Uma Organização criada pelo Governo para controlar a população, com a promessa de uma vida melhor, colônias foram criadas ao redor do País, mas tudo não passava de uma armadilha para subjugar a população, os transformando em cobaias de um projeto desumano. Há dez anos, Spider viu seu mundo desmoronar quando perdeu seu primeiro amor e melhor amigo para a Organização. Agora, ela faz parte da resistência; um grupo de rebeldes que lutam contra o sistema e todo a ameaça que ele representa. Mas seu verdadeiro proposito e salvar seu amor de infância, que foi transformado em um soldado frio e letal. Movida pelo desejo de salvá-lo das garras da Organização, Spider se depara com algo abominável e que precisa ser interrompido: O Projeto Fênix. O inesperado acontece e muda todo o curso de sua história. Spider se vê em um dilema; dividida entre o amor do passado e os sentimentos confusos que sente por Ilya; o líder da resistência, mas como desvendar os sentimentos conflitantes que a afligem em meio à tormenta? Confusa, com suas certezas abaladas, ela terá de tomar uma difícil decisão. E, para isso, precisará apenas se permitir… sentir!
Ler maisUm ano depoisSpiderHá um ano, nós vencemos a guerra. Todos os pontos da Organização foram destruídos. Em troca, perdemos um bom número de amigos. Pessoas que deram suas vidas pela causa.As imagens gravadas por Ilya e pelos outros comandantes abalaram o mundo todo. Viramos noticia mundial. Governantes de outros países abraçaram a nossa causa. Todos ficaram chocados com o que estava acontecendo bem debaixo de seus narizes.Com a ajuda deles, conseguimos produzir uma grande remessa do antídoto, evitando muitas baixas pelo vírus injetado para domesticar o povo das colônias.Toda uma assistência foi montada, com psicólogos e terapeutas, para ajudar essas pessoas a voltarem a viver em sociedade. Os soldados do Projeto Fênix foram levados a uma área especializada, onde tiveram os chips removidos em segurança e estão, agora
SpiderPassa a tarja pelo leitor magnético e a porta se abre. Deslizo sorrateira, descendo as escadas até o subsolo. O local não é um porão; é uma espécie de sala secreta.Escondo-me atrás de um armário e os espiono. Shadow está em frente a uma porta de vidro, junto ao General Edison e mais dois soldados.Dentro da sala, vejo o presidente Lancaster, colocando dentro de uma mala alguns papéis, não muito longe de onde ele está. Dr. Belikov coloca alguns frascos dentro de um pequeno baú.Eles estão se preparando para fugir. Lanço um rápido olhar ao redor e encontro seu veiculo de fuga: um helicóptero. "Como, diabos, vão conseguir sair daqui com isso?", penso, mas logo minha dúvida é sanada, quando vejo o teto se abrindo.Legal, agora tenho impedir que eles fujam e não tenho nenhum
Spider— Todos prontos? — pergunta Ilya, pelo ponto de ouvido que distribuiu para cada um de nós, quando nos encontramos no porto.Invadiremos a propriedade cercada por muros e proteções de última tecnologia, com sistema de câmeras de monitoramento e detector infravermelho. Agir de modo furtivo está fora de questão, então o plano de ataque envolve explodir os muros com os c4 que coloquei em alguns pontos estratégicos da grande parede de tijolos. Distribuir a bomba foi fácil. A escuridão da noite me deu cobertura, e foi de extrema facilidade fugir dos refletores posicionados em cima da torre de vigia, que vão de um lado a outro, iluminando a estrada principal e os arredores. Foi só observar por alguns minutos para fugir dos raios de luz.— Dez segundos. — aviso aos outros, escondendo-me entre a relva, com o dedo no detonador. Assim com
SpiderNão faço parte da equipe, não sou comandante. Sou apenas mais um membro da resistência. Só estive presente nessas reuniões por causa de toda a história envolvendo Shadow e o Projeto Fênix. Não tenho o direito de ficar irritada por não ter me contado sobre isso.Ele pega a primeira saída em direção à cidade, percorrendo mais alguns quilômetros até parar em frente a um pequeno hotel de paredes brancas e azuis, com flores coloridas nos parapeitos das janelas.— Bonito lugar — diz, quebrando o silêncio sepulcral que nos rodeia.Pegamos apenas as mochilas com os itens pessoais, deixando o resto dentro do veículo.— Não queremos levantar nenhuma desconfiança. Somos apenas um casal procurando um lugar para passar a noite — explica colocando o braço sobre meu
SpiderNosso grupo será dividido em duas vans. Iremos por caminhos separados, para não chamar atenção. Nosso ponto de encontro será às margens do rio, a uns dez quilômetros da sede da Organização.Durante o tempo em que carregamos os carros com suprimentos e os armamentos necessários para ir à guerra, não tive nem mesmo um vislumbre de Ilya, desde que saíra do quarto com uma carranca austera no rosto.Depois do que aconteceu, optei por deixá-lo curtir esses momentos com Ana, a única capaz de aliviar o peso em seu coração.Não sei por que saiu daquela forma abrupta. Talvez tenha ficado envergonhado de ter chorado em meus braços, apesar de duvidar muito de que seja esse o motivo.— Está tudo pronto? — questiona Ilya, chegando sorrateiro e fazendo-me saltar de surpresa.— Vo
SpiderRemexo-me na cama, inquieta. Preciso dormir um pouco, mas minha mente está um turbilhão, com o qual não consigo conciliar o sono.Teremos uma longa estrada pela frente e o descanso é essencial, mas, não importa o quanto eu tente, só consigo me virar de um lado para outro, até que desisto, empurro as cobertas para longe e me levanto, no momento em que ouço a batida frenética na porta.O som tão alto que parece que o responsável por ele vai derrubar a porta com os punhos.Ao abri-la, me deparo com Ilya, que tem uma das mãos apoiada na parede e algo escuro dançando em suas profundezas, como uma tormenta. Ele respira pesadamente.— Ilya?— Posso entrar?Dou um passo para o lado e ele passa, fechando a porta com um empurrão.— Está tudo bem? — questiono, o observando andar de um lado
SpiderSe alguém tinha alguma dúvida sobre Ilya ser um líder nato, toda ela se dissipou no momento em que reuniu a população do bunker no refeitório e expôs seu plano de ataque.Permaneço um pouco afastada, os observando.Assim como suspeitava, todos que sabem manejar uma arma se voluntariam, incluindo as mulheres. Posso ver em cada rosto a expectativa e esperança estampadas. Pela primeira vez, não será apenas uma missão para resgatar algumas poucas pessoas, será uma missão de liberdade para todos.Mesmo com todos os riscos, todos sem exceção, parecem felizes por poderem finalmente lutar contra esse sistema.O líder se move, como se um peso fosse tirado de seus ombros. Em seus olhos vejo um brilho feroz e determinado.Sei o quanto teme ir à luta, pelo medo de perder o controle. Antes, nã
SpiderSeus olhos se prendem nos meus ardentes como brasa, como se o próprio sol estivesse brilhando dentro deles.Por um momento, penso que Diablo está de volta, mas procuro dentro deles a frieza e só encontro o calor incandescente que faz minhas pernas tremerem e a umidade se formar, ao ser alvo de seu olhar faminto, como se quisesse me devorar centímetro por centímetro.— Podemos voltar ao que interessa? — indago, abrindo um mapa sobre a mesa de carvalho e evitando seu olhar.— Aqui é onde fica a sede da Organização e, segundo o soldado, foi para onde levaram Shadow — diz Ilya, circulando o local com a caneta e depois mais alguns outros pontos no mapa, totalizando cinco círculos. — Atacaremos a todos esses lugares simultaneamente.Reconheço um dos pontos como a instalação que invadi em busca de infor
SpiderIlya passou o dia inteiro grudado em Ana, até mesmo quando ela foi tirar seu sono da tarde, e só saiu do quarto quando a pequena acordou, como se temesse se afastar e perder o controle novamente.Confesso que compartilho dos seus temores. Depois de ter sido apresentada ao Diablo, não sei se estou pronta para enfrentar essa sua personalidade de novo. Preciso saber se descobriu a localização de Shadow, mas Benjamin achou melhor deixá-lo quieto por agora e, pela forma como está se comportando em torno de Ana, percebo que o doutor tem razão. Ele não está pronto para responder nenhuma pergunta.— Ele parece bem — diz Safira, sentando-se ao meu lado, na sala comum, olhando em direção a Ilya, que está sentado no chão, brincando com Ana e outras crianças com alguns blocos de montar.— Sim, ele parece &