Catherine Fairway era uma jovem do reino de Cannehor e vivia uma vida normal na fazenda de seu pai adotivo - ou tão normal quanto seria possível quando você é capaz de controlar a natureza.Cath foi adotada por um humilde fazendeiro, Luke Fairway, aos nove anos, após ver seus pais biológicos morrerem. Apesar do trágico assassinato ter chocado todo o reino, essa lembrança e todo o resto de sua infância foram apagadas da mente da menina, e esta nunca soube de onde viera. Tudo o que sabia sobre sua antiga vida era que nascera com um dom incrível: controlar os quatro elementos. Durante oito anos, Catherine viveu pensando ser a única pessoa a carregar a magia dentro de si, mas, ao ser convidada para competir pela mão do príncipe no castelo, descobriu o quanto estava errada. O que era para ser apenas uma "competição estúpida", em sua visão, acabou por se tornar um mar de confusões e revelações. Em poucas semanas, Catherine se viu cercada de inimigos que desejavam destruí-la por algo que nem ela mesma entendia: seu passado. Seria possível que suas lembranças apagadas fossem tão perigosas? Seria possível que a história de alguém tão jovem poderia guardar tanto ódio e intriga?A menina não entendia a razão de tudo aquilo estar acontecendo, e só com o conhecimento de seu passado poderia ser capaz de derrotar todos que a ameaçavam. Não importava o quanto isso a assustasse, ela precisava descobrir o que acontecera há tantos anos."O passado pode ser assustador, minha querida, mas nada me dá mais medo do que o futuro que você está prestes a enfrentar".
Ler maisA rainha olhou em volta, procurando seu marido no meio da multidão de convidados. A cerimônia do casamento e da coroação havia acabado, mas, apesar disso, não havia tido tempo de conversar com o rei em particular porque a festa apenas começara. Enquanto estava distraída, uma pequena criaturinha engatinhou até o seus pés e puxou seu vestido, fazendo-a olhar para baixo.Um emaranhado de cabelos castanhos e roupas macias brincava com a flor de plástico em seus sapatos brancos. As mãozinhas pequenas atrapalhavam-se com as pétalas do enfeite e, quando a rainha mexeu os pés levemente, o garotinho sentado no chão olhou para cima com grandes olhos verdes.— O que está fazendo aqui, mocinho? — perguntou ela com a voz doce, abaixando-se para pegar a criança no colo. Limpou sua bochecha suja de chocolate, arrancando dele um sorriso banguela. — Você é muito novo para andar sozinho, pequenino. Onde estão os seus papais?— Ah, você o achou! — exclamou alguém atrás dela. — Graças aos céus.O conde co
Jonathan voltou com uma bela bandeja grande de comida, alguns minutos depois que Matthew e eu encontramos a profecia sinistra. Quando percebeu nosso humor, o príncipe quis imediatamente saber o que havia nos deixado tensos. Enquanto eu comia, o conde o explicou sobre o livro e o mostrou o aviso que recebi, e John pareceu mais confuso do que jamais esteve.— Então... Não estamos livres? — perguntou, me olhando com tristeza. Deixei de lado a bandeja e me senti infinitamente mel
EanEu encarei enquanto o príncipe andava de um lado para o outro, exalando preocupação e arrependimento ao murmurar palavras sem sentido para si mesmo. Com um suspiro pesado, sentei-me no banco de pedra e encarei as árvores, desejando poder ver além da escuridão. A luz fraca da lua iluminava apenas um pouco do jardim onde estávamos, refletindo nas gotas de orvalho das flores e folhas e da grama no chão.
Era uma manhã fria. O cemitério de Darkot Village, onde os gêmeos moravam antes de se mudarem para o castelo, estava vazio com exceção de nosso grupo. Ean preferira enterrar a irmã aqui, mas sem as cerimônias e os genéricos convidados que nunca foram realmente próximos de Íris. Nós éramos tudo o que ela tinha.— Você não quer dizer nada? — perguntou o príncipe, abraçando-me por trás enquanto eu observava o guarda murmurar palavras que e
Encarei aquele sorriso diabólico por muito tempo antes de engolir em seco e focar em seus olhos. O preto em sua íris era tão profundo que despertava em mim um medo surreal. Eu desci o olhar até suas mãos, que seguravam com força os braços da minha melhor amiga.— Pela segunda vez naquele dia, eu amarrei uma bolsa com suprimentos para a viagem na sela do corcel mas, diferentemente de antes, eu não montaria em Maximus. Íris havia trazido alguns cavalos até a fazenda consigo e escolhera os mais fáceis de serem domados, o que excluía o grande garanhão branco que se tornara meu amigo. Eu não sei ao certo o que houve depois do caos que se instalou dentro de mim, mas, algumas horas depois, eu me vi acordando no meu quarto da fazenda. Deitada na cama e encarando o teto, meu corpo todo parecia doer como se tivesse sido triturado. Eu fiquei parada, sem forças ou vontade para sequer tentar levantar. Ouvia minha respiração acompanhar as batidas pesadas da chuva na janela — provavelmente a única da casa que não tinha se quebrado.O quarto estava úmido e quente, apesar da tempestade que ainda ca&iCapítulo 31
Capítulo 30
Eu me virei e meu sangue gelou. Jordan estava parado ao lado da fonte, fazendo o que parecia ser sua melhor expressão de nojo. Ou podia ser desprezo. Com ele, tudo era meio parecido. De qualquer jeito, ele nos olhava como se tivéssemos acabado de comer um prato de minhocas.As memórias da visão que tive passaram por minha mente como um flashback macabro. Engoli em seco quando aqueles olhos azuis preenchidos com dor e sofrimento me encararam novamente. Ajude-me
Coloquei a bolsa de comidas amarrada na nova sela de Maximus, que Luke havia encontrado nos cantos da fazenda e me dera para que cavalgasse de volta ao castelo com mais praticidade. Nós tínhamos também alimentado e deixado o corcel descansar por um dia inteiro antes de ter que passar mais algumas horas andando. Agora, o sol estava tão alto quanto no momento em que chegara ali, quase vinte e quatro horas atrás. Eu tivera de colocar uma calça e uma camisa que eram um pouco justos demais, porque pertenceram a Luke quando era ainda mais novo do