Uma vilã nasce vilã ou se torna vilã? Isabelle, uma garotinha que era feliz, até que tragédias a levaram a crescer amargurada e triste por dentro. De uma simples criada, tornou-se uma perigosa rainha vingativa, ávida pelo sofrimento de todos, já que não conseguiu o seu final feliz para sempre. Amar ou se vingar? Ficar ou voltar? Qual é a escolha desse dragão feroz? Ainda há sentimentos em seu coração negro? Leia “Vermelho, um amor de sangue” e fique fascinado e apaixonado por essa rainha perversa.
Ler maisNada melhor que passar a lua de mel em uma casa de praia. Um sol quente, um mar calmo e transparente para um banho gostoso e refrescante. Eu podia sentir o cheiro da água salgada, podia sentir a areia em meus pés, entre meus dedos, o sol quente, mas não incomodava. Mas eram apenas imaginações, quem realmente estava sentindo isso tudo, foi Isabelle e seu esposo, o Juan.Cesar ficou com a babá e os recém-casados passariam uma semana fora. Izuperiu foi junto, mas escondido e ficou nas redondezas.Isabelle corria pela praia que foi encontrada descalça rindo, Juan corria atrás querendo lhe pegar. Pareciam duas crianças brincando. Ele era mais rápido e a alcançou facilmente, lhe agarrando pela cintura a derrubando na areia. Sobre o corpo dela, deitou-se com cuidado para não pôr peso e a beijou meigamente e apaixonado.Tudo aquilo era novo para
Mas era uma bela manhã... Uma linda manhã. Para um glorioso casório. Tudo tinha que sair conforme os mínimos detalhes, sem falhas e sem erros. Todo o plano daria certo, se tudo fosse arquitetado com grande maestria. Faltavam exatamente 5 horas para Isabelle andar até o altar e naquela manhã, sentia dentro de si, um pouco de nervosismo, afinal, era seu primeiro casamento. Querendo ou não, era um momento especial. O vestido que escolheu além de luxuoso, era muito caro, mas seu amado lhe deu autorização para escolher o qual quisesse. Optou pegar um bastante parecido com os vestidos de Carmim, digno de uma Rainha. Cabelo, maquiagem, unhas e estado espiritual estava por conta do Ray, tal ele que estava frenético andando para todos os lados dando gritos nos auxiliares. – Meu Deus, tragam logo a merda desse estojo de maquiagem. Quero deixar essa mulher diva. – Bradou ele olhando Isabelle através do reflexo do espelho. – Creio que já sou diva,
Meses depois. O casamento estava próximo e todos preparativos estavam sendo feitos por uma produtora de eventos chamada Laura e alguns cerimonialistas. Como Isabelle mostrou não ter muito conhecimento sobre casamentos, já que nunca esteve casada, seu noivo contratou um consultor de moda bastante alegre para seguir e respaldá-la no que fosse preciso. – Ray, pelo amor do divino, esse vestido é muito chamativo e não gosto disso. – Isa murmurou totalmente entediada. – Ah mulher, você é muito brega, melhore viu? – Ele fechou a revista e foi procurar outra. Ray é homossexual e bastante para frente. Tem uma língua afiada e um senso de moda incrível. Sempre que se portava a Isabelle daquela forma bem introvertida, a mesma controlava-se para não lhe chutar para fora do serviço, mas por dentro, ela gostava daquela alegria, ela se divertia a cada frase dita por ele. – Ray, então, estamos aqui sentados escolhendo um vestido à mais
Finalmente seu plano estava dando realmente certo mais uma vez, mas tinha receio de tudo desandar como acontecera em Carmim, mostrando ser uma Rainha com brechas. Estava ali em pé de frente para o homem chamado Juan que jazia ajoelhado em seus pés segurando sua mão a pedindo em casamento. Isa estava rubra de envergonhada e ao mesmo tempo, sem transparecer nada, estava sentindo-se vitoriosa. Não sabia o que fazer naquele momento. Ela queria dizer SIM bem alto deixando toda sua euforia extravasar, mas toda sua encenação que realizara outrora seria em vão, já que se mostrava triste e indecisa com sua volta para seu falso lar e família. O encarou com ternura e com tristeza. Levou sua vaga mão até seu coração e respirou fundo. – Juan... – Parou de falar e mordeu o lábio inferior. – Estou completamente sem palavras... Oh! – Virou lentamente sua cabeça olhando para sua esquerda, fitando um pequeno quadro na parede. Vocês sambem, charme de mulher.
Isabelle pensava em todas as hipóteses que existiam de voltar para seu Reino e encontrar seu final feliz, reinando após concretizar toda a sua vingança. Mas ela seria realmente feliz sem amor? Já estava ficando tarde quando o carro que portava a Rainha estacionou. O motorista formalmente levantou-se, caminhou até a porta traseira e a abriu cuidadosamente, oferecendo sua mão à Isa que a agarrou sem pensar duas vezes. Com um singelo sorriso, saiu do carro e respirou fundo, encarando a grande casa do Juan. Agradeceu ao motorista e como não precisava mais dos vossos serviços, começou a caminhar adentrando sem sua companhia. Como não possuía a chave ainda, tocou a campainha, aguardou ser recebida. A empregada abriu a porta e sem cerimonias, Isa atravessou sem nenhum cumprimento. Olhou em volta e percebeu que estava tudo diferente, Juan com toda certeza havia passado por ali. Ela sorriu, era isso que estava querendo. Lentamente subiu as escadas e cami
Isabelle estava mais uma vez determinada a fazer de tudo para voltar a Carmim, já que descobriu que poderia sim fazer isso acontecer, mas tudo dependia dela. O poder da morte no nosso mundo é totalmente diferente, por esse motivo, ela não pode levar ninguém, ela simplesmente faz as pessoas se guiarem até ela. Se é que você me entendeu. Isa, toda meiga, tinha que convencer Juan, a deixar o Izuperiu ficar, mas não poderia lhe dizer que o conhecia. Isso geraria suspeitas, logo, teve uma excelente ideia que mais tarde foi mais que preciosa. No dia seguinte, quando todos acordaram cedo demais, devido ao plano. Juan saia aquele horário para trabalhar e já confiava em Isabelle para ficar sozinha em casa, mas não dispensou a babá do garoto que sempre cuidou do mesmo. Izuperiu não se incomodou de juntar as poltronas e dormi ali, para não precisar dividi a cama com sua Rainha. Acordou cheio de dor e fazendo alguns exercícios estalando cada parte travada de seu corpo.
A noite já havia chegado. Isabelle vestiu-se com uma das melhores roupas que ganhou do Juan para um jantar. Ela, ele e o menino que lhe encontrou - o pequeno Cesar. Isa não conseguiu criar um afeto pela criança, mas ao máximo, tentava esconder seu desgosto com o mesmo. Um garoto que fora muito mimado pela mãe que faleceu e que tinha tudo que queria em simples pedidos chorosos. Na sala de estar. – Se você puxar meu vestido mais uma vez, arranco essa sua mão nervosa. – Isabelle enfurecida sussurrou apertando fortemente o braço do garoto que tentava sair, mas ao ouvir os passos de seu amado, adoçou. – Olha só doce menino, como sua roupa está amarrotada. – Começou a ajeitar a camisa do Cesar e em seguida lhe deu um beijo na testa. – Fofo. – Ergueu-se e virou-se. – Juan, minha paixão, você está lindo e eu faminta. – Sorriu. – Você está mais que fantástica. – Juan a cumprimentou com um abraçou e um selinho. – Lhe vi falando com o Cesar. – O coração da mulhe
Lentamente, Isabelle fora abrindo seus olhos, sentindo seu corpo pesar, sua cabeça doer, assim como um frio insuportável. Estava apenas gripada e com febre, mas desconhecia qualquer tipo de enfermidade do nosso mundo. Quando estava completamente acordada, não arriscou se levantar. Continuou deitada, olhando para o teto, pensando no que estava lhe acontecendo. Em um mundo desconhecido chamado Brasil, sem seus poderes e sem sua imortalidade. A morte que lhe abraçou, lhe deixou de lado? Uma forte raiva lhe apoderou.Com um pouco de dificuldade, sentou-se na cama que lhe fora preparada. Olhou em volta e curiosamente, começou a namorar cada móvel, cada objeto daquele quarto. Era tudo novo para ela. As cores, os formatos, o tamanho. Levantou-se e caminhou pelo local, tocando, pegando em cada objeto, tentando identifica-los.– Tudo é tão estranho por aqui. – Sussurrou. – O
O céu negro se estendia ao redor de um mar calmo com pequeninas ondulações, assim como se estendia sobre arranha-céus de uma cidade deveras movimentada. As estrelas brilhavam e pareciam sussurrar umas com as outras. A lua cheia parecia cantar majestosamente aos seus filhos mundanos. Pássaros noturnos, pairavam em busca de alimento sobre aquele mar calmo, por enquanto que outros caminhavam sobre suas patas em uma areia branca e bem fina de uma praia. Tais pássaros felizes, ouviram passos apressados em suas direções e notaram que um garoto de aproximadamente dez anos se aproximava correndo querendo agarrar cada um. Não custaram em baterem suas asas e voarem para longe dali. Eles queriam se proteger daquele gigante terrível. O garoto decepcionou-se, bateu os pés irritado e virou-se para resmungar algo ao seu pai que calmamente caminhava em sua direção. Era um rapaz jovial, corpo atlético, barba por fazer e pele amarelinha. O garoto sorriu e voltou a correr até que se