Se esse homem soubesse que na minha vida passada as pessoas imploraram para ser detidas por mim, e ainda assim pagavam caro para ser adepto, um ou dois anos depois.
Não estaria falando essas merdas.
-- Não quero nada. Você não tem nada que eu queira, mas olha. -- esperei pelas frestas da porta.—A tuberculose é facilmente transmissível, e você tem crianças em casa. Olhando para ti vejo que já foi enfeitado. Além de querer morrer com sua esposa, quer que seus filhos morram. Você não tem nada a perder. Não sou santa, nem Deus. Mas, tenho o meu conhecimento sobre medicina.
Resultante o homem me deixou entrar, sua esposa está em estado avançado, tuberculoso milenar, perigosa e mortal, já afeta o fígado, os pulmões e a medula óssea. Tenho minhas dúvidas sobre a certeza de sua melhora. Mas, quanto ao seu marido e suas crianças que descobri terem, estão na fase inicial, tenho 100% de certeza de sua melhora.
Em outras residências, recebi a mesma resistência e desconfiança, e antes de ir para as novas casas passava para ver como estão meus pacientes.
Ter amor pelos meus pacientes, e não lhes tratar como renda, ou objeto de ostentação.
Quando mais eu avanço mais situações que me fazem lembrar da guerra aqui vive, algumas pessoas são os ossos, sua mente teimosa, não lhes deixa morrer, mas já não existem chances de melhora.
Acredito que seja doloroso, sentir nada além de dor, ver seu corpo apodrecer, não poder fazer nada, e aguardar pela hora que sua mente irá se desligar.
-- Eu posso administrar alguns medicamentos neles, mas...eles não vamos sobreviver...temos duas opções: prolongar o sofrimento deles, ou lhes conceder descanso.
Poucas famílias corajosas aceitaram a eutanasia.
O ano acabou, e eu já me sento, como nos termos de serviço.
-- Tule, você deve descansar,não sabia que concordando em te deixar ajudar os outros, ia te sobrecarregar tanto.
-- Mãe...—instalou o meu pescoço tomando o nosso café da mãe. -- Temos que ajudar os outros com aquilo que podemos. Se o senhor feudal fosse mais participativo na vida de seu próprio povo, ele iria criar abrigos para os menos desfavorecidos.
-- O senhor feudal é um fantoche do rei regente, um brinquedo. Ele não fará nada para nos ajudar.-pai.
-- Se ele não fará. Nós devemos nos ajudar. Queremos todos a mesma coisa, o nosso bem estar.
-- Se as coisas fossem assim tão fáceis, Tule. -- mãe lamenta. -- Há boatos que dizem que a família real, está envolvida com magia negra. E que todos os seus subordinados, têm de passar por um tal de ritual. Por isso, por mim, Tule, você não sai mais de casa e nem fica se arriscando. Quando eles descobrirem que tem alguém aí salvado o povo, vão mirar na nossa família. Falo-o não só por nós mas por ti.
Heresia, o corpo de Tulipa não tem muita informação relevante sobre esse mundo, apenas o fundamental. Ela, por exemplo, classificou a família real como todo vilão da história, mas, não há informações sobre o que eles fazem, ou qual é a história deles.
- Mãe, tem razão, estou nos colocando em perigo. Deixe-me sair hoje uma última vez. Já me comprometi com muitas vidas, então devo no mínimo justificar-me antes de parar.
- Tudo bem, eu entendo.
-- Mas, pai.—ele olhou para minha direção se o senhor me permite, eu tenho uma ideia.—ele fez sinal para que eu continuasse.—se não temos quem nos defenda. Devemos nos defender. Eu estive aqui, pensando, como combater a água. A água, a água contra água, dificilmente há solução, vence quem tem mais habilidade. Mas, todos sabem que a cavalaria real, tem livros, e dispõem de conhecimentos superiores. Quanto a nós. Nada. Os homens usam conforme seu instinto, e isso não é o suficiente para fazer frente ao exército.
-- Tuli, já te disse para não pensar nesses assuntos. -- mãe me repreendeu.
-- Deixe ela continuar. -- pai.
-- Então. Eu estive pensando numa arma de fogo, composta por um cano, carregador, o guarda mato, o cabo, o gatilho e a trava do gatilho, entre outros detalhes. Esses são mais eficazes que uma espada, uma lança, ou uma flash, e não há nenhum humano imune a elas. -- tirei uma folha e uma caneta, e fiz um rabisco para minha mãe ver.
-- Uau. Onde você viu isso?—mãe. Eu dei de ombros.
- A vantagem é que qualquer um pode usar. Basta treinar. Gostaria que o pai pudesse ver. Para dar sua opinião. O Pai é perfeito para fazer isso.
Ficamos em silêncio, pois todos sabemos que seria difícil meu pai fazer algo que nunca viu. Principalmente por conta de sua cegueira.
-- Eu posso não ser capaz, mas conheço outra pessoa que é, só que vivi em outro vilarejo.
-- Está falando de seu irmão marido?
--Sim. O Natus. Ele vive em outro vilarejo. --Este corpo não tem lembranças desse homem, chamado Natus, não faço ideia de quem seja. -- você não se lembra dele, porque nao o vejo já faz anos, desde que saí da guerra. Seu tio é um ferreiro, tal como eu, mas a diferença é que ele não foi a guerra.
-- Marido...-vejo que os dois ainda querem decidir se me deixam ir atrás dele ou não. Então decidi me levantar para lhes deixar a sós.
-- Ja, vou indo.
Respiro fundo assim que saiu para fora. Espero que minha mãe aceite.
Esse é o único jeito eficaz que consegui pensar. Por que de outra forma, precisaríamos de alguém que dominasse o fogo para nos ajudar, mas como o madlito rei fechou o país, e cortou as relações com outras nações, não tem como eles nos ajudarem. E isso de atravessar o mar, assim que há hereges, vai lá saber, se o facto de Heydrich ser apelidado de Leviatã, não é porque o próprio monstro marinho, está a ajudar a família real, e suas perversidades.
O que será que Heydrich está fazendo? Eu sei que ele fica em silêncio por três anos, e quando aparece, mata toda sua família, e afunda o país sobre o dilúvio.
O que será que ele está fazendo , porque o exército ele não tem. Ele por si só vale por uma legião de demônios.
- São três dias de viagem. E esse é o endereço.—meu pai, me entrega um papel, que ele mesmo desenhou os caminhos escrevendo algumas referências.-- Três dias, Tulipa. Volte o mais rápido possível, assim que fizer a arma de fogo, não se coloque em risco. Você só tem 16 anos, ainda é um bebe.—abraço minha mãe.- Tomarei cuidado. Deixei alguns medicamentos já preparados e suas funcionalidades. -- Ano passado ensinei minha mãe a ler e escrever, foi uma experiência incrível. -- a dosagem e todos os detalhes, caso alguém venha e precise.Meus pais levaram uma semana para decidir se me deixam ir ou não. Acho até que já havia decidido, só estavam me matando aqui.-- Pai.—Ele coloca sua mão em minha cabeça.-- Benção. Que Deus em qual acredito te ajude, porque naqueles que depositei minha fé, me abandonaram faz tempo.—ele segura suas mãos.--as almas têm cores, e as pessoas em geral a cor de sua alma é branca, quando a pessoa é muito perversa mas ao mesmo tempo tem um requisito de bondade, a au
Me coloco de pé, mesmo sentindo zumbido em meu ouvido, pego nas minhas coisas e devolvo na sacola. Olho para o corpo morto do homem e não sinto culpa. Como se meu coração estivesse gelado.Me aproximo de seu corpo, e começo a lhe revistar. Ele tem algumas moedas de bronze e de prata, pego para mim, como o pagamento da comida que ele comeu.Me faço alguns curativos, e tomo analgesico.Na outra margem vejo uma pequena lagoa. Não tenho forças para caminhar e me sinto suja com o sangue desse homem grudado em mim. Caminho em direção a lagoa. Que nem levou vinte minutos, mas me afastou da minha trilha. Caiu de frente a ela, olho para o meu reflexo na água, e tem sangue colado em meu pescoço e minha bochecha. Primeiro bebo a água e depois limpo meu rosto.Me sinto fraca e tonta. Me escorro até outra árvore. Abraço ao que restou da lâmina da espada e apago.(...)Lá fora é tão barulhoÉ como se meus ouvidos estivessem sangrandoO que eu estou sentindo?A luz é tão brilhanteÉ como se eu es
-- Aqui está. -- ele coloca a comida na mesa. Puxa a cadeira e se senta. Seus cabelos azuis escuros são curtos, seus olhos são da mesma intensidade, azul num tom escuro. Seu tom de pele é claro, e por estar com uma camisa de interior, consigo ver marcas em seu pescoço e seu antebraço.Será que são tatuagens? Mas que tipo tatuagem são essas que parecem apenas manchas jogadas ao acaso. Manchas negras.Chá de menta. Acompanhado com bolo de maçã.-- Então, porque estava dormindo na lagoa?—Jasmim.- Parei para descansar, e acabei pegando no sono.-- Essa zona é perigosa. Não deveria andar por aí, sozinha.-- Eu sei.-coço minha bandana que faz comichão. -- mas, tenho de chegar a casa de meu tio, de um jeito ou de outro. Meu tio vive no vilarejo.- Vai visitar? Não deveria ir com seus pais?- Quis ir sozinha. Já sou praticamente uma adulta.Comemos em silêncio. Heydrich, não disse nada. Mas eu gostaria de entender o que ele e sua mãe estão fazendo aqui no meio do nada. Assim que terminamos
HEYDRICH BARUCHNão imaginei que voltaria a cruzar com aquela criança que parecia conhecer todos os meus pecados, e me tratava como se fosse do meu tamanho. Quando a familia dela me achou eu estava fugindo dos homens que meu pai mandou para me matar.A minha história é insana, e talvez impossível de se compreender. Eu não gosto de pensar nela, porque me faz sentir menos humano. E me faz pensar que passei pela vida, apenas para ser usado como um objeto.Meu avô morreu, e o trono, ao invés de passar para minha mãe, e o seu marido, o irmão do meu avô, matou o marido da minha mãe, e propôs que se casassem para que assumissem o trono juntos. Mas, ele não é um homem confiável, já feriu minha mãe de diversas formas, matou o pai dela e o seu marido. Eu servia ao exército do meu avô, mas com a sua morte, muitos homens que estavam ao seu lado passaram para o lado do meu tio. Passando assim, a caçar a mim e a minha mãe. Levei muito tempo para despistar e camuflar minha presença.Ele quer o reino
Heydrich conseguiu captar completamente aquilo que lhe pedi. Uma AK 47.- Então para usar isso. Eu tenho que apontar o alvo, e puxar o gatilho.—o projétil perfurou uma árvore.Tive aulas de tiro ao alvo, por causa da posição que estava ocupando na minha vida passada. Mas, não cheguei a usar isso contra ninguém.Heydrich se aproxima e estica a mão. Ele pega na arma, a encara milimetricamente. Depois atirar nos pássaros que estavam voando.-- Ei.—bato na mao dele.— não teste em animais. Você é maluco?—Corri para ir ver as aves, ele acertou cinco, direto na cabeça e sem errar. Ele tem uma mira muito boa. -- escuta aqui. Você não usa isso para testar em animais okay? –pegou na arma.-- Estava pensando no jantar de hoje. -- ele começa a recolher as aves. Agarrando-os pelas asas. -- vai me agradecer por colocar comida na mesa.Ele não quis minha ajuda para cozinhar. eles fez tudo sozinho como antes. E até a hora que o jantar ficou pronto, Jasmim já havia acordado, perguntei como ela estava
HEYDRICH BARUCHEstranha e inconsequente, é isso que ela é.Quando ela me deu aqueles tapas, houve um corte de transmissão sensorial. Como se ela interferisse nas ondas magnéticas. Sempre que adormeço a maldição se torna forte. Porque para mim ainda é difícil ter controle total sobre minha mente inconsciente que foi transportada para outro canto do mundo.Nas cavernas onde Leviatã se esconde. Eu tenho essas marcas por culpa do meu pai, que antes do meu nascimento, fez um pacto sacrificado a mim,e a minha mãe, para que ele possa ter o controle de todo o país. Como eu era apenas um bebe, acabei ficando com a maior parte da maldição enquanto minha mãe uma pequena parte que se formou em seu pé, e casou aquele tumor. A minha está em volta do meu coração, se estendendo pelo meu ombro, e antebraço.Procurei formas de tirar a maldição mas não encontrei nenhum método adequado além de saber que essa coisa encurta minha vida.O meu progenitor também tem a marca. Essa marca amplia nossos podere
O homem com aspecto de peixe tentou me segurar, e eu corri. Recordo-me da arma que guardei na sacola, com intenção de mostrar ao meu tio caso o encontrasse. E não exitei em atirar contra o homem. Meu tiro não foi certeiro atingido seu ombro. O homem sentiu dor mas não sangrou.-- Essa garota é uma anomalia aqui, deixe-me levá-la. --ouço Netuno dizer.- Você também é uma anomalia. Ainda pior, quer receber sacrifícios.-- Sou um Deus.-- Você é uma criatura defeituosa, que sequer merece a existência que lhe advém.-- Morra.-- Voce nao pode me matar, esqueceu? Eu tenho uma parte de seus poderes.Dei vários tiros nesse homem peixe, mas ele não morreu. Então ouço uma explosão. Do nada começa a chover, mas a cor da chuva é escura. Como se fosse tinta. No mesmo instante, o dragão azul claro come a cabeça do homem peixe que me seguia.Estou exausta, ofegante, e completamente confusa.-- Não é hora para descansar. Temos que voltar para casa.—olho para Heydrich que está sem nenhum corte, ou fe
HEYDRICH BARUCHAssim que me sentei na cama, ela entrou. Não está com a mesma cara confiante de antes, parece preocupada. Tirou suas botas e encostou na cabeceira da cama. Cobriu o edredom até a cintura, com os pés dobrados, abolindo sua cabeça em seus joelhos.-- De onde você vem?-- Se eu te contar voce vai me matar.—disse num tom baixo.-- Se eu quisesse te matar já teria feito. E olha que você é muito irritante, e me dá motivos para querer te matar.—o quarto foi preenchido pelo seu riso.- Então acho que você gosta de mim.—disse num tom meloso para me irritar. A encarei de cima para baixo, e ela riu, colocando a mão na cabeça.—você sabe mesmo como diminuir a autoestima de uma mulher.—Tirando a minha mãe, ela é a única pessoa que se sente à vontade na minha presença. Porque até meu avô, que dizia gostar de mim e que queria que eu fosse seu sucessor, começou a ficar desconfortável na minha presença, quando soube que dominei a alquimia, e que porto um terço dos poderes do rei do mar