Katerina Martin é uma jovem ambiciosa que conquistou seu lugar na Carter Corp, uma das empresas mais poderosas da indústria. Como funcionária do departamento de responsabilidade social, ela tem a carreira ótima, mas sua vida vira de cabeça para baixo quando conhece Ryan Carter, o imbatível e misterioso CEO da empresa. Com um temperamento forte e uma presença avassaladora, Ryan desafiará Katerina de maneiras que ela jamais imaginou. Em um jogo onde o poder e a paixão se entrelaçam, Katerina precisará aprender a arte de domar esse CEO indomável, sem perder sua essência e sem se deixar consumir pelos riscos dessa relação. Mas, como ela descobrirá, até mesmo os corações mais implacáveis podem ter segredos, e o amor pode ser o jogo mais arriscado de todos.
Ler mais— Avancei no projeto que você passou para mim e para o Mark. — digo, com a voz neutra, mas por dentro carregando um turbilhão. Ryan nem levanta completamente os olhos. Apenas assente com a cabeça, como quem confere um item da lista. — Muito bem, obrigado. Você pode ir pra casa agora... Fico ali, com uma das mãos ainda segurando a maçaneta da porta, sem saber se rio da ironia ou dou meia-volta e jogo minha pasta na cabeça dele. A mulher à frente dele — aquela visão de editorial de revista — sequer se digna a olhar para mim. Vira o rosto como quem afasta uma poeira incômoda da frente. Claro, Katerina, por que você esperava algo diferente? Você é só a assistente diligente, funcional… descartável. — Feche a porta ao sair. Obrigado, senhorita Martin. — ele completa, olhando direto para mim com aquele tom polido que me soa como uma facada com luvas de veludo. A respiração me foge por um segundo. Não posso causar uma cena. Não ali. Não agora. Se eu demorar mais um minuto, essa mulher v
Ryan me lança um olhar carregado de malícia antes de desviar sua atenção para Mark, que assente de maneira quase mecânica, como um bom soldadinho cumprindo ordens. Enquanto isso, eu encaro Ryan em silêncio, em uma tentativa vã de desestabilizá-lo. Mas ele continua inabalável, os lábios se curvando sutilmente em um sorriso que me diz tudo: ele está se divertindo com isso.— Sentem-se, por gentileza.Sua voz é calma, controlada, mas carrega um comando velado.Ele se move ao redor da mesa com a tranquilidade de quem sabe que tem o controle absoluto da situação, os dedos passeando preguiçosamente pela madeira polida da mesa. Um simples toque e minha mente me trai, inundando-se com imagens indecentes. A lembrança de seu toque quente contra minha pele, sua boca explorando cada centímetro do meu corpo, sua voz rouca pronunciando meu nome em um sussurro pecaminoso…Eu engulo em seco e expulso os pensamentos da cabeça, endireitando minha postura.Ryan se acomoda em sua cadeira, ajustando a gra
Ryan não apareceu o dia todo. E eu senti. Não deveria, mas senti. Cada hora arrastada sem sua presença foi uma agonia silenciosa, um peso invisível no peito. Agora, enquanto organizo meus pertences e observo a cidade que se transforma sob a escuridão crescente, percebo o quanto minha mente permaneceu inquieta, esperando por algo.Por ele.No hall, uma fresta de luz escapa do escritório do CEO, projetando sombras alongadas pelo chão de mármore. Meu coração tropeça no peito. As lembranças da última vez que estivemos ali voltam com força, e um calor perigoso percorre minha pele.Antes de entrar, hesito.Mas a curiosidade – ou talvez algo mais forte – me impulsiona.Quando empurro a porta, encontro Ryan sentado, absorto diante do brilho da tela do computador. A luz amarelada de um abajur esculpe sombras sobre seu rosto, destacando seus traços afiados, o contorno da mandíbula firme.Seus olhos me encontram.O choque da conexão é imediato, como se fios invisíveis nos prendessem no instante
A tarde segue movimentada no shopping, com luzes cintilantes refletindo nas vitrines e uma multidão fluindo em meio às lojas de grifes. O aroma adocicado de café recém-passado se mistura ao perfume de lojas de luxo, criando um cenário que deveria ser o foco da minha atenção. Mas minha mente está longe.Desde ontem à noite, desde que me despedi dele.Ryan Carter. Meu corpo ainda carrega a lembrança do seu toque, do seu cheiro, da forma como sua voz grave deslizou contra minha pele antes de sussurrar ordens que eu jamais desobedeceria. Me separei dele no fim da tarde de ontem, mas ele continua impregnado em mim, como um vício sem cura.Por mais que eu tentasse me distrair, a verdade era simples: eu queria mais. Muito mais.Mas Ryan não estava disponível hoje. E eu sabia que teria que aceitar isso se quisesse que essa relação fosse minimamente funcional. Ele é um homem ocupado. CEO, empresário, bilionário. Não posso esperar que esteja sempre ao meu dispor.Ainda assim, a abstinência é cr
Os olhos dele não me deixam escapar. Fixos, intensos, carregados de promessas não ditas. É um olhar que me consome, queima minha pele sem ao menos precisar me tocar. Então, ele move os braços devagar, os dedos deslizando pela barra da camisa antes de puxá-la para fora do corpo. E eu perco o fôlego. Cada detalhe dele parece esculpido à perfeição — os ombros largos, o peitoral firme, a pele dourada sob a iluminação suave do quarto. Seus músculos se contraem com cada movimento, a linha da calça baixa o suficiente para expor aquela curva perigosa no quadril. Meu olhar desliza por ele como se estivesse faminta. E talvez eu esteja. Ele é a definição do proibido. Do desejo absoluto. E eu o quero com um desespero avassalador. — Vejamos... — Sua voz baixa desliza até mim como um sussurro carregado de intenções. — O que temos aqui para satisfazer a senhorita...? Seu sorriso é pura provocação, um deleite cruel que faz meu ventre se apertar. Eu rio, tentando dissipar a tensão sufoc
— Me fale sobre sua paixão — Ryan murmura próximo ao meu ouvido, sua voz envolvendo-me como um convite silencioso.Curiosamente, o fato de ele estar atrás de mim, sem me encarar diretamente, torna a conversa mais fácil.— Quer que eu fale sobre minha cozinha?Ele desliza os dedos pelos meus cabelos, deixando-os cair lentamente sobre meu ombro. Seu toque é casual, mas há algo de íntimo demais na forma como faz isso, como se estivesse mapeando cada reação minha.— Quero que me fale sobre o que faz seu coração vibrar.O que me faz vibrar mais do que tudo?Você.Mas é claro que não posso dizer isso.— Bom... — solto o ar lentamente, reunindo os pensamentos. — Minha paixão pela gastronomia começou há muito tempo. Sempre admirei os grandes chefs, a criatividade deles. O desafio constante de inovar, de buscar a perfeição.Ryan me observa com atenção, seus olhos escuros refletindo a luz suave do ambiente.— O que mais gosto na cozinha é que estou sempre aprendendo. Sempre há algo novo a desc
O som sutil de uma notificação vibra sobre a mesa de centro, interrompendo o momento. Ryan estende a mão e desliza os dedos pelo telefone, seus olhos escurecendo ligeiramente ao ler a tela. A tensão é mínima, quase imperceptível, mas está lá, como um pequeno vinco entre suas sobrancelhas.O que quer que seja, o incomoda.Ele bloqueia a tela rapidamente, repousando o celular no mesmo lugar. Um silêncio paira no ar antes que eu quebre a bolha da hesitação.— Então, senhor Carter, me diga — cruzo as pernas devagar, apoiando o cotovelo no encosto do sofá —, o que o motivou a erguer um império como as Empresas Carter?Ele recosta contra o estofado de couro, relaxando os ombros. Um resquício de tensão ainda permanece ali, mas sua expressão se suaviza como se estivesse prestes a me dar uma resposta já decorada.Só que eu não quero uma resposta decorada.— E, por favor, sem aquele discurso pronto que você dá aos jornalistas — acrescento, girando o vinho em minha taça. — Quero ouvir a verdade.
Ryan se serve, mordiscando sua própria fatia enquanto encara a vista panorâmica da cidade, seu olhar perdido em algo que não consigo alcançar. Em que ele está pensando?Eu, por outro lado, estou fixada nele. Seu perfil parece esculpido à perfeição, um maxilar forte, traços marcantes e aqueles olhos acinzentados que brilham sob a luz do sol. Há algo hipnotizante nele. Mas, quando ele se vira para mim, sua expressão se torna séria.— Precisamos estabelecer limites no trabalho — ele diz, sua voz firme.Levanto uma sobrancelha e me ajeito melhor no sofá, cruzando os braços.— Sim, claro...Ele relaxa contra o encosto, esticando os braços de maneira casual, mas estudada.— Sem formalidades quando estivermos a sós, mas no escritório, tudo profissional. Nada de conversas íntimas, nada de informalidade na frente dos colaboradores.Sorrio, inclinando levemente a cabeça.— Entendido. Algo mais a acrescentar ao contrato, senhor Carter?Ele responde com aquele seu meio sorriso irresistível.— Sim
Mas então ele ergue o olhar e me encara com intensidade, os olhos dançando em pura provocação.— Não me olhe assim, senão eu prometo que faço picadinho de você.Minha risada ecoa pela cozinha. Ele pode até achar que é uma ameaça, mas sei muito bem que é um convite.Ryan pega uma tábua robusta de madeira, larga e bem polida, e a coloca sobre o balcão de mármore negro. O contraste do rústico com o moderno é quase uma metáfora dele mesmo.Ele abre a geladeira, e seu olhar afiado percorre as prateleiras, escolhendo os queijos com a precisão de um colecionador manuseando suas peças mais raras.— Esses queijos vêm dos quatro cantos do mundo — diz ele, com um meio sorriso de quem sabe que está prestes a me impressionar.Minha curiosidade desperta instantaneamente. Me inclino levemente sobre o balcão, apoiando os cotovelos na superfície fria, enquanto meus olhos tentam acompanhar cada item que ele seleciona.— Nossa! Que demais! — exclamo, sentindo meu estômago roncar antecipadamente. — O que