Julia sempre soube que seu destino estava selado desde antes de seu nascimento. Nascida em uma família marcada pelo poder e influência da máfia italiana, ela foi prometida a Mateus, o filho do temido capo Francisco. Forçada a se casar com um homem que nunca conhecera e contra sua própria vontade, Julia se vê presa em um mundo de luxos e perigos. O casamento é consumado na noite de núpcias, e Mateus, mesmo sendo um homem duro e cruel, promete tratar Julia com respeito, jurando não tomar nada que ela não lhe permitisse. No entanto, Mateus não é o único com segredos. Julia, em sua solidão e desespero, descobre que ficou grávida na mesma noite de sua união. Ela tenta esconder sua condição dos olhos curiosos de sua nova família e de seu marido, que está constantemente ocupado com os assuntos da máfia. A gravidez é um fardo que Julia carrega sozinha, aumentando sua angústia e seu desejo de fugir. Enquanto Mateus mergulha cada vez mais fundo nos negócios sujos da máfia, realizando assassinatos e mantendo a ordem sob o comando de seu pai, Julia se vê cada vez mais isolada. Sua única fuga é o seu segurança pessoal, herança do seu falecido pai. No entanto desenvolve uma relação de proximidade e paixão platônica, embora saiba que qualquer aproximação possa ser fatal. A vida de Julia se torna um jogo perigoso entre a necessidade de manter seu segredo e a iminente ameaça de seu marido e da máfia. Ela precisa decidir se aproveitará a chance para escapar ou se lutará para salvar o homem que nunca desejou e seu futuro incerto.
Ler maisCapítulo 102: Dois casamentos Duas medidasThomazEu estava na festa, cercado pelas luzes e sorrisos falsos, mas não conseguia deixar de sentir que algo estava errado. Catarine, minha irmã, não estava por perto há um bom tempo, e aquilo me incomodava. Sempre tivemos uma relação complicada, mas eu me preocupava com ela. Algo dentro de mim gritava que havia algo mais acontecendo, e eu não podia ignorar.A princípio, tentei afastar o pensamento, mas a ausência dela tornou-se evidente. Andei pelo salão, procurei nos lugares onde geralmente ficava, mas nada. Fui até nossos pais, Mateus e Júlia, e puxei minha mãe para o lado.— Mãe, você viu a Catarine? Ela sumiu há algum tempo, e isso não me parece certo.Ela franziu o cenho, claramente também incomodada. Mateus, ao nosso lado, ouviu a conversa e logo seus olhos endureceram. Ele era um homem severo, e sua preocupação muitas vezes se manifesta de maneiras intensas. Quando a ausência de Catarine ficou clara para ambos, decidimos procurá-la j
Capítulo 101: Armadilhas do destinoJúliaA festa estava em pleno andamento, a música envolvente preenchia o ar e as risadas ecoavam pelo salão. No entanto, meu olhar estava fixo em Anna. Desde que ela chegara, algo me intrigava. Havia uma aura de mistério ao seu redor, algo que me deixava alerta.Mateus estava ao meu lado, observando a cena com um semblante sereno, mas eu sabia que ele também notara a presença dela. Decidi me aproximar, não apenas por curiosidade, mas porque sentia que precisava entender quem era essa mulher que estava prestes a se tornar parte da nossa família.— Olá, Anna! — cumprimentei, tentando manter um tom amigável. — Queria conhecer a minha futura cunhada. Como você está se adaptando?Ela virou-se para mim, um sorriso educado nos lábios, mas havia uma barreira que parecia invisível. — Estou bem, obrigada, Júlia. A festa está realmente maravilhosa.— Fico feliz que esteja gostando. E como está sua família? Você mencionou que tinha irmãos? — perguntei, tentando
Capítulo 100: Um brinde a escolhidaMarcoA festa estava a pleno vapor, com risos e conversas altas ecoando pelas paredes da mansão. Eu havia dançado com várias mulheres, todas pertencentes às patentes mais altas do nosso mundo. No entanto, meu olhar estava fixo em uma mulher que não deveria estar ali. Ela não era o tipo que eu esperava encontrar em uma festa da máfia. Mas havia algo nela que me atraía, algo que me lembrava da minha ex esposa, Laura.Cabelos escuros e ondulados, pele clara e um sorriso que poderia iluminar qualquer sala. Eu precisava conhecê-la. Enquanto dançava, procurei por ela entre os convidados. Finalmente a encontrei, sozinha em um canto, observando a festa com um olhar curioso. Um impulso inexplicável me guiou até ela.— Oi, posso me juntar a você? — perguntei, oferecendo um sorriso genuíno.Ela assentiu, um pouco surpresa, mas seus olhos brilharam com interesse. Começamos a conversar, e quanto mais eu a conhecia, mais percebia a conexão que tínhamos. Ela falava
Capítulo 99: O que o futuro nos aguardaMateusA festa estava em pleno vapor, e o salão do castelo estava deslumbrante, iluminado por lustres que refletiam uma luz suave sobre os rostos sorridentes dos convidados. Eu olhava tudo com um orgulho que mal conseguia conter. As moças dançavam em seus vestidos elegantes, cada uma mais bela que a outra, todas com um único objetivo: conquistar Marco. Meu braço direito, meu irmão por escolha, merecia uma esposa que o completasse.Júlia estava deslumbrante em seu traje de gala, a barriga de três meses evidenciada com graciosidade. Havia algo de mágico na forma como ela se movia, sua presença iluminando o ambiente. Ela sempre foi uma força da natureza, mas agora, com a gravidez, havia uma nova dimensão de beleza e força que transparecia em seu olhar.Enquanto observava os convidados, pensei sobre o quanto a vida havia mudado. As crianças, Ruan e Carlito, estavam em seus quartos, mergulhados em sonhos, vigiados pelas babás que sempre se certificava
Capítulo 98: Casamento á vista JúliaO sol da manhã entrava pelas grandes janelas da mansão Esposito, iluminando o vasto salão com uma luz suave e acolhedora. Eu estava sentada na poltrona favorita do Mateus, relaxando após uma longa semana de compromissos e decisões. O peso de tudo que havia acontecido nos últimos anos, desde a morte de Hassan até o nascimento dos meus filhos, parecia mais leve agora. Mateus e eu finalmente estávamos em paz, criando nossa família com uma felicidade que antes parecia impossível de alcançar.Então, uma batida leve na porta me tirou dos meus devaneios. Antes que pudesse responder, Marco entrou com aquele sorriso confiante que sempre carregava. Nos últimos tempos, ele estava mais próximo de mim, e eu sentia que a nossa relação de irmãos estava cada vez mais forte.— Trouxe algo para você — disse ele, estendendo um pequeno embrulho.Peguei o presente, curiosa. A embalagem era simples, mas cuidadosamente adornada com um laço azul claro. Olhei para Marco,
Capítulo 97: A menina virou mulherCatarineA noite estava morna, e as luzes da festa ainda brilhavam ao longe quando o carro preto parou na minha frente. Não foi meu pai quem apareceu para me buscar, como eu já sabia que não seria, mas Tântiro, o dinamarquês durão que sempre estava à disposição da nossa família. Fazia dez anos que ele era o braço direito de Mateus, sempre leal, sempre sério, sempre... distante.Eu entrei no carro, sem dizer uma palavra, sentindo a tensão no ar. Tântiro nem olhou para mim. Os olhos dele estavam focados na estrada, as mãos firmes no volante. Sempre tão controlado, tão... inatingível. Era isso que mais me atraía nele. O fato de que, ao contrário de tantos outros homens, ele nunca parecia se abalar com minha presença, por mais provocadora que fosse.Hoje queria testar os limites dele. O silêncio no carro era sufocante, e eu sabia que ele não falaria nada a menos que eu o provocasse. A saia curta que usava subiu ainda mais quando cruzei as pernas, de prop
Capítulo 96: Voltando para casaMarcoVoltava de Moscou, a cabeça cheia dos últimos dias. A missão, claro, não tinha terminado ainda, mas Mateus, meu cunhado, sempre sabia quando me dar um tempo pra respirar. E o que fiz com esse tempo livre? Dormi com a esposa de um dos inimigos mais importantes de Mateus. Uma senhora de meia-idade, casada há muito tempo, mas com um fogo nas ventas que eu não via há tempos.No fundo, ria sozinho enquanto ajeitava o volume da calça, ainda sentindo o cheiro dela em mim, a lembrança do corpo quente e disposto. Essa mulher... Tinha uma energia que contrastava com a idade, um desejo de viver que parecia mais intenso justamente porque sabia que não tinha muito tempo. E eu? Eu não me importava. Apenas seguia o fluxo, sem pensar muito nas consequências.Agora, a caminho de casa, estava sentado em um dos luxuosos assentos de couro do jatinho que Mateus sempre me arrumava. Mas meus pensamentos não ficavam presos ao trabalho ou à missão. Estava distraído, e não
Capítulo 95: A família está crescendoJúliaDez anos se passaram, mas o tempo parecia ter voado diante dos meus olhos. Cada detalhe da minha vida mudou tanto desde os dias sombrios ao lado de Hassan, até a morte dele e a ascensão de Mateus ao posto de chefe da cúpula. Agora, aqui estava eu, com mais uma surpresa da vida prestes a se confirmar.Estava no banheiro, sozinha, com um teste de gravidez nas mãos. Por mais que a experiência da maternidade não fosse nova para mim, a ansiedade e o nervosismo sempre voltavam com força total. Aquele instante entre aguardar o resultado e ver a resposta parecia uma eternidade.Do lado de fora, Ruan e Calisto, meus filhos pequenos, já grandinhos e cheios de energia, esperavam ansiosamente. Eles sabiam que eu estava desconfiando de algo há dias, e suas vozes abafadas ecoavam pela porta do banheiro enquanto tentavam controlar a curiosidade infantil.— Mãe, tá tudo bem aí? — Ruan perguntou, impaciente.— Já vai, querido, só mais um segundo.Finalmente,
Capítulo 94: O novo chefão da cúpulaMarcoA manhã estava envolta em um silêncio pesado enquanto eu e Mateus caminhávamos pelo cemitério. O céu nublado refletia o peso que pairava entre nós, um peso que eu sentia toda vez que me lembrava de Helena. Às vezes, ainda podia ouvir a risada dela, aquela risada que agora parecia tão distante, como um eco de uma vida que não era mais a nossa.Nos aproximamos do túmulo dela, e eu senti um aperto no peito. Mateus, ao meu lado, manteve a expressão séria, quase impenetrável, mas sabia que por trás daquela fachada havia muito mais. Ele sempre foi bom em esconder o que realmente sentia, em mascarar suas emoções, mas podia ver as pequenas rachaduras.— Trouxe as flores preferidas dela, como você pediu — eu disse, entregando o buquê de lírios brancos a ele.Mateus pegou as flores e se ajoelhou ao lado da lápide. Seus movimentos eram metódicos, quase cerimoniais, como se aquele gesto fosse parte de um ritual que ele precisava cumprir. Talvez fosse.—