O Destino da Escrava Humana

Danika acordou de um sono profundo e inquieto. A primeira coisa que sentiu foi o frio cortante e o desconforto de um chão duro e gelado. Seus olhos se abriram lentamente, e ela percebeu que estava em uma cela de pedra fria, com paredes úmidas e sujas. O ar estava carregado com um odor de mofo e ferro enferrujado. O espaço era pequeno e mal iluminado, a única luz vindo das frestas na pesada porta de ferro trancada.

A memória do que havia acontecido antes de desmaiar estava nebulosa. Ela se lembrava apenas de ter sido arrastada pelos capangas do homem que a sequestrou e de um cheiro estranho, que a fez sentir-se tonta e, eventualmente, perder a consciência. Agora, com o corpo doendo e sua mente turva, ela tentou se levantar, mas a dor a fez gemer.

Danika estava deitada em um canto da cela, o vestido rasgado e sujo. Tentou se apoiar, mas suas mãos estavam fracas e os tremores de frio e medo a impediam de manter o equilíbrio. Seus olhos se encheram de lágrimas enquanto a realidade cruel do cativeiro se estabelecia em sua mente.

O silêncio na masmorra foi interrompido pelos sons de passos pesados e vozes ríspidas. Danika olhou para a porta de ferro e viu os dois capangas de Enry entrando, seguidos por alguns membros da matilha. Eles estavam visivelmente divertidos com o sofrimento dela e não tinham intenção de ser gentis.

“Olhe para ela, parece uma ratinha encurralada,” disse um dos capangas com um sorriso cruel. “Vamos ver o quanto ela aguenta antes de implorar para sair daqui.”

Danika tentou se encolher ainda mais no canto, mas um dos capangas a puxou pelo braço com força. “Levante-se, vadia. Não temos tempo para sua merda.”

Ela tentou se levantar, mas a dor e o medo a faziam vacilar. Eles começaram a empurrá-la e a batê-la, rindo enquanto ela tentava desesperadamente se proteger. Cada golpe era uma mistura de crueldade e desprezo, e as palavras insultuosas a feriam quase tanto quanto a dor física.

“O que você está esperando, menina? Suplica por sua vida? Isso é tudo que você sabe fazer?” o outro capanga zombou, enquanto ela tentava se levantar, o rosto molhado com suas próprias lágrimas e suor.

Os gritos e o choro de Danika ecoavam pelas paredes da masmorra. Ela estava completamente derrotada, seu corpo tremendo e suas forças se esgotando.

De repente, a pesada porta de ferro se abriu com um estrondo, e Enry entrou na masmorra. Seu olhar era uma mistura de fúria e frustração. Ele se aproximou com passos firmes e decididos, sua presença impondo um silêncio instantâneo.

“Já chega,” disse ele, sua voz cortante como uma lâmina. “Eu não quero mais ouvir nem um único som vindo desta merda de cela. Tratem-na como quiserem, mas não a machuquem mais do que o necessário.”

Os capangas e os membros da matilha se calaram imediatamente, o medo e a obediência visíveis em seus rostos. Enry se aproximou de Danika, seus olhos azuis queimando com uma intensidade fria. A dor e o sofrimento dela não passaram despercebidos, e embora ele lutasse contra seus próprios sentimentos, o lobo interno continuava a rosnar, insistindo que ela não merecia mais sofrimento.

Danika olhou para ele, o medo e a confusão claros em seu olhar. “Por favor... por favor, me deixe ir. O que você quer de mim?”

Enry a observou por um momento, seu olhar penetrante e intenso. “Você está em um lugar onde não deveria estar, e a partir de agora, sua vida está nas minhas mãos.”

Danika balançou a cabeça, as lágrimas escorrendo. “Mas por quê? O que eu fiz de errado? Por que você me trouxe aqui?”

Enry hesitou, lutando com suas emoções internas. Seu lobo queria confortá-la, mas ele forçou-se a manter a máscara de frieza. “Você não fez nada de errado. É apenas uma questão de destino e circunstâncias que você não pode compreender.”

“Destino?” Danika repetiu, sua voz embargada. “Você está me dizendo que sou um troféu de algum tipo de destino cruel?”

Ele se aproximou ainda mais, sua presença opressiva. “Não se trata de troféu. Trata-se de um vínculo que não posso explicar agora. Você será minha escrava. É isso que o destino nos reservou.”

Danika se encolheu ainda mais, suas lágrimas caindo com mais força. “Escrava? Não, por favor. Eu só quero voltar para casa. Eu não quero isso.”

O olhar de Enry suavizou por um breve momento, mas ele se controlou e se afastou. “Você deve se acostumar com isso. E lembre-se, qualquer tentativa de fugir ou desobedecer terá consequências.”

Danika, ainda em choque e aterrorizada, balançou a cabeça, seu olhar cheio de desespero. Enry deu uma última olhada para ela antes de se virar e sair da cela, seus passos ressoando pelos corredores enquanto a pesada porta de ferro se fechava atrás dele.

A masmorra voltou ao silêncio perturbador, e Danika se encolheu no canto, lutando para processar tudo o que havia acontecido e se perguntando qual seria o seu destino naquele lugar sombrio e opressor.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo