— Então vamos aos votos. — O Pastor falou sorrindo.
— Eu acho que podemos pular essa parte. — Falei com medo de que Emily estivesse ansiosa para ficar com seus pais.
— Não. Você, você fez algo? — Ela me encarou e sorriu como se estivesse voltando para a nossa realidade novamente. — Eu quero ouvir. — Ela olhou no fundo dos meus olhos.
— Tudo bem. — Eu sorri e respirei fundo retirando o papelzinho do bolso. Eu queria ler; pois havia preparado e estudado aquele papel durante toda a semana com medo de que eu pudesse errar ou gaguejar. — Bom, eu... — Eu respirei fundo novamente e guardei o papel.
Eu a encarei por um momento enquanto ela olhava fixo em meus olhos, e ao ver seu sorriso eu soube exatamente o que dizer.
— Eu me preparei completamente para o que eu i
Quando nos despedimos de todos fomos para o quarto; estávamos completamente exaustos por tudo e era muito para digerir! — Que tal tomarmos um banho quente? — David falou ao meu ouvido, fechando a porta do quarto atrás de si. — Eu acho ótimo. — Falei sorrindo. Ele abriu o zíper do meu vestido enquanto eu ficava de costas para ele e por incrível que pareça naquele momento ele parecia nunca ter tocado o meu corpo. Seu toque era cuidadoso, gentil, suave e ao mesmo tempo era como se ele estivesse contendo um desejo selvagem. Eu sorri com aquilo. Então ele me virou e me beijou, foi um beijo terno, amoroso, um beijo de amor, e começou ali! Começamos a fazer amor ali e prosseguimos até o banheiro, onde fizemos amor umas quinhentas vezes enquanto tomávamos banho e então continuamos a fazer amor na cama e pelo restante da noite. Eu nunca havia vivido nada igual ao que eu estava vivendo aquele dia em toda a minha vida, e sem dúvidas aquela noite seria completamente ines
Hoje, a noite era como quase todas as outras e significava que eu faria um bom trabalho e iria para casa mais cedo. Sorri para o garçom e pedi mais um copinho de vodca, assim que ele me deu, virei tudo de uma vez na boca e vou em direção à pista de dança. Quanto antes começasse antes eu terminaria. — Oi. — Ouvi uma voz conhecida em meu ouvido. — Oi Kevin. — Falei, me virando para ele com um sorriso de canto. — Trabalhando hoje? — Ele perguntou já sorrindo. — Você sabe que sim. — Falei no ouvido dele, pois a música estava alta. — Então, posso? — Ele falou, esperando uma resposta com as mãos em minha cintura. — Tudo bem. Desde que me pague, pode todos os dias. — Falei dando de ombros. — Tá! Vamos para a minha casa. — Ele disse, me puxando pelas mãos e me guiando para um lugar que eu conhecia bem. Fizemos o mesmo de sempre e quando terminamos olhei a tela de meu celular em busca do horário, ainda eram um
Eu abri os olhos torcendo para que tudo aquilo tivesse sido apenas mais um sonho infeliz, mas a dor que senti em meu corpo me alertou que não era. Ajustei minha vista para uma janela de frente para o mar, estava de dia e fui tentando com um pouco de dificuldade enxergar melhor tudo ao meu redor. Eu estava em um quarto, havia um criado mudo preto ao lado da cama com a foto de um homem sorrindo e eu estava deitada numa cama enorme, do outro lado uma escrivaninha com um computador. Não sabia como tinha ido parar ali e não tinha ninguém mais no quarto, me levantei com certa dificuldade sentindo dor em cada partícula de mim, e me sentei pronta para me levantar e sair daquele lugar, pois eu precisava voltar para minha casa onde eu estaria mais segura.— O que você está fazendo? — Escutei uma voz firme masculina atrás de mim. — Você está machucada, não pode se levantar. – Ele veio rapi
Respirei fundo tentando entender o que estava acontecendo, ele havia me ajudado e eu sentia que ele não queria me fazer mal. Havia algo bom no David que me fazia querer ficar e isso mexia comigo.— Olha. Amanhã eu já vou estar melhor. — Falei abrindo um sorriso gentil.— Que bom, então amanhã assim que eu ver que você está melhor, eu te levo para casa. — Ele assentiu.— Não tenho roupas aqui e preciso de um banho. — Falei procurando a desculpa mais fajuta que tinha. Eu não sabia aonde estava. Realmente sentia meu corpo doer e não aguentaria ir para casa sozinha então tinha que fazê-lo me levar.— Eu tenho. — Ele deu de ombros. — Vou pegar para você.— Você não é um serial killer, É? — A pergunta simplesmente saiu, foi estúpido.— Eu acho que se eu fos
Eu fiquei pensando sobre aquilo, eu não podia simplesmente deixá-lo entrar assim. Eu era uma furada e todos que me conheciam sabiam disso. Ele não estava sendo coerente, como assim ajudar uma desconhecida? Mas, ele parecia ser tão sincero, ele me fazia querer ser ajudada. Aquilo reacendia uma pequena chama de esperança dentro do meu coração, o medo de que aquilo fosse me derrubar me afetou. Eu só queria sair correndo dali e voltar para minha vida de merda até o dia em que eu não aguentasse mais. Mas... Eu não sei. Algo me dizia que ele não iria desistir tão fácil assim.— Emily. — Falei quando ele se levantou.— Como? — Ele disse virando-se novamente para mim.— Emily, é o meu nome de batismo. — Falei abrindo um sorriso sem graça.— É um prazer conhecer você Emily, já é um bom
DAVID:Tudo havia acontecido rápido demais, num dia eu estava vivendo minha vida rotineira aprendendo a viver sozinho, e no outro tudo havia mudado com uma desconhecida em minha casa. Tudo havia sido num piscar de olhos, num momento eu havia encontrado ela sendo espancada por moleques de rua e em outro ela estava ali dando o sorriso mais lindo do mundo. Eu não sei qual o propósito para as nossas vidas, não sei o que o destino nos reserva na vida um do outro, mas tem algo! A primeira vez em que a vi machucada eu coloquei em minha mente que ela era apenas uma desconhecida, eu a deixaria num hospital próximo e iria embora. Simples assim. Mas quando ela me pediu que não a levasse para o hospital eu senti algo estranho, e do nada me vi levando uma desconhecida machucada para casa. Me vi cuidando de uma desconhecida e me sentindo no dever de protegê-la. A forma como ela se diminuía. Aquilo me doía. Desde
DAVIDEu estava completamente desconcertado, não tinha como estar mais envergonhado. E vê-la só de toalha foi algo extremamente desafiador! Desviei o olhar quinhentas vezes; ela era completamente sexy, eu tinha que admitir. Não tive onde enfiar minha cara ao ver o sorriso de minha mãe, eu já sabia tudo que ela iria falar e quando ela saiu do quarto, eu respirei fundo. Queria pedir mil desculpas para a Emily, mas vê-la naquele estado não estava ajudando, eu simplesmente fechei os olhos e respirei fundo tentando dissipar a quentura que me invadiu...— Me desculpe... — Foi tudo que eu consegui dizer e antes que minha mente começasse a trabalhar mais naquela cena, eu me virei e sai do quarto. Agora a tarefa era explicar para minha mãe que ela não era minha namorada. Quando desci minha mãe estava apoiada no balcão com
DAVID:Eu fiquei ali mastigando e engolindo aquelas palavras até não terem mais efeito nenhum sobre mim, mas eu ainda podia sentir todo o arrepio pelo meu corpo quando ela sussurrou em meu ouvido. Ela estava me testando, estava me provocando. Era um desafio, um desafio tentador! A minha intenção não era dormir com ela, queria ajudá-la, protegê-la e cuidar dela, mas eu também não poderia simplesmente dizer que eu não estava tentado. Deu para perceber que ouvir aquilo me excitou e quando ela simplesmente se virou e saiu eu tive vontade de trazê-la de volta, de beijá-la, de... Engoli em seco. Não. Eu não iria dormir com ela porque eu sabia que se fizesse só estaria provando que ela era realmente apenas uma garota de programa. Eu queria provar que ela era mais do que isso, e que existia um homem capaz de enxergar todo o potencial que ela tinha fora da cama. E eu