Capítulo 4: Conflito Interno
O escritório de Enry era um espaço imponente, refletindo sua autoridade e status. As paredes eram revestidas com painéis escuros de madeira, e uma grande mesa de carvalho dominava o centro da sala. Livros de registros e documentos estavam cuidadosamente organizados, e o ambiente era mantido em uma ordem meticulosa. Enry estava sentado à sua mesa, revisando papéis, quando a porta se abriu e seu irmão, Henrico, entrou. Henrico era conhecido como o Beta de Enry e seu mais próximo conselheiro. “Enry,” Henrico começou, sua voz carregada de uma tensão não disfarçada. “Precisamos conversar.” Enry levantou os olhos, um olhar cansado cruzando seu rosto. “Sobre o que exatamente, Henrico?” Henrico se aproximou da mesa, sua expressão grave. “Sobre como você está lidando com a situação da sua futura luna. O que está fazendo com ela é inaceitável. Não podemos simplesmente tratá-la como uma escrava, como se não fosse nada. Isso não é digno de um rei.” Enry fechou os papéis com um estalo, seu olhar endurecendo. “Não há dignidade em ter uma companheira humana. Ela não é como nós. A Deusa da Lua a colocou em meu caminho para uma razão que não entendo. Henrico franziu a testa, claramente desapontado. “Ela é uma companheira predestinada, irmão. Não importa a sua origem. O fato de ser uma humana não diminui seu valor como sua luna. Seu tratamento é desumano, e você está criando um ambiente onde sua presença será apenas um lembrete constante de um erro.” Enry suspirou, seu olhar se desviando para a janela. “Você não entende a luta interna que estou enfrentando. A ideia de ter uma humana como minha companheira é uma afronta ao que somos. Eu não posso e não vou aceitar isso.” Henrico deu um passo à frente, sua voz carregada de preocupação. “Você está lutando contra algo que foi decidido há muito tempo. Seu lobo quer a conexão, quer a união que a Deusa da Lua designou. Você não pode simplesmente ignorar isso. O que está fazendo só vai levar a mais sofrimento, para você e para ela.” Enry estava prestes a responder, quando um dos servos entrou, interrompendo a conversa. “Senhor, há uma chegada importante. Vaiolet, filha dos Alfas da Alcateia Lunares, está prestes a chegar ao castelo.” O nome de Vaiolet fez com que Enry levantasse a cabeça imediatamente. “Vaiolet?” Ele se lembrou do acordo entre as alcateias. A chegada dela era um evento significativo, pois ela era a amante de Enry e também representante de uma alcateia poderosa, parceira da Lunae. “Que ela entre.” Enry e Henrico seguiram até a entrada principal do castelo. Danika, ainda limpando o chão da escadaria, viu uma nova figura se aproximar. Vaiolet entrou com uma presença magnética, usando um vestido de seda escarlate, seu cabelo loiro dourado caindo em ondas suaves sobre seus ombros. Seus olhos, de um verde penetrante, observavam o ambiente com uma mistura de curiosidade e desdém. Vaiolet se aproximou de Enry e lhe deu um sorriso caloroso. “Enry, meu amor,” ela disse, sua voz suave e sedutora. Ela se inclinou para beijá-lo no rosto, um gesto que demonstrava claramente a intimidade entre os dois. Enry retribuiu o gesto com um sorriso controlado. “Vaiolet, que bom que você está aqui. Sua presença é sempre bem-vinda.” Enquanto o casal se cumprimentava, Danika continuava no fundo, apenas observando a recém chegada. O contraste entre a beleza e graça de Vaiolet e a própria situação de Danika era dolorosamente evidente. Vaiolet lançou um olhar curioso e, ao notar Danika na escadaria, seu olhar se tornou um tanto indiferente. “Quem é essa?” Vaiolet perguntou com um tom de curiosidade desdenhosa. “Essa é Danika,” Enry respondeu, sua voz fria. “Minha escrava.” Vaiolet arqueou uma sobrancelha, olhando para Danika com um leve sorriso de desprezo. “Bom, parece que ela está se ajustando ao novo papel.” Danika, já esmagada pela humilhação, não conseguiu encontrar palavras. O olhar de Vaiolet e sua presença apenas aprofundaram a sensação e desespero que ela estava sentindo. Enquanto Vaiolet conversava com Enry, seu olhar ocasionalmente voltava para Danika, uma expressão de curiosidade mesclada com desdém em seu rosto. Danika sentia o peso do olhar de Vaiolet como uma pressão adicional em seu coração. A tristeza profunda se intensificava a cada momento, um sentimento avassalador que parecia consumir tudo o que ela era. Vaiolet, ao perceber a tristeza de Danika, se dirigiu a ela com um tom de voz que parecia ser um misto de condescendência e diversão. “Parece que você ainda tem muito a aprender sobre como ser uma serva adequada. Espero que, com o tempo, você se ajuste ao seu novo papel.” O desprezo nas palavras de Vaiolet e a forma como ela se dirigia a Danika apenas aumentavam a sensação de desamparo. Danika sentiu as lágrimas acumulando em seus olhos, sem saber exatamente como lidar. Mais tarde naquele dia, Danika ainda estava terminando a limpeza na enorme escadaria quando o som dos passos firmes de Enry ecoaram pelos corredores, e ele apareceu nas escadas, seus olhos fixos nela com um olhar calculista. “Então, ainda aqui,” Enry comentou, seu tom gelado e desdenhoso. “Você sabe, Danika, nunca imaginei que uma humana pudesse ser tão ineficaz. Não parece que você está se esforçando.” Danika olhou para ele, seu coração apertado. “Eu estou dando o meu melhor,” ela respondeu, sua voz tremendo um pouco. Enry desceu um degrau e se aproximou de Danika, a proximidade apenas amplificando sua sensação de opressão. “Dando o seu melhor não é suficiente. No mundo onde você está agora, não há espaço para ineficiências.” Ele se abaixou até ficar na altura dos olhos de Danika, seu olhar penetrante e cruel. “Eu espero que, com o tempo, você aprenda a entender o seu lugar. E, se não o fizer, você apenas vai continuar a sofrer.” Danika sentiu a dor e a frustração atingindo um ponto de ruptura. Em um impulso, ela perdeu o controle e, com lágrimas de raiva e tristeza nos olhos, tentou bater em Enry. Ele reagiu rapidamente, agarrando seu pulso com força. “Você está tentando lutar?” Enry murmurou, sua voz baixa e ameaçadora. “Acha que pode contra mim?” Danika olhou para ele, sua respiração acelerada e lágrimas escorrendo. O calor de seu corpo estava próximo ao de Enry, e ela sentia a intensidade de sua presença. Ele a puxou mais perto, e por um momento, seus rostos estavam tão próximos que ela podia sentir o calor da respiração dele. O desejo de Enry era palpável, seus lábios quase roçando os de Danika. Ele a olhou com uma mistura de raiva e desejo, seus olhos brilhando com uma intensidade que ela nunca tinha visto antes. “Não pense que suas ações vão mudar o que está predestinado,” ele disse, sua voz carregada de um tom ameaçador. Então, abruptamente, Enry se afastou, com um olhar de frustração cruzando seu rosto. A dor e a confusão dominaram Danika. Enry deu as costas, a deixando com uma misturava desejo reprimido e raiva contida.A noite havia caído, e o castelo estava envolto em uma escuridão calma. Danika, cansada após um longo dia de trabalho, finalmente terminou de limpar a escadaria. Hilda havia oferecido a ela um pouco de comida, que Danika comeu apressadamente antes de se preparar para seu último dever do dia: trocar as flores do vaso no último andar. Enquanto subia as escadas, Danika tentava manter o foco na tarefa, seu corpo exausto e sua mente cansada. O andar que ela estava prestes a alcançar era conhecido por ser reservado, e ela tinha uma vaga ideia de que era onde o alfa passava mais tempo. A ideia de que o andar poderia estar relacionado a Enry a fazia sentir um frio na espinha, mas ela não sabia exatamente o que esperava encontrar. Ao chegar ao último andar, Danika entrou no corredor e seguiu em direção ao local onde estava o vaso de flores. O ambiente estava silencioso, mas conforme ela se aproximava da sala principal, começou a ouvir sons baixos e inconfundíveis. Gemidos abafados e murmúrio
O castelo estava envolto em uma calma inquietante naquela noite, uma sensação de tensão pairava no ar. Enry, lutando contra os próprios sentimentos conflitantes, encontrou um momento de privacidade no escritório, onde seu irmão e Beta, Henrico, estava esperando por ele. A decisão de rejeitar Danika estava pesando pesadamente em sua mente, e ele sabia que precisava discutir com alguém de confiança.Henrico estava sentado atrás da grande mesa de madeira, com o olhar atento e preocupado. Enry entrou no escritório, seu semblante carregado de uma frustração e confusão que ele não conseguia esconder.“Henrico, precisamos conversar,” Enry começou, sua voz grave e carregada de uma angústia silenciosa.Henrico levantou a cabeça, seus olhos fixos no irmão. “Sobre o que?”Enry suspirou e se sentou na cadeira oposta. “Sobre a serva. Eu decidi rejeitá-la.”Henrico franziu a testa, seu olhar se tornando sombrio. “Rejeitá-la? Enry, você sabe o que isso pode significar para ela, especialmente sendo h
O dia amanheceu lentamente, e o castelo acordou com uma sensação de tensão palpável. Enry havia passado a noite em claro, atormentado por pensamentos e dúvidas sobre a rejeição de Danika. A ideia de seguir com o ritual o consumia, mas ele acreditava que era a única maneira de recuperar seu controle. Com a primeira luz do dia, ele tomou uma decisão firme: realizaria o ritual de rejeição assim que pudesse.Ao se dirigir para o quarto onde Danika estava repousando, Enry estava visivelmente desgastado, mas determinado. Ele empurrou a porta suavemente e entrou no quarto, seu olhar fixo na jovem ainda inconsciente na cama. Danika estava pálida e quieta, sua respiração irregular. A visão dela em tal estado apenas aumentava a dor interna que Enry sentia, mas ele se forçou a seguir em frente.Ajoelhando-se ao lado da cama, Enry se inclinou até o ouvido de Danika, sua voz carregada de um pesar profundo. “Eu, Alfa Enry, rei dos Lycans, rejeito você, Danika, como minha companheira predestinada.”
O restante do dia passou em uma atmosfera pesada no castelo, com Enry trancado em seu quarto, perdido em pensamentos turbulentos. A rejeição de Danika havia deixado marcas profundas em sua mente e em seu coração, e ele se sentia sobrecarregado pelas emoções conflitantes que estavam consumindo-o. À medida que a noite se aproximava, ele decidiu que precisava de uma forma de escapar de seus pensamentos e se distrair. A caça na floresta parecia ser a resposta ideal. Na calada da noite, Enry se transformou em lobo, sua forma lupina trazendo-lhe um alívio temporário das suas preocupações. Ele correu pela floresta, seus sentidos aguçados detectando cada movimento e cheiro ao seu redor. A corrida e a caça eram uma forma de se libertar, nem que fosse por um breve momento, do peso das decisões que havia tomado. Enquanto ele estava imerso na caçada, Henrico também se encontrava na floresta. O Beta havia decidido seguir Enry, preocupado com o estado de Danika e determinado a garantir que ela f
Danika acordou lentamente, seus sentidos ainda confusos. Ela piscou, tentando focar no teto desconhecido acima de sua cabeça. O quarto era simples, mas iluminado pela luz que entrava através das janelas. Uma dor persistente no peito a fez gemer, lembranças fragmentadas surgindo como flashes em sua mente. Ela sentiu seu corpo mais fraco do que nunca. "Finalmente acordou, minha querida." A voz calma de Hilda a fez virar a cabeça com esforço. A mulher mais velha estava sentada ao lado da cama com uma expressão de alívio. "Você está de volta entre nós." "O que... o que aconteceu?" Danika perguntou, sua voz fraca. Ela tentou sentar-se, mas uma onda de tontura a fez deitar de novo. "Você desmaiou. Estava fraca demais, sem energia," Hilda explicou suavemente. "Felizmente, você está viva. Tem algo de forte em você, minha menina. Não é qualquer um que passa por tanto e ainda desperta." Antes que Danika pudesse fazer mais perguntas, a porta se abriu, revelando um homem alto, com cabelos
Danika tentava voltar à sua rotina, apesar das sombras da rejeição e dos dias de inconsciência. Seu corpo ainda doía, mas ela se recusava a parecer fraca. Precisava se manter firme, mesmo com o espírito em pedaços.Hilda passou por ela no salão principal, com um olhar atento. "Está melhor, menina?" perguntou, com a familiar preocupação de alguém que já vira muita dor.Danika suspirou, concentrada em limpar uma prateleira antiga. "Estou bem, Hilda. Só... cansada." Tentou sorrir, mas o sorriso era forçado.Antes que Hilda pudesse continuar, Vaiolet entrou no salão com sua postura arrogante e altiva. Seus olhos percorreram Danika de cima a baixo, transbordando desprezo. "Vejo que a humana ainda está de pé. Saiba que sua presença aqui é tolerada por Enry, mas não por todos nós."Danika endireitou-se, o desconforto crescendo dentro dela. Ainda não entendia totalmente o que era o vínculo, mas algo se agitava dentro de si sempre que estava perto de Vaiolet. "Eu não pedi para estar aqui," res
Danika não conseguia parar de pensar no beijo. O toque bruto e feroz de Enry ainda queimava seus lábios. Toda vez que ela fechava os olhos, revivia o momento. Um misto de raiva e confusão a atormentava. Por que seu corpo reagia dessa forma? E por que, apesar de todo o ódio que sentia, ela desejava mais?Enry, por outro lado, estava igualmente consumido pelos pensamentos do beijo. Sentia-se fraco, algo que ele desprezava. Como pôde perder o controle daquela maneira, ainda mais com uma humana que ele deveria odiar? Agora, estava sentado à mesa de reuniões com seu Beta, Henrico, e outros líderes da matilha, tentando focar em um assunto importante: o baile da matilha.O evento reuniria vários Alfas aliados, incluindo os pais de Vaiolet. Eles a enviaram para o castelo com o intuito de fazê-la Luna ao lado de Enry. Os planos estavam em andamento há muito tempo, e a chegada dos pais de Vaiolet era crucial para consolidar as alianças.Mas, enquanto Enry discutia as estratégias e organizava os
Enry avançou com uma urgência selvagem e, sem hesitar, removeu a toalha de Danika, expondo-a completamente. Seus olhos se fixaram nos seios pequenos e perfeitos de Danika, que estavam eretos e prontos para o toque dele. A fenda abaixo, rosada e brilhante, estava visivelmente excitada e pulsante com desejo. Ele se aproximou e Danika, ainda aturdida, estendeu a mão e tocou o membro de Enry. A sensação foi intensa e surpreendente, e Enry soltou um rosnado de prazer ao sentir a mão dela em volta de si. Com um olhar intenso e uma voz rouca, Enry disse, “Não vou me segurar, Danika. Vou ir até o fim.” Suas palavras carregavam uma promessa de intensidade e controle absoluto. Enry se posicionou entre as pernas dela, e com um impulso decidido, ele rompeu a barreira com uma força controlada e implacável. A dor e o prazer misturaram-se, e o corpo de Danika reagiu com uma contração involuntária. Ele olhou para ela, admirando como os seios dela balançavam com o movimento e como a fenda dela esta