O que fazer quando a vida lhe arranca alguém importante? E quando você descobre que seu vizinho é muito mais do que apenas um amigo? Para Rebecca, uma jovem que perdeu sua mãe e enfrenta um luto profundo, essas perguntas se tornam dolorosamente reais. Após a morte da mãe, Rebecca descobre um segredo que muda sua vida: Antony, seu vizinho e confidente, é na verdade seu meio-irmão. E o mistério não para por aí. Antony, que sempre soube da identidade de seu pai—um influente mafioso—revela que ele e Rebecca são filhos de um homem envolvido com o crime organizado. A verdade é revelada quando a máfia começa a se interessar por Rebecca, e Antony é designado para protegê-la. Com sua vida virada de cabeça para baixo, Rebecca é forçada a enfrentar uma nova realidade de segredos e perigos. Enquanto tenta entender seu passado e se adaptar a um futuro incerto, ela deve lidar com a revelação de que seu mundo está interligado com o crime e o poder. Rebecca embarca em uma jornada de autodescoberta, confrontando o legado sombrio de seu pai e lutando para encontrar seu lugar em um cenário de alta tensão e intriga
Ler maisJá estava na hora de tudo explodirLia acordou sentindo-se tonta, com a visão um pouco embaçada. Uma dor forte na cabeça a fez tentar levar a mão até a região afetada, mas ela não conseguiu. Arregalou os olhos ao perceber que estava amarrada a uma cadeira.Levantou a cabeça lentamente, vendo que estava de frente para uma parede branca. Tentou se mover, ansiosa para se soltar.— Pare de tentar. Não vai conseguir.Ela congelou ao ouvir a voz masculina que reconhecia muito bem. Tentou usar toda a força que tinha para se libertar, mas não obteve sucesso. A cadeira foi virada, e ela o viu diante dela.— Seu desgraçado!Lia xingou com muita raiva, mas ele apenas sorriu e, com calma, tapou a boca dela com uma fita adesiva, antes de voltar a se sentar para ler uma revista.Lia começou a se mover na cadeira, tentando a todo custo se soltar. Nenhum de seus movimentos bruscos a ajudou a escapar das amarras.— Já falei que
A última traição Giovanni saiu do hospital tranquilamente, atravessou a rua e entrou na floricultura em frente. De dentro da loja, ele observava toda a movimentação da rua.Havia alguns clientes na loja. Giovanni andava de um lado para o outro, parecendo indeciso, mas, na verdade, aguardava notícias.— Senhor, posso ajudá-lo? — perguntou o jovem atendente, sorrindo simpaticamente para Giovanni.— Ah, claro! Só um momento, minha filha está respondendo — disse Giovanni, mostrando o celular. — Não quero errar dessa vez.— Tudo bem, fique à vontade.O atendente saiu para atender duas senhoras que haviam acabado de entrar. O celular de Giovanni vibrou, indicando novas mensagens.Rebecca: "Terminamos."Lorenzo: "Tudo feito."Matteo: "Trabalho feito."Giovanni sorriu ao ver as mensagens. Caminhou até o balcão e chamou o atendente.— Oi, amigo, minha filha respondeu. — disse de forma amigável.
A morte do inimigo Alguns dias se passaram, e Victor continuava a busca por qualquer pista de Rebecca. A falta de notícias estava deixando-o à beira da loucura.Na fazenda, a rotina seguia tranquila, com tudo acontecendo conforme o planejado. Mesmo com Matteo ferido, o que havia atrasado um pouco a viagem, as coisas ainda estavam indo bem.Rebecca vinha melhorando constantemente suas habilidades. Agora, já sabia lidar com ferimentos mais graves, conseguia se virar com poucas opções de ferramentas e estava mais forte. Além disso, estava se tornando mais fria. Seu olhar havia mudado, e todos perceberam. Era como se, agora, fosse completamente uma Catalano. Seus olhos, que antes carregavam doçura, agora transmitiam mistério. Quem não a conhecesse jamais saberia o que ela estava prestes a fazer.Giovanna se orgulhava da filha, especialmente da frieza que começava a surgir. Antony, por outro lado, ficou preocupado, achando que ela havia mudado demais.
O início da queda Antony chegou e se afastou do barulho que vinha dos fundos.Seguiu em direção à pequena reunião alegre e se juntou a eles.O que começou como uma fuga da cozinha, para que Giovanni conversasse com Matteo, virou um momento descontraído.Trocas de ideias, histórias antigas e risadas.Foi, de fato, o momento perfeito para descansar.Como estavam escondidos, não havia pressa para nada. Aproveitariam os dias e planejariam os próximos passos sem pressa.Matteo passou o braço em volta do pescoço de Antony, puxando-o um pouco para longe.— Eu devia ter falado com você antes — começou Antony.— Concordo — falou sério.— Eu gosto dela, Tony. Gostei dela quando ainda estávamos na mansão.— Desde a mansão? — perguntou, surpreso.— Quando eu vi sua irmã pela primeira vez, achei que ela era a mulher mais linda que já vi. Quando ela atirou em Tadeu, me surpreendeu.— Surpreendeu a to
O lugar onde pertenço Antony levantou-se e saiu, já estava atrasado. Ao passar pela porta, viu que Rebecca vinha correndo atrás dele. Quando ele se virou, ela praticamente se jogou em seus braços, abraçando-o com força. Ele retribuiu o abraço. Parecia que não se viam há décadas.— Eu não vou machucá-lo. Gosto dele e prometo tomar mais cuidado — disse ela, com um tom sério.— Tudo bem — respondeu ele, com um sorriso.Ela se afastou, sorrindo timidamente, e subiu na moto, indo embora. Rebecca ficou ali, observando-o partir, até que ele desapareceu de vista. Então, entrou na casa e foi direto para o quarto, onde Matteo estava sentado na cama.— É estranho dormir tanto assim — disse ele, vendo-a entrar.— São os remédios, você sabe. Precisa descansar. — ela se aproximou dele e olhou seu rosto. As olheiras, sempre visíveis, estavam mais suaves, mesmo com poucas horas de descanso. Ela sorriu. — Podemos tentar encontrar formas de dormi
Entre a família e os negócios Homens de Victor Milani passaram a noite inteira procurando por Rebecca, mas nenhum rastro foi encontrado, o que deixou Victor profundamente irritado.— Como assim não acharam nada? — gritou Victor, a raiva evidente em sua voz.— Revistamos tudo atrás dela. — respondeu um de seus homens, tentando manter a calma.— Encontrem essa vagabunda! — gritou ele, arremessando o copo que segurava longe, com fúria.Os homens saíram novamente em busca de qualquer pista que pudesse acalmar a ira de Victor. Ele estava visivelmente agitado. Nos últimos tempos, muitos problemas haviam surgido: familiares mortos, sua mãe agredida, e a recente inauguração de sua boate, que havia sido atacada. Era uma sequência de tragédias acontecendo simultaneamente.Além disso, Victor se preocupava com a saúde de seu pai, Augusto Milani, que estava debilitado.Augusto envelhecera, sua saúde havia se deteriorado com o tempo.
Explosão de ódio Giovanni ficou perdido em seus pensamentos.Lá embaixo, seus irmãos conversavam sobre o rumo que as coisas poderiam tomar.— Há quanto tempo Matteo está conosco? Sempre foi leal a Giovanni, o tem como Deus. Não iria tratar a filha do homem que o acolheu como uma vagabunda — disse Maurício.— Mas ele se envolveu. Deveria ter dito a Giovanni sobre seu interesse — respondeu Lorenzo.— Vocês não viam como ele a tratava? Totalmente seco e, muitas vezes, agia com grosseria. Estava tentando se manter distante, isso era bem notório — disse Marco.— Como você consegue ler tão bem as pessoas? — perguntou Lorenzo.— Nem eu sei, meu irmão. Mas, de qualquer forma, não temos muito o que fazer. Amanhã, Giovanni vai resolver isso — respondeu Marco.— Uma coisa é certa: nunca a vi tão preocupada com alguém antes. Rebecca nunca se importou com homem algum — disse Maurício.— Vamos deixar que Giovanni tome a
A verdade não dita Tiros ecoaram enquanto ela corria em direção a Matteo, que tinha se refugiado atrás do carro para se proteger. Rebecca estava toda arrebentada, mas não se deu por vencida. Matteo atingiu três deles e Rebecca um. Entraram no carro e saíram depressa do local.— Eu falei para seguir a porra do plano! — falou, furioso.— Ela estava lá, Matteo.— Eu te disse, e você falou que seguiria o plano, Rebecca! Que merda!— Ela sabe quem eu sou, foi atrás de mim!Matteo a olhou e levou a mão à barriga; ele havia tomado um tiro. A camisa, manchada de sangue, ficou ainda mais escura. Ele parou o carro bruscamente. Rebecca ajudou-o a sentar no lugar dela, deu a volta no carro, pegou o primeiro pano que viu ao abrir a mala e colocou sobre o ferimento, enquanto começou a dirigir.— Vamos para o ponto de encontro — disse Matteo.— Tá louco? Não vai dar, olha como você está!— Rebecca, por favo
Rastro de fúria Estava chovendo muito, Matteo estava com lama até os joelhos, ao tentar sair acabou afundando deixando a lama na cintura.Parou por um instante e viu de longe um carro vir em sua direção, passou por ele jogando lama em seu rosto e seguiu em frente.Matteo achou uma raiz e se esticou até alcançá-la, segurou firme e começou a fazer força para sair da lama, aos poucos estava saindo. Tiros ecoaram, depois ouviu cantada de pneus, já livre da lama se pôs de pé a sua frente havia árvores e mato, começou a andar na direção de onde ouviu os tiros, avistou a oficina, começou a correr, quanto mais corria mais longe a oficina ficava.— Matteo, Matteo! — Rebecca o sacudia.Ele abriu os olhos. Era só mais um dos seus pesadelos.— Estava se mexendo muito. Falou até enquanto dormia.Ele levantou-se, foi ao banheiro e tomou uma ducha. Ao sair, Rebecca estava esperando por ele, sentada na cama. Ele jogou a toalha no canto e se deitou novamente, desta vez de costas para ela.— Me deixa