Vampiros não existem. — Existem! — Virgílio insistia. — Minha avó me contou, eu consigo até ver. — Ele fechou os olhos e narrou, teatral. — Olhos vermelhos, vidrados...o queixo sujo de sangue, as mãos de garras enormes...trêmulas! — Abriu os olhos, encarando o amigo profundamente, numa pausa dramática. — E então ele correu pra escuridão... E nunca mais foi visto... Mas! — Exclamou. — Um corpo foi encontrado na floresta aquela manhã...e adivinha... — Virgílio se debruçou sobre a mesa, fazendo o outro se afastar alguns centímetros. — Sem. Uma. Gota. De sangue. — Ah, vá! — Lee sugou seu milk-shake de framboesas, zero por cento impressionado. — VG, isso são só histórias. — Minha avó não mente, cara, eu já te disse! — Sentou-se corretamente de novo, indignado. — Se ela disse "Eu vi um vampiro", então ela viu um vampiro. — Certo, certo... — Suspirou, derrotado. — Mas por que você
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