar hoje, em plena segunda-feira e fechar a loja, mas aproveitei sem nem pensar duas vezes. Aproveitei que ontem a noite a noite tinha achado um curso de algumas horas no centro de Niterói, no f******k e acabei me inscrevendo cedinho assim que fui avisada da folga. O curso de unhas tips começava as nove da manhã, tinha algumas horinhas até sair de casa. Levantei arrumando meu quarto e depois fui tomar um banho para me ajeitar. A casa novamente já estava totalmente bagunçada quando saí do quarto para tomar um rápido café antes de sair de casa. Bufei nervosa, ontem a noite deixei tudo organizado e novamente tinha roupas jogadas pela sala, louça na pia, chão todo sujo de barro. Não sabia o que acontecia, mas toda vez era isso, não adiantava eu falar nada com Mirela que não havia mudanças nas suas bagunças. Lavei um pouco de louça para ao menos passar uma xícara de café, não ia fazer uma garrafa inteira porque já sabia que ao chegar a noite não teria nem um gole para mim. Então, coloquei somente uma xícara de água para ferver e continuei na missão de dar uma organizada por ali. Assim que ferveu a água, coloquei o coador no suporte e o pó de café, aí pude passar meu café sentindo o aroma delicioso espalhar pela cozinha. Tomei meu café em pé mesmo comendo alguns biscoitos do vidro que fica em cima da mesa, aproveitei para colocar uma banana na minha bolsa junto com uma barrinha de cereais que encontrei no armário da cozinha e abasteci minha garrafa de água. Prestes a sair de casa lembrei da conta que venceria no dia seguinte e escrevi um bilhete aproveitando para pedir que Mirela arrumasse suas bagunças, pedi para pegar meu cartão e ir no banco tirar dinheiro para pagar a conta. Eu confiava na minha irmã para isso, nós duas dividirmos as despesas e maioria das compras mensais eram feitas por ela. Mesmo não estudando ou querendo um futuro diferente do que estava tendo, Mirela mostrava o quanto me apoiava no meu sonho de ter meu próprio salão e isso mostrava um lado dela que quase nunca via. Sai de casa quase oito da manhã e desci o morro como de costume, alguns moradores faziam o mesmo que eu. Dava bom dia com um sorriso no rosto para todos que passavam por mim, mas ninguém retribuía nada, a única pessoa que conversava comigo aqui, era um tal de Falcão. Eu sabia que ele era bandido, só pelo jeito que falou comigo a primeira vez. Foi mais ou menos dois anos depois que estávamos aqui, subia o morro depois de um dia cansativo e ele passou por mim de moto, mas parou mais a frente me oferecendo carona, na hora neguei e para minha surpresa ele não insistiu. Falcão subiu o morro comigo embarcado na moto e eu andando, puxou assunto, se apresentou e a partir desse dia, foi o único que conversou comigo normalmente. Cada vez que eu via Falcão, eu o questionava se ele sabia o porquê de me olharem torto, e era aí que ele ficava todo estranho negando saber, mas eu tinha certeza que alguma coisa tinha feito para os moradores me julgarem assim. Desci para meu curso feliz da vida por conseguir concluir mais um, eu já estava ótima com unhas, cabelos e sobrancelhas. Desde novinha minha mãe, tias e todas as mulheres conhecidas lá do meu bairro, me pagavam para fazer unhas e cabelo delas, era um dinheirinho que entrava ajudando muito nossa família. Na nossa casa era tudo do simples, mainha trabalhava de doméstica nas casas dos mais ricos de Maceió e painho trabalhava numa oficina do lado de casa, passávamos mais tempo com ele do que com nossa mãe. Então, desde novinha Mirela e eu, quem limpava e cozinhava. Até a adolescência chegar e meus estudos, cursos e trabalho começar a tomar meu tempo. Cada noite que eu chegava tarde, via painho podre de bêbado na sala de casa e tudo virado de pernas para o ar. Final de semana que eu trabalhava direto, sabia que era mainha que arrumava tudo e Mirela ninguém mais via. Parei no ponto de ônibus vendo os horários na folhinha, já estava quase na hora de passar então só sentei e esperei. [...] Meio dia tinha dado um intervalo de uma hora no curso para irmos almoçar, fiz amizade com Jennifer, uma garota de dezenove anos que tinha o mesmo sonho que o meu. Abrir um salão. Paramos em uma lanchonete para comer, pedi uma coxinha e um pastel, Jennifer pediu o mesmo que eu, e topou dividir uma coca de um litro. Começamos a comer e conversar sobre o curso que tinha sido a primeira parte agora pela manhã, a teoria em si foi simples e fácil para nós que já temos outros cursos feitos na área. Quando mudou de assunto. — Você mora onde Milena? Desculpa minha intromissão — ficou com as bochechas coradas. — Ah bobagem — fiz um gesto com a mão — Moro na Maré e você menina? — perguntei também curiosa sobre sua pessoa. — Moro na Penha — sorriu — Você deveria ir comigo para um baile qualquer dia desses, é tudo de bom — se abanou e neguei na mesma hora, essas coisas não eram para mim — Não acredito que tu negue um baile sendo moradora de favela, porque não menina? — torci os lábios e bebi um pouco do líquido preto antes de responder. — Não é minha meta aqui, prefiro focar no que importa agora e mais pra frente eu curto — dei de ombros porque realmente não tinha vontade de conhecer nada. — Uma hora eu te convenço a ir comigo pro baile da penha, sempre lotado... — cantarolou sorrindo e dei uma risada. — A gente mal se conhece e tu tá assim mulher?! — ri mais ainda com sua cara fechando. — Amizades assim são pra vida toda, escuta o que tô te falando... — apontou o dedo pra mim e rimos juntas. Tinha gostado de conhecer a loirinha, era legal, engraçada e maluca assim como eu, na medida certa pra sermos amigas. Foi assim que voltamos para o lugar do curso, ainda teria longas horas pela frente treinando para melhorar nossas habilidades com as tips. [...] O ônibus estava lotado e a linha ia direto para o shopping onde trabalho, eu sabia que alguma coisa estava errado assim que me deu folga. Se passavam das seis quando recebi uma mensagem de Patrícia pedindo para dar uma passada na loja que ela mesmo se encarregava de pagar o uber. Avisei que estava num curso e logo mais iria, para completar o combo perfeito, na última moça que coloquei as unhas em aula prática recebi a informação pela Jenny que a Maré estava sendo invadida e o confronto tava intenso. Tentei falar com minha irmã, mas ela não me respondia nada me deixando aflita com o coração na boca pelo medo de algo ter acontecido. Jenny tentou me distrair e tranquilizar dizendo que notícia ruim chega rápido, nada mudou dentro de mim e continuei nervosa. Agora faltava pouco para chegar na parada próxima ao shopping e minhas pernas tremiam sem parar enquanto vasculhava todos os sites, perfis e todos os meios de comunicação da favela. Queria notícias de como tudo estava, nada recebia até encontrar na página do Inst4gram que o morro já tinha sido liberado para os moradores e que não houve feridos, nem mortos. Ali eu me tranquilizei. O ônibus parou e eu fui a primeira a descer, caminhei a passos largos em direção ao shopping enorme para saber o que era tão importante que não poderia ser tratado no dia seguinte. A loja estava com as luzes baixas nas vitrines, mas lá dentro já conseguia ver dona Patrícia e Mariene próximas ao balcão conversando normalmente. Dei duas batidas na porta de vidro e recebi um aceno me chamando para entrar, e assim fiz. — Boa noite Milena, desculpa te chamar nesse horário — dona Patrícia deu um sorriso envergonhado. — Imagina dona Patrícia, estava em Niterói e vim direto, levou tempo até aqui em — brinquei indo até Mariene — Tudo bem? — perguntei e seu sorriso foi triste. — Tudo sim, e você tá bem? — sua fala foi tão triste que fiquei mal por ela, mas assenti levemente dando um abraço de lado nela — Não fica tão contente, a bomba já já explode — falou baixo para que somente eu ouvisse e não entendi o que quis dizer. — Então meninas, já são mais de oito horas e não tinha como adiar esse problema — dona Patrícia se aproximou falando em tom baixo — A poucos meses descobri que estou doente e como bem sabem, só tenho uma filha que está morando em Santa Catarina — balancei a cabeça — Estou com um câncer de mama — abri e fechei a boca sem conseguir falar nada, meus olhos se encheram de lágrimas e os de Mariene estavam do mesmo jeito que os meus. — Eu... Eu sinto muito... — fui até ela a abraçando — Vai dar tudo certo. — disse com confiança. — Não tenho o que dizer nesse momento tão difícil... Mas tenho fé que Deus está cuidando de tudo, a senhora vai ficar bem... — Mariene quem disse vindo ao nosso encontro e a abraçando assim como eu fiz. Dona Patrícia nos olhava cheia de carinho com esperança sabendo o quanto nós nos éramos gratas por ela ter dado uma oportunidade de emprego, por ter sido incrível com nós fazendo um papel não só de patroa, mas também de mãe e amiga. — Obrigada meninas por todo esse carinho — agradeceu carinhosamente. Senti sua fala embargada pela emoção enquanto acariciava nossas mãos em um carinho suave. — Eu espero muito que vocês não fiquem chateadas comigo... — disse abaixando a cabeça e então entendi, ela nos mandaria embora — Minha filha não pode largar tudo para vir cuidar de mim, então decidi fechar a loja e me mudar para ir atrás do meu tratamento — contou com lágrimas nos olhos — Me desculpem por isso... Essa loja foi meu sonho por muitos anos e vocês se tornaram mais que minhas funcionárias, foram amigas, parceiras e até as considero minhas filhas... Se não fosse por isso... — Balançou a cabeça contrariada. — Nós te entendemos dona Patrícia, é para o seu bem, pense assim. — Mariene quem conseguiu falar emocionada. — Não se preocupe com mais nada além do seu bem-estar, nós ficaremos bem — consegui dizer sem gaguejar olhando diretamente para minha colega de trabalho. — Obrigada por tudo meninas. Vou pagar todos os direitos de vocês certinho, não precisam se preocupar com isso e até o seguro-desemprego acabar espero que consigam um novo trabalho — engoli em seco lembrando como é difícil conseguir qualquer emprego nessa cidade sendo moradora da favela — Eu mandei o contador fazer todos cálculos trabalhistas e esse é o valor que cada uma irá receber com a demissão, tem mais alguns direitos que dará um bom valor para cada e o papel que encaminha tudo, está aqui — entregou para cada uma algumas folhas. Minha boca abriu e fechou surpresa com o valor que receberia dela, sem querer, fiquei contente por saber que era o início de um sonho para mim. Juntando esse valor com o que eu já tinha já dava para alugar meu espaço e comprar tudo que precisava para iniciar meu salão. Não quis demonstrar o quanto fiquei feliz pela demissão em um ato de respeito pela doença da dona Patrícia, mas eu estava. [...] Com tudo certo para ir embora, o uber pago por dona Patrícia tinha chegado na porta da frente do shopping e com um abraço de despedida fui para o carro rumo ao morro ansiosa para contar a Mirela o salto que nossa vida daria, talvez ela se empolgasse para fazer um curso e trabalhar comigo. Não tinha recebido nenhuma mensagem sua retornando minhas ligações ou mensagens, imaginei que tivesse ocupada, ou com o celular descarregado, mas tudo que passou pela minha cabeça não era nem de perto o que tinha acontecido.Mirela Fernandes Nada na minha vida foi fácil e eu sabia o tanto que me julgavam, mas ninguém esteve na minha pele em todos os momentos horríveis que passei. Aos quatorze anos quando era apenas uma adolescente que buscava estudar mais e mais para fazer cursinhos sofri meu primeiro abuso. Na época Milena estava estudando muito e conseguiu seu primeiro emprego, nunca tivemos exigência dos nossos pais para trabalhar ou estudar, só queriam nos manter por lá ao lado deles. Quando mainha começou a trabalhar fora e Milena também saia no mesmo horário, sobrava os afazeres da casa para mim fazer e eu sempre mantinha tudo em ordem, painho trabalha próximo de casa então vivia indo ver como estava tudo. Até que num desses dias eu estava saindo do banho enrolada na toalha depois de ter dado uma bela faxina na casa e quase morri do coração ao ver painho parado na porta do meu quarto me encarando. [...] Passado... Não aguentava mais limpar toda a casa. Tinha passado pano depois de esfregar
LC (Leandro Caio) Reunido com os caras no bar do Joca a resenha rolava solto final de tarde. Precisava ir ver a Ingrid, mas tava afim de me estressar agora não, o surto dela já deveria estar pronto com o tanto de mensagem e ligação que me fez. Só mandei o segurança da nossa casa não deixar ela sair até que eu chegasse e era isso que ia ser feito. Não impediria de que falar pra caralhø quando me visse, mas eu tava pouco me fodendo pra falação dela e queria mermo era uma buceta nova pra me tirar da seca de dias que estava desde a última visita dela e de Mirela. Falar nessa filha da püta já me subia o ódio, era do caralho o que tava fazendo com sua vida virando uma viciada em pó. Mandei o Foguinho ficar de olho nela pra não sair, e qualquer coisa me acionar, e pelo visto tava suave que ele nem me procurou. Oz e Marreta se juntaram a nós na mesa do bar, cada um era acompanhado de uma mulher. Oz estava com Juliana, sua fiel de anos, e Marreta tinha arrumado uma loira gostosa pra brinca
Milena Fernandes O morro está silencioso e é estranho para mim ver tudo assim parado, tem um único bar aberto no caminho que faço sem ninguém dentro. Deve ser pela invasão que teve mais cedo, da última vez que entraram aqui lembro que levaram alguém de cargo alto preso e não teve esse silêncio todo, penso que pode ter tido alguma morte importante para os traficantes para estarem assim. Ainda na metade do caminho vejo um lampejo de fogo alto e de repente gritos começam a serem ouvidos avisando que é realmente um incêndio, alguma casa acabou pegando fogo no meio da noite. Continuo caminhando e passam algumas motos por mim com homens armados em cima delas, sinto arrepios no meu corpo tendo um pressentimento ruim. Paro um pouco tentando entender o que está acontecendo quando duas garotas vem na minha direção. — Falaram que ele jogou o corpo dela lá em baixo, tá irreconhecível — uma loira diz para a amiga atraindo minha atenção. — Vamos lá ver antes que levem pra enterrar lá em cima
Milena Fernandes Uma semana depois... É a vida não te dava escolhas fáceis. Fui descobrir agora, nesse exato momento em que enviava o corpo de Mirela para Maceió onde meus pais receberiam o cadáver de uma das filhas. Não sabia como estava conseguindo enfrentar tudo isso, talvez tivesse sido o apoio que estou recebendo de Melissa. Ela me deixou ficar em sua casa, comprou roupas e sapatos para meu uso, até mesmo itens de higiene pessoal tinha comprado. Eu era grata por o que estava fazendo, mas hoje mudaria isso de algum jeito. Falar com meus pais não foi fácil, doeu mais do que imaginei olhar nos olhos de minha mãe por uma simples chamada de vídeo e cantar que minha irmã havia sido morta. Eles não conseguiram aceitar minha decisão de ficar aqui e eu não quis falar que fui roubada, achariam que a polícia resolveria o caso e sabemos que não. Consegui enrolar por uma semana, até poder mandar o corpo dela com meu próprio dinheiro. Dona Patrícia me pagou até a mais quando contei o q
LC (Leandro Caio) A vida continuava, mas não tava fácil não ficar sem o Oz no comando. Tudo é novo, tem coisas que não sei e é instantâneo pegar o celular para ligar pra ele, a ligação cai da caixa postal fazendo a ficha cair mais uma vez. Isso é várias vezes durante o dia. Sabe aquele papo que homem não chora? É um estereótipo ultrapassado pra caralhø, tem essa não pô. Tava geral de luto nesses dias que passaram. Ontem a noite depois da reunião que tivemos aqui no morro com o Vicente, chefe do comando, foi feito uma homenagem ao eterno Oz com salva de tiros e muita oração para que descanse em paz. Hoje era o oitavo dia após sua morte e já não aguentava mais ser o chefe, ainda tive que lidar com Tavin vindo aqui para falar do corpo da Mirela que a irmã queria mandar para casa do caralhø. Maior burocracia e ainda tirei do meu bolso pra pagar as despesas que o jato teve, a documentação falsa e a pørra toda porque a irmã dela tava sem grana. Fiz também porque não queria ficar com e
Milena Fernandes 6 meses depois...O meu luto já tinha passado, mas a saudade e a sede por vingança ainda estavam presentes em cada novo dia. A vida estava se tornando um fardo para carregar sozinha, não tinha vontade de viver como antes e nem sabia como tinha sobrevivia por todos esses meses sem desistir. Precisava de um emprego, mas nenhum lugar me dava oportunidade e o preconceito por morar na favela senti na pele, o desprezo era descomunal com os moradores daqui. Melissa me alertou sobre o preconceito lá fora, eu quis acreditar que não, por ter trabalho com dona Patrícia que é um ser humano bom, mas estava enganada, ela tinha sido minha sorte porque os lugares onde fiz entrevista eram desumanos. Eu tentei arrumar um emprego até mesmo aqui no morro, em salão de beleza, mercadinhos, padarias e até mesmo nos bares, todos negavam me empregar sem motivos, e precisando contratar alguém, que pelo visto não seria eu. Comecei a pensar que era coisa da Melissa para que eu aceitasse ir tr
Leandro Caio (LC) Tranquilão na boca fazendo meus corre tive que descer o morro pra resolver treta da pørra da Ingrid mais uma vez. Esses meses todos não conseguia ter uma noite transando só com ela porque o meu paü nem fica duro, maioria das vezes eu humilhava da pior forma pra ver se colocava ela no seu devido lugar e mandava chamar qualquer piranhä, aí sim fodia legal fazendo ela assistir tudo. Ingrid vinha sozinha tentando ter alguma intimidade comigo, mas pô, o relacionamento já tinha acabado faz uma cota só dependia dela pra aceitar isso e a filha da püta se fazia de otária, papo reto. Não tinha dó da desgraçada por isso esculachava de várias maneiras, tentando fazer com que largasse do meu pé. Dei um ultimato que não dormiria mais naquela casa, mas era tão louca que fingiu não ouvir e no outro dia apareceu na boca como se não tivesse acontecido nada, virei num bicho aquele dia e foi a primeira vez que desci a porrada nela até desmaiar. Tiveram que levar levar direto no postin
Ingrid Vasconcelos É isso que acontece se você sai da casa dos seus pais para viver a vida de mulher de bandido. Eu tinha a vida que muitas meninas queriam ter, casa confortável, pais amorosos e tranquilos, roupas limpas,comida feita, e nunca faltava nada, o único pedido dos meus pais era os estudos, de resto eu vivia livre para fazer o que quisesse. Talvez tenha sido esse o problema, dar liberdade demais para uma garota que ia na onda das amigas. Sim, eu fazia isso e agora estou sozinha com um filha da püta que é ruim comigo. Eu não sou uma boa pessoa também, reconheço isso e poxa, eu gostava de ser ruim, mas quem via de fora, a Ingrid era uma pessoa tranquila e submissa. Eu só sou sádica e masoquista. A morte de Milena tinha grande parte da minha culpa, eu matei ela de várias formas e a mais cruel foi quando minha mente sádica quis ver ela dando para os seguranças apagada, sim, eu dei um remédio para ela dormir e depois chamei eles, que assim como eu, eram uns doentes de merdä.