Preço de Sangue

Preço de SanguePT

LGBTQ +
Mamá  concluído
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10
1 Classificação
31Capítulos
5.3Kleituras
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Resumo
Índice

Vampiros não existem! Pra Dante aquilo era simplesmente tão óbvio, até começar a trabalhar como mordomo na mansão de Victor Conte, um homem lindo, rico e sozinho, da sua idade; ou melhor, aparentemente, ele tinha a sua idade: Dante começou a suspeitar que não, quando seu patrão disse que pagaria qualquer preço por seu sangue.

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Karina Nininha
envolvente e romântico
2022-05-13 00:28:06
2
31 chapters
Vampiros não existem
Vampiros não existem.   — Existem! — Virgílio insistia. — Minha avó me contou, eu consigo até ver. — Ele fechou os olhos e narrou, teatral. — Olhos vermelhos, vidrados...o queixo sujo de sangue, as mãos de garras enormes...trêmulas! — Abriu os olhos, encarando o amigo profundamente, numa pausa dramática. — E então ele correu pra escuridão... E nunca mais foi visto... Mas! — Exclamou. — Um corpo foi encontrado na floresta aquela manhã...e adivinha... — Virgílio se debruçou sobre a mesa, fazendo o outro se afastar alguns centímetros. — Sem. Uma. Gota. De sangue.    — Ah, vá! — Lee sugou seu milk-shake de framboesas, zero por cento impressionado. — VG, isso são só histórias.    — Minha avó não mente, cara, eu já te disse! — Sentou-se corretamente de novo, indignado. — Se ela disse "Eu vi um vampiro", então ela viu um vampiro.    — Certo, certo... — Suspirou, derrotado. — Mas por que você
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Troca justa
Lee teve uma boa noite de sono, mas o Conte não dormiu. Na manhã seguinte, Lee preparou o café do seu patrão e levou até o escritório. — Bom dia, senhor... — Victor o olhou de esguelha, a mão apoiando o queixo, o cotovelo ao lado do livro aberto sobre a mesa. — É... Victor. — Lee, você pode me fazer um favor? — Passou a página. — Não entre mais aqui hoje, certo? Nem amanhã, nem depois. Preciso... Me concentrar em alguns assuntos. — Nem pra trazer café? — Não vou precisar de café... Esse será suficiente. — Pegou a xícara e soprou a fumaça. — Aliás, obrigado. — Am... Ok... De nada. — Ele está o quê? — Virgílio perguntou, do outro lado da linha. — Definitivamente me evitando. — Lee repetiu. — Já faz uma semana. — Não estou surpreso. — Eu estou! Trabalho pra ele qua
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Victor Conte
— Conte Victor Conte, rei dos papéis e tintas! — Você... — Victor deu um suspiro cansado. — Ora, ora, ora, é assim que você saúda um amigo de longa data? — Ele riu, sarcástico. — E eu sou seu amigo, por acaso? — Ah, você é! Vem, vamos beber alguma coisa. — Algo que seque mais a garganta do que isso? — Pôs a taça vazia numa bandeja passando na mão de um garçom. — Eu posso te oferecer algo bom pra sua garganta... — Passaram por cortinas vermelhas, que davam para uma sala privada. — Mas não aqui. — Passo. — Victor não esperou ser convidado para se sentar. — Eu gostaria de saber até quando. — Deu mais uma de suas risadinhas burlescas, enchendo dois copos redondos de whisky. — Não é da sua conta. — Longe de mim me meter. — Passou um copo para Victor e se sentou.
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Distúrbios do sono
Lee voltou pra mansão do senhor Conte na segunda-feira, sem conseguir tirar aquela história da cabeça. Então vampiros ficam sem cor quando estão a muito tempo sem sangue, é isso? Nunca tinha ouvido falar daquilo. — Mande lembranças ao Nosferatu. — Virgílio disse ao se despedir, quando o deixou na rodoviária. — Ah, vá te catar! — Virgílio tinha a certeza firme de que Victor era um vampiro, apesar de sempre falar brincalhão daquela forma, e tinha certeza só por tê-lo visto uma vez e com base nas histórias da sua avó. Queria que as coisas fossem fáceis na sua cabeça também, mas ele ainda não conseguia acreditar totalmente, mesmo com dois furos no pescoço. — Senhor Conte? — Deu uma espiada para dentro do escritório. Ninguém lá.— Patrão Conte? — Chamou de novo, subindo as escadas até o quarto de Victor. A porta dupla estava fechada. Encostou o ouvido na porta. Nada. Quis testar a maçaneta, mas
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Dante Lee
— Dante Lee, Dante Lee... — Ah, saco... Não deveria ter te contado. — Lee reclamou. — Aff... Eu tô tão... Chateado com tudo isso.— Relaxa, mano; na verdade eu tô surpreso que vocês só transaram.— VG...— Olha pelo lado bom, ele não é casado.— Virgílio, é sério! — Exclamou. — Não foi pra isso que eu aceitei esse emprego, eu... — Esfregou a mão no rosto, agoniado. — Eu tô... Me sentindo culpado.Ler mais
Fetiches com sangue
— Fetiches com sangue. Já ouviu falar?— Ah... Já...?... Por alto. — Então... — Ele apoiou os cotovelos nos joelhos. — ... é aí que eu entro. — Falou baixinho, como que contando um segredo. — E você pode entrar também.— Isso não faz sentido. — Ele tomou metade do whisky em um gole. — Você é maluco. — Pessoas pensam que tem fetiches. Nós não, nós temos um fetiche de verdade. Um fetiche com sangue. — Voltou a recostar as costas na cadeira. — Basta se misturar entre elas, as pessoas que acham que tem fetiches sexuais com sangue, e... <
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Vinho seco
Lee olhou em volta, mesmo que não precisasse, mas na verdade precisou, porque só então notou que não haviam espelhos naquela mansão, sendo a única exceção o espelho velho atrás da porta do armário do seu quarto.  Girou nos calcanhares e abriu a boca, mas Victor já estava na cozinha, conversando com Santino.  — Muito obrigado pelo seu tempo, eu agradeço muito.  — Não agradeça antes de experimentar. — Santino estava amolando uma faca atrás da bancada da cozinha, vestido numa elegante dólmã preta e um lenço vermelho afastando os cabelos do rosto.  — Su
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Interrogatório
— Hã... — Victor riu soprado, agarrando os joelhos do garoto com as mãos, mas Lee ignorou aquilo e moveu a cintura no seu colo novamente, agora com a mãos firmes nos seus ombros. — Você não tem a menor noção do perigo, Dante Lee. — Puxou o ar entre os dentes, tentando parar Lee de novo, agora apertando suas coxas. — Escuta... Eu posso ficar anos sem sangue, você está muito enganado se acha que consegue barganhar qualquer coisa comigo oferecendo sangue pra mim.— Você até pode, mas é o que você quer? — Jogou os próprios cabelos para trás com a mão, a outra no ombro largo, apertando de leve. — Eu tô aqui, deixando você tomar o quanto te saciar... E pode ser a última vez. — Ergueu as sobrancelhas. — Vai deixar passar? Victor suspir
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Pequeno ritual
— Por que acha que eu sinto o cheiro dele? — Victor franziu o cenho para ele.    — Não sei... — Girou nos calcanhares, se afastando. — Talvez por causa do jeito que olha para ele.   — Pensei ter te ouvido dizer que não queria se meter.   — E não quero. — Virgílio se sentou de volta na sua cadeira, cruzando as pernas. — Mas se você está assim tão desinteressado no Lee boy... — Virou o restante do whisky na boca. — Você sabe que eu não me preocupo muito se sinto cheiro ou não na hora de tirar o atraso.    — Não me importo. — “Desgraçado”, pensou consigo. — Não tirando a vida dele... Lee é um bom mordomo. &nb
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Paladar de Vampiro
Pôs a xícara na bandeja de sempre, pondo ao lado um prato cheio de tarteletes de creme inglês com frutas vermelhas que Santi fizera de sobremesa e que acabaram sobrando, e a garrafa de whisky que Conte sempre pedia, com um copinho de shot ao lado. — Hyung. — Ele entrou no escritório. Já eram oito horas; Victor estava acordado, mas bem mais relaxado do que de costume, vestido apenas num robe vermelho escuro, uma calça fina e pantufas nos pés, sentado na poltrona de couro vinho, com um livro particularmente grande no colo. — Seu café.  — Ah, sim... — Victor desviou os olhos do livro por um instante. — Obrigado.  Ler mais