Ariana Baker tinha apenas dezesseis anos quando sua vida muda completamente ao engravidar do quarterback do time de futebol americano do colégio, Jason Martell. Felizmente, eles acabam se tornando melhores amigos e concordando na criação do filho. Porém, quando ambos começaram a se interessar por outras pessoas, talvez sentimentos há muito tempo guardados possam interferir na amizade que eles possuem.
Ler maisEnquanto terminava de arrumar minhas malas e verificar se estava tudo ali, parei para pensar que, se eu e Spencer passássemos na entrevista, eu teria que arrumar minhas coisas, e não para ficar poucos dias, para me mudar. Para Nova York. Parecia um mundo de aventuras e novidades que eu precisava desbravar.Enquanto isso, Jason iria para New Heaven. Eu tentava não pensar muito nisso. Não queria que nada prejudicasse a felicidade que eu sentia por estar realizando meu sonho. E se eu pensasse na nossa briga ou no fato de que ele não me amava, poderia desabar em lágrimas. E eu estava tão cansada de chorar. Ainda doía, mas eu precisava esquecer o quanto ele me magoara se quisesse seguir em frente.New Heaven era bem perto de Nova York e ainda nos veríamos frequentemente e eu espe
A casa dos Baker estava vazia e silenciosa quando o telefone tocou.Sem ninguém para atendê-lo, o telefone tocou inúmeras vezes até que Jason Martell decidiu deixar um recado. Sozinho em meio a praça vazia, Jason sentia-se envolvido pelo frio da noite escura que parecia penetrar em sua alma. Nada além de um celular e um spray de tinta marrom nas mãos, sua mente insistia em relembrá-lo detalhadamente tudo que se passara naquele dia. Como ele tivera tudo que sempre quis, e deixou aquilo escorregar de suas mãos por causa das manipulações de seu pai.— Alô, Ariana? — começou, nervoso. — Aqui é Jason. Jason Martell. — ele soltou uma risada. — Lembra de mim? Pai do seu filho. Eu... Eu tentei te ligar pelo seu celular,
Eu tinha acabado de sair de um jantar um tanto conturbado na casa dos Lance. Spencer não só havia contado que planejava ir para a Universidade Columbia, com ou sem a aprovação deles, como também confessou estar apaixonada por Chloe. — Eu conto a história toda depois. — falou Spencer, me levando até a porta. — Agora eu preciso enfrentar uma briga com os meus pais e ouvi-los dizer como eu sou um fracasso e como eles estão desapontados. — Não dê ouvidos a eles. Estou orgulhosa de você. — disse eu. — Mas estou muito confusa, minhas duas melhores amigas, juntas? Quando isso aconteceu? Como? — Eu sou uma das suas melhores amigas? — inferiu Spencer, surpresa. — Uma vez que eu aprendi a ignorar sua obsessão por fofoca, seu lado mandão e o
— Da primeira vez que eu te encontro você está sem camisa e agora está sujo de tinta? — reclamou meu pai. Por mais que eu tivesse tomado banho, aquela tinta dificilmente saía do cabelo. A única razão para eu não ter começado uma briga naquele exato momento, era porque eu precisava que ele fosse embora o mais rápido possível. Não queria que ele encontrasse com Tommy, que assistia à televisão no quarto da minha mãe no andar de cima. — O que está fazendo aqui, pai? — questionei, num suspiro. Por mais que tê-lo ali, diante de mim, depois de todos aqueles anos, deixava meus nervos à flor da pele e trazia à tona lembranças trágicas da minha infância que eu gostaria de esquecer, eu só precisava aturá-lo até ele ir embora e eu nunca mais precisasse vê-lo de novo. Então, eu poderia me concentrar no que realmente me deixava feliz, como Ariana,
Eu já acordei com um sorriso no rosto. Jason distribuía pequenos beijos pelo meu pescoço e a minha bochecha, com seus braços ao redor do meu corpo, me envolvendo num abraço.— Bom dia... — falou ele. Me virei para encará-lo. Eu ainda estava extremamente sonolenta, mal conseguia abrir os olhos; ele, entretanto, parecia bem desperto; já estava vestido e seu rosto estava manchado de tinta. Seus olhos bem abertos estavam fixos aos meus, e ele tinha um sorriso fraco nos lábios. Passei a mexer nos fios bagunçados do seu cabelo.— Você acordou muito cedo, não foi? — questionei, preocupada.— Não consegui dormir, na verdade. — respondeu, cabisbaixo.
Eu estava perplexa demais para esboçar qualquer reação. Boquiaberta, virei a cabeça para Jason, que descia as escadas. Ele escutara. Sabia que seu pai estava na porta. Não consegui decifrar o que seu rosto exprimia. Era uma mistura de choque, raiva e tristeza.— Pai. — disse Jason, se colocando na minha frente para poder visualizá-lo. Ele tentou soar confiante, mas sua voz saiu trêmula. Eu observava os dois, atônita. — O que... o que está fazendo aqui?— Não vai me convidar para entrar? — questionou seu pai. Jason soltou uma risada irônica.— Não.— É assim que recebe visitas, Jason? — repreendeu o se
— Eu vim aqui buscar umas coisas. — disse ela, apontando para uma caixa no banco do passageiro. Balancei a cabeça de um lado para o outro, tentando processar a informação.Spencer e Jason haviam terminado?— Eu não quero que você pense que é sua culpa, está bem? Não é. Nós dois estamos em páginas diferentes.Spencer estava falando rápido demais e eu apenas franzia testa, ficando ainda mais confusa.— O que aconteceu? O encontro não saiu como esperado? Vocês brigaram?Spencer riu.— Eu falei que o amava.Algo simplesmente não parecia s
Acordei com uma luz branca apontada diretamente para o meu rosto. Eu começaria a reclamar e pedir para alguém ascender às luzes se eu não estivesse muito fraca.Havia um suporte para soro ao meu lado, ligado ao meu pulso, eu estava numa cama desconfortável de hospital e sentia uma dor de cabeça terrível. Era quase como dar a luz novamente. Meu pai dormia num canto do quarto, ao passo que minha mãe sussurrava ao telefone.— Por favor... — murmurei com a voz rouca. — Me diga que eu não estou grávida de novo.Minha mãe tomou um susto ao ouvir minha voz. Ela correu para perto de mim, como se tivessem visto um fantasma.— Não, voc&ec
Insuficiência renal crônica. Uma doença lenta e silenciosa. Havia tratamento, mas nenhuma cura.Era isso que havia tirado Pesadelo de mim. De nós. Eu e minha irmã nem conhecíamos uma vida sem nosso gato. Tudo parecia errado sem ele ali. Uma tigela vazia sem a sua ração; uma casa silenciosa sem os seus miados; uma cama vazia durante a noite sem a sua companhia. Todas aquelas fotos dele que eu tinha no meu celular, todos os seus pertences, todos os nosso momentos juntos, tudo se tornaria apenas uma memória. E pouco a pouco, Pesadelo, o gato da travesso da família Baker seria uma memória.Contudo, lentamente, aquilo se tornava mais fácil de lidar. A cada vez que Tommy perguntava sobre Pesadelo, se tornava meio doloroso. Na primeira vez, tudo que eu consegui f