- São três dias de viagem. E esse é o endereço.—meu pai, me entrega um papel, que ele mesmo desenhou os caminhos escrevendo algumas referências.
-- Três dias, Tulipa. Volte o mais rápido possível, assim que fizer a arma de fogo, não se coloque em risco. Você só tem 16 anos, ainda é um bebe.—abraço minha mãe.
- Tomarei cuidado. Deixei alguns medicamentos já preparados e suas funcionalidades. -- Ano passado ensinei minha mãe a ler e escrever, foi uma experiência incrível. -- a dosagem e todos os detalhes, caso alguém venha e precise.
Meus pais levaram uma semana para decidir se me deixam ir ou não. Acho até que já havia decidido, só estavam me matando aqui.
-- Pai.—Ele coloca sua mão em minha cabeça.
-- Benção. Que Deus em qual acredito te ajude, porque naqueles que depositei minha fé, me abandonaram faz tempo.—ele segura suas mãos.--as almas têm cores, e as pessoas em geral a cor de sua alma é branca, quando a pessoa é muito perversa mas ao mesmo tempo tem um requisito de bondade, a aura em volta dela é escura, e lá fundou um ponto branco.—acho que foi isso que ele viu em Heydrich ao ponto de lhe ajudar. -- mas quando uma pessoa é só na,sua alma é completamente negra.—ele faz uma pausa.—a sua é diferente de todas essas porque é dourada, tal como o sol. Você é especial e acredito que trará mudanças para nossa história.--me pergunto se ele sabe que eu não sou realmente a filha que ele gerou.—volte para nós raio de luz.
Abraço-o com força. Independentemente dele saber ou não. Ele me ama por aquilo que eu sou. Eu não te deixarei morrer pai e mãe.
-- Tome, essa espada. Se cruzar com ladrões,fuja. Se não der, não morra. É uma ordem.
Recebo a espada que ele fez, e embrulhou em panos para que ninguém veja o que é.
Depois das despedidas, pegou os mantimentos, e saio em direção a minha jornada. Mudar o fim desastroso da minha família e do meu povo. Leio o mapa, e ele é bastante compreensível, só que a parte de cortar a floresta sozinha me faz engolir em seco.
(...)
Me vejo dentro da floresta boreal, e o frio me gelando as entranhas. Porque que nossa floresta não podia ser que nem do país vento que é tropical, ou do fogo que é temperado. Mas não. Deus olhou para o povo da água e disse, vai ficar com a boreal marcada pela uniformidade vegetal, com presença de árvores de grande porte, que possuem formato de cones, e suas folhas tipicamente aciculifoliadas. As árvores estão cobertas de neve, sem falar das próprias trilhas. A maior parte dos animais estão hibernando, então não tenho de me preocupar com o ataque surpresa de algum curso, ou animal feroz.
Eu pensei que ia ser fácil mas o frio, é descomunal, e quando a noite chegou, engoli em seco, me sentando sobre a neve gelada,
Que medo.
Não se ouve nada além dos sussurros do inverno.
Abracei a espada do meu pai e fechei os olhos. Não porque quero dormir, mas sim porque não quero me deparar com olhos noturnos, e ter algum tipo de surto psicótico. Posso lidar com a minha própria escuridão, mas não com a escuridão do mundo.
Acordei, ao sentir o sol picando meu rosto, e a neve, derretendo para cima da minha cabeça. Me afastei, mesmo estando com a roupa já ensopada, arrumei meus fios loiros, sacudi minhas vestes, peguei na sacola tirei uma fatia de bolo que minha fez e comi enquanto andava.
Limpo minhas mãos com a neve que ainda resta no chão, e depois enxugo minhas mãos com o meus sobretudo. A diante de mim, aparece um homem. Ele fica surpreso ao me ver, e eu apenas desviei o olhar fingindo não lhe ver. Continuou andando, mas ao invés de seguir seu caminho, o cara fica na minha frente. Desvio e ele me segue.
-- Está perdida?
-- Se eu estivesse, eu te diria. -- ele me dá um tapa e cai no chão, tonta.
Ele começa a pegar minha sacola derrubando tudo que tem dentro, ele se foca na comida, e ignora os papéis, os frascos, de medicamentos. Pega na comida que minha mãe preparou para mim, com e como um animal selvagem.
Desgraçado.
-- Como aqui, e depois como a ti. Uma donzela virgem, para um bárbaro em nada. Parece até uma história de amor, né?
Puxo a espada que meu pai me deu me colocando em pé, então chutar sua canela.
- Odeio estupradores.
-- VADIA.—rosna mandando um jato de água na minha direção.
-- Vadia é seu pau.—tiro os panos da espada e apontou para ele.- se me tocar eu vou te cortar.
-- Uma mulher me corta. Eu.—a neve se torna escorregadia sobre os pés, enquanto ele j**a jatos de água em minha direção, estou em completo desequilíbrio, se não fosse as aulas de patins que tive na outra vida, já era para mim. Só que eu não sei usar uma espada, fico abanando ela de um lado para o outro. O homem j**a água na minha espada e depois a congela, fazendo ela se quebrar.
Ele me dá uma rasteira, me derrubando no chão. Caiu de costas, batendo meu crânio contra o chão frio. Ele se coloca em cima de mim, me dá um tapa, me deixando ainda mais tonta, me dá outro e começo a ver estrelas.
Tantei pelo chão até encontrar restos da minha espada, então enfiou no pescoço do homem, fazendo ele cair morto em cima de mim.
-- OH,DEUS.—digo com lágrimas nos olhos sem forças para me mover.
Seria estranho se a minha redenção fosse assim tão fácil.
Com muito esforço tiro o corpo morto de cima de mim. Já é meio-dia e toda neve já foi neutralizada, não há nada com que possa me limpar. Estou manchada de sangue.
Me coloco de pé, mesmo sentindo zumbido em meu ouvido, pego nas minhas coisas e devolvo na sacola. Olho para o corpo morto do homem e não sinto culpa. Como se meu coração estivesse gelado.Me aproximo de seu corpo, e começo a lhe revistar. Ele tem algumas moedas de bronze e de prata, pego para mim, como o pagamento da comida que ele comeu.Me faço alguns curativos, e tomo analgesico.Na outra margem vejo uma pequena lagoa. Não tenho forças para caminhar e me sinto suja com o sangue desse homem grudado em mim. Caminho em direção a lagoa. Que nem levou vinte minutos, mas me afastou da minha trilha. Caiu de frente a ela, olho para o meu reflexo na água, e tem sangue colado em meu pescoço e minha bochecha. Primeiro bebo a água e depois limpo meu rosto.Me sinto fraca e tonta. Me escorro até outra árvore. Abraço ao que restou da lâmina da espada e apago.(...)Lá fora é tão barulhoÉ como se meus ouvidos estivessem sangrandoO que eu estou sentindo?A luz é tão brilhanteÉ como se eu es
-- Aqui está. -- ele coloca a comida na mesa. Puxa a cadeira e se senta. Seus cabelos azuis escuros são curtos, seus olhos são da mesma intensidade, azul num tom escuro. Seu tom de pele é claro, e por estar com uma camisa de interior, consigo ver marcas em seu pescoço e seu antebraço.Será que são tatuagens? Mas que tipo tatuagem são essas que parecem apenas manchas jogadas ao acaso. Manchas negras.Chá de menta. Acompanhado com bolo de maçã.-- Então, porque estava dormindo na lagoa?—Jasmim.- Parei para descansar, e acabei pegando no sono.-- Essa zona é perigosa. Não deveria andar por aí, sozinha.-- Eu sei.-coço minha bandana que faz comichão. -- mas, tenho de chegar a casa de meu tio, de um jeito ou de outro. Meu tio vive no vilarejo.- Vai visitar? Não deveria ir com seus pais?- Quis ir sozinha. Já sou praticamente uma adulta.Comemos em silêncio. Heydrich, não disse nada. Mas eu gostaria de entender o que ele e sua mãe estão fazendo aqui no meio do nada. Assim que terminamos
HEYDRICH BARUCHNão imaginei que voltaria a cruzar com aquela criança que parecia conhecer todos os meus pecados, e me tratava como se fosse do meu tamanho. Quando a familia dela me achou eu estava fugindo dos homens que meu pai mandou para me matar.A minha história é insana, e talvez impossível de se compreender. Eu não gosto de pensar nela, porque me faz sentir menos humano. E me faz pensar que passei pela vida, apenas para ser usado como um objeto.Meu avô morreu, e o trono, ao invés de passar para minha mãe, e o seu marido, o irmão do meu avô, matou o marido da minha mãe, e propôs que se casassem para que assumissem o trono juntos. Mas, ele não é um homem confiável, já feriu minha mãe de diversas formas, matou o pai dela e o seu marido. Eu servia ao exército do meu avô, mas com a sua morte, muitos homens que estavam ao seu lado passaram para o lado do meu tio. Passando assim, a caçar a mim e a minha mãe. Levei muito tempo para despistar e camuflar minha presença.Ele quer o reino
Heydrich conseguiu captar completamente aquilo que lhe pedi. Uma AK 47.- Então para usar isso. Eu tenho que apontar o alvo, e puxar o gatilho.—o projétil perfurou uma árvore.Tive aulas de tiro ao alvo, por causa da posição que estava ocupando na minha vida passada. Mas, não cheguei a usar isso contra ninguém.Heydrich se aproxima e estica a mão. Ele pega na arma, a encara milimetricamente. Depois atirar nos pássaros que estavam voando.-- Ei.—bato na mao dele.— não teste em animais. Você é maluco?—Corri para ir ver as aves, ele acertou cinco, direto na cabeça e sem errar. Ele tem uma mira muito boa. -- escuta aqui. Você não usa isso para testar em animais okay? –pegou na arma.-- Estava pensando no jantar de hoje. -- ele começa a recolher as aves. Agarrando-os pelas asas. -- vai me agradecer por colocar comida na mesa.Ele não quis minha ajuda para cozinhar. eles fez tudo sozinho como antes. E até a hora que o jantar ficou pronto, Jasmim já havia acordado, perguntei como ela estava
HEYDRICH BARUCHEstranha e inconsequente, é isso que ela é.Quando ela me deu aqueles tapas, houve um corte de transmissão sensorial. Como se ela interferisse nas ondas magnéticas. Sempre que adormeço a maldição se torna forte. Porque para mim ainda é difícil ter controle total sobre minha mente inconsciente que foi transportada para outro canto do mundo.Nas cavernas onde Leviatã se esconde. Eu tenho essas marcas por culpa do meu pai, que antes do meu nascimento, fez um pacto sacrificado a mim,e a minha mãe, para que ele possa ter o controle de todo o país. Como eu era apenas um bebe, acabei ficando com a maior parte da maldição enquanto minha mãe uma pequena parte que se formou em seu pé, e casou aquele tumor. A minha está em volta do meu coração, se estendendo pelo meu ombro, e antebraço.Procurei formas de tirar a maldição mas não encontrei nenhum método adequado além de saber que essa coisa encurta minha vida.O meu progenitor também tem a marca. Essa marca amplia nossos podere
O homem com aspecto de peixe tentou me segurar, e eu corri. Recordo-me da arma que guardei na sacola, com intenção de mostrar ao meu tio caso o encontrasse. E não exitei em atirar contra o homem. Meu tiro não foi certeiro atingido seu ombro. O homem sentiu dor mas não sangrou.-- Essa garota é uma anomalia aqui, deixe-me levá-la. --ouço Netuno dizer.- Você também é uma anomalia. Ainda pior, quer receber sacrifícios.-- Sou um Deus.-- Você é uma criatura defeituosa, que sequer merece a existência que lhe advém.-- Morra.-- Voce nao pode me matar, esqueceu? Eu tenho uma parte de seus poderes.Dei vários tiros nesse homem peixe, mas ele não morreu. Então ouço uma explosão. Do nada começa a chover, mas a cor da chuva é escura. Como se fosse tinta. No mesmo instante, o dragão azul claro come a cabeça do homem peixe que me seguia.Estou exausta, ofegante, e completamente confusa.-- Não é hora para descansar. Temos que voltar para casa.—olho para Heydrich que está sem nenhum corte, ou fe
HEYDRICH BARUCHAssim que me sentei na cama, ela entrou. Não está com a mesma cara confiante de antes, parece preocupada. Tirou suas botas e encostou na cabeceira da cama. Cobriu o edredom até a cintura, com os pés dobrados, abolindo sua cabeça em seus joelhos.-- De onde você vem?-- Se eu te contar voce vai me matar.—disse num tom baixo.-- Se eu quisesse te matar já teria feito. E olha que você é muito irritante, e me dá motivos para querer te matar.—o quarto foi preenchido pelo seu riso.- Então acho que você gosta de mim.—disse num tom meloso para me irritar. A encarei de cima para baixo, e ela riu, colocando a mão na cabeça.—você sabe mesmo como diminuir a autoestima de uma mulher.—Tirando a minha mãe, ela é a única pessoa que se sente à vontade na minha presença. Porque até meu avô, que dizia gostar de mim e que queria que eu fosse seu sucessor, começou a ficar desconfortável na minha presença, quando soube que dominei a alquimia, e que porto um terço dos poderes do rei do mar
TULIPA.Não acredito no que estou ouvindo. Eu já achava a família real estranha, mas não pensei que era tanto assim, e que Jasmim e Heydrich, foram vítimas de uma situação tão desumana. Heydrich, me contou que depois do casamento de sua mãe, com o Ministro Castilho, o tio de sua mãe, Lamech, irmão do rei Tulio. Lamech aproveitou num dos dias que Castilho havia feito viagem a outra região do país, alegando ir visitar sua sobrinha. A tomou à força e a engravidou. Jasmim não contou a ninguém por causa das ameaças que recebia de seu tio, dizia que ia lhe arrancar a criança, e seria lavada em público por adultério. No sétimo mês de gravidez, a mulher com quem Lamech havia se casado, convidou Jasmim para uma festa do chá, em seu palácio. Como não podia fazer desfeita a mulher de seu tio, por causa da etiqueta social, Jasmim aceitou.Chegando lá, a mulher de seu tio não estava. Lamech a guiou ate uma sala subterrania onde magos negros lhes aguardavam para o ritual.Nem depois disso Jasmim p