Capítulo 06.

- São três dias de viagem. E esse é o endereço.—meu pai, me entrega um papel, que ele mesmo desenhou os caminhos escrevendo algumas referências.

-- Três dias, Tulipa. Volte o mais rápido possível, assim que fizer a arma de fogo, não se coloque em risco. Você só tem 16 anos, ainda é um bebe.—abraço minha mãe.

- Tomarei cuidado. Deixei alguns medicamentos já preparados e suas funcionalidades. -- Ano passado ensinei minha mãe a ler e escrever, foi uma experiência incrível. -- a dosagem e todos os detalhes, caso alguém venha e precise.

Meus pais levaram uma semana para decidir se me deixam ir ou não. Acho até que já havia decidido, só estavam me matando aqui.

-- Pai.—Ele coloca sua mão em minha cabeça.

-- Benção. Que Deus em qual acredito te ajude, porque naqueles que depositei minha fé, me abandonaram faz tempo.—ele segura suas mãos.--as almas têm cores, e as pessoas em geral a cor de sua alma é branca, quando a pessoa é muito perversa mas ao mesmo tempo tem um requisito de bondade, a aura em volta dela é escura, e lá fundou um ponto branco.—acho que foi isso que ele viu em Heydrich ao ponto de lhe ajudar. -- mas quando uma pessoa é só na,sua alma é completamente negra.—ele faz uma pausa.—a sua é diferente de todas essas porque é dourada, tal como o sol.  Você é especial e acredito que trará mudanças para nossa história.--me pergunto se ele sabe que eu não sou realmente a filha que ele gerou.—volte para nós raio de luz.

Abraço-o com força. Independentemente dele saber ou não. Ele me ama por aquilo que eu sou. Eu não te deixarei morrer pai e mãe.

-- Tome, essa espada. Se cruzar com ladrões,fuja. Se não der, não morra. É uma ordem.

Recebo a espada que ele fez, e embrulhou em panos para que ninguém veja o que  é.

Depois das despedidas, pegou os mantimentos, e saio em direção a minha jornada. Mudar o fim desastroso da minha família e do meu povo. Leio o mapa,  e ele é bastante compreensível, só que a parte de cortar a floresta sozinha me faz engolir em seco.

(...)

Me vejo dentro da floresta boreal, e o frio me gelando as entranhas. Porque que nossa floresta não podia ser que nem do país vento que é tropical, ou do fogo que é temperado. Mas não. Deus olhou para o povo da água e disse, vai ficar com a boreal marcada pela uniformidade vegetal, com presença  de árvores de grande porte, que possuem formato de cones, e suas folhas tipicamente aciculifoliadas. As árvores estão cobertas de neve, sem falar das próprias trilhas. A maior parte dos animais estão hibernando, então não tenho de me preocupar com o ataque surpresa de algum curso, ou animal feroz.

Eu pensei que ia ser fácil mas o frio, é descomunal, e quando a noite chegou, engoli em seco, me sentando sobre a neve gelada,

Que medo.

Não se ouve nada além dos sussurros do inverno.

Abracei a espada do meu pai e fechei os olhos. Não porque quero dormir, mas sim porque não quero me deparar com olhos noturnos, e ter algum tipo de surto psicótico. Posso lidar com a minha própria escuridão, mas não com a escuridão do mundo.

Acordei, ao sentir o sol picando meu rosto, e a neve, derretendo para cima da  minha cabeça. Me afastei, mesmo estando com a roupa já ensopada, arrumei meus fios loiros,  sacudi minhas vestes, peguei na sacola tirei uma fatia de bolo que minha fez e comi enquanto andava.

Limpo minhas mãos com a neve que ainda resta no chão, e depois enxugo minhas mãos com o meus sobretudo. A diante de mim, aparece um homem. Ele fica surpreso ao me ver, e eu apenas desviei o olhar fingindo não lhe ver. Continuou andando, mas ao invés de seguir seu caminho, o cara fica na minha frente. Desvio e ele me segue.

-- Está perdida?

-- Se eu estivesse, eu te diria. -- ele me dá um tapa e cai no chão, tonta.

Ele começa a pegar minha sacola derrubando tudo que tem dentro, ele se foca na comida, e ignora os papéis, os frascos, de medicamentos. Pega na comida que minha mãe preparou para mim, com e como um animal selvagem.

Desgraçado.

-- Como aqui, e depois como a ti. Uma donzela virgem, para um bárbaro em nada. Parece até uma história de amor, né?

Puxo a espada que meu pai me deu me colocando em pé, então chutar sua canela.

- Odeio estupradores.

-- VADIA.—rosna mandando um jato de água na minha direção.

-- Vadia é seu pau.—tiro os panos da espada e apontou para ele.- se me tocar eu vou te cortar.

-- Uma mulher me corta. Eu.—a neve se torna escorregadia sobre os pés, enquanto ele j**a jatos de água em minha direção, estou em completo desequilíbrio, se não fosse as aulas de patins que tive na outra vida, já era para mim. Só que eu não sei usar uma espada, fico abanando ela de um lado para o outro. O homem j**a água na minha espada e depois a congela, fazendo ela se quebrar.

Ele me dá uma rasteira, me derrubando no chão. Caiu de costas, batendo meu crânio contra o chão frio. Ele se coloca em cima de mim, me dá um tapa, me deixando ainda mais tonta, me dá outro e começo a ver estrelas.

Tantei pelo chão até encontrar restos da minha espada, então enfiou no pescoço do homem, fazendo ele cair morto em cima de mim.

-- OH,DEUS.—digo com lágrimas nos olhos sem forças para me mover.

Seria estranho se a minha redenção fosse assim tão fácil.

Com muito esforço tiro o corpo morto de cima de mim. Já é meio-dia e toda neve já foi neutralizada, não há nada com que possa me limpar. Estou manchada de sangue.

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