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Todos os capítulos do Vermelho - Um Amor de Sangue: Capítulo 1 - Capítulo 10
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Prólogo - Canção da Morte
Um dia, peguei-me fazendo uma pergunta. Será que os vilões poderiam ter um final feliz? Mas, outra pergunta me surgiu. Qual seria o final feliz de um vilão? Vencer finalmente aqueles que atrapalham seus planos? Contos, livros e filmes determinam que eles, (os malfeitores) precisam morrer ou serem humilhados, para pagarem por tudo de ruim que fizeram. Interessante, muitos não pararam para pensar se os vilões já nasceram assim, domados pelo ódio. Sempre vão existi aqueles mocinhos heroicos (irritantes) que transformam uma simples e linda borboleta em um feroz e brutal dragão que simplesmente estava adormecido. Perdoe-me se meus pensamentos estão errados, e perdoe-me também se o que escrevo aqui lhe mostra que sou um admirador de vilões - não deixa de ser verdade -, mas creio que se você parar e pensar em todos os livros que leu, filmes e series que assistiu, vai reparar que os famosos malfeitores, tiranos, bruxos e feiticeiros, tem bastante classe. A história que conta
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01 - A Escolhida
Carmim... Reino das Rosas, mais um no imenso Vestra Mundo. Regido por uma Monarquia Constitucional, seguia seus dias temendo o pior: a guerra! Porém, não pararam com suas vidas e são sobre elas que quero falar. Na verdade, é apenas sobre uma, a protagonista da história e como consequência contada, outros se envolverão para ladrilhar seu caminho. Isabelle ainda era pequenina, tinha apenas 08 anos de idade quando ganhou sua primeira boneca de pano que felizmente substituiu a de palha. Aquele sorriso que se formou no rosto da criança, foi o momento mais lindo para a família. A felicidade invadiu seu pequeno coração, pois, ganhar uma bonequinha de pano na situação que seus pais se encontravam, era como ganhar um belo banquete. Algo começou a preocupar e incomodar, mas não sabiam eles que era o destino em ação. A felicidade da garota que outrora se mostrava radiante, não fora duradoura. Uma onda enorme de tristeza e medo rompeu seu peito e penetrou em seu miúdo c
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02 - A criada e o Príncipe
10 anos depois   – Bom dia, Milady! – Saudou Isabelle com um sorriso ra­diante, levando e colocando sobre um criado mudo uma ban­deja prateada, com uma jarra de suco extraído de laranjas, uma taça e alguns pães feitos pelo melhor padeiro do Reino. – Dor­miu bem? – Perguntou já forrando a cama da protegida do Rei, Anabela. – Melhor que ontem, Isa. Grata! – Agradeceu com um sor­riso meigo e educado, sentada diante de um espelho, pentean­do seu longo cabelo loiro. Creio que devo contar essa pequenina história, sobre como a protegida do Rei, Anabela, chegou ao Reino de Carmim, Rei­no das rosas. Há dez anos, uma guerra estava acontecendo entre dois Reinos inimigos. Lisan, Reino das rochas e Nothes, Reino do ouro. Mas apenas um deles poderia ganhar e o que estava em mais vantagem fora o Reino do Rei Osorio Laywolf, conhecido como um grande massacrador e devastador, que sempre ataca­va aqueles que teimav
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03 - Ervas e domínio
A vida é feita de escolhas, fato, todos sabe­mos disso. Mas será que sabemos qual a escolha cer­ta a se fazer? Suponho também que, para sabermos qual caminho trilhar, precisamos arriscar algum. Para saber­mos qual cálice está envenenado, precisamos experimentar um, sem medo da consequência, do efeito colateral ou até mes­mo de uma trágica morte. A história que vos conto, é um rico exemplo de escolhas certas e erradas, consequências e incon­sequências de nossas ações.Algumas semanas haviam se passado e a monotonia real continuava a mesma. Criados servindo seus senhores, empre­gados limpando o castelo, Rei e Rainha regendo o Reino, Prín­cipe lutando em missões e treinando cavaleiros, Princesa tran­cada no aposento se admirando no espelho. Naquela dimensão, não havia distrações, aquelas que estamos acostumados e
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04 - É tudo que eu mais quero!
Aproximaram-se da floresta e ao entrarem na mesma, começaram a se aprofundar. A ruiva não parava de tentar escapar, mas como falei, estava sen­do em vão. A largaram no chão e a rodearam tirando suas ves­tes, ficando completamente pelados e não custaram a fazer o mesmo com Isabelle. – Por favor, o que vocês estão fazendo? Não... Para... Por fa­vor. – Ela implorava em meio aos soluços, e quando percebeu estava completamente sem roupa. Então um por um, deitava­-se sobre ela e contra sua vontade, lhe usava violentamente. – Não! NÃO! Por favor, PAREM! – Ela gritava e relutava, mas todo esforço só dava mais prazer aos cavaleiros. – Não... Por fa­vor! – Fechou seus olhos e continuou implorando. – Por favor! – Encolheu-se em posição fetal e reparou que já estava sozi­nha, ensanguentada, ainda chorando, tremendo, com medo, com dor e com frio. Eu poderia entrar em detalhes do que houve com Isabel­le durante os atos boçais e repugnantes, eu poderia muito bem descrever cada deta
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05 - Isabelle de Carmesim
07 anos depois   O céu permanecia azul, com poucos fragmentos de nu­vens. O sol brilhava fortemente iluminando boa parte de Car­mim, principalmente a praça central, onde todos estavam se reunindo mais uma vez para celebrar o quadragésimo segundo aniversário de conquista libertária da grande guerra e para a fa­mosa escolha se novos servos. Quando o local já estava aglomerado, a cavalaria real se aproximava. O Príncipe Dominik montado em seu costumeiro cavalo branco com armaduras reais e reluzentes. Ao seu lado, também sobe um cavalo branco, a Anabela sua esposa, prote­gida do Rei. As suas frentes, o Rei de Carmim, Eduard e a Rai­nha Melanie, já velhos. Ao se aproximarem do palco de concreto coberto por um longo tapete vermelho, desmontaram e tomaram posição pe­rante os súditos. Como de costume, o Rei tomou dianteira e começou a fazer seu monótono discurso fatídico. Algumas pes­soas que já estavam cansadas olharam para o céu e vir
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06 - A nova Rainha
Ao se aproximar do grande castelo onde trabalhou anos como escrava, Isabelle desceu de sua montaria e ficou ali parada, admirando aquele lu­gar. Lentamente, seu leão de estimação que tinha como nome Trev, aproximou-se, juntamente com o Izuperiu, o fauno. A feiticeira vermelha estava pensando como poderia deixar aque­le ambiente ao seu agrado, já que as paredes do palácio eram de tijolos acinzentados. O lugar tinha certa beleza, mas não suficiente. Parecia triste e ao mesmo tempo alegre pelas ver­des árvores e ricas flores coloridas que se estendiam no colos­sal jardim. Isa estendeu suas mãos na direção do castelo, e das mes­mas uma densa fumaça negra se materializou. Lentamente a emanação escura fora se aproximando dos muros reais os con­sumindo, até que todo o palácio estava envolto a aquela densa escuridão que projetavam raios e trovões. As mãos de Isabelle continuavam estendidas. Vagarosamente o vapor escuro fora gasificando revelando um novo castelo. O mesmo tinh
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07 - Decretos
O tempo passava lentamente, como se tudo fosse obra da feiticeira, como se tudo fosse uma maca­bra tortura para aqueles súditos que não tinham para onde se refugiarem. Muitos deles estavam se recusando a saí­rem de suas casas, outros arriscavam e aqueles que fugiam no meado do caminho morriam. Uma morte misteriosa. Obra de magia negra? Muitos se perguntavam, muitos temiam, mas nin­guém arriscava tentar descobri, depois que os muitos decretos foram estabelecidos no Reino.   Reino de Carmim

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08 - Caça ao Rato
~~~ Certa tarde, a Rainha Isabelle decidiu passe­ar pelo Reino. Escolheu a sua melhor carruagem real: banhada a ouro, puxada por lindos cavalos brancos de nobres linhagens. Sentou-se no acolchoado banco e ao seu lado, o leão Trev. Izuperiu vestiu-se de cocheiro para o agra­do da majestade, já que a mesma tentava confiar apenas nele e em si mesma. Sua jornada havia começado. Saíram do castelo e passa­ram por uma estrada barrenta rodeada de árvores que já esta­vam mortas. As casas já estavam se aproximando, tudo parecia tão deserto e apenas poucas pessoas passavam nas ruas, quan­do era de estrema necessidade. Quando finalmente chegou no centro da cidade, Isabelle desceu da carruagem com a ajuda de seu servo fauno. Ela usava um longo vestido vermelho colo­nial, com a gola nas costas alta, quase ultrapassando sua cabeça. O mesmo tinha alguns detalhes em pedras preciosas negras, ti­nha seu longo cabelo vermelho penteado com uma perfeita trança po
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09 - Ontem criada e protegida
Eu poderia dizer que tudo estava se acalman­do, depois que os dias se passaram, Isabelle aquietou-se dentro do seu palácio, mandando e desmandando mais ainda em seus empregados, mas eu estaria mentindo, ela ainda tinha tarefas à serem cumpridas. Ela não esqueceu aqueles que lhe abusaram anos atrás, ela apenas estava lhes dando liberdade temporária. Tão pouco esqueceu o quanto queria trazer seu pai de volta, mas ela não dependia apenas de sua magia, mas tam­bém de uma lua cheia, para que tudo saísse perfeitamente bem. A bruxa não se esbarrava com os seus inquilinos, eles a evi­tavam sempre, mas muitas das vezes, Isa fazia de tudo para per­turbar o casal que não estava muito bem. – Olá, Anabela! – A Rainha falou parando atrás da Prince­sa em um dos muitos corredores do castelo. A mesma parou, olhou para trás lentamente, ela parecia está insatisfeita, um de­sagrado encontro. – Mais uma vez tentando me evitar? – Ela perguntou seriamente se aproximando. – Imagina,
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