Danika acordou lentamente, seus sentidos ainda confusos. Ela piscou, tentando focar no teto desconhecido acima de sua cabeça. O quarto era simples, mas iluminado pela luz que entrava através das janelas. Uma dor persistente no peito a fez gemer, lembranças fragmentadas surgindo como flashes em sua mente. Ela sentiu seu corpo mais fraco do que nunca.
"Finalmente acordou, minha querida." A voz calma de Hilda a fez virar a cabeça com esforço. A mulher mais velha estava sentada ao lado da cama com uma expressão de alívio. "Você está de volta entre nós." "O que... o que aconteceu?" Danika perguntou, sua voz fraca. Ela tentou sentar-se, mas uma onda de tontura a fez deitar de novo. "Você desmaiou. Estava fraca demais, sem energia," Hilda explicou suavemente. "Felizmente, você está viva. Tem algo de forte em você, minha menina. Não é qualquer um que passa por tanto e ainda desperta." Antes que Danika pudesse fazer mais perguntas, a porta se abriu, revelando um homem alto, com cabelos castanhos e olhos que lembravam os de Enry, mas com uma expressão mais gentil. "Henrico," Hilda cumprimentou-o com um aceno de cabeça. "Ela acordou." Henrico aproximou-se da cama com um leve sorriso, seus olhos demonstrando preocupação. "Olá, Danika. Finalmente podemos nos conhecer." Ele estendeu a mão em um gesto amigável. "Sou Henrico, irmão do Alfa... do rei, Enry." Danika olhou para ele com desconfiança, mas, por fim, apertou a mão dele, sentindo uma estranha calma em sua presença. "Você... é como ele?" Henrico assentiu, soltando sua mão delicadamente. "Sim, mas não se preocupe. Não somos todos iguais." Antes que ele pudesse dizer mais, Enry apareceu à porta. Seu olhar imediatamente encontrou o de Danika, e seus olhos brilharam com algo que ela não conseguiu decifrar. "Hilda," Enry disse com um tom autoritário. "Quero falar com você." Hilda levantou-se rapidamente, murmurando para Danika descansar. Ela seguiu Enry até o corredor, onde ele virou-se para ela com uma expressão dura. "Ela acordou, não foi?" Hilda assentiu. "Sim, mas está muito fraca. Ainda precisa de cuidados." "Eu sei," ele resmungou. "Mas não há tempo para ela ficar na cama. Ela ainda é minha escrava." Hilda o olhou com uma mistura de desdém e compreensão. "Ela precisa de tempo, Enry. Se não quiser mais danos, cuide melhor de sua... de sua escrava." Enry bufou, incomodado com a suavidade de Hilda, mas acenou com a cabeça, concordando. Enquanto isso, Henrico voltou sua atenção para Danika no quarto. Ele sabia que era o momento certo para revelar a verdade. Ele se sentou na cadeira ao lado da cama, observando-a com cuidado. "Danika, sei que está confusa e que muitas coisas aconteceram com você. Mas é importante que saiba a verdade," ele começou, mantendo a voz calma. "Você está aqui porque faz parte de algo maior do que pode imaginar. Você... é a companheira do meu irmão. Isso significa que existe uma ligação poderosa entre vocês." Danika franziu a testa, tentando processar as palavras. "Companheira? Eu não... não entendo." Henrico respirou fundo. "Nós somos Lycans. Lobos. E, bem... você foi escolhida pela Deusa da Lua para ser a companheira de Enry. É por isso que você sente essa dor, essa atração. Tudo está ligado a esse vínculo." Os olhos de Danika se arregalaram, enquanto ela lutava para entender. "Lobos? Como assim, lobos?" Henrico suspirou, percebendo o quanto aquilo era difícil para ela. "Eu sei que parece loucura, mas é a verdade. Somos diferentes dos humanos. E o que você sente, essa dor, é o vínculo agindo em você." Danika olhou para ele, sem saber o que pensar. Ela queria acreditar que aquilo era um pesadelo, mas algo na seriedade de Henrico e nas sensações que sentia em seu próprio corpo a impedia de negar completamente. "E o que acontece agora?" ela perguntou baixinho, sentindo um medo crescente. Henrico hesitou por um momento. "Isso depende de como as coisas vão seguir daqui para frente. Mas eu estarei aqui para ajudar você, Danika. Não vou deixar você passar por isso sozinha." __________________ Mais tarde naquela noite, enquanto Enry caminhava pelos corredores, a mente ainda lutava contra o turbilhão de emoções, Vaiolet o observava à distância. Seus olhos brilhavam com um misto de desejo e frustração. Ela decidiu que era o momento de ter o Alfa só para si. Vaiolet se aproximou de Enry com passos felinos, usando uma sedutora expressão de confiança. "Enry," sua voz era doce e provocativa. "Você está tão tenso... por que não relaxa um pouco? Eu posso ajudar." Ela deslizou as mãos pelo peito dele, seus dedos experientes traçando o contorno dos músculos rígidos sob a camisa. Enry fechou os olhos por um momento, sentindo o calor do toque de Vaiolet. Sua mente estava em conflito; ele precisava de distração, precisava esquecer Danika, precisava apagar a fraqueza que sentia ao pensar na humana. Ele cedeu, permitindo que Vaiolet o conduzisse até o sofá do quarto. Os dois caíram em um abraço fervoroso, seus corpos se encontrando com uma intensidade animalesca. As roupas foram rapidamente jogadas de lado enquanto Vaiolet o envolvia com uma paixão desmedida, satisfeita por finalmente ter o Alfa em suas mãos. Suas bocas se encontraram em beijos ardentes, e por um momento, Enry quase se perdeu no desejo. Mas então, no meio daquele ato frenético, a imagem de Danika surgiu em sua mente. Sem aviso, ele sentiu o vínculo vibrar dentro de si, lembrando-o do que tinha feito, do que havia rejeitado... mas que ainda persistia. A simples lembrança de Danika o atingiu como um soco no estômago, e ele se afastou bruscamente de Vaiolet, rompendo o contato. Ela o olhou, chocada e furiosa. "O que foi agora, Enry?" Vaiolet perguntou, sua voz gotejando veneno. "Vai me rejeitar de novo por causa daquela humana inútil? Por que sempre que estamos juntos, você se afasta?" "Chega, Vaiolet," Enry rosnou, levantando-se e colocando distância entre eles. "Isso acaba aqui." Ela se levantou também, nua e com o corpo tremendo de raiva. "Você acha que pode me tratar assim, Enry?" Vaiolet se aproximou novamente, tentando dominá-lo com seu olhar. "Eu sou Vaiolet, filha dos Alfas da alcateia lunares. Nós somos iguais, predestinados a governar juntos. Mas você prefere uma escrava patética em vez de mim?" Enry sentiu sua paciência se esgotar. Seus olhos brilharam com fúria enquanto ele avançava sobre Vaiolet, seu tom baixo, mas ameaçador. "Eu sou o Rei Alfa, Vaiolet. Nunca se esqueça disso. Você pode ser filha de Alfas, mas nunca será igual ou superior a mim." Ela recuou ao ver o olhar predatório em seus olhos, percebendo a linha que tinha cruzado. "Eu sou superior a você," Enry continuou, sua voz carregada de autoridade. "E você não é nada além de uma aliada. Se continuar desafiando minha posição, Vaiolet, eu não hesitarei em te lembrar o seu lugar." Vaiolet o encarou por alguns segundos, o orgulho ferido e a raiva borbulhando em suas veias. Ela queria gritar, queria retaliar, mas sabia que não ousava cruzar o Alfa naquele momento. "Perdoe-me, Alfa" ela murmurou com frieza antes de pegar suas roupas e sair do quarto, deixando Enry sozinho com seus pensamentos sombrios. Assim que a porta se fechou, Enry passou as mãos pelos cabelos, tentando afastar a frustração e a raiva. Mas, no fundo, sabia que Vaiolet tinha razão em parte. Danika ainda o afetava, mesmo depois da rejeição. Ele precisava encontrar uma forma de acabar com isso antes que perdesse completamente o controle.Danika tentava voltar à sua rotina, apesar das sombras da rejeição e dos dias de inconsciência. Seu corpo ainda doía, mas ela se recusava a parecer fraca. Precisava se manter firme, mesmo com o espírito em pedaços.Hilda passou por ela no salão principal, com um olhar atento. "Está melhor, menina?" perguntou, com a familiar preocupação de alguém que já vira muita dor.Danika suspirou, concentrada em limpar uma prateleira antiga. "Estou bem, Hilda. Só... cansada." Tentou sorrir, mas o sorriso era forçado.Antes que Hilda pudesse continuar, Vaiolet entrou no salão com sua postura arrogante e altiva. Seus olhos percorreram Danika de cima a baixo, transbordando desprezo. "Vejo que a humana ainda está de pé. Saiba que sua presença aqui é tolerada por Enry, mas não por todos nós."Danika endireitou-se, o desconforto crescendo dentro dela. Ainda não entendia totalmente o que era o vínculo, mas algo se agitava dentro de si sempre que estava perto de Vaiolet. "Eu não pedi para estar aqui," res
Danika não conseguia parar de pensar no beijo. O toque bruto e feroz de Enry ainda queimava seus lábios. Toda vez que ela fechava os olhos, revivia o momento. Um misto de raiva e confusão a atormentava. Por que seu corpo reagia dessa forma? E por que, apesar de todo o ódio que sentia, ela desejava mais?Enry, por outro lado, estava igualmente consumido pelos pensamentos do beijo. Sentia-se fraco, algo que ele desprezava. Como pôde perder o controle daquela maneira, ainda mais com uma humana que ele deveria odiar? Agora, estava sentado à mesa de reuniões com seu Beta, Henrico, e outros líderes da matilha, tentando focar em um assunto importante: o baile da matilha.O evento reuniria vários Alfas aliados, incluindo os pais de Vaiolet. Eles a enviaram para o castelo com o intuito de fazê-la Luna ao lado de Enry. Os planos estavam em andamento há muito tempo, e a chegada dos pais de Vaiolet era crucial para consolidar as alianças.Mas, enquanto Enry discutia as estratégias e organizava os
Enry avançou com uma urgência selvagem e, sem hesitar, removeu a toalha de Danika, expondo-a completamente. Seus olhos se fixaram nos seios pequenos e perfeitos de Danika, que estavam eretos e prontos para o toque dele. A fenda abaixo, rosada e brilhante, estava visivelmente excitada e pulsante com desejo. Ele se aproximou e Danika, ainda aturdida, estendeu a mão e tocou o membro de Enry. A sensação foi intensa e surpreendente, e Enry soltou um rosnado de prazer ao sentir a mão dela em volta de si. Com um olhar intenso e uma voz rouca, Enry disse, “Não vou me segurar, Danika. Vou ir até o fim.” Suas palavras carregavam uma promessa de intensidade e controle absoluto. Enry se posicionou entre as pernas dela, e com um impulso decidido, ele rompeu a barreira com uma força controlada e implacável. A dor e o prazer misturaram-se, e o corpo de Danika reagiu com uma contração involuntária. Ele olhou para ela, admirando como os seios dela balançavam com o movimento e como a fenda dela esta
Enry observou Danika com um olhar possessivo, ainda imerso na sensação quente e intensa do que acabaram de compartilhar. O cio dela estava longe de acabar, e ele sentia que, apesar do alívio momentâneo, o desejo ainda era palpável e intenso. Danika, ofegante e com o corpo ainda tremendo de prazer, tentou recuperar o fôlego enquanto permanecia em seu colo. A proximidade deles era elétrica, e o cheiro dela ainda estava em todo o ambiente, misturado com o dele. Enry não conseguia evitar a sensação de possessão que o dominava, um desejo avassalador de manter Danika perto dele, mesmo que isso significasse mais tempo intenso e apaixonado. “Você está incrível,” Enry sussurrou, suas mãos ainda passeando pelo corpo de Danika com uma possessividade intensa. “Seu desejo, seu corpo, tudo isso me consome.” Danika olhou para ele com um olhar carregado de desejo, sua mente ainda lutando para entender a profundidade do que estava acontecendo. “Enry… por favor, eu ainda… preciso de mais.” A urgênci
O sol da manhã entrava pelas janelas do escritório de Enry, iluminando o ambiente com uma luz suave e fria. A lua cheia ainda estava longe de acabar, o efeito dela ainda era perceptível no comportamento dos Lycans e, de forma inquietante, até mesmo em Danika, uma humana. Enry estava sentado à sua mesa, seus olhos fixos em documentos que ele mal conseguia focar. A mente dele estava completamente absorta em pensamentos sobre Danika e o impacto que o ciclo da lua cheia estava tendo sobre ela — e, por extensão, sobre ele. Era uma manhã silenciosa, mas para Enry, estava longe de ser tranquila. “Como uma humana pode entrar em cio?” Enry murmurou para si mesmo, a frustração evidente em sua voz. Ele havia testemunhado o efeito da lua cheia sobre Lycans inúmeras vezes, mas nunca sobre um humano. Danika, com sua presença inusitada, havia causado uma disrupção inexplicável. O desejo que ele sentia não era algo que ele pudesse simplesmente ignorar ou esquecer. A lembrança de como Danika havi
A noite havia caído, e a lua cheia começava a iluminar o castelo com sua luz prateada. O cio das fêmeas estava diminuindo, e o desejo insaciável que havia consumido Danika estava começando a se acalmar. Mas, mesmo com a sensação de alívio, a necessidade de Enry ainda estava presente. Enry saiu de seu escritório, os pensamentos ainda agitados. Ele decidiu ir até o quarto de Danika, um desejo de verificar como ela estava o consumindo. Antes de se dirigir ao quarto dela, fez questão de instruir uma das serviçais para levar uma refeição até o local. “Ela precisa de algo para comer,” Enry ordenou com um tom que não permitia objeções. “Não sei como isso afeta uma humana, mas não quero que passe fome.” Enquanto a serviçal se dirigia para o quarto de Danika com a comida, Enry caminhou pelos corredores com passos firmes e determinados. Ao chegar ao quarto de Danika, ele respirou fundo e abriu a porta com um movimento decidido. Danika estava deitada na cama, seu corpo ainda tremendo leve
O amanhecer trouxe uma nova rotina ao castelo, com o movimento frenético dos preparativos para o baile que se aproximava. Danika acordou sozinha na cama, a sensação de solidão e confusão ainda presente em seu peito. O castelo estava cheio de vida, e os serviçais estavam em constante movimento, organizando tudo para a grande noite. Danika vestiu seu uniforme de serviçal, um vestido branco e preto com um avental, e saiu do quarto. Encontrou Hilda e outros serviçais apressados pelo corredor. — Bom dia, Danika — cumprimentou Hilda com um sorriso gentil. — Vamos precisar de ajuda extra hoje. Pode começar ajudando a organizar os pratos e talheres para o baile. — Claro, Hilda — respondeu Danika, sua voz ainda carregada de uma leve tristeza. — Vou ajudar no que for necessário. Enquanto trabalhava, Danika encontrou outros serviçais que estavam igualmente ocupados. Alguns lançavam olhares indiferentes ou até hostis para ela. Um dos serviçais, um homem alto e magro chamado Carlos, observo
Com a chegada do baile se aproximando, o castelo estava em plena preparação. Enry sabia que a noite não seria apenas uma celebração, mas também um momento decisivo. Os pais de Vaiolet chegariam, e sua presença era acompanhada pela pressão de alguns anciãos da alcateia para que ela se tornasse a futura Luna. Enry se encontrou com os anciãos em uma sala privada do castelo para discutir o assunto. — O que pensa sobre a nossa proposta, Alfa Enry? — perguntou um dos anciãos, um lobo de pelagem grisalha chamado Alaric. — Acreditamos que Vaiolet seria uma excelente escolha para ser sua companheira e futura Luna. Enry cruzou os braços, sua expressão sombria. — E por que exatamente eu deveria escolher Vaiolet? — Ela é a filha dos alfas da alcateia Lunares. Uma aliança com eles fortaleceria nossa posição e garantiria nossa liderança conjunta — explicou Alaric, com um tom persuasivo. — Além disso, Vaiolet é forte e capaz. Você precisa de uma Luna que possa liderar ao seu lado, alguém que te