A gente nunca espera que vá aparecer alguém para nos tirar da rotina e virar os nossos dias de cabeça para baixo... Emily é uma garota de programa já acostumada a sua vida; quando num dia em que dá de cara com a morte, um desconhecido chega para salvá-la e mudar tudo! David nunca imaginou que salvaria a vida de uma mulher e a primeira vista ela seria o sol para os seus dias nublados! Principalmente que essa mulher seria uma garota de programa chamada Emily. Em apenas uma semana; a vida dos dois mudará drasticamente, será que apenas cinco dias é capaz de sarar feridas, resgatar boas memorias, curar traumas e dar a dois desconhecidos a chance de recomeçar?
Ler maisQuando nos despedimos de todos fomos para o quarto; estávamos completamente exaustos por tudo e era muito para digerir! — Que tal tomarmos um banho quente? — David falou ao meu ouvido, fechando a porta do quarto atrás de si. — Eu acho ótimo. — Falei sorrindo. Ele abriu o zíper do meu vestido enquanto eu ficava de costas para ele e por incrível que pareça naquele momento ele parecia nunca ter tocado o meu corpo. Seu toque era cuidadoso, gentil, suave e ao mesmo tempo era como se ele estivesse contendo um desejo selvagem. Eu sorri com aquilo. Então ele me virou e me beijou, foi um beijo terno, amoroso, um beijo de amor, e começou ali! Começamos a fazer amor ali e prosseguimos até o banheiro, onde fizemos amor umas quinhentas vezes enquanto tomávamos banho e então continuamos a fazer amor na cama e pelo restante da noite. Eu nunca havia vivido nada igual ao que eu estava vivendo aquele dia em toda a minha vida, e sem dúvidas aquela noite seria completamente ines
— Então vamos aos votos. — O Pastor falou sorrindo.— Eu acho que podemos pular essa parte. — Falei com medo de que Emily estivesse ansiosa para ficar com seus pais.— Não. Você, você fez algo? — Ela me encarou e sorriu como se estivesse voltando para a nossa realidade novamente. — Eu quero ouvir. — Ela olhou no fundo dos meus olhos.— Tudo bem. — Eu sorri e respirei fundo retirando o papelzinho do bolso. Eu queria ler; pois havia preparado e estudado aquele papel durante toda a semana com medo de que eu pudesse errar ou gaguejar. — Bom, eu... — Eu respirei fundo novamente e guardei o papel. Eu a encarei por um momento enquanto ela olhava fixo em meus olhos, e ao ver seu sorriso eu soube exatamente o que dizer.— Eu me preparei completamente para o que eu i
Eu estava amando toda aquela demonstração de afeto comigo, ela estava demonstrando uma importância digna de uma mãe, e eu não pude deixar de sentir falta da minha no dia mais importante da minha vida. Tomei banho de chuveiro mesmo e deixei que a água caísse sobre minha cabeça, e sim, eu chorei. Chorei porque queria que meus pais estivessem ao meu lado e que meu pai entrasse comigo dentro da igreja, que eles estivessem na primeira fileira e notasse o quanto eu estava feliz, o quanto eu havia passado a acreditar no amor depois de um desconhecido entrar em minha vida tão de repente. Meu pai teria ficado completamente orgulhoso da mulher que me tornei, senti vontade de voltar na igreja da minha mãe e falar para o pastor que era real, que Deus ou algum ser maior havia se encarregado de me trazer de volta a minha vida e felicidade. Que sim, que um ser maior havia preparado um novo recomeço para mim e me mostrado q
Os dias foram passando rápido demais e tudo em que eu estava empenhada era sobre focar no casamento e na minha carreira na música. Estava tudo dando muito certo, mas apenas uma coisa seria deixada de fora, não poderíamos casar no civil porque eu não tinha documentos verdadeiros. O que seria um problema! Mas; o David me convenceu a fazer uma festa familiar com um casamento diante da “igreja” enquanto resolvíamos os meus documentos, não sei como, para depois nos casarmos no civil. Eu amei, estava um pouco frustrada porque o casamento dos meus sonhos não havia sido planejado assim, mas como arrancaram tantas coisas de mim eu fiquei feliz por estar me casando.Decidimos que o “casamento” seria no Jardim dele e que decoraríamos com Catleias e girassóis. Estava tudo muito lindo, e eu estava completamente ansiosa. O David voltou primeiro para iniciar os preparativos enquanto eu fiquei para
— Ai meu Deus. — Eu falei agora perdendo o fôlego. — David... — Aquilo me fez cair no choro e eu ao menos conseguia falar enquanto sorria e chorava.— Minha menina, casa comigo vai? Não precisa de muita coisa para casar em Las Vegas. Só de um sim. — Ele disse me olhando nos olhos.— Claro que eu caso! — Falei quando finalmente consegui respirar em meio à emoção. Ele me abraçou me deitando na cama, e beijando todo o meu pescoço.— Eu estou fervendo de amor por você Emy. — Ele disse me encarando.— Eu também. — Sussurrei.— Que bom. — Ele falou agora tirando um cabelo do meu rosto. — Porque só vou fazer amor com você depois do casamento. — Ele sorriu.— Como? Você está brincando né? — Eu perguntei agora confusa.<
— Vem aqui. — Ele falou pegando uma das minhas mãos e o puxando mais para ele. — Eu já disse e repito, não foi culpa sua. Nada disso foi culpa sua. Eu estou bem agora e aqui por você.— Por mim? — Falei. Escutar aquela frase foi como melodia aos meus ouvidos.— Sim, saber que você havia ido embora foi um alivio, mas ao mesmo tempo uma tortura. Sabe como foi para mim, chegar em casa e não ter você lá? Bagunçando tudo? Me chamando? — Ele sorriu acariciando meu rosto. — Em uma semana aquela casa já tinha o seu cheiro, o seu nome, o seu gosto. — Ele engoliu em seco. — Eu ao menos conseguia dormir em minha própria cama! Foi doloroso acordar no meio da noite e não ver você roncando e babando.— David... — Sussurrei fechando meus olhos. — Eu iria embora da mesma forma. —Tentei argumentar.&mdas
UM ANO DEPOIS... — Emy, cinco minutos. — A garota gritou no camarim do HICKYHOUSE bar. — Tá bom, Ceci. Obrigado por me avisar. — Emily falou sorrindo enquanto finalizava a maquiagem básica com um batom vinho. Aos três minutos antes de entrar no palco ela se olhou no espelho, seus cabelos ondulados caiam pelas costas, soltos e livres. Enquanto seu sobretudo contrastava uma meia calça preta e um tênis preto. Ela se sentia magnificamente incrível. — Senhoras e Senhores, temos hoje uma artista que começou a fazer sucesso em São Francisco há alguns meses, e que hoje nos deu o privilégio de seu talento no HICKYHOUSE bar. Aproveitem uma boa bebida ao som da talentosa Emily Lauren. ... Eu subi ao palco e me endireitei no centro com o microfone, acenei para que a banda pudesse começar. Ouviu-se a batida da bateria, a guitarra ecoou por todo o salão e logo após, ouviu-se de
— Me desculpe... — Eu falei caindo de joelhos com Nora me abraçando. — Foi culpa minha, me desculpe.— Ei minha querida, você não teve culpa de nada. — Ela falou me abraçando forte.— O Jake estava certo, eu sou uma garota de programa. Eu fiz isso acontecer. Eu destruí a vida de vocês. — Falei chorando de soluçar.— Ei Emily, olha para mim. — Ela pegou o meu rosto. — Eu não ligo para o que você foi, e não, o Jake não estava certo. Não foi culpa sua, o David vai sair dali bem e vamos falar para a polícia que foi legitima defesa.— Eu não posso fala com a polícia, Dona Nora. — Falei sussurrando.— Eles irão nos entender, minha querida. — Ela sorriu.— Eu sou imigrante, não tenho documentos. Eles irão me deportar. Eu sou uma garota de
Eu finalmente me sentia protegida, eu passei quase toda a minha vida com medo do que poderia acontecer comigo a qualquer momento e chegou um momento que eu já não tinha mais medo porque eu simplesmente não ligava para o que pudesse acontecer. Mas agora eu me sentia acolhida, eu sentia que não precisava mais ser a Ema porque alguém havia escolhido pela Emily. Os dias foram se passando tranquilamente ali e eu sentia estar em família, eu sabia que em algum momento teria que voltar para a realidade. Teria que voltar para casa! Eu não podia simplesmente entrar e ficar na vida de alguém de repente, apesar de que era o que eu queria. Eu estava completamente apaixonada pelo David. E sinceramente, eu tinha medo de que acontecesse com ele a mesma coisa que já aconteceu quando eu tentei me apaixonar, quando eu acreditei que um homem poderia mudar alguma coisa em minha vida. Não era o que eu queria. Eu sentia que podia fazer