Ri como uma criança que acaba de ganhar o brinquedo preferido. Travis era muito mais que o meu brinquedo favorito, era o ar que eu respirava, passar esses meses longe um do outro depois de esclarecer todas as coisas só me fez pensar nas milhares de formas que eu teria para ficar com ele. Sem fugas, sem mentiras, sem medos. Só eu e ele, sem a intromissão de ninguém.Travis me colocou no chão e olhou envergonhado para a mulher que observava atenta nossa pegação. Suas sobrancelhas estavam arqueadas e ela parecia não ter entendido nada, e nem tinha porquê entender também.— Vocês são namorados? — perguntou curiosa e confusa.— Não. A Terena é minha esposa. — Olhou para mim todo orgulhoso, me puxando pela cintura para me manter colada nele. — E essa agora é a nossa casa... Feliz bodas de aço, Te.Meu. Deus. Travis estava dizendo que íamos morar juntos?Eu só soube sorrir sem parar, não tinha palavras pra dizer o quanto eu o amava, o quanto eu não queria ficar longe dele, o quão idiota
Travis riu desacreditado, mas percebeu que eu estava falando bem sério, então para me obedecer, fechou a porta grande de madeira na intenção de que nenhum vizinho pudesse ver o que estava acontecendo ali, e quase que em câmera lenta começou a desabotoar a camisa azul, ali perto da porta mesmo, primeiro os pulsos, depois toda a parte frontal. Fez isso bem devagar, me olhando faminto e me provocando, quase me perguntando apenas com o olhar se eu ia aguentar ficar só observando, e sim, com certeza eu ia amar vê-lo se despindo para mim. — Eu posso fazer isso durar uma eternidade. Minha calça pode ter certa dificuldade em sair do meu corpo — provocou. — Bom, sendo assim, eu posso fazer minha menstruação durar mais tempo, posso criar uma greve, sei lá, posso te castigar de outras formas. Você decide — desdenhei, apoiando os cotovelos no mármore frio, fazendo com que os seios ficassem bem empinados para cima. Travis riu, balançou a cabeça em negação e deixou enfim o tecido que cobria se
Meus dedos percorriam a pele da barriga redonda sem pausa já fazia uns vinte minutos. Se eu dissesse que cansava de fazer aquilo era uma grande mentira. Sentir os chutes era delicioso, melhor ainda quando eu cantava alguma música e sentia seus pezinhos forçando o tecido, como se quisesse logo pular para fora daquele cantinho de amor. Ainda era cedo. Faltava cerca de três meses para o bonitinho enfim dar as caras e mostrar se era parecido com a mamãe, ou se puxou os traços do papai.— Desse jeito vou te fazer dormir comigo toda noite. Sempre que você toca minha barriga ele fica calmo, não dá aquelas cambalhotas que fazem eu perder o ar, apesar de querer pular pra fora — resmungou ainda de olhos fechados.— Ele me ama, isso é óbvio, e vai me respeitar porque sabe que vai ter que passar dias e noites comigo quando você estiver abarrotada de encomendas. É lógico que vai se comportar com a titia dele. Ele sabe que eu o amo pra caramba, e que sou surtada quando necessário. Não é meu amo
— Eu já disse que não! Temos três crianças para cuidar, mais a Doja Cat, o Seth, o Marc Spector, a Gamora, e o Peter Parker. Por favor, não me olhe assim.O homem fez um biquinho manhoso forçando uma cara de choro, o que desencadeou as lágrimas de Louise no mesmo segundo, só não nos pegando de surpresa porque já havíamos nos acostumado.— Ah, não comecem vocês dois. Eu preciso de sobrinhos também, meu filho precisa de primos, não me façam tamanha desfeita. — Fungou secando o rosto.Eu quis morrer não sabendo lidar com os sentimentos aflorados da senhora gravidinha, mais uma vez. Em todos os momentos de choro, eu ficava sem saber o que fazer, não tinha argumentos bons o suficiente para dialogar sobre a barata que eu precisei matar ou a florzinha morta que precisei podar. Bruce então correu para amparar a esposa e quando a fez se acalmar, vimos ela sorrir alegre ao tomar um generoso gole do chocolate quente.— Eles não vão nos decepcionar, meu amor. Em breve essa fodelança toda vai te
"[...] Então todas as vezes em que o vento frio me toca ou o frescor do ar me alcança, eu lembro."→16 dias antes do grande dia.Eu poderia dizer que minha vida amorosa é um fracasso, mas isso seria muito exagero. Bom, pra mim isso é um grande exagero, no entanto, para as pessoas que me cercam, ter três noivados arruinados é um verdadeiro fracasso. Não deveria ser tão ruim assim, certo?Bom, a forma mais sem graça de me apresentar é da forma como vou fazer… Sou Terena Tucker e estou no auge dos meus vinte e "tantos" anos, idade para ser super hiper mega responsável, mas ainda faço merdas de uma garotinha de dezesseis.Com três noivados desfeitos em um período curtíssimo de apenas oito anos, estava tranquila, vivendo com toda a falação dos fofoqueiros, e tentando levar minha vida pra frente enquanto recebia cobrança em cima de cobrança do meu melhor amigo, e futuro marido perfeito, da Louise, claro. Bruce se casaria logo, e eu acabei sobrando como madrinha. Uma madrinha sem par. Pod
"[...] Quando esse dia chegar, espero que você me entenda. Eu te amei enquanto você me destruía."→15 dias antes do grande dia.Jazz.No jardim e na casa toda, tudo o que se ouvia eram vozes em cima de vozes, e jazz.As melodias instrumentais invadiam meus ouvidos e me faziam sentir uma forte necessidade de fechar os olhos, e se possível, me embalar e fingir que todo aquele caos não estava acontecendo. Mas se eu o fizesse, com muita sorte acabaria apenas chorando na frente de todos com uma taça de vinho nas mãos, sendo mais patética do que já achava ser. Era cedo, entretanto, já bebia para conseguir levar o restante do dia à diante. Não que fosse uma alcoólatra ou que necessitasse de algo correndo em minhas veias para ter vontade de conviver com outras pessoas, mas um bom vinho sempre dava uma animada nas coisas, e eu precisava de um "up", ou então espantaria os convidados com minha linda cara fechada de moça anti social.Não podia fazer, mas parecia não me restar escolhas. Lá embai
Louise não era o tipo de garota anti social e sem amigas que só tinha as tias chatas a rodeando, muito pelo contrário, enquanto eu não tinha mais que três mulheres em quem confiava de olhos fechados, a futura esposa do meu melhor amigo tinha tantas garotas legais e leais em sua vida que eu me perdia nos nomes e rostos. Não me lembrava se Lucy seria a que entraria em terceiro no dia do casamento, ou Beverly seria a última, e por incrível que pareça, eu tinha que ajudar nessa merda de organização também.— Já consegui perder mais três quilos nas duas últimas semanas, acho que até o dia do casamento a costureira vai ter que fazer mais alguns ajustes. — Uma das garotas contava feliz, e enquanto eu percebia que metade se alegrava por ela, a outra metade só fingia, visto que não tinham o corpo escultural de modelo padrão. Eu era uma dessas.As meninas continuaram a conversa, eufóricas com a data próxima, todas parecendo bem felizes por Louise, e apesar de não gostar de demonstrar tanto, eu
"[...] De todas as vezes em que te odiei, também me culpei porque era mais forte que eu. Ainda existia amor, e essa parte é que me fazia reagir, esse lado fazia com que eu ainda alimentasse todas as ilusões." →15 dias antes do grande dia. Havia um certo tipo de conforto em ouvir a voz aguda de Bruce me dando bronca, acho que porque se parecia muito com meu pai, e como estava com saudade, isso acabava me fazendo sentir em casa. Não achei que a notícia se espalharia rápido, que Henry daria com a língua nos dentes tão cedo e para tanta gente, mas o que criei se espalhou e causou efeito contrário ao que eu queria. Ao invés de as pessoas se contentarem com um final feliz pra mim, enfim casada, começaram a se perguntar se era verdade, e quem seria o tal marido que se casou às escondidas logo comigo. Bruce, ao ser questionado sobre, não conseguiu desmentir e sob a pressão da mentira disse que eu estava envolvida com uma pessoa e que era minha a decisão de revelar o nome ou não. O ma