________________________________________________RICK É engraçado como julgamos ter total controle de nossas vidas... Eu julguei estar no ápice da minha vida. Afirmei com todas as palavras que nunca teria uma família, e agora eu estava aqui, meses depois, vendo Lucy Jilean encantar todos os meus amigos, num jantar que ela preparou para recepcioná-los, no apartamento que fora meu e que agora era nosso. E minha mãe estava no meio deles. Agindo como uma completa adolescente, rindo feito boba e relembrando nossas mais loucas experiências quando ainda parecíamos família. Era inacreditável. Jill estava sorrindo. Agnes estava no colo de Jack. Minha mãe falava empolgada sobre alguma coisa com a Bell. Jack e Dylan estavam falando sobre algo em paralelo também. E eu não escutei nada do que nenhum deles disseram porque estava muito preocupado em gravar aqueles rostos e aquele momento. Eu nunca estive tão completo. Nunca me senti tão feliz. Mas por alguns segundos senti algo tomar meu coração. In
_______________________________________________JILEAN Estávamos nas intensivas, gravávamos dia e noite sem parar. Jack contratara uma babá e se certificara de que ela tinha porte de arma e defesa pessoal no currículo. Eu não estava completamente satisfeita e meu coração por muitas vezes ficava em pedacinho por ver que estávamos tendo pouco tempo para ficarmos juntas e em alguns momentos eu sentia que iria surtar de preocupação... Mas era um bom começo para me sentir segura novamente. Para acreditar que eu poderia ter uma vida e me convencer de que o Ravi já não tinha mais poder algum sobre tudo o que eu construí. Às vezes eu tinha algumas crises de ansiedade e sentia que a qualquer momento ele poderia tirar tudo de mim, mas então eu encarava uma Agnes apaixonada por homens incríveis que a rodeava de presença e amor, e simplesmente passava. Era mais fácil respirar com eles. A manhã tinha sido de intensa gravação, e a tarde estaríamos livres. Metade do filme já fora e estávamos nas ret
_______________________________________________JILEAN Quando caímos na cama soados, ofegantes, arranhados e vermelhos. Nada mais parecia existir para nós dois, além de nós dois. Eu o encarei e sorri. Ele inclinou seu corpo sobre o meu. — Então, Lucy Jilean... Acho que resolvemos o problema dos lençóis. — Ele provocou. — Para quem não lembra o nome das mulheres que transa, você conseguiu lembrar de dois. — Devolvi estreitando os olhos para ele. — Eu não amava nenhuma delas. — Ele disse baixando, seu sorriso sincero se abrindo de forma lenta, constatando a veracidade daquela frase, fazendo meu coração disparar em resposta. — E eu amo você. — Alarick... — Sussurrei sentindo como se tudo dentro de mim estivesse em movimento. — Não é uma pergunta e não precisa de uma resposta. — Ele sussurrou depositando selinhos em meus lábios. — Eu também amo você... — Sorri. Um sorriso sincero e emocionado. Porque dentro de mim, tudo estava em constante movimento, mas embora fossemos um caos, dent
_______________________________________________JILEANTomamos um banho e apesar da provocação safada do Rick, apenas um banho. Logo dei um banho na Agnes e a arrumei enquanto o Rick preparava algo para comermos na volta. Meu coração estava acelerado e a todo o momento eu tentava não pensar no passado. Estava tudo indo muito bem, as gravações estavam intensas agora, e a sensação que eu tinha é que de fato minha vida estava indo para algum lugar, porque embora eu não tivesse minha mãe ao meu lado e falasse com a Van pelo menos uma vez por semana, eu tinha o emprego dos meus sonhos e uma família maravilhosa...Logo estávamos estacionando na praça e a Agnes descera correndo com o Jack em seu encalço, avistei o Ravi sentado num dos bancos e respirei fundo.— Vai dar certo, como deu das ultimas vezes. — Rick falou me dando um selinho antes de descermos do carro.Descemos e seguimos até Ravi que se levantou quando nos avistou. Agnes foi até o pai relutante, não havia alegria ou entusiasmo em
— É bom que você tenha aceitado me encontrar, eu sabia que poderíamos conversar de forma amigável. — Ana falou sentada á frente do homem branco de olhos azuis e cabelos grisalhos.— Sim, Senhorita Ana. Acredito que precisávamos dessa conversa mediante a ação que tem movido contra o meu filho. — O homem falou bebendo um gole do vinho em sua taça.— Não, não me entenda mal. Não estou movendo uma ação contra o seu filho. É apenas pela guarda da menina, que venhamos e convenhamos é benéfico para ambas as partes já que por todos estes anos ela viveu com a mãe sem dar trabalho algum para vocês. — Ana falou.— Mas eu gostaria de conviver com a minha neta, poder vê-la algumas vezes... Meu filho também tem direitos, se é que me entende. — O homem assentiu, umedecendo os lábios.— Claro, falando em direitos... Seu filho está respondendo em liberdade por tentativa de homicídio, lesão corporal e violência domestica. Correto?— Sim, mas isso já está sendo resolvido. — O homem disse. — Meu filho fo
______________________________________________________RICK — Alicia, querida. Que tal começarmos a ensaiar as cenas dos beijos? Você sabe, pelo bem da química... — Falei encarando a loira de olhos azuis á minha frente. — A gente pode ensaiar isso mais tarde... — Alicia falou piscando para mim. — Vocês ainda estão no set. — Jack apareceu em meu campo de visão me tirando dos meus devaneios imorais. — E o que você está fazendo aqui? — Encarei um dos meus melhores amigos vestido num terninho sofisticado á minha frente. — Vim te buscar porque sei que se eu não fizesse, você iria parar na cama de uma das suas colegas de trabalho. — Ele falou assoviando ao final. — Não seria uma má idéia, não acha? — Falei com uma piscadela e um sorriso maligno, pensando que dessa vez poderia ter sido na da Alicia que nos deixou a sós logo que o Jack chegou, os dois se odeiam. Em outra vida, eu diria ser amor. — Ah Rick, você não muda? — Ele me encarou arqueando uma das sobrancelhas. — Para quê? Me si
_________________________________________________RICK — Não tinha um lugar melhor? — Falei ao ouvido de Jack quando ultrapassamos a porta da For You. — É uma das melhores casas de strip da cidade, cara! — Jack respondeu. — Imagine as outras... — Resmunguei. — Então meu amigo Dylan, está ansioso para a sua noite num bordel? — Falei passando o braço ao redor do pescoço do meu outro melhor amigo. — Eu não consigo acreditar que vocês estão fazendo isso comigo! — Dylan falou com uma carranca de chateação no rosto. — Não ligamos para a sua opinião, não hoje! — Jack falou batendo no ombro dele. — Ah tire essa carranca, você nunca mais verá outras mulheres gostosas na vida. Isso se for um santo né. — Falei o encarando. — Precisa aproveitar a noite já que só te veremos agora no dia do seu casamento — Você é um demônio, sabia? — Ele falou em tom dramático. — Se demônios forem tão sinceros quanto eu. — Falei com um sorriso malicioso no rosto. Adentramos o local, e para a minha indignação
_______________________________________________JILEAN Quando entrei no camarim meu corpo estava explodindo de excitação. Não pela apresentação porque eu já estava acostumada, e em algumas noites a sensação não era boa. Mas naquela a sensação era surpreendente. Quando tirei a mascara e fechei os olhos, tudo que eu conseguia ver era aquele desconhecido tocando a minha tatuagem. Aquele toque suave sobre meu corpo me desencadeou uma corrente elétrica de emoções, ele foi capaz de me deixar excitada com um toque... Coloquei meu sobretudo encarando o relógio na parede acima do espelho, já eram 2h00min da madrugada e eu tinha que chegar em casa o mais rápido possível. Peguei minha bolsa e saí do camarim subindo o gorro do sobretudo que escondia meu rosto e recolocando a máscara. Procurei pela Mariah no salão e a notei na parte de dentro do bar. Segui até lá e senti vontade de recuar quando percebi que os três rapazes da sala 12 estavam sendo atendidos por ela. Provavelmente bêbados e á garg