Ao se aproximar do grande castelo onde trabalhou anos como escrava, Isabelle desceu de sua montaria e ficou ali parada, admirando aquele lugar. Lentamente, seu leão de estimação que tinha como nome Trev, aproximou-se, juntamente com o Izuperiu, o fauno. A feiticeira vermelha estava pensando como poderia deixar aquele ambiente ao seu agrado, já que as paredes do palácio eram de tijolos acinzentados. O lugar tinha certa beleza, mas não suficiente. Parecia triste e ao mesmo tempo alegre pelas verdes árvores e ricas flores coloridas que se estendiam no colossal jardim.
Isa estendeu suas mãos na direção do castelo, e das mesmas uma densa fumaça negra se materializou. Lentamente a emanação escura fora se aproximando dos muros reais os consumindo, até que todo o palácio estava envolto a aquela densa escuridão que projetavam raios e trovões. As mãos de Isabelle continuavam estendidas.
Vagarosamente o vapor escuro fora gasificando revelando um novo castelo. O mesmo tinh
O tempo passava lentamente, como se tudo fosse obra da feiticeira, como se tudo fosse uma macabra tortura para aqueles súditos que não tinham para onde se refugiarem. Muitos deles estavam se recusando a saírem de suas casas, outros arriscavam e aqueles que fugiam no meado do caminho morriam. Uma morte misteriosa. Obra de magia negra? Muitos se perguntavam, muitos temiam, mas ninguém arriscava tentar descobri, depois que os muitos decretos foram estabelecidos no Reino. Reino de Carmim
~~~ Certa tarde, a Rainha Isabelle decidiu passear pelo Reino. Escolheu a sua melhor carruagem real: banhada a ouro, puxada por lindos cavalos brancos de nobres linhagens. Sentou-se no acolchoado banco e ao seu lado, o leão Trev. Izuperiu vestiu-se de cocheiro para o agrado da majestade, já que a mesma tentava confiar apenas nele e em si mesma. Sua jornada havia começado. Saíram do castelo e passaram por uma estrada barrenta rodeada de árvores que já estavam mortas. As casas já estavam se aproximando, tudo parecia tão deserto e apenas poucas pessoas passavam nas ruas, quando era de estrema necessidade. Quando finalmente chegou no centro da cidade, Isabelle desceu da carruagem com a ajuda de seu servo fauno. Ela usava um longo vestido vermelho colonial, com a gola nas costas alta, quase ultrapassando sua cabeça. O mesmo tinha alguns detalhes em pedras preciosas negras, tinha seu longo cabelo vermelho penteado com uma perfeita trança po
Eu poderia dizer que tudo estava se acalmando, depois que os dias se passaram, Isabelle aquietou-se dentro do seu palácio, mandando e desmandando mais ainda em seus empregados, mas eu estaria mentindo, ela ainda tinha tarefas à serem cumpridas. Ela não esqueceu aqueles que lhe abusaram anos atrás, ela apenas estava lhes dando liberdade temporária. Tão pouco esqueceu o quanto queria trazer seu pai de volta, mas ela não dependia apenas de sua magia, mas também de uma lua cheia, para que tudo saísse perfeitamente bem. A bruxa não se esbarrava com os seus inquilinos, eles a evitavam sempre, mas muitas das vezes, Isa fazia de tudo para perturbar o casal que não estava muito bem. – Olá, Anabela! – A Rainha falou parando atrás da Princesa em um dos muitos corredores do castelo. A mesma parou, olhou para trás lentamente, ela parecia está insatisfeita, um desagrado encontro. – Mais uma vez tentando me evitar? – Ela perguntou seriamente se aproximando. – Imagina,
A noite estava chegando, quando Isabelle vestiu-se com um lindo vestido branco justo ao seu corpo. Ele era longo e bem decotado. Ela estava se preparando para o momento que mais esperou. A verdadeira vingança. Contra aqueles que lhe abusaram naquela floresta anos atrás. – Hoje, não precisarei de você, Trev. – Falou com seu leão e deu um sorriso ao seu reflexo no espelho de seu criado mudo. O felino feroz rugiu e a Rainha revirou os olhos. – Não reclame seu gato dramático. Mamãe vai apenas brincar um pouco. – Sussurrou cheia de malicia e levantou-se. Acariciou seu animal de estimação que estava deitado em sua cama. – Prometo preparar a você, um grande banquete. Certo? – Perguntou e a criatura lambeu vossa mão em concordância. – Bom garoto, Trev. Agora, me deseje sucesso. – Ficou ereta, fechou os olhos e com um estalar de dedos, evaporou-se como poeira. A noite estava fria, não haviam nuvens no céu e as estrelas brilhavam magnificamente. A lua crescente sorria ilumi
A bruxa materializou-se na floresta. Surpreendeu-se com o local que um cavaleiro escolheu para se refugiar durante meses. Com passos curtos, caminhou na direção de uma cabana feita de taipa e reparou que a chaminé liberava fumaça. Sorriu e ao se aproximar da entrada, a porta feita com madeira podre, partiu-se. Isabelle adentrou no local e fora abordada por um homem que segurava uma espada em sua direção. – Adorei a recepção! – Ela sussurrou e sorriu olhando em volta. – Saia daqui sua bruxa! – O rapaz bradou dando um golpe com sua espada no vento. Isa gargalhou e se
Ali estava ela, mais uma vez na cidade escura e deserta, parada em frente à uma casa até que confortável aos seus olhos. Aproximou-se lentamente e sorriu. Ela estava se divertindo de se vingar, era tudo que ela mais queria. Olhou para baixo, fechou seus olhos, encheu todo seu pulmão de ar e soltou um longo suspiro. Afastou-se e pequenas sombras começaram a aparecer apressadamente, correndo para todos os lados. Eram ratos. Centenas deles invadiram aquela casa e ouviram-se os gritos. Eles estavam atacando todos os moradores. Um homem despido, atravessou a porta de entrada aos berros, sendo mordido por vários roedores. Encarou a bruxa e caiu de joelhos, quando várias das sujas criaturas começaram a entrar em
Viu-se novamente na floresta, mas, em um lugar muito mais sombrio, em suas extremidades, onde homem algum em sã consciência pisaria ali. As árvores eram enormes e cheias, logo, não havia vestígio de luz. O silêncio era inquietante, ouvia-se apenas sua respiração fraca e amena. Isabelle sorriu e depois de analisar o local, deparou-se com uma caverna. A entrada da mesma era larga, assim como a escuridão que reinava ali. Estendeu sua mão direita e uma bola de luz materializou-se. Movimentando os dedos lentamente, a bolinha que iluminava um pequeno pedaço da floresta, começou a flutuar na direção daquela caverna. Na orla da floresta real, nas proximidades do castelo negro da Rainha. Anabela e Dominik se aproximavam de um misterioso encapuzado, que segurava uma cesta totalmente coberta por um pano branco. Ao chegarem no local com muito receio do que estavam fazendo. Dominik não custou em desembainhar sua espada para se mostrar ser um Príncipe muito corajoso e pronto para qualquer combate. O encapuzado gargalhou. Uma risada fraca, rouca e que julgava-lhe ser um senhor de idade. Ana, depois de olhar para todos os lados, certificando-se de que não estavam sendo seguidos e nem espionados (queriam evitar punições) falou. – Senhor! Sabes por que estamos aqui e sabes o risco que estamos correndo. Poderia nos dar o que precisamos? – Perguntou fazendo o senhor gargalhar mais uma vez. – Da primeira vez que me procuraram... – Ele respondeu e deu uma pausa. – Não obtiveram resultado algum. – Concluiu e olhou para o castelo que tinha sua coloração negra bem fraca. – O poder da14 - Complô