Fantasma da Sedução

Fantasma da SeduçãoPT

Romance
Nyck Fireball  concluído
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Resumo
Índice

Um casal. Um acidente. Dois culpados! O acidente fez com que Andrew esquecesse seu passado, e todo esforço para lembrar foi em vão. Quando resolveu começar uma nova vida sem qualquer ligação com o passado, uma misteriosa mulher o abordou em uma noite de segunda-feira. Ela apareceu repentinamente, dançando de forma estranha e extremamente sensual, como uma odalisca. Seus movimentos o hipnotizavam, e sem perceber ele já estava entrelaçado a ela de uma forma sobrenatural. Durante esses encontros ela conta histórias e, ao final da noite, ela sempre diz: “esse é o nosso segredo!”

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Capítulo 1 - Parte 1
Desviei de vários carros e virei em ruas aleatórias com um único objetivo: continuar vivo. Arrisquei olhar outra vez pelo retrovisor e sorri ao ver que eu tinha conseguido despistá-los. Meu carro rodou na pista e, mesmo que eu pisasse no freio várias vezes, o carro não parou. Ele rodou mais duas vezes antes de ficar na beira de um penhasco. O carro que antes nos perseguia bateu na traseira do meu, e isso fez com que eu caísse do penhasco. Depois de rolar e capotar algumas vezes, o carro caiu no lago.Eu me sentei na cama em um pulo, meu coração estava acelerado assim como minha respiração, meu corpo estava suado e arrepiado, mesmo tendo me livrado das cobertas enquanto dormia. E mais uma vez um maldito pesadelo me deixou com uma forte dor de cabeça.Perdi as contas de quantas vezes este sonho me assombrou, já fazia um mês que saí do hospital e as consequências daquela noite continuavam na minha mente. Por que estavam me perseguindo?Se eu fosse uma daquelas pessoas paranoicas, diria
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Capítulo 1 - Parte 2
Uma coisa bem interessante que eu notei foi que, quando abri as portas, as mulheres começaram a chegar, e, quando eu digo mulheres, incluo idosas e adolescentes. Talvez meu charme as tivesse atraído.— Andrew? — O que eu temia aconteceu, fui reconhecido.Virei-me e encontrei Jessy me olhando curiosa. Quando me reconheceu, deu um gritinho estridente e me apertou com seus braços fofinhos.— Jessy, tem gente olhando — falei entredentes e ainda com a cabeça baixa, passar vergonha não era legal.— Deixe que olhem, eu não ligo. — Apertou minha mandíbula de modo que meus lábios formassem um biquinho e me roubou um selinho. Jessy não era muito alta e nem muito baixa, ela era maior que minha mãe e pouca coisa menor que eu. Enquanto eu tinha 1,78 metros de altura, ela tinha 1,71. Mas era fofa, isso eu não posso negar. Ela tinha o cabelo preto e muitas curvas, às vezes desconfiava de que ela tivesse mais do que 21 anos.— Eu ligo, não quero receber tanta atenção assim — falei tirando seus braço
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Capítulo 2 - Parte 1
Era dia 13 de outubro de 2011, uma manhã fria e quieta, eu invejava quem estava quentinho no conforto de casa enquanto eu enfrentava aquele frio, tudo que eu mais queria era voltar para casa e deitar na minha cama. As calçadas estavam cobertas de neve, e o vento estava cada vez mais forte, mal sentia os dedos dentro da bota.O caminho para o colégio era uma rua reta com muitos prédios e algumas árvores, apertei meus braços em volta do meu corpo com a intenção de me aquecer, mas parecia que o vento estava contra mim quando se intensificou, levando embora meu cachecol. Corri atrás dele, e o vento fez questão de prendê-lo em uma árvore, pulei o mais alto que dava, mas não consegui pegar.Corri uma distância consideravelmente boa e pulei, mas tudo que aconteceu foi meu rosto ir de encontro à neve. Bufei irritada, com tanta árvore pequena nessa rua, o vento tinha que prender meu cachecol justo em uma árvore que eu não alcançava? Fala sério!— Quer ajuda? — Sabe aquele momento em que o film
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Capítulo 2 - Parte 2
O movimento da lanchonete estava menos agitado. Eu entrei no quartinho para me arrumar.Ela trouxe uma calça jeans escura de cintura alta, um par de saltos e um cropped de manga comprida, trouxe também um estojo de maquiagem e um par de brincos. Gostei de como a roupa ficou no meu corpo, mas me senti um pouco vulgar nela.Soltei meus cabelos e tentei dar uma organizada nos cachos, passei um pouco de maquiagem no rosto e calcei os saltos. Já pronta e livre do serviço, pedi um táxi para me levar até a festa. A casa estava cheia, mal dava para andar, respirei fundo e decidi procurar pelo capitão. Esbarrei em algumas pessoas que nem deram importância para a minha presença, demorou um pouco, mas finalmente consegui encontrá-lo. Encostado no balcão com um copo de bebida na mão, ao seu redor havia algumas garotas, mas ele parecia estar entediado ao lado delas.Cutuquei seu ombro, e ele se virou para mim, um grande sorriso se abriu em seu rosto ao me ver, parecia estar esperando por mim. Ele
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Capítulo 3 - Parte 1
Deitado de barriga para cima na cama, fiquei imerso em meus pensamentos e deixei que eles me levassem de volta para a noite anterior. Nada do que ela disse fez sentido, bom, não para mim. Ela podia ter tido uma péssima experiência de vida e após a morte queria que alguém contasse como ela morreu, igual aos filmes. Ou talvez eu tivesse alguma ligação a ela. Tudo muito doido para pensar sozinho. Eu precisava conversar com alguém.Levantei-me da cama e fui até o banheiro, um banho quentinho cairia bem agora, tirei a cueca do corpo e me enfiei embaixo da água. Tão relaxante. Quem eu era? Será que meu disfarce era ser um pequeno empresário durante o dia e agente secreto à noite? Ou eu era um criminoso procurado que precisou se esconder da polícia? Muitas possibilidades e nenhuma solução. Agora não tinha mais como evitar, precisava investigar meu passado, saber minhas origens e recuperar minha memória, pois sentia que estava ligado a Maree e que ela aparecer para mim, quando poderia ter
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Capítulo 3 - Parte 2
Tudo que era dito nas folhas, com uma caligrafia impecável, acontecia bem diante dos meus olhos, como um filme.— O que é isso? — Tomei um tremendo susto ao parar de ouvir a voz da minha cabeça e ouvir alguém falando comigo. Era Ryan, meu melhor amigo. Bom, eu achava que ele era.— Isso? Nada demais, apenas algumas páginas soltas. — Escondi todas as folhas dentro do livro. — O que faz aqui? — Mudei de assunto.— Vim ver como está se saindo com a biblioteca. — Olhou ao redor.Ryan era descendente de asiáticos, cabelo curto cortado dos lados, e sempre que o encontrava, estava muito estiloso. Ele parecia um atleta, mas odiava ser comparado com um. Era quase do meu tamanho e se formou em História na faculdade.Lembrei-me da história que Maree havia me contado ontem, me perguntei se, em algum momento, ele seria citado uma vez que Jessy apareceu. Um nome diferente e peculiar me foi soprado no ouvido como se fosse a resposta para a minha pergunta.— Dude — repeti em voz alta, e ele se virou
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Capítulo 3 - Parte 3
Ele estacionou na frente de uma boate, Sweet Ilusion era o nome do lugar. Logo no estacionamento era possível ouvir a música, os vidros do carro estremeciam com as batidas, e eu sentia meu coração bater no mesmo ritmo. A fila estava enorme, e eu não fazia ideia de como ele ia fazer com que a gente entrasse lá.— Como vamos entrar lá? — perguntei ao descer do carro.— Deixa comigo — Ryan piscou pra mim e ajeitou o cabelo no espelho do carro.Atravessamos a rua e seguimos em direção ao segurança na porta, Ryan trocou algumas palavras com ele e isso bastou para colocar a gente lá dentro. Parecia um formigueiro, as pessoas dançavam no ritmo da música, sozinhos ou acompanhados, uns bebiam e outros apenas ficavam sentados curtindo a música. Ryan me puxou para perto de um balcão que parecia ser o bar, me sentei em um dos banquinhos e fiquei olhando as pessoas dançando na pista.— Quero duas tequilas — pediu ele.— Eu não vou beber — falei. — Eu tomo remédio para memória, esqueceu? Se eu bebe
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Capítulo 3 - Parte 4
Era dia 19 de outubro de 2011, um dia comum como hoje. Aquele dia foi importante para mim, mas também foi o início de um inferno.Eu era uma simples garçonete em um dia comum de trabalho, recebendo ordens de um patrão irritante, que, por sinal, era meu pai, cuidando de um bebê que não era meu, mas tinha meu sangue, quando um grupo de jovens animados entrou na lanchonete. E, para o meu azar, eram todos do mesmo colégio que eu.— Quem foi que marcou no último minuto e levou o time à vitória? — Um deles gritou, apontando para o capitão, que não parecia à vontade ali.— Foi o capitão — gritaram todos juntos.Meu olhar não desgrudou do capitão até o momento em que ele me procurou com o olhar. Assim que nossos olhares se encontraram, uma expressão de alívio tomou conta do seu rosto e ele sorriu. Um sorriso perfeito com jeito de malandro e pinta de galanteador. A luz do sol bateu em seus cabelos negros, lhe dando um tom meio azulado que me fez suspirar com tamanha perfeição.— Ei, está viva?
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Capítulo 4 - Parte 1
Eu olhava várias vezes para o retrovisor para saber se o carro ainda me perseguia, virava em ruas aleatórias que eu mal sabia onde iam parar, minha respiração estava acelerada, e eu temia por minha vida. — Mais rápido, ele está quase nos alcançando! — Uma voz desconhecida por mim disse, parecia distante, mas tão próxima. Seu timbre ecoou em minha cabeça e foi ficando cada vez mais distante, porém eu ainda conseguia ouvir nitidamente e repetidas vezes a mesma frase: — Eu não quero morrer.Com um sobressalto. eu despertei. Coração acelerado e todo suado, foi assim que eu acordei. Estranho, tive esse sonho tantas vezes, mas desta vez ele estava diferente, ninguém nunca tinha falado comigo, e nesta noite parecia ter alguém comigo no carro.Será que foi por que eu bebi na noite passada? Podia ser que meus remédios estivessem fazendo efeito, porém isso não passava de suposição.Cocei minha cabeça e olhei ao redor à procura de Maree, tomei um grande susto ao encontrar Jessy sentada na cama,
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Capítulo 4 - Parte 2
Ontem, eu não havia reparado muito nela, mas seus traços me lembravam de alguém, só não sabia quem. Ela era negra de cabelos cacheados, baixinha e usava óculos. Era bastante fofa na minha opinião.— Eu preciso muito de outro livro — ela disse e deixou o livro no balcão. — Tem mais nesse estilo? — perguntou.— Acho que naquela prateleira tem vários deles. — Apontei para a prateleira onde ela pegou o livro ontem. — Pode levar quantos quiser — falei, e seu sorriso aqueceu meu coração, saber que uma jovem da idade dela tinha o hábito de ler era fabuloso.— Vou levar uns cinco, posso? — pediu, e eu assenti, fazendo-a sair correndo em direção à prateleira.— Como foi que você leu tão rápido? — Desliguei a máquina de café.— Minha irmã me deixou vários livros, e eu acabei pegando o hábito de ler. Com o tempo, eu nem percebi que era uma devoradora de livros. — Riu, e eu a acompanhei. — E como eu não tenho muito o que fazer em casa, posso ler o dia todo — completou.— Você deve estudar bastant
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