Para ler este livro, é preciso ler antes A paixão do traficante 1 que está nesta plataforma também. Fernanda e Carioca se amam, isso é incontestável. Um amor possessivo e ardente. O casamento deles foi lindo, e teve como testemunhas o sol, o mar e as pessoas que eles amam, incluindo o filho Gabriel. Mas o caminho será árduo e obscuro. O relacionamento será posto a prova por um possível filho fora do casamento e por pessoas com o coração cheio de ódio, querendo vingança, colocando em risco a felicidade que eles haviam conquistado. Segredos guardados virão a tona. E os fantasmas do passado? Será que estão mesmo no passado? Carioca continua possessivo e implacável. Fernanda precisa entender que sua posição agora é outra. Ela é a primeira dama da comunidade. Será que nosso casal vai aprender a conviver com suas diferenças e passar por cima de tantos obstáculos impostos a eles? Toda pessoa tem seu lado negro, sua parte obscura. O bem e o mal coexistem no ser humano. O verso e o reverso, o chão e o teto, o puro e o insano, o preto e o branco são certezas irrefutáveis e cada indivíduo é o comandante de duas escolhas. É o que vamos conferir nessa segunda parte de a paixão do traficante.
Leer másG4Tapas, socos, chutes... A Bruna estava há quase dois dias apanhando como homem, sendo amassada igual vagabundo quando tá na minha mira pra sentença de morte.Estou há muitas horas sem dormir, só descansando poucos minutos e voltando a praticar a tortura, descarregando meu ódio na filha da putä por ter me prejudicado com a Thayla e também pela ousadia de colocar um bagulho na minha bebida.O sangue seco em sua face se mistura com as lágrimas e com as novas feridas que se abrem devido às novas agressões. Pelo que vi, até com costelas quebradas ela tá.Eu bati sem piedade alguma. Sou assim: quando despertam dentro de mim a ira e a fúria que eu prefiro deixar guardada, simplesmente não consigo parar até ver a vida se esvaindo dos olhos da pessoa. Mas ela é petulante pra carälho. Mesmo apanhando muito, já falou várias vezes que o pai dela não vai deixar barato.— Gabriel, me solta enquanto é tempo! Meu pai vai querer retaliação. Você não o conhece, ele não vai deixar assim. Ele tem um ó
DOIS DIAS ANTES DO NASCIMENTO DE ALESSANDRO:G4A Thayla, dormindo de bruços, usando somente uma calcinha preta e minúscula enterrada na bunda gostosa e empinada dela, é a minha primeira visão ao acordar do lado dela hoje. Não resisto e parto pra cima naquele pique, não tem como.Beijando seu pescoço, costas e tudo que fosse possível, encaixei minha mão pra massagear seus sëios.— Hum, que delícia acordar assim! — ela diz com voz manhosa e sonolenta.— Se quiser, pode continuar dormindo que o trabalho é por minha conta! — sussurro cheio de tesäo no ouvido dela, que sorri e geme após a primeira estocada forte que dou ao entrar nela de uma única vez.Depois de uma rapidinha sensacional, tomo banho e, antes de sair do quarto, dou um tapa na bunda dela, que ainda está toda preguiçosa na cama.Uma fodä matinal faz o dia começar bem, traz até sorte.— Não vai pra faculdade hoje, não, dona preguicinha? — pergunto depois de um beijo.— Vou sim! Já vou levantar! — ela diz, se espreguiçando.Th
AntonelaCom meu barrigão enorme, sentada na poltrona do meu quarto, onde tudo está pronto para a chegada do meu filho, mais uma vez encaro o passaporte falso do Alexandre.Já fiz isso tantas vezes ao longo dos meses que já perdi as contas.Passo minha unha, feita no dia anterior, pela foto dele. Tão lindo ele era...Este passaporte é a prova de que foi recíproco. Ele me amava, e eu vou guardar para sempre comigo.— Seria tão incrível seu papai aqui conosco. — Minha mão passeia pela minha barriga, enquanto converso com meu filho, que já tem dado sinais de que quer nascer. Eu senti pequenas contrações há alguns dias, e minha cesariana está marcada para daqui a uma semana. O próprio médico recomendou o procedimento, pois as ecografias mostraram que o bebê é muito grande e eu sou muito pequena. Então, ele achou melhor assim, e eu não me opus.Olho no celular a foto que fiz do mapa no quarto do Alexandre. Essa imagem é outra coisa que guardarei para sempre.Levanto-me e vou até a cômoda p
MESES DEPOIS...ThierrySaindo do trabalho, meu telefone vibrou no bolso. Peguei o aparelho sem muita pressa, achando que era alguma ligação qualquer, dessas que as operadoras fazem, sempre perturbando, mas, ao ver o nome de Milena na tela, atendi na hora.— Oi, amor — falei, enquanto caminhava pela calçada movimentada. Mas, assim que ela respondeu, minha testa se franziu. Sua voz estava diferente, como se estivesse ofegante, talvez emocionada.— Aconteceu alguma coisa, linda? — perguntei, diminuindo o passo.— Eu ia te contar quando você chegasse aqui, mas… eu estou tão empolgada! — Ela riu nervosa. — Eu passei no teste, Thierry! Eu consegui uma vaga na Universidade da Califórnia! — Milena falava aceleradamente, demonstrando estar muito feliz.Parei, antes de atravessar a rua.— Universidade da Califórnia? — repeti, tentando processar. — Mas… e a faculdade daqui?Passei a mão pela testa, olhando ao redor sem realmente enxergar nada. Milena respirou fundo do outro lado da linha, e sua
Thayla Me senti tão burrä e, ao mesmo tempo, tão egoísta e injusta ao ver o exame que comprovava que ele tinha sido dopado pela nojenta da tal Bruna. Eu deixei o ciúme me cegar por conta da minha falta de confiança, permitindo que a raiva me dominasse e afastasse de mim o homem que mais me amou. Mas Gabriel não desistiu. Ele veio de helicóptero do Rio de Janeiro até o Espírito Santo para me mostrar a verdade. Não importaram os riscos, a distância, ou o medo de ser preso. Ele veio. Por mim. Por nós. Se isso não for amor, eu não sei mais o que é. Caso contrário, por que ele viria atrás de mim, correndo risco de ser preso ou coisa pior? Não posso mais tentar me enganar, não posso mais fugir do que sinto. A pousada onde ele se hospedou, certamente com um nome falso, era simples, discreta, perfeita para um homem como ele, que precisava manter-se fora da mira da justiça. Mas nada importava naquele momento, apenas a presença dele. Pelo corredor, Gabriel caminhava me abraçando por tr
G4 Encontrar a Thayla depois de todo esse tempo sem ver ela só mostrou o quanto eu amo essa mulher e o quanto ela mexe com as minhas estruturas, os meus pensamentos e meus instintos. Dentro da igreja mesmo, meu corpo já tava inquieto, com vontade de puxar Thayla pra perto, sentir a pele dela e fazer ela entender na prática o quanto me pertence. Mas aquele lugar exigia respeito, e eu também não tinha ido até ali só para isso. Eu precisava, antes de tudo, mostrar pra ela o quanto estava errada. Queria que ela soubesse, sem sombra de dúvida, que não aconteceu nada entre a Bruna e eu, que todos os meus pensamentos são dela, assim como o meu coração, e que nada tinha mudado em relação a isso. Mesmo assim, sei que ela pode não querer mais nada comigo, e esse pensamento me tortura. Se for o caso, vou ter que aceitar... mas vai me destruir por dentro. Entreguei o resultado dos meus exames, provando que a vagabundä da Bruna tinha colocado um "Boa noite, Cinderela" na minha bebida. Thayla p
ThaylaMeu coração chega errar as batidas, e sinto minhas pernas ficarem bambas. Parece que me falta o ar, e eu só queria sair correndo para longe ou agarrá-lo ali mesmo. Ter essa química insana com Gabriel faz ter pensamentos impuros até mesmo dentro de uma igreja, mas eu não poderia esquecer o motivo que me fez fugir dele.Como pode outra pessoa ter esse poder de domínio sobre mim sem sequer ter me tocado?Pois é exatamente isso que eu sinto. É como se eu pertencesse a ele de todas as formas e não pudesse sair disso, mesmo fugindo para qualquer lugar do mundo.Gabriel ali, quase me devorando com os olhos, e eu não sabia distinguir se ele sentia ódio ou desejo. Era um olhar indecifrável no momento.— Eu preciso falar com você, Thayla!— O que você está fazendo aqui? Vai embora, por favor! — respondi, olhando para os lados, verificando se alguém escutaria o que estávamos conversando.— Eu não vou embora até você falar comigo! — ele continuava falando enquanto segurava meu braço, sem s
📍VITÓRIA, CAPITAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTOThaylaVitória é uma cidade linda, e eu estou gostando daqui. Não é como o Rio de Janeiro, é claro, embora o calor seja bastante semelhante, mas eu sinto falta de muitas coisas de lá.Estou procurando emprego e, inclusive, já fiz uma entrevista para a vaga de atendente em uma lojinha e estou aguardando ansiosa a resposta.Teresa e Manoel, familiares de tia Célia, me acolheram muito bem. Os dois são muito queridos, tranquilos, e não tenho do que reclamar, pois me receberam de braços abertos. Porém, estar longe de tudo me faz ficar melancólica.Eu sinto falta da minha faculdade, que era meu sonho do qual tive que abrir mão. Sinto saudade da minha tia, da Milena, da Antonela. Do meu irmão, então, nem se fala. Eu morro de saudades dele e, embora nos falemos diariamente, não é a mesma coisa que estar perto.Também sinto saudade do Gabriel. Infelizmente, não posso negar o que sinto por ele, e a falta de vê-lo, mesmo que só às vezes, me machuca
ThierryQuando penso em sair da salinha, Carioca quer mais papo. O que mais ele quer conversar?— Senta aí! — Ele aponta autoritário para a cadeira em que eu estava antes e ele se dirige até a cadeira dele, atrás da mesa, enquanto mexe outra vez no celular.— O que faltou? — pergunto após me sentar, fazendo um sinal com a boca e posicionando uma mão entrelaçada à outra.— Calma, Thierry, não precisa ficar sempre na defensiva assim!Com as pernas esticadas, passo um pé por cima do outro, ficando tenso sem saber o que viria.O Carioca sempre consegue fazer isso, de uma forma ou outra, ele mexe com o emocional das pessoas.— Você não é meu filho, como o exame comprovou, mas eu prometi que mudaria a sua vida! — Ele digita algo no celular.Sigo calado, sem entender nada.— Não é porque você não é meu filho que eu não posso te proporcionar uma vida boa, Thierry. Minha mulher e eu, anos atrás, prometemos um ao outro que faríamos isso, e é o que vamos fazer.— Você não tem que me dar nada! —