Bruna Maria, uma jovem camareira de um grande hotel na capital de Fortaleza, mora sozinha em um quartinho pequeno e aos finais de semana costuma viajar para o interior para casa de sua avó. Vovó Olívia, como ela costuma chamá-la, criou a neta sozinha após seus pais serem presos por tráfico de drogas diversas vezes. Ela não sabe onde eles vivem atualmente depois de saírem da prisão. João Gonzalez, um bilionário frio e autoritário tem alguns negócios no Brasil, portanto, viaja muito, principalmente para o nordeste. Ele é natural da capital do México, conhecido por suas empresas e beleza extraordinária tira suspiros por onde passa. Após a perca dos pais ele assumiu os negócios da família, aguardando o dia que seu irmão mais novo Samuel também assuma parte dos negócios. Uma certa camareira nordestina, destrambelhada, trará mudanças em sua vida sem que ele perceba. Um homem que nunca se apaixonou saberá lidar com o sangue quente da nordestina arretada? E, Bruna Maria, conseguirá derreter o coração frio deste bilionário?
Ler maisBruna MariaUm almoço em família com as crianças juntas era trabalho em dobro. Não que eu estivesse reclamando, não era isso! Era difícil controlar tanta criança junta, portanto, contratei uma babá para olhá-las e acompanhar seus passos. Onze anos passaram voando e eu estava gestante do meu terceiro filho. Miguel era um garoto inteligente e bem estudioso, mas sua irmã Ana Luísa era o oposto.Ela tinha somente nove anos mais-valia por quatro crianças. Não parava um segundo quieta. Suas birras para não ir à escola eram coisa séria, no entanto, meu marido e eu dávamos um jeitinho de fazê-la participar das aulas sempre.— Ana Luísa, não suje seu vestido! Quer que os seus tios te vejam farrapada? — perguntei seriamente. Minha filha me olhou emburrada. Odiava quando alguém lhe chamava atenção.— Mamãe, por que não chama atenção do Miguel também? — questionou-me, procurando por um motivo apenas de colocar seu irmão em encrenca.— Ele está sentado na poltrona. Por favor, filha, não faça nada
João GonzalezDois dias após o nosso retorno ao Brasil, minha esposa entrou em trabalho de parto. Não sei quem estava mais nervoso se era eu ou ela quando fomos para o hospital, por um momento quase desmaiei porque não sabia se aguentaria de fato ver ela sofrendo durante o parto, no entanto, não comentei minha fraqueza com ninguém. Entrei naquela sala de parto firme, menos forte, mas isso ninguém precisava saber.Quanto mais se aproximava do momento do nascimento de Miguel, mas ansioso ficava até mesmo acreditei que pudesse cair na sala de parto e acordar só depois de o meu filho ter nascido. No entanto, ele veio antes que isso pudesse acontecer, com as mãos trêmulas cortei o cordão umbilical do meu menino. Ele reconheceu a mamãe na hora quando ela falou com ele, foi uma cena realmente linda, não vou dizer que foi fácil o parto porque demorou quase quatro horas, contudo, aguentei para chegar naquele momento, embora não tenha gravado o nascimento dele devido todo meu nervosismo.Não sa
Bruna MariaDois meses após a prisão do tio do meu marido, estávamos prontos para retornar para o Brasil. Meu cunhado foi embora dois dias depois do julgamento de Juliano. João e eu decidimos ficar um pouco mais no México e vovó Olivia permaneceu do nosso lado.Tudo estava maravilhoso sem aquele medo que nos cercava constantemente. Era hora de voltar para o Brasil porque não queria que meu filho nascesse no México, portanto, tínhamos que viajar quanto antes. A chegada de Miguel estava cada vez mais próxima e poderia acontecer a qualquer momento.Ajeitei meu cabelo um pouco mais na frente do espelho, antes de sair do quarto. Uma festa de despedida me aguardava. A família estava toda reunida. Eles amavam uma festa e com muita comida. Era ótimo estar do lado de uma família animada.— Você está muito linda! — meu marido disse, aproximando-se e beijando minha bochecha esquerda. — Todos estão ansiosos para ver você.Eles queriam mesmo me ver, afinal de contas, era a única grávida na família
João GonzalezA audiência do meu tio Juliano foi adiada quatro dias, todavia, saiu. Nossa família foi protegida dos repórteres pelos nossos seguranças. Dentro do tribunal de justiça ficamos todos ansiosos. Esperávamos de tudo naquele julgamento. Bruna Maria, sentou-se na primeira fileira de cadeiras ao lado de sua avó.Meu irmão e eu fomos intimados para testemunhar contra nosso tio. Na sala de espera para sermos testemunhas, Samuel suava bastante e retirou a gravata, pois disse que estava o sufocando.— Que hora vão nos chamar? O Julgamento começou! — resmungou, caminhando de um lado para o outro.— Tenta se acalmar ou vai acabar desmaiando! — comentei, preocupado que ele tivesse um troço.Não demorou nem mesmo dois minutos para chamarem meu irmão para depor. Ouvi seu depoimento e logo em seguida foi minha vez. Entrei na sala de audiência sentindo ódio. Vi meu tio Juliano com um sorriso cretino nos lábios. Respondi às perguntas do juiz e falei tudo que sabia.— O acusado Juliano Gonz
Bruna MariaNão pensei que nossa chegada ao México fosse tão esperada. Todos da família do meu marido se reuniram em nossa casa. Era como se fosse um enterro, porém, de um vivo no caso. Todos queriam falar algo sobre o ocorrido no Brasil. A família estaria toda no tribunal para a sentença de Juliano Gonzalez.— Ele telefonou para nossa casa para pedir que arrumássemos um ótimo advogado para ele. Fiquei incrédula no descaramento dele. Desliguei em sua cara e mandei ele para o inferno. — comentou a esposa de Juliano.— Logo ele conhecerá o inferno, tia. O que ele fez para nossa família não tem perdão. Dessa vez ele não vai se livrar nem usando todo o seu dinheiro para isso. — meu cunhado disse de cabeça erguida. Ele não queria demonstrar toda sua felicidade em respeito à sua tia e primos.— Pobrezinha da Teresa foi mais uma vítima de Juliano. Ela era uma senhora tão alegre e é assim que guardarei na minha memória como ela era. — uma senhora que não lembrara o nome disse com tristeza. El
João GonzalezDecidi fazer algumas compras no supermercado, enquanto caminhava com o carrinho de compras, pelos corredores, uma movimentação estranha, chamou bastante atenção. Não só dos meus seguranças, como de todos que estavam presentes. Para a minha surpresa, não demorou para que ouvíssemos tiros. O que me fez me abaixar, tentando me proteger. Pensei que fosse um assalto, porém, não era isso.Foi quando eu vi o meu tio Juliano, se aproximando que o meu corpo inteiro estremeceu. Ele estava no Brasil e diante de mim, talvez aquele fosse meu fim: ele estava apontando uma arma de fogo na minha direção. Engoli seco. Somente conseguia pensar na minha esposa e no meu filho.— Dessa vez, você não escapará, querido, sobrinho, tudo que você me fez passar até agora tem que acabar hoje! Eu não aguento mais ficar na situação que estou, a culpa disso tudo, é sua! — esbravejou, apontando a arma de fogo contra minha cabeça. Nunca senti tanto medo como naquele momento. Qualquer coisa que eu disses
Ellen FerreiraEstava disposta a desistir daquele emprego de tratar particularmente do caso de Samuel Gonzalez. Ele tinha entrado fundo não só na minha vida, devo confessar que meus sentimentos por ele eram errados por eu ser sua psicóloga. A festa de casamento do irmão dele foi uma grande confusão e me senti culpada porque ele fez o que fez por minha causa. Eu não sabia se ele era ou não apaixonado por mim, como disse seu irmão mais velho para quem quisesse ouvir.Queria fugir de problemas, eu tinha um filho para cuidar e não era bom para minha imagem me envolver em escândalos. Meu ex marido havia me largado após saber da minha gravidez. Ele não queria filhos e ainda tentou me fazer abortar para continuarmos juntos. Foi um absurdo e o fim do casamento veio. Não queria que meu filho se apagasse ainda mais ao meu paciente, ele iria embora assim como seu pai foi de nossas vidas.Minha intenção era falar apenas com o senhor Gonzalez e sua esposa sobre minha demissão, portanto, quando che
João GonzalezQuando cheguei da delegacia chamei Samuel para o escritório para conversarmos. De início ele relutou um pouco porque temia que nossa conversa acabasse em discussão, no entanto, não queria discutir com ele. Precisávamos nos acertar, éramos irmãos e não deveríamos continuar nos evitando daquela maneira.— Agora que estamos a sós você pode começar com suas broncas. Estou merecendo após ter causado aquela confusão na festa do seu casamento. Desculpe, João, por agir daquele jeito descontrolado. Me perdoe por aquilo, imagino que você esteja muito chateado ainda. Sinto vergonha do que fiz e não orgulho. — disse ele, cabisbaixo, sentando-se na poltrona.Ele era meu irmão e o amava independente dos seus erros. Não ficava feliz de pegar no seu pé e lhe dar broncas, mas alguém tinha que abrir seus olhos para vida. Fiquei encarregado de ser aquele alguém que lhe mostraria onde estava errando.— Não está sendo fácil para ninguém o que estamos vivendo, ainda assim, minha esposa e eu e
Bruna MariaApós uma festa de casamento conturbada, meu marido estava evitando o próprio irmão. Era compreensível, ele tinha perdido o seu sócio depois daquela festa. Foram muitas emoções fortes, não era nem o começo do que estava por vir ainda.Uma ligação repentina dois dias após o meu casamento, me trouxe uma escolha de algo que não gostaria, que era reencontrar os meus pais. Eles estavam em uma delegacia e pediram pela minha ajuda. Era inacreditável, eles me procurarem após meses para limpar a barra deles com a polícia. Era isso que eles queriam, porém, eles não conseguiriam isso de mim, ainda assim, decidi visitá-los na delegacia. Eu precisava enfrentá-los, embora João não concordasse com a minha decisão.— Olha, a nossa filha veio. Ela vai nos ajudar a sair dessa. — disse o meu pai, levantando as mãos algemadas. — Não sabia que estava grávida, filha...Meu pai fingiu estar surpreso com a minha gravidez. Era o cúmulo, ele não se importava comigo, muito menos se importaria com o n