Para ler este livro, é preciso ler antes A paixão do traficante 1 que está nesta plataforma também. Fernanda e Carioca se amam, isso é incontestável. Um amor possessivo e ardente. O casamento deles foi lindo, e teve como testemunhas o sol, o mar e as pessoas que eles amam, incluindo o filho Gabriel. Mas o caminho será árduo e obscuro. O relacionamento será posto a prova por um possível filho fora do casamento e por pessoas com o coração cheio de ódio, querendo vingança, colocando em risco a felicidade que eles haviam conquistado. Segredos guardados virão a tona. E os fantasmas do passado? Será que estão mesmo no passado? Carioca continua possessivo e implacável. Fernanda precisa entender que sua posição agora é outra. Ela é a primeira dama da comunidade. Será que nosso casal vai aprender a conviver com suas diferenças e passar por cima de tantos obstáculos impostos a eles? Toda pessoa tem seu lado negro, sua parte obscura. O bem e o mal coexistem no ser humano. O verso e o reverso, o chão e o teto, o puro e o insano, o preto e o branco são certezas irrefutáveis e cada indivíduo é o comandante de duas escolhas. É o que vamos conferir nessa segunda parte de a paixão do traficante.
Ler maisThierryAquela noite com a Milena foi fodä demais. A sintonia entre nós foi muito grande, temos muitos gostos em comum. Porém, eu fico com um pouco de receio em me envolver com ela. Afinal, é uma garota rica, acostumada a ter tudo, e eu sou isso aqui: tenho um emprego com salário de merdä, moro num quarto minúsculo, já fiz muita coisa errada e não tenho nada de bom pra oferecer a ela e a ninguém. Mas Milena não saiu da minha cabeça: aquele sorriso, aquele corpo incrível e aquele beijo... Nosso beijo encaixou demais.Durante a semana, uma senhora vendia rosas próximo ao meu trabalho e quando vi, a primeira coisa que me veio à mente, foi comprar uma pra Milena. Parece bobo, eu sei, mas eu fiz, comprei e fui até a faculdade levar pra ela. Eu nunca me apaixonei de verdade por ninguém, acho que paixão só fod€ com as pessoas.Minha avó sempre contou que minha mãe vivia relacionamentos tóxicos antes de conhecer o pai da Thayla, inclusive com o Carioca, que a tratava igual lixo. Então, eu jam
AntonelaDeitada no sofá, estou lendo sem prestar atenção alguma na matéria que o professor mandou revisar, enquanto na televisão, passa algo que nem sei o que é. O conteúdo está na minha mão, mas meu pensamento está no Cold.Nos falamos muitas vezes ao dia, por mensagem, mas não é a mesma coisa, e eu sei que ele está muito chateado com essa situação de não podermos nos ver.Gabriel desce as escadas todo arrumado.— Vai aonde todo perfumado assim? — pergunto, levantando do sofá.— Dar um rolê!— Eu, hein? Só vejo você desse jeito em noite de baile!Ele dá de ombros e sai. Logo escuto o barulho do carro ao invés da moto.Uma mensagem da Thayla no meu telefone:“Tá afim de ver seu boy hoje?”“Sempre, mas querer não é poder” (emoticon de triste) – respondo.“Seu irmão não vai estar em casa hoje, então aproveita” (emoticon de diabinho)“Sua safada, por isso ele saiu daqui todo arrumado? Mas está muito tarde, como vou ir até a Pedreira a essa hora?”“Dá um jeito de ir, Antonela, e eu dou u
NA FACULDADE...— Tá, mas você consegue dar uma fugidinha? A gente pode bolar algum plano, Nélis! — Milena diz.— Mi, sabe quantos soldados estão me vigiando? Quatro, isso mesmo, quatro soldados! — Antonela responde, triste, enquanto segura seus livros.— Calma, a gente vai pensar em algo que dê certo.— Eu ajudo! — Thayla diz.— Eu acho bom, hein, Thayla? Aproveita e dá mais um chá no G4 pra ver se ele larga do pé da Antonela.Thayla e Antonela riem.— Ai, só você pra me fazer rir mesmo, Milena! — Antonela diz.— Mas e você? Conta tudo, Milena! Tô mega curiosa e já estou sabendo do pagodinho!— Contar o quê, cunhadinha? Que seu irmão beija bem pra caramba?— AAHHH! — Thayla e Antonela gritam eufóricas.— Ai, desculpem! Estou sendo muito emocionada, né? Eu vou parar, juro! — Milena diz.— Não tá emocionada, não! — Antonela fala, fazendo um gesto com a cabeça. Milena e Thayla olham na mesma direção. Thierry estava se aproximando, e Milena ficou em silêncio, sem jeito.— Hi, Thayla, só
G4Deixei a Thayla na casa dela e voltei pra dormir um pouco, eu tava cansadão. Ela tem aquela carinha de inocente e o jeito comportado, mas é um furacão na cama, gostosa pra carälho. Só de lembrar, sinto vontade de fod€r com ela de novo.Passei um esporro na Antonela. Ela tá muito saidinha e, se pensa que vai fazer o que quiser porque nossos pais não estão, vai se atrasar comigo. Será escoltada em todo lugar agora. Chamo um dos soldados pelo rádio pra ir na farmácia buscar um remédio. Dei mole com a Thayla essa noite, nunca faço isso, e a única com quem transei sem prevenção até hoje, além dela, foi com a Bruna. Aliás, por que tô lembrando daquela filha da putä?Passo de moto em frente à lanchonete e não vejo ela nem a Célia. Dou um giro pelo morro e encontro Thayla na pracinha com o irmão dela. Dá pra perceber que eles se gostam muito.Eu tava com o remédio pra entregar, mas esperei até a noite, quando ela tava sozinha e voltando pra casa. Estaciono ao lado da escada quando ela tá
Leco (Marcelinho)Depois de resolver tudo com o LC na VK, voltei pra Penha. O comando dele é um dos melhores; as contas do faturamento sempre fecham certinho, e os moradores lá andam na linha. Nas raras vezes em que houve invasão, foram poucas as baixas de soldados.Nós trocamos algumas ideias e chegamos a conversar sobre a liderança no Morro da Pedreira, que é um verdadeiro mistério. É como se o dono de lá fosse um fantasma. Mas meu pai recebeu uma informação de um policial de que o cara tem como vulgo MT, apenas isso, sem nenhuma outra informação.Outra parada tá me deixando inquieto: Milena ter saído do pub pra conversar com alguém.Isso ficou na minha mente. Será que ela tá dando pra algum moleque da comunidade?Peguei a amiga dela, não porque elas são amigas, mas porque a garota é gostosinha mesmo. Elas se conhecerem foi apenas coincidência, e uma coisa não tem nada a ver com a outra.Na Penha, tudo na maior tranquilidade. Meu tio, o Carioca, tava preocupadão antes de viajar, por
ThaylaNa madruga em que cheguei em casa e minha tia me aguardava na sala, foi terrível.— Onde você estava, Thayla? — ela me perguntou de um jeito rude e seu olhar dava medo.Suspirei, não tinha como mentir, pelo menos não em tudo.— Tia, eu estava com uma pessoa, não vou mentir!— Você está namorando? Eu quero conhecer este rapaz!— Não é namoro, tia, recém nos conhecemos.— Que recém se conheceram, é óbvio, você mora aqui há pouco tempo!— Então tia, é cedo para a senhora saber quem é.Ela baixou o olhar, demonstrando decepção.— Thayla, você acabou de se mudar para cá e já está dormindo com um homem que mal conhece. Sua avó, com certeza, estaria muito desapontada.Eu não imaginava que tia Célia tinha esse pensamento tão puritano. Ela sempre pareceu ser uma pessoa evoluída, mas errada não está, e apenas o silêncio me dominava naquele momento. Ela citar a minha avó, me atingiu como uma faca no peito. Eu sei que esse meu comportamento seria totalmente reprovado por ela.— Na manhã em
ThierryFui na casa da tia Célia na Penha e nós passamos um dia muito agradável, embora eu tenha sentido um clima estranho entre ela e a Thayla. E por esse motivo, pouco antes de ir embora pedi para a Thayla me levar para conhecer um pouco a comunidade. Mas na verdade, era apenas uma desculpa pra tentar descobrir se estava acontecendo alguma coisa.Sentados no banco da pracinha, conversamos bastante. Ela negou estar acontecendo qualquer coisa, apenas disse que nossa tia é um pouco controladora. Mas eu conheço minha irmã, e sei que tem mais coisa nessa história, porém não fiquei pressionando, afinal, assim que puder, vou tirar ela desse lugar.Um tempo depois passa por nós o tal G4, meu possível irmão. Ele pilotava uma moto enorme, das mais modernas do mercado, mostrando que é um herdeiro nato. Sem camisa, um braço todo tatuado, fuzil com a bandoleira atravessada nas costas, ele deixava claro sua total imponência e liderança.Ele ficou olhando em nossa direção, e naquele instante, me p
ThaylaSaio com o Gabriel, que pilota sua moto feito um maluco, sem ter ideia de onde ele iria.Quando vejo, ele entra pelo portão de uma casa linda, na parte mais alta do morro.— DESCE! — ele fala grosso e aquilo já me deu raiva.— Que lugar é esse?— Minha casa! — diz e anda em direção à casa.— Outra casa? Não foi aqui que você me trouxe naquela noite, eu não vou entrar aí!Ele para, me olha e, de repente, puxa meu braço, quase me arrastando para dentro da casa!— Me solta! — Tentei permanecer no mesmo lugar, mas sem chance para mim. Com apenas uma das mãos, Gabriel me puxava.Vejo ele colocar o dedo na fechadura digital e a porta se abre.Assim que entramos, ele já foi direto pegar uma bebida, e eu não estava entendendo qual o motivo desse showzinho todo.— Eu posso saber por que todo essa cena?Ele me olha.— Cena é o que você tava tentando fazer! Qual foi? Tá achando que sou algum otärio?— Oi? Do que você tá falando? — pergunto sem entender o que ele estava querendo dizer.Gab
ColdAcordo com a claridade do sol entrando no meu quarto, olho a hora e vejo que dormi demais. Fodä-se, Fernanda e eu fomos dormir com o dia amanhecendo, então eu precisava descansar.Meu celular vibra e, na tela, mostra que era o MT ligando. Ignoro a chamada. Olho pro lado e vejo a chocolatinho dormindo de bruços.Sorrio ao lembrar dela toda nervosa, meiga e muito gostosa na minha mão.Penso em acordar ela pra uma fodä agora, mas sei que tá cansada, e dormindo tranquilamente desse jeito, me faz mudar de ideia.Levanto, fecho a cortina blackout e vou para o banho. Enquanto escovo os dentes, encaro meu rosto no espelho e fico analisando meus planos, me perguntando se vai dar tudo certo.Saio do banheiro e a Fernanda continua dormindo.Desço, tomo água, e meu celular vibra outra vez.Atendo.— Fala, MT!— Tô aqui no teu portão! Quero trocar uma ideia contigo!Porrä, o MT anda mais no meu pé do que as putäs que peguei. Qual é a dele?— Entra aí! — falei e desliguei, indo até a sala abri