Leandro (LC)
Quatro anos depois... Pørra! Finalmente estava saindo desse inferno que é o presídio. Não via a hora de retornar para casa e voltar na atividade. Com certeza quem tinha me colocado lá dentro ia pagar por isso, não ia deixar barato assim. Esses anos foi me servindo de aprendizado, cada vez que meu advogado entrava pra falar comigo era um pedido negado que recebia para diminuir minha pena ou aceitarem uma prisão domiciliar, já que meus crimes foram somente o tráfico. Algum filho da püta tava de traição no morro para isso acontecer, tinha acabado de sair deixar Mirela em casa no final da noite quando a invasão começou. Aquele dia estava com meu carro descendo o morro para ir até uma pizzaria, do nada bati de frente com uma viatura e os fogos estouraram. Não tinha o que fazer, ou me entregava, ou morria. Preferi seguir intacto, mas para meu azar tava com maconha no carro, não era muito, só que bastou para ir preso no artigo 33. Naquela noite ainda na delegacia com meu advogado, fiz alguns pedidos. Queria um celular lá dentro com carregador e fone, as visitas só queria minha mulher e a Mirela juntas, pedi para que minha mãe não entrasse lá. Maior humilhação ver minha coroa indo no presídio me visitar, não quis que passasse por isso tá ligado?! Na segunda semana lá dentro, já tinha intimidade com geral que tava na merma cela que eu, os menor da facção era maior resenha e não deixavam ninguém afundar lá dentro. Por que o bagulho é tenso, quem não tem cabeça boa mermo, tira a vida pra acabar logo com aquilo. O negócio que tiro de lá é mais ódio dos cu azul e do filho da püta que deu com a língua nos dentes. Meu advogado foi me buscar quando o alvará saiu, pai tava na pista novamente e com mais ódio no sangue. Não via a hora de ver minha coroa, ir num balão e resenhar com os mano. Falei com OZ ainda na frente do presídio, pedindo pra deixar a BMW passar sem ser parada na contenção e com o positivo dele, era só ir pra minha favela. Sentia o vento no rosto com o gostinho de liberdade batendo forte, mó satisfação tá livre daquele lugar insalubre. O Rio de Janeiro tava mais bonito depois de quatro anos ou eram os meus olhos? Não sabia, mas tava uma sensação gostosa pra caralhø. Essa noite ia ser føda, certeza que minha noite acabaria na SexyGirl com várias gostosas do meu lado, já que baile na segunda-feira não rolaria nunca. A BMW passou direto com os olhares curiosos nela e eu dava gargalhada, felizão da vida. — Bora na boca primeiro — falei com Mathias, o advogado. — Vai me guiando aí, faz um tempo que não vim mais pra esses lados — dou um sorriso de lado concordando. Mathias era cria do morro, nunca quis ir pro crime e sua mãe dependia dele pra tudo, era acamada. OZ mandou pagar enfermeira, pagou todos os bagulhos pra família ficar suave. Eram somente os dois. Até o dia que dona Irina faleceu, o menor ficou sem chão e pela primeira vez pediu pra entrar no tráfico, OZ negou na merma hora. Mandou o moleque morar num apartamento dele no centro, pagou faculdade e todas as paradas, mas futuramente quando se formasse ia ter que sustentar todos os vagabundos do morro que ia em cana. O menor, foi sagaz e tá aqui até hoje, cumprindo a palavra de homem. Fui o caminho todo guiando ele até encostar na casa azul no meio da favela, não tinha mudado nada nessa rua e a boca continuava com o mermo aspecto de casa antiga. Ninguém desmantelava esse lugar, várias boca já tinham sido invadidas nas invasões, mas a principal, ninguém mexia com o tanto de menor que cuidava daqui. Vejo os olhares em cima do carro estranho para muitos e antes de descer ainda consigo ver a cara que o OZ e o Marreta fazem ao saber que era eu ali. Pørra, maior saudade desses cara, papo reto. Respiro fundo e desço sendo acompanhado pelo Mathias. — Coé rapaziada, senti mó falta de geral. Segura que a lili cantou, pai tá na pista novamente em — levanto a mão acenando para os que olharam de longe surpresos e caminho na direção dos meus manos. — Tinha que chegar assim né LC, achei que ia descer direto na casa da tua dona pô — OZ tira onda sabendo que tô pouco me fodendo para Ingrid. — Uma pørra que vou lá agora, já dei o papo que não quero hoje ela na rua. Tenho que aproveitar meu primeiro dia de liberdade né caralhø — falo felizão e ele gargalha vindo me dar um abraço. Marreta repete o gesto, mas não entra nessa onda. Percebo que ele está mais sério que o comum, já tô levando que tem parada rolando. — Qual foi?! Manda o papo aí, que parada tá pegando? — questiono logo e ele sorri negando. — Amanhã tu resolve esse bagulho, papo pra outra hora... — dou de ombros e os mano começa a chegar querendo me recepcionar. Falo com geral e perco as contas de quantas pessoas cumprimento ali durante uma hora inteira. OZ sai para conversar com Mathias e percebo que Marreta tá agoniado só me observando enquanto converso com seu Isaías, o dono da padaria que tem aqui na frente da boca. — Seu Isaías, tenho que ir lá... Ainda preciso ver minha coroa e a Ingrid deve tá sabendo da minha chega já — ele dá um sorriso maneando a cabeça em positivo. — Certo menino, vai lá vai — b**e em meu ombro e vai caminhando lentamente de volta para sua padaria. Não dou muita corda para os outros que querem bater papo e saio dali indo na direção do meu mano Marreta. — E aí pô, pode falar o que tá pegando — ele balança a cabeça e ergo uma sobrancelha — Qual foi Marreta, tá aí me encarando há mó cota, passa a visão logo pô — ele caminha indo para um lugar acima da boca onde não tem tanta gente e vou acomodando. — Pô LC, seguinte, tua amante tá de tiração aqui na favela e o OZ nem ia te falar nada. Nois ia direto cobrar ela, mas tô ligado que Mirela é tua preferida a maior cota tá ligado?! Tá devendo mó grana pra nois — sou pego de surpresa com essa parada. Não fazia ideia que Mirela usava alguma parada e agora tá até devendo, todo mês desembolso maior grana pra vagabunda. — Quanto? — pergunto querendo saber o valor que vou precisar pagar pra quitar a dívida com a favela. — 30 conto — dou uma risada achando graça do bagulho, os cara quer cobrar 30 reais, maior viagem — É 30 mil pørra! — ele diz agora num grunhido e meu riso cessa na merma hora. — Sério mermo? — ele assente — Vou resolver essa parada com ela, nem sabia que usava algum bagulho. Tá fumando maconha agora? — ele nega levemente e coça a nuca — Bala não é, porque não deixo subir pra baile e nem qualquer parada que possa usar — Marreta ergue a sobrancelha e porra, só essa olhada sei que a desgraçada tá cheirando pó. — Vou descer pra ver esse bagulho com ela, mas pode ficar suave que vou pagar essa pørra e não é pra ninguém mais vender pra ela aqui, pode passar pra geral — digo confiante. Mirela não é louca de virar uma viciada nessa pørra! Deixo Marreta avisado e desço andando mermo pra cada que a filha da püta mora com a irmã. É uma da tarde agora, deve tá terminando o almoço agora. Todo dia nesse mermo horário ela diz isso, acorda às oito para tomar café da manhã, depois limpa a casa que mora e meio dia faz o almoço. Verifico meu celular e estranho não ter visualizado minha última mensagem de manhã. Sei que ela é toda delicada e faz as coisas certinhas, por isso me encantei pelo seu jeito fazendo se tornar minha única amante. A faixada da casa que antes era branca, agora está bege e o portão marrom. Entro já sabendo onde sempre Mirela deixa uma chave reserva e o portão está destrancado, facilitando minha entrada. O silêncio era estranho pra mim, já que em todas as ligações nossas que ela estava em casa tinha barulho e movimentação, mas não tinha como ter saído, não deixei que saísse de casa hoje. Mirela era tão minha que eu tinha me tornado obcecado por ela e em cada visita junto com a Ingrid, me viciava mais nela. Seu jeito é diferente da minha mulher, posso ter meu erro em partes por isso já que não deixava Ingrid ir nem no salão. Meu motivo era que ela iria se cansar de estar ao meu lado sendo cada vez pior, só que nada mudou, suas unhas e cabelos continuaram recebendo um bom tratamento sem sair de casa. Conferi se a chave estava correta com a marca na fechadura da porta, fazia muito tempo que não lembrava nem da chave exata que abriria. Quando percebi que estava certo, abri a porta já empurrando para dentro onde se abriu mostrando a casa toda desorganizada com peças de roupas que eu sabia que eram de Mirela. Andei pela sala indo para cozinha buscando algum sinal dela e vi um bilhete na geladeira. "Mirela, faz alguma coisa nessa casa porque não vou continuar arrumando tuas bagunças. Não esquece de pagar a conta de energia, o meu cartão tá em cima da geladeira com a senha pra tirar o dinheiro do banco" Imaginei que fosse sua irmã que tinha deixado o bilhete. Aquele lugar dava náusea só de ver o estado que estava a casa. Andei livremente por ali, abri a porta do banheiro e o lugar estava bem limpo. A segunda porta foi de um quarto e estava muito organizado, era como se fosse de uma adolescente com livros de romance em cima da mesa de cabeceira, pôster do Luan Santana e ursos na cama. Era até engraçado ver esse quarto assim, Mirela dizia que sua irmã era metida e insuportável, mas vendo seu quarto parecia somente uma menina inocente. Fui até o quarto que eu sabia que era dela e não foi surpresa alguma ver a bagunça que estava, sem cama, sem guarda roupa e nenhum móvel. Roupas amontoadas num canto, um colchão velho no chão e ela em cima dormindo como se tivesse no seu melhor sono. Observei seu celular e era bem diferente do que eu mandei darem pra ela há dois meses atrás, qualquer menor hoje tinha um celular melhor que esse dela. Não tava acreditando que essa pørra vendeu os bagulho pra comprar droga, puta que pariu. Já no ódio dei o primeiro chute na boca do estômago dela. — Sua filha da püta, que caralho de casa é esse que tu mora? — gritei assim que seus olhos assustados se abriram e ela apertou onde chutei. — Foi... Foi minha irmã — gaguejou e dei outro chute nas suas pernas fazendo ela se encolher no colchão vagabundo — É sério, Milena é assim. Deixa tudo pra eu arrumar e agora mesmo vou fazer isso, estava cansada por isso dormi muito — começou se explicar tentando levantar, mas percebi que tava ainda mal. — Vendeu tudo as parada pra comprar pó? — perguntei e na hora seu semblante perdeu a cor — Acha que não me falaram, sua filha da püta? — peguei ela pelos cabelos erguendo na minha altura — Pra que tá usando essas merdäs? — perguntei e ela começou se agitar para que eu soltasse seu cabelo. — Para... Por favor... Eu não sei do que tá falando — quis chorar e minha raiva aumentou. Dei um soco na sua cara derrubando no chão. — Tu vai aprender a ser mulher nessa pørra — disse cheio de ódio chutando suas pernas com força — Levanta piranha, a gente ainda tem muito o que conversar, não é? — cruzei meus braços deixando ela se recompor. Mirela levantou gemendo e reclamando de dor, mas pouco me importava com isso. Caminhei até a cozinha da casa e ela veio atrás. — Pelo visto a casa limpa que sempre mostrou, era graças a sua irmã — apontei para o bilhete e ela só faltou grunhuir com raiva — Quero saber da onde vai tirar dinheiro pra pagar o que tu deve aqui no morro. — quis saber e ela arregalou os olhos preocupada. — Achei que você pudesse me ajudar com isso, eu não sou uma drogada viciada... Comprei pra Milena e usei algumas vezes junto com ela, como fizemos ontem, mas se quiser tenho um outro jeitinho de te pagar... — deu um sorriso de lado e só faltei rir da sua cara. Ainda com o lábio cortado a filha da püta queria me dar. — Você vai me pagar... — sorriu esperançosa — Quando se recuperar, parar de cheirar essa merda, ai volto a te bancar e te dar dinheiro. Enquanto isso, está proibida de sair de casa. — aviso passando por ela. — Como assim amor? Preciso de dinheiro pra me manter... — correu atrás de mim — Se quiser, te dou assim e só me dá uns trezentos reais — virou de costas esfregando a bunda no meu cacete. — Quero não. Limpa essa casa e anda na linha que a gente conversa. — decretei e ela se afastou num rompente. — Você saiu hoje do presídio? — perguntou mudando de assunto e só confirmei — Ah tá amor, vou me comportar e fazer o disse... Sabe, limpar a casa e ficar aqui trancada esperando você voltar pra mim... — fica toda melosa e sei que é joguinho pra tentar me conquistar, mas não caio mais nisso. — Vou indo lá, não sai em, vou deixar um menor de olho em tu — avisei antes de passar por ela de uma vez. Quando sai daquela casa parecia que algo nesses quatro anos fora tinha mudado, eu só não sabia o que era ainda...Milena Fernandes Eu estava me sentindo realizada nesses quatro anos morando aqui no Rio, não tinha amizades e evitava sair para evitar os olhares tortos que eu recebia sem motivo algum, mas me sentia feliz. Estudei muito para poder abrir meu salão de beleza, já tinha até em mente um ponto que eu queria comprar na favela mesmo. Ouvindo sempre minha irmã dizer que as "monas" iam muito se arrumarem em salão porque na comunidade tinha os "bofes do tráfico" que bancavam elas, isso me encorajou a abrir meu espaço aqui no morro mesmo sendo só eu para fazer atendimentos. Então, a ideia já tava fixa na minha mente que eu abriria meu lugarzinho no morro e o dinheiro que tinha ia ser uma parte desse meu sonho. Guardei 20 mil reias trabalhando direto, sem folgar muito e fazendo muitas horas extras como vendedora aqui no shopping. O meu trabalho era tranquilo com a equipe toda, mas os atendimentos começaram a cair drasticamente depois de um tempo e uma boa parte dos funcionários foram demiti
Mirela Fernandes Nada na minha vida foi fácil e eu sabia o tanto que me julgavam, mas ninguém esteve na minha pele em todos os momentos horríveis que passei. Aos quatorze anos quando era apenas uma adolescente que buscava estudar mais e mais para fazer cursinhos sofri meu primeiro abuso. Na época Milena estava estudando muito e conseguiu seu primeiro emprego, nunca tivemos exigência dos nossos pais para trabalhar ou estudar, só queriam nos manter por lá ao lado deles. Quando mainha começou a trabalhar fora e Milena também saia no mesmo horário, sobrava os afazeres da casa para mim fazer e eu sempre mantinha tudo em ordem, painho trabalha próximo de casa então vivia indo ver como estava tudo. Até que num desses dias eu estava saindo do banho enrolada na toalha depois de ter dado uma bela faxina na casa e quase morri do coração ao ver painho parado na porta do meu quarto me encarando. [...] Passado... Não aguentava mais limpar toda a casa. Tinha passado pano depois de esfregar
LC (Leandro Caio) Reunido com os caras no bar do Joca a resenha rolava solto final de tarde. Precisava ir ver a Ingrid, mas tava afim de me estressar agora não, o surto dela já deveria estar pronto com o tanto de mensagem e ligação que me fez. Só mandei o segurança da nossa casa não deixar ela sair até que eu chegasse e era isso que ia ser feito. Não impediria de que falar pra caralhø quando me visse, mas eu tava pouco me fodendo pra falação dela e queria mermo era uma buceta nova pra me tirar da seca de dias que estava desde a última visita dela e de Mirela. Falar nessa filha da püta já me subia o ódio, era do caralho o que tava fazendo com sua vida virando uma viciada em pó. Mandei o Foguinho ficar de olho nela pra não sair, e qualquer coisa me acionar, e pelo visto tava suave que ele nem me procurou. Oz e Marreta se juntaram a nós na mesa do bar, cada um era acompanhado de uma mulher. Oz estava com Juliana, sua fiel de anos, e Marreta tinha arrumado uma loira gostosa pra brinca
Milena Fernandes O morro está silencioso e é estranho para mim ver tudo assim parado, tem um único bar aberto no caminho que faço sem ninguém dentro. Deve ser pela invasão que teve mais cedo, da última vez que entraram aqui lembro que levaram alguém de cargo alto preso e não teve esse silêncio todo, penso que pode ter tido alguma morte importante para os traficantes para estarem assim. Ainda na metade do caminho vejo um lampejo de fogo alto e de repente gritos começam a serem ouvidos avisando que é realmente um incêndio, alguma casa acabou pegando fogo no meio da noite. Continuo caminhando e passam algumas motos por mim com homens armados em cima delas, sinto arrepios no meu corpo tendo um pressentimento ruim. Paro um pouco tentando entender o que está acontecendo quando duas garotas vem na minha direção. — Falaram que ele jogou o corpo dela lá em baixo, tá irreconhecível — uma loira diz para a amiga atraindo minha atenção. — Vamos lá ver antes que levem pra enterrar lá em cima
Milena Fernandes Uma semana depois... É a vida não te dava escolhas fáceis. Fui descobrir agora, nesse exato momento em que enviava o corpo de Mirela para Maceió onde meus pais receberiam o cadáver de uma das filhas. Não sabia como estava conseguindo enfrentar tudo isso, talvez tivesse sido o apoio que estou recebendo de Melissa. Ela me deixou ficar em sua casa, comprou roupas e sapatos para meu uso, até mesmo itens de higiene pessoal tinha comprado. Eu era grata por o que estava fazendo, mas hoje mudaria isso de algum jeito. Falar com meus pais não foi fácil, doeu mais do que imaginei olhar nos olhos de minha mãe por uma simples chamada de vídeo e cantar que minha irmã havia sido morta. Eles não conseguiram aceitar minha decisão de ficar aqui e eu não quis falar que fui roubada, achariam que a polícia resolveria o caso e sabemos que não. Consegui enrolar por uma semana, até poder mandar o corpo dela com meu próprio dinheiro. Dona Patrícia me pagou até a mais quando contei o q
LC (Leandro Caio) A vida continuava, mas não tava fácil não ficar sem o Oz no comando. Tudo é novo, tem coisas que não sei e é instantâneo pegar o celular para ligar pra ele, a ligação cai da caixa postal fazendo a ficha cair mais uma vez. Isso é várias vezes durante o dia. Sabe aquele papo que homem não chora? É um estereótipo ultrapassado pra caralhø, tem essa não pô. Tava geral de luto nesses dias que passaram. Ontem a noite depois da reunião que tivemos aqui no morro com o Vicente, chefe do comando, foi feito uma homenagem ao eterno Oz com salva de tiros e muita oração para que descanse em paz. Hoje era o oitavo dia após sua morte e já não aguentava mais ser o chefe, ainda tive que lidar com Tavin vindo aqui para falar do corpo da Mirela que a irmã queria mandar para casa do caralhø. Maior burocracia e ainda tirei do meu bolso pra pagar as despesas que o jato teve, a documentação falsa e a pørra toda porque a irmã dela tava sem grana. Fiz também porque não queria ficar com e
Milena Fernandes 6 meses depois...O meu luto já tinha passado, mas a saudade e a sede por vingança ainda estavam presentes em cada novo dia. A vida estava se tornando um fardo para carregar sozinha, não tinha vontade de viver como antes e nem sabia como tinha sobrevivia por todos esses meses sem desistir. Precisava de um emprego, mas nenhum lugar me dava oportunidade e o preconceito por morar na favela senti na pele, o desprezo era descomunal com os moradores daqui. Melissa me alertou sobre o preconceito lá fora, eu quis acreditar que não, por ter trabalho com dona Patrícia que é um ser humano bom, mas estava enganada, ela tinha sido minha sorte porque os lugares onde fiz entrevista eram desumanos. Eu tentei arrumar um emprego até mesmo aqui no morro, em salão de beleza, mercadinhos, padarias e até mesmo nos bares, todos negavam me empregar sem motivos, e precisando contratar alguém, que pelo visto não seria eu. Comecei a pensar que era coisa da Melissa para que eu aceitasse ir tr
Leandro Caio (LC) Tranquilão na boca fazendo meus corre tive que descer o morro pra resolver treta da pørra da Ingrid mais uma vez. Esses meses todos não conseguia ter uma noite transando só com ela porque o meu paü nem fica duro, maioria das vezes eu humilhava da pior forma pra ver se colocava ela no seu devido lugar e mandava chamar qualquer piranhä, aí sim fodia legal fazendo ela assistir tudo. Ingrid vinha sozinha tentando ter alguma intimidade comigo, mas pô, o relacionamento já tinha acabado faz uma cota só dependia dela pra aceitar isso e a filha da püta se fazia de otária, papo reto. Não tinha dó da desgraçada por isso esculachava de várias maneiras, tentando fazer com que largasse do meu pé. Dei um ultimato que não dormiria mais naquela casa, mas era tão louca que fingiu não ouvir e no outro dia apareceu na boca como se não tivesse acontecido nada, virei num bicho aquele dia e foi a primeira vez que desci a porrada nela até desmaiar. Tiveram que levar levar direto no postin