Duas vidas opostas unidas por apenas um papel, e uma sala vermelha repleta de caos e prazer, a maldita sala 12. Uma mulher obstinada, forte e corajosa e disposta a fazer o que é preciso para cuidar daqueles que ama, mas que guarda segredos e feridas grandes demais para um coração. Dizem que por detrás de toda muralha, sempre há alguém vulnerável e machucado, pedindo por socorro! Um cafajeste, sem coração, disposto a lutar pelos seus sonhos mesmo que tenha que enfrentar os clichês de uma vida de herdeiro. O homem que não se lembra ao menos do nome das mulheres que dorme, mas disposto a fazer o impensável por uma desconhecida. Dizem que por detrás de um grande crápula, há sempre um coração quebrado, perdido, ansiando por alguém que possa ajudá-lo! Quem salva quem? Um CEO e sua Secretária que vivem um amor proibido aos olhos da sociedade. Dois atores que se odeiam unidos por um papel. Um milionário e uma estripper entrelaçados pela sala 12. Até onde o destino pode cruzar as histórias? E em quais delas pode finalmente haver um final feliz para vidas tão opostas?
Ler mais— É bom que você tenha aceitado me encontrar, eu sabia que poderíamos conversar de forma amigável. — Ana falou sentada á frente do homem branco de olhos azuis e cabelos grisalhos.— Sim, Senhorita Ana. Acredito que precisávamos dessa conversa mediante a ação que tem movido contra o meu filho. — O homem falou bebendo um gole do vinho em sua taça.— Não, não me entenda mal. Não estou movendo uma ação contra o seu filho. É apenas pela guarda da menina, que venhamos e convenhamos é benéfico para ambas as partes já que por todos estes anos ela viveu com a mãe sem dar trabalho algum para vocês. — Ana falou.— Mas eu gostaria de conviver com a minha neta, poder vê-la algumas vezes... Meu filho também tem direitos, se é que me entende. — O homem assentiu, umedecendo os lábios.— Claro, falando em direitos... Seu filho está respondendo em liberdade por tentativa de homicídio, lesão corporal e violência domestica. Correto?— Sim, mas isso já está sendo resolvido. — O homem disse. — Meu filho fo
_______________________________________________JILEANTomamos um banho e apesar da provocação safada do Rick, apenas um banho. Logo dei um banho na Agnes e a arrumei enquanto o Rick preparava algo para comermos na volta. Meu coração estava acelerado e a todo o momento eu tentava não pensar no passado. Estava tudo indo muito bem, as gravações estavam intensas agora, e a sensação que eu tinha é que de fato minha vida estava indo para algum lugar, porque embora eu não tivesse minha mãe ao meu lado e falasse com a Van pelo menos uma vez por semana, eu tinha o emprego dos meus sonhos e uma família maravilhosa...Logo estávamos estacionando na praça e a Agnes descera correndo com o Jack em seu encalço, avistei o Ravi sentado num dos bancos e respirei fundo.— Vai dar certo, como deu das ultimas vezes. — Rick falou me dando um selinho antes de descermos do carro.Descemos e seguimos até Ravi que se levantou quando nos avistou. Agnes foi até o pai relutante, não havia alegria ou entusiasmo em
_______________________________________________JILEAN Quando caímos na cama soados, ofegantes, arranhados e vermelhos. Nada mais parecia existir para nós dois, além de nós dois. Eu o encarei e sorri. Ele inclinou seu corpo sobre o meu. — Então, Lucy Jilean... Acho que resolvemos o problema dos lençóis. — Ele provocou. — Para quem não lembra o nome das mulheres que transa, você conseguiu lembrar de dois. — Devolvi estreitando os olhos para ele. — Eu não amava nenhuma delas. — Ele disse baixando, seu sorriso sincero se abrindo de forma lenta, constatando a veracidade daquela frase, fazendo meu coração disparar em resposta. — E eu amo você. — Alarick... — Sussurrei sentindo como se tudo dentro de mim estivesse em movimento. — Não é uma pergunta e não precisa de uma resposta. — Ele sussurrou depositando selinhos em meus lábios. — Eu também amo você... — Sorri. Um sorriso sincero e emocionado. Porque dentro de mim, tudo estava em constante movimento, mas embora fossemos um caos, dent
_______________________________________________JILEAN Estávamos nas intensivas, gravávamos dia e noite sem parar. Jack contratara uma babá e se certificara de que ela tinha porte de arma e defesa pessoal no currículo. Eu não estava completamente satisfeita e meu coração por muitas vezes ficava em pedacinho por ver que estávamos tendo pouco tempo para ficarmos juntas e em alguns momentos eu sentia que iria surtar de preocupação... Mas era um bom começo para me sentir segura novamente. Para acreditar que eu poderia ter uma vida e me convencer de que o Ravi já não tinha mais poder algum sobre tudo o que eu construí. Às vezes eu tinha algumas crises de ansiedade e sentia que a qualquer momento ele poderia tirar tudo de mim, mas então eu encarava uma Agnes apaixonada por homens incríveis que a rodeava de presença e amor, e simplesmente passava. Era mais fácil respirar com eles. A manhã tinha sido de intensa gravação, e a tarde estaríamos livres. Metade do filme já fora e estávamos nas ret
________________________________________________RICK É engraçado como julgamos ter total controle de nossas vidas... Eu julguei estar no ápice da minha vida. Afirmei com todas as palavras que nunca teria uma família, e agora eu estava aqui, meses depois, vendo Lucy Jilean encantar todos os meus amigos, num jantar que ela preparou para recepcioná-los, no apartamento que fora meu e que agora era nosso. E minha mãe estava no meio deles. Agindo como uma completa adolescente, rindo feito boba e relembrando nossas mais loucas experiências quando ainda parecíamos família. Era inacreditável. Jill estava sorrindo. Agnes estava no colo de Jack. Minha mãe falava empolgada sobre alguma coisa com a Bell. Jack e Dylan estavam falando sobre algo em paralelo também. E eu não escutei nada do que nenhum deles disseram porque estava muito preocupado em gravar aqueles rostos e aquele momento. Eu nunca estive tão completo. Nunca me senti tão feliz. Mas por alguns segundos senti algo tomar meu coração. In
________________________________________________RICKBalancei a cabeça negativamente.— Você disse alguma coisa que tenha o ofendido e o tirado do sério? — Ela riu.— Não é possível... — Jack balançou a cabeça negativamente.— Não? Eles alegaram que eu o agredi primeiro quando estava apenas tentando fechar a porta da minha casa para que ele não entrasse. Quando aleguei que ele me estuprava, sabe o que disseram? Mas vocês moravam juntos. E quando eu aleguei que dizia claramente que estava desconfortável por conta da gestação e que não queria e ainda assim ele continuava, me perguntaram: Mas você pediu para que ele parasse? O Ravi me batia, o que eu receberia se pedisse pra ele parar? Eles ignoraram essa ultima pergunta. Alegaram que as agressões se deram por conta de um transtorno mental que poderia ser controlado com terapia e remédios. Me digam... Dez passos de distancia impedem que ele atire em mim com uma arma? Sabe quanto tempo demora para ele dar dez passos e me machucar novament
________________________________________________RICKNos acomodamos os três no sofá encarando o céu e bebendo um bom vinho.— Bom, como sou um incrível fofoqueiro. Quero entender melhor essa tuor. — Jack falou.— Tem certeza? — Jill perguntou ainda encarando o céu.— Absoluta, não vou conseguir dormir criando fanfics e mais fanfics se você não me contar! — Jack riu.— Você pode começar com um psicopata e uma mocinha. — Ela suspirou.— A mocinha é você. E o psicopata? Não é o Rick... Ele é pervertido, mas psicopata não. — Jack falou. Nós três rimos.— O psicopata é o meu ex. — Ela falou respirando fundo.— E qual o enredo da fanfic? — Jack perguntou sendo cuidadoso com as palavras.Senti Jilean ajeitar o corpo e então me acomodei no braço do sofá ficando de frente para Jack e deixando que ela apoiasse suas costas em meu peito e as pernas no colo dele. Quando vi meus braços já estavam ao redor de seu corpo, uma mão segurava a taça e a outra estava traçando linhas invisíveis na palma de
________________________________________________RICKEstávamos sentados no sofá comendo pizza e assistindo a segunda seqüência de Meu Malvado Favorito, eu as observava discretamente e perguntava para mim mesmo como havíamos chegado aquilo...Quando de repente meu apartamento virou algo familiar e meu coração passou a ansiar ter uma família? Automaticamente meus lábios formaram um sorriso quando a Agnes irrompeu em risadas por algo aleatório que eu sequer prestara atenção no desenho e a Jill sorriu ao encarar a menina. Era aquilo, aquela sensação que eu tive tanto medo de ter na vida, que eu achei não ser possível, que eu acreditei estar fora de cogitação... E então elas estavam ali, ao meu lado, de uma forma completamente inusitada e eu não queria mais estar em outro lugar numa sexta á noite.— Querido, cheguei! — A voz de Jack me tirou dos meus devaneios. — Perdi alguma coisa? — Ele parou no meio da sala com uma expressão surpresa ao nos encarar.— Tio Jack!!! — Agnes pulou do sofá i
_______________________________________________JILEAN— Você pode redecorar se quiser. — Rick falou colocando as mãos no bolso e seguindo até a porta de vidro. — Aqui fica a varanda compartilhada.Eu o segui enquanto Agnes se jogava na cama. Na varanda um sofá preto tomava toda a parede entre nossas portas juntamente com um nicho na parte de cima contendo alguns livros e um telescópio no canto. A varanda dele dava uma vista perfeita para o céu estrelado o que deixava a altura apenas um detalhe. Toda a varanda era coberta por um vidro.— Este vidro é blindado e fumê, ou seja, nada de fora pode nos ver ou nos atingir. — Ele disse tocando no vidro e observando o condomínio abaixo, embora essa parte da varanda ficasse virada para um local onde não tinha prédios, apenas ruas ao longe.— Entendi. — Falei observando o céu acima de nós.Rick seguiu para o lado de dentro e eu o segui. Saímos do quarto.— Aqui é o banheiro. — Ele abriu a porta de frente para a nossa. O banheiro era bem espaçoso