Isabelle pensava em todas as hipóteses que existiam de voltar para seu Reino e encontrar seu final feliz, reinando após concretizar toda a sua vingança. Mas ela seria realmente feliz sem amor?
Já estava ficando tarde quando o carro que portava a Rainha estacionou. O motorista formalmente levantou-se, caminhou até a porta traseira e a abriu cuidadosamente, oferecendo sua mão à Isa que a agarrou sem pensar duas vezes. Com um singelo sorriso, saiu do carro e respirou fundo, encarando a grande casa do Juan.
Agradeceu ao motorista e como não precisava mais dos vossos serviços, começou a caminhar adentrando sem sua companhia. Como não possuía a chave ainda, tocou a campainha, aguardou ser recebida. A empregada abriu a porta e sem cerimonias, Isa atravessou sem nenhum cumprimento. Olhou em volta e percebeu que estava tudo diferente, Juan com toda certeza havia passado por ali. Ela sorriu, era isso que estava querendo.
Lentamente subiu as escadas e cami
Finalmente seu plano estava dando realmente certo mais uma vez, mas tinha receio de tudo desandar como acontecera em Carmim, mostrando ser uma Rainha com brechas. Estava ali em pé de frente para o homem chamado Juan que jazia ajoelhado em seus pés segurando sua mão a pedindo em casamento. Isa estava rubra de envergonhada e ao mesmo tempo, sem transparecer nada, estava sentindo-se vitoriosa. Não sabia o que fazer naquele momento. Ela queria dizer SIM bem alto deixando toda sua euforia extravasar, mas toda sua encenação que realizara outrora seria em vão, já que se mostrava triste e indecisa com sua volta para seu falso lar e família. O encarou com ternura e com tristeza. Levou sua vaga mão até seu coração e respirou fundo. – Juan... – Parou de falar e mordeu o lábio inferior. – Estou completamente sem palavras... Oh! – Virou lentamente sua cabeça olhando para sua esquerda, fitando um pequeno quadro na parede. Vocês sambem, charme de mulher.
Meses depois. O casamento estava próximo e todos preparativos estavam sendo feitos por uma produtora de eventos chamada Laura e alguns cerimonialistas. Como Isabelle mostrou não ter muito conhecimento sobre casamentos, já que nunca esteve casada, seu noivo contratou um consultor de moda bastante alegre para seguir e respaldá-la no que fosse preciso. – Ray, pelo amor do divino, esse vestido é muito chamativo e não gosto disso. – Isa murmurou totalmente entediada. – Ah mulher, você é muito brega, melhore viu? – Ele fechou a revista e foi procurar outra. Ray é homossexual e bastante para frente. Tem uma língua afiada e um senso de moda incrível. Sempre que se portava a Isabelle daquela forma bem introvertida, a mesma controlava-se para não lhe chutar para fora do serviço, mas por dentro, ela gostava daquela alegria, ela se divertia a cada frase dita por ele. – Ray, então, estamos aqui sentados escolhendo um vestido à mais
Mas era uma bela manhã... Uma linda manhã. Para um glorioso casório. Tudo tinha que sair conforme os mínimos detalhes, sem falhas e sem erros. Todo o plano daria certo, se tudo fosse arquitetado com grande maestria. Faltavam exatamente 5 horas para Isabelle andar até o altar e naquela manhã, sentia dentro de si, um pouco de nervosismo, afinal, era seu primeiro casamento. Querendo ou não, era um momento especial. O vestido que escolheu além de luxuoso, era muito caro, mas seu amado lhe deu autorização para escolher o qual quisesse. Optou pegar um bastante parecido com os vestidos de Carmim, digno de uma Rainha. Cabelo, maquiagem, unhas e estado espiritual estava por conta do Ray, tal ele que estava frenético andando para todos os lados dando gritos nos auxiliares. – Meu Deus, tragam logo a merda desse estojo de maquiagem. Quero deixar essa mulher diva. – Bradou ele olhando Isabelle através do reflexo do espelho. – Creio que já sou diva,
Nada melhor que passar a lua de mel em uma casa de praia. Um sol quente, um mar calmo e transparente para um banho gostoso e refrescante. Eu podia sentir o cheiro da água salgada, podia sentir a areia em meus pés, entre meus dedos, o sol quente, mas não incomodava. Mas eram apenas imaginações, quem realmente estava sentindo isso tudo, foi Isabelle e seu esposo, o Juan.Cesar ficou com a babá e os recém-casados passariam uma semana fora. Izuperiu foi junto, mas escondido e ficou nas redondezas.Isabelle corria pela praia que foi encontrada descalça rindo, Juan corria atrás querendo lhe pegar. Pareciam duas crianças brincando. Ele era mais rápido e a alcançou facilmente, lhe agarrando pela cintura a derrubando na areia. Sobre o corpo dela, deitou-se com cuidado para não pôr peso e a beijou meigamente e apaixonado.Tudo aquilo era novo para
Um dia, peguei-me fazendo uma pergunta. Será que os vilões poderiam ter um final feliz? Mas, outra pergunta me surgiu. Qual seria o final feliz de um vilão? Vencer finalmente aqueles que atrapalham seus planos? Contos, livros e filmes determinam que eles, (os malfeitores) precisam morrer ou serem humilhados, para pagarem por tudo de ruim que fizeram. Interessante, muitos não pararam para pensar se os vilões já nasceram assim, domados pelo ódio. Sempre vão existi aqueles mocinhos heroicos (irritantes) que transformam uma simples e linda borboleta em um feroz e brutal dragão que simplesmente estava adormecido. Perdoe-me se meus pensamentos estão errados, e perdoe-me também se o que escrevo aqui lhe mostra que sou um admirador de vilões - não deixa de ser verdade -, mas creio que se você parar e pensar em todos os livros que leu, filmes e series que assistiu, vai reparar que os famosos malfeitores, tiranos, bruxos e feiticeiros, tem bastante classe. A história que conta
Carmim... Reino das Rosas, mais um no imenso Vestra Mundo. Regido por uma Monarquia Constitucional, seguia seus dias temendo o pior: a guerra! Porém, não pararam com suas vidas e são sobre elas que quero falar. Na verdade, é apenas sobre uma, a protagonista da história e como consequência contada, outros se envolverão para ladrilhar seu caminho. Isabelle ainda era pequenina, tinha apenas 08 anos de idade quando ganhou sua primeira boneca de pano que felizmente substituiu a de palha. Aquele sorriso que se formou no rosto da criança, foi o momento mais lindo para a família. A felicidade invadiu seu pequeno coração, pois, ganhar uma bonequinha de pano na situação que seus pais se encontravam, era como ganhar um belo banquete. Algo começou a preocupar e incomodar, mas não sabiam eles que era o destino em ação. A felicidade da garota que outrora se mostrava radiante, não fora duradoura. Uma onda enorme de tristeza e medo rompeu seu peito e penetrou em seu miúdo c
10 anos depois – Bom dia, Milady! – Saudou Isabelle com um sorriso radiante, levando e colocando sobre um criado mudo uma bandeja prateada, com uma jarra de suco extraído de laranjas, uma taça e alguns pães feitos pelo melhor padeiro do Reino. – Dormiu bem? – Perguntou já forrando a cama da protegida do Rei, Anabela. – Melhor que ontem, Isa. Grata! – Agradeceu com um sorriso meigo e educado, sentada diante de um espelho, penteando seu longo cabelo loiro. Creio que devo contar essa pequenina história, sobre como a protegida do Rei, Anabela, chegou ao Reino de Carmim, Reino das rosas. Há dez anos, uma guerra estava acontecendo entre dois Reinos inimigos. Lisan, Reino das rochas e Nothes, Reino do ouro. Mas apenas um deles poderia ganhar e o que estava em mais vantagem fora o Reino do Rei Osorio Laywolf, conhecido como um grande massacrador e devastador, que sempre atacava aqueles que teimav
A vida é feita de escolhas, fato, todos sabemos disso. Mas será que sabemos qual a escolha certa a se fazer? Suponho também que, para sabermos qual caminho trilhar, precisamos arriscar algum. Para sabermos qual cálice está envenenado, precisamos experimentar um, sem medo da consequência, do efeito colateral ou até mesmo de uma trágica morte. A história que vos conto, é um rico exemplo de escolhas certas e erradas, consequências e inconsequências de nossas ações.Algumas semanas haviam se passado e a monotonia real continuava a mesma. Criados servindo seus senhores, empregados limpando o castelo, Rei e Rainha regendo o Reino, Príncipe lutando em missões e treinando cavaleiros, Princesa trancada no aposento se admirando no espelho. Naquela dimensão, não havia distrações, aquelas que estamos acostumados e