Chuvas de Arroz e Mentiras

Chuvas de Arroz e Mentiras PT

Romance
Be Alonskie  concluído
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99Capítulos
2.0Kleituras
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Resumo
Índice

Após três noivados fracassados, Terena Tucker precisa enfrentar o pior dos seus pesadelos. O único homem ao qual ela amou verdadeiramente. Depois de quase onze anos entre farpas e palavras feias, Travis Turner reaparece para tomar o posto de padrinho, ao lado da mulher, no casamento do melhor amigo de ambos. No entanto, nada fica mais fácil quando uma mentira inventada se torna uma bola de neve, desastrosa mas capaz de unir os dois mais uma vez. Eles têm quinze dias para colocar toda a bagunça em ordem, e decidirem se vão esclarecer as coisas que ficaram inacabadas de uma vez por todas, ao invés de só fugir, de novo e de novo. Coisas inacabadas voltam, e Terena sabe que dessa vez não pode fugir.

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CAPÍTULO 01 - Impasse
"[...] Então todas as vezes em que o vento frio me toca ou o frescor do ar me alcança, eu lembro."→16 dias antes do grande dia.Eu poderia dizer que minha vida amorosa é um fracasso, mas isso seria muito exagero. Bom, pra mim isso é um grande exagero, no entanto, para as pessoas que me cercam, ter três noivados arruinados é um verdadeiro fracasso. Não deveria ser tão ruim assim, certo?Bom, a forma mais sem graça de me apresentar é da forma como vou fazer… Sou Terena Tucker e estou no auge dos meus vinte e "tantos" anos, idade para ser super hiper mega responsável, mas ainda faço merdas de uma garotinha de dezesseis.Com três noivados desfeitos em um período curtíssimo de apenas oito anos, estava tranquila, vivendo com toda a falação dos fofoqueiros, e tentando levar minha vida pra frente enquanto recebia cobrança em cima de cobrança do meu melhor amigo, e futuro marido perfeito, da Louise, claro. Bruce se casaria logo, e eu acabei sobrando como madrinha. Uma madrinha sem par. Pod
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CAPÍTULO 02 - Pisando Em Campo Minado
"[...] Quando esse dia chegar, espero que você me entenda. Eu te amei enquanto você me destruía."→15 dias antes do grande dia.Jazz.No jardim e na casa toda, tudo o que se ouvia eram vozes em cima de vozes, e jazz.As melodias instrumentais invadiam meus ouvidos e me faziam sentir uma forte necessidade de fechar os olhos, e se possível, me embalar e fingir que todo aquele caos não estava acontecendo. Mas se eu o fizesse, com muita sorte acabaria apenas chorando na frente de todos com uma taça de vinho nas mãos, sendo mais patética do que já achava ser. Era cedo, entretanto, já bebia para conseguir levar o restante do dia à diante. Não que fosse uma alcoólatra ou que necessitasse de algo correndo em minhas veias para ter vontade de conviver com outras pessoas, mas um bom vinho sempre dava uma animada nas coisas, e eu precisava de um "up", ou então espantaria os convidados com minha linda cara fechada de moça anti social.Não podia fazer, mas parecia não me restar escolhas. Lá embai
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CAPÍTULO 03 - Uma Pequena Mentira
Louise não era o tipo de garota anti social e sem amigas que só tinha as tias chatas a rodeando, muito pelo contrário, enquanto eu não tinha mais que três mulheres em quem confiava de olhos fechados, a futura esposa do meu melhor amigo tinha tantas garotas legais e leais em sua vida que eu me perdia nos nomes e rostos. Não me lembrava se Lucy seria a que entraria em terceiro no dia do casamento, ou Beverly seria a última, e por incrível que pareça, eu tinha que ajudar nessa merda de organização também.— Já consegui perder mais três quilos nas duas últimas semanas, acho que até o dia do casamento a costureira vai ter que fazer mais alguns ajustes. — Uma das garotas contava feliz, e enquanto eu percebia que metade se alegrava por ela, a outra metade só fingia, visto que não tinham o corpo escultural de modelo padrão. Eu era uma dessas.As meninas continuaram a conversa, eufóricas com a data próxima, todas parecendo bem felizes por Louise, e apesar de não gostar de demonstrar tanto, eu
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CAPÍTULO 04 - Praga ou Karma?
"[...] De todas as vezes em que te odiei, também me culpei porque era mais forte que eu. Ainda existia amor, e essa parte é que me fazia reagir, esse lado fazia com que eu ainda alimentasse todas as ilusões." →15 dias antes do grande dia. Havia um certo tipo de conforto em ouvir a voz aguda de Bruce me dando bronca, acho que porque se parecia muito com meu pai, e como estava com saudade, isso acabava me fazendo sentir em casa. Não achei que a notícia se espalharia rápido, que Henry daria com a língua nos dentes tão cedo e para tanta gente, mas o que criei se espalhou e causou efeito contrário ao que eu queria. Ao invés de as pessoas se contentarem com um final feliz pra mim, enfim casada, começaram a se perguntar se era verdade, e quem seria o tal marido que se casou às escondidas logo comigo. Bruce, ao ser questionado sobre, não conseguiu desmentir e sob a pressão da mentira disse que eu estava envolvida com uma pessoa e que era minha a decisão de revelar o nome ou não. O ma
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CAPÍTULO 05 - Uma Mentirinha Que Não Faz Mal
Olhei por cima do ombro para saber se o homem havia ido embora ou se estava se aproximando, e sim, vinha em nossa direção com passos calmos, também tragando um cigarro.Samuel por algum motivo me soltou. Talvez não quisesse que alguém visse ele agarrando a ex, ainda mais parecendo tão bruto no agarre. O que pensariam sobre o garoto certinho?— Eu estou ótima — foi o que disse, apenas.Ele continuou andando até nós e Sam começou a se mexer, jogou o cigarro no chão e pisou em cima, olhou para as árvores fingindo demência, e tentou nem se importar com a presença de Travis, diferente de mim que agora sim fiquei sem saber o que fazer.— Eu estava te procurando. O Bruce disse que precisamos nos juntar aos outros na reunião mais tarde, então não sei se você quer ir para casa tomar um banho, ou se prefere ficar direto… Eu não recusaria a proposta que me fez mais cedo.Que caralhos ele estava falando? Ou melhor, por que estava falando tão doce e calmo?Dizer que não recusaria minha proposta d
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CAPÍTULO 06 - O Grande Problema
"[...] Só não podemos esquecer que mesmo tentando fugir, voltamos um para o outro, todas as vezes."→15 dias antes do grande dia.Vermelho, verde ou azul. Essas eram as opções de cores de vestido que Louise me ofereceu para usar na primeira reunião que fariam, reunindo todas as madrinhas e outras "peças" chave para ajudá-la nos últimos preparativos. Não era como se não tivesse meus próprios vestidos, mas a lindinha disse que precisava ser algo especial, e não tão casual como os meus poucos. Bom, e o intuito da tal reunião era que, tínhamos que organizar a despedida de solteira que seria apenas dois dias antes do casamento, ir atrás de comidas veganas para alguns convidados que só informaram o fato de última hora, fazer a penúltima prova dos vestidos, confirmar tudo com o salão, e mais umas mil outras coisas. Contudo, me ajudar com a escolha de um vestido seu foi só desculpa, ela queria mesmo era saber como eu estava depois de "aumentarem" a minha invenção.— Vermelho é a minha cor
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CAPÍTULO 07 - Real Tortura
Durante a infância nunca tive mordomia alguma. Minha mãe sempre dizia não ter dinheiro suficiente nem para pagar as contas de casa, e viver com escassez não foi difícil pra mim em momento algum porque me acostumei. Depois, quando saí da antiga casa para morar com meu pai, as coisas foram diferentes. Ele não era rico mas tinha seu próprio negócio, podia pagar uma boa escola pra mim e comprar roupas novas. Diferente de tudo o que minha mãe me dizia, ele não era um monstro insensível, muito pelo contrário, meu pai havia guardado tanto amor para me dar, que depois de anos ele só conseguiu me fazer sentir as melhores coisas do mundo. Ele me passava segurança, cuidava de mim, e nunca colocou nada em primeiro lugar que não fosse eu, diferente da mulher que me carregou em sua barriga. Enfim, não tínhamos todo o dinheiro do mundo, mas o suficiente para viver bem. Já a família de Louise tinha uma bela fortuna em sua conta bancária. Não que isso fosse ruim, mas muitas vezes eles exagerav
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CAPÍTULO 08 - Joguinho Sádico
Travis era assim. Ele tinha a necessidade de me tirar do sério e me deixar inconstante, e era tudo tão proposital que me dava nos nervos.Aquele idiota ainda sabia como me atingir, e eu odiava que soubesse. — Travis, acho que precisamos conversar, de preferência em um lugar que ninguém escute a conversa — sugeri, porque não estava com paciência e assim evitaria uma cena desnecessária na frente de todas aquelas pessoas.— Ah, me desculpe, mas não vou sair daqui — informou descontraído. — Digamos que eu tenha medo do que você possa fazer comigo entre quatro paredes — caçoou e a única coisa que fiz foi ignorar.Já que ele preferia assim…Dei de ombros, não me preocupando então com uma possível plateia. — Tudo bem. Se quer assim... É bom que pare com isso o quanto antes. Não vou entrar no seu joguinho sádico, Turner. Não vou alimentar essa sua loucura. E, definitivamente, não vou confirmar para as pessoas que eu sou sua esposa. Ele soltou um riso, achando graça das minhas palavras.—
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CAPÍTULO 09 - De Quem é a Culpa?
— Filho de uma puta! É isso o que você é. Mesquinho. Mimado. Egoísta! — gritei, querendo avançar para cima de Travis e quebrar seu pescoço.Louise continuou me segurando firme pela cintura.— Terena, fica calma. Por que não me explica o que está acontecendo, hum? — Tentou, tirando alguns fios de cabelo do meu rosto mas ainda assim continuei furiosa.Ela sabia o que estava acontecendo, porra! Todos sabiam.— Como você pôde fazer algo assim? Como pode ser tão egoísta e pensar só na sua vida, ignorando qualquer outra coisa? Você me enoja, Travis.O ser humano mais horrível da Terra continuou parado de braços cruzados no outro lado da pequena sala, lugar reservado que encontrei para gritar com ele depois de me fazer passar por aquela merda.Um beijo? A porra de um beijo, na frente de toda aquelas pessoas, na frente de Bruce?!Sim, meu melhor amigo que aparentemente odiava a hipótese, óbvio que viu a cena ridícula a qual Travis me forçou a participar.Como é que eu não reagi? Como não e
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CAPÍTULO 10 -  Quem Brinca com Fogo Sempre Se Queima
→12 anos antes.Owen, meu crush e futuro namorado, me deixou em um canto mais afastado do ringue improvisado e deu um beijo em minha testa antes de ouvir um garoto chamar por ele. A multidão de pessoas ia se aglomerando ainda mais ao redor dos dois lutadores, e eu ouvia o grito de algumas garotas torcendo para Clinford.Owen Clinford, garoto rebelde, causava problemas na escola, mas fora da vista de todos, era um príncipe que cantava para mim enquanto tocava seu violão. E eu me derretia por ele nesses poucos momentos.Saía com Owen há pouco tempo, mas o que rolava entre a gente era bom, mesmo que estivesse mantendo isso escondido de Bruce.O rapaz ruivo anunciou o início da luta, mas não consegui ver muita coisa de onde estava. Não me esforcei para ver, afinal, odiava esse tipo de coisa, e se Owen tivesse me dito que iríamos até o galpão, eu jamais teria aceitado sair com ele naquela noite.Sua torcida feminina intensificou os gritos e consegui ver o momento em que ele acertou um c
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