POV DanikaSete anos se passaram desde o nascimento de Liam, e eu ainda podia sentir o peso de cada momento, como se o tempo tivesse voado e, ao mesmo tempo, permanecido preso em uma lembrança doce. Meu olhar seguia seu pequeno corpo correndo pelo campo, rindo ao lado de Melinda. Havia algo mágico na amizade deles, uma conexão que parecia ultrapassar a compreensão de qualquer um.Meu coração se enchia de amor ao observá-los, mas agora também batia por outro motivo. Levei instintivamente a mão ao ventre, ainda plano, mas onde crescia mais uma vida. Enry e eu estávamos esperando outro filho. A sensação de ter um filhote outra vez me invadia com uma mistura de excitação e serenidade, como se a Deusa da Lua estivesse nos abençoando cada vez mais. Enry estava ao meu lado, seus braços me envolviam com firmeza enquanto observávamos juntos Liam e Melinda. "Nosso filho vai ser um grande líder", ele murmurou, baixinho, próximo ao meu ouvido, enquanto suas mãos suavemente acariciavam minha bar
Agradecimentos aos leitores! Uau, chegamos ao fim! Queria aproveitar esse momento para agradecer de coração a todos vocês que embarcaram nessa jornada comigo. Este é o meu primeiro livro, e cada palavra escrita foi um passo em uma estrada cheia de emoções e descobertas. Espero que, ao longo das páginas, vocês tenham sentido toda a emoção, raiva e ansiedade que eu também senti ao contar a história de Danika e Enry.Ao longo desse caminho, eu me deparei com desafios e alegrias, e cada um de vocês fez parte disso de alguma forma. Quando comecei a escrever, nunca imaginei o quão envolvente e transformador seria. Cada capítulo me fez refletir sobre o que significa amar, lutar e superar as dificuldades, e eu realmente espero que isso tenha ressoado em vocês também. A jornada de Danika e Enry é, em muitos aspectos, uma jornada de todos nós. Eles enfrentaram obstáculos imensos, e suas lutas e conquistas foram inspiradas em sentimentos que todos nós conhecemos, como a dor, a alegria, o amor e
Danika olhou ao redor do bar com desconfiança. O lugar, geralmente deserto, estava estranhamente cheio de rostos desconhecidos. Cada mesa parecia ocupada por alguém que ela nunca tinha visto antes, e esses estranhos não pareciam ser moradores da pequena vila escocesa. Eles eram silenciosos, com olhares que a seguiam de forma persistente. Uma pontada de desconforto cresceu em seu peito, e ela se esforçou para ignorar o aperto que sentia na garganta. Danika sempre havia sentido que o lugar era um refúgio de almas perdidas, mas naquela noite, parecia que ela era o alvo de todas elas. Conforme a noite avançava, Danika se pegou acelerando suas tarefas, ansiosa para deixar o trabalho. Cada vez que ela voltava o olhar para aqueles estranhos, sentia como se eles estivessem se comunicando de alguma maneira silenciosa, um entendimento oculto que a excluía. O movimento sutil de seus olhos, a maneira como seus corpos se inclinavam um pouco para frente quando ela passava... A sensação de ser obser
Danika acordou de um sono profundo e inquieto. A primeira coisa que sentiu foi o frio cortante e o desconforto de um chão duro e gelado. Seus olhos se abriram lentamente, e ela percebeu que estava em uma cela de pedra fria, com paredes úmidas e sujas. O ar estava carregado com um odor de mofo e ferro enferrujado. O espaço era pequeno e mal iluminado, a única luz vindo das frestas na pesada porta de ferro trancada. A memória do que havia acontecido antes de desmaiar estava nebulosa. Ela se lembrava apenas de ter sido arrastada pelos capangas do homem que a sequestrou e de um cheiro estranho, que a fez sentir-se tonta e, eventualmente, perder a consciência. Agora, com o corpo doendo e sua mente turva, ela tentou se levantar, mas a dor a fez gemer. Danika estava deitada em um canto da cela, o vestido rasgado e sujo. Tentou se apoiar, mas suas mãos estavam fracas e os tremores de frio e medo a impediam de manter o equilíbrio. Seus olhos se encheram de lágrimas enquanto a realidade crue
O silêncio na masmorra era opressor. Danika passava os dias em um estado de semi-atordoados, lutando para se adaptar à sua nova realidade. As refeições eram escassas e mal preparadas, entregues por um dos capangas sem um pingo de compaixão. O frio continuava a penetrar em seus ossos, e o espaço reduzido da cela parecia estar cada vez mais apertado. Cada dia parecia uma repetição do anterior, com a dor e o medo se tornando uma constante em sua vida. Na manhã de um novo dia, a pesada porta de ferro se abriu com um estrondo, e um dos capangas entrou. Danika se levantou com dificuldade, seus movimentos lentos e cansados. O capanga não estava sozinho; acompanhando-o estava Enry, com seu olhar implacável. “Levante-se,” ordenou o capanga. Ela se levantou hesitante, seu corpo doendo e suas pernas tremendo. Enry observava com um olhar frio e distante, sua expressão mostrando pouco ou nenhum traço de empatia. “Hoje, você vai começar a entender o que significa ser minha escrava,” disse
Capítulo 4: Conflito Interno O escritório de Enry era um espaço imponente, refletindo sua autoridade e status. As paredes eram revestidas com painéis escuros de madeira, e uma grande mesa de carvalho dominava o centro da sala. Livros de registros e documentos estavam cuidadosamente organizados, e o ambiente era mantido em uma ordem meticulosa. Enry estava sentado à sua mesa, revisando papéis, quando a porta se abriu e seu irmão, Henrico, entrou. Henrico era conhecido como o Beta de Enry e seu mais próximo conselheiro. “Enry,” Henrico começou, sua voz carregada de uma tensão não disfarçada. “Precisamos conversar.” Enry levantou os olhos, um olhar cansado cruzando seu rosto. “Sobre o que exatamente, Henrico?” Henrico se aproximou da mesa, sua expressão grave. “Sobre como você está lidando com a situação da sua futura luna. O que está fazendo com ela é inaceitável. Não podemos simplesmente tratá-la como uma escrava, como se não fosse nada. Isso não é digno de um rei.” Enry fechou o
A noite havia caído, e o castelo estava envolto em uma escuridão calma. Danika, cansada após um longo dia de trabalho, finalmente terminou de limpar a escadaria. Hilda havia oferecido a ela um pouco de comida, que Danika comeu apressadamente antes de se preparar para seu último dever do dia: trocar as flores do vaso no último andar. Enquanto subia as escadas, Danika tentava manter o foco na tarefa, seu corpo exausto e sua mente cansada. O andar que ela estava prestes a alcançar era conhecido por ser reservado, e ela tinha uma vaga ideia de que era onde o alfa passava mais tempo. A ideia de que o andar poderia estar relacionado a Enry a fazia sentir um frio na espinha, mas ela não sabia exatamente o que esperava encontrar. Ao chegar ao último andar, Danika entrou no corredor e seguiu em direção ao local onde estava o vaso de flores. O ambiente estava silencioso, mas conforme ela se aproximava da sala principal, começou a ouvir sons baixos e inconfundíveis. Gemidos abafados e murmúrio
O castelo estava envolto em uma calma inquietante naquela noite, uma sensação de tensão pairava no ar. Enry, lutando contra os próprios sentimentos conflitantes, encontrou um momento de privacidade no escritório, onde seu irmão e Beta, Henrico, estava esperando por ele. A decisão de rejeitar Danika estava pesando pesadamente em sua mente, e ele sabia que precisava discutir com alguém de confiança.Henrico estava sentado atrás da grande mesa de madeira, com o olhar atento e preocupado. Enry entrou no escritório, seu semblante carregado de uma frustração e confusão que ele não conseguia esconder.“Henrico, precisamos conversar,” Enry começou, sua voz grave e carregada de uma angústia silenciosa.Henrico levantou a cabeça, seus olhos fixos no irmão. “Sobre o que?”Enry suspirou e se sentou na cadeira oposta. “Sobre a serva. Eu decidi rejeitá-la.”Henrico franziu a testa, seu olhar se tornando sombrio. “Rejeitá-la? Enry, você sabe o que isso pode significar para ela, especialmente sendo h