Manuela sempre foi guiada pelo coração, disposta a sacrificar tudo por amor. Quando Leonardo, o grande amor da sua vida, recebe a oportunidade de estudar fora do Brasil, ela toma uma decisão difícil: abrir mão de sua felicidade para que ele possa seguir seu sonho. Mas enquanto Leonardo constrói sua vida do outro lado do mundo, Manuela recebe uma notícia inesperada que transforma completamente o rumo de sua história. Seis anos depois, o destino cruza novamente os caminhos de Manuela e Leonardo. Entre sentimentos adormecidos e revelações inesperadas, eles se veem forçados a encarar o passado e as escolhas que fizeram. Será que o amor entre eles ainda é forte o suficiente para superar o tempo e a distância? Leonardo será capaz de perdoar o segredo que Manuela guardou por tantos anos? E, acima de tudo, estarão dispostos a mudar suas vidas mais uma vez por amor?
Ler maisLeonardoBati suavemente na porta do escritório do meu pai, esperando por sua permissão. De dentro, ouvi sua voz grave e firme:— Pode entrar.Abri a porta, sentindo um misto de ansiedade e determinação. Meu pai estava sentado à mesa, revisando alguns documentos, mas ao me ver, tirou os óculos e se ajeitou na cadeira.— Pai, posso conversar com o senhor? — perguntei, mantendo um tom sério.Ele me estudou por um momento antes de responder.— Claro. Aconteceu alguma coisa?Respirei fundo, escolhendo as palavras com cuidado.— Na verdade, estou pensando em algo, mas queria que isso ficasse só entre nós, pelo menos até eu ter certeza da minha decisão.Ele arqueou uma sobrancelha, desconfiado.— O que você está aprontando, Leonardo?Soltei uma risada curta.— Nada de errado, pai. Na verdade, estou pensando em ficar no Brasil de forma definitiva. — Fiz uma pausa para medir sua reação. — Queria saber se existe a possibilidade de tentar uma vaga na sua empresa.O rosto dele se iluminou com um
LeonardoOlho fixamente para o porta-retratro ao lado da minha cama. A foto que Luna me deu, com ela e Manu sorrindo para a câmera, me traz uma sensação de paz, mas também de responsabilidade. Ela me entregou essa foto com a promessa de que seria algo para quando eu fosse embora, como se ela acreditasse que algum dia eu a esqueceria. Como se eu pudesse esquecer esse sorriso radiante de Luna ou os olhos de Manu me olhando com tanto carinho e confiança.Mas a verdade é que esses meses com elas me fizeram perceber que nenhum lugar é melhor do que estar ao lado delas. Aqui, ao lado de minha filha, construindo momentos com ela, e ao lado de Manu, com quem eu realmente quero estar. Tenho mantido isso em segredo por enquanto, esperando o momento certo. Estou planejando conversar com meu pai sobre uma possível vaga na empresa dele, e também sobre arrumar um lugar para mim. Claro, se Manu quisesse morar comigo, ela seria mais que bem-vinda, mas isso ainda é algo que temos que conversar.Meu te
Manuela O domingo estava ensolarado, e minha casa transbordava com o som da minha família reunida. Era dia de churrasco e piscina, e o clima de descontração preenchia cada canto. Eu estava no quarto, terminando de me arrumar, quando ouvi a voz familiar do Leon vindo da porta.— Não vai descer? — perguntou, apoiado no batente, com aquele sorriso que sempre mexia comigo.— Estava terminando de me arrumar. — disse, caminhando até ele para envolvê-lo em um abraço. Ele aproveitou o momento para deixar um beijo no meu pescoço.— Abusado! — brinquei, rindo.— Você está muito cheirosa, minha loira. — murmurou antes de beijar meus lábios com a confiança de quem sabia que eu não resistiria.— Você precisa parar com isso, Leon. Não está certo. — resmunguei, tentando soar séria, mas minha voz traía a intensidade do momento.Ele sorriu, daquele jeito charmoso que sempre me desarmava.— Você gosta dos meus beijos, e eu gosto de te beijar. Não vejo problema nisso. — disse, roubando mais um selinho.
LeonardoEra segunda-feira, início de mais uma semana, e eu estava na cozinha com a Luna, aproveitando o momento tranquilo antes da correria do dia. Quando me virei, a cena era adorável: minha loirinha estava segurando um pedaço enorme de melancia, quase maior que o rostinho dela.— Minha filha do céu, esse pedaço de melancia está maior que você! — comentei, rindo da visão.Ela me olhou com seus olhos brilhantes e respondeu inocentemente: — Tava com fominha! Quer um pedacinho, papai?A cada vez que ela me chamava de "papai", meu coração dava um salto. Ainda não me acostumei totalmente, mas é a melhor sensação do mundo.— Quero sim. — disse, aproximando-me dela, beijando seus cabelos antes de morder a melancia. — Tá muito boa!Ela riu, satisfeita com o elogio. Depois de alguns minutos, perguntei, em tom de quem estava inspecionando o dia dela: — A senhorita já fez os deveres?— Já sim, titia Bia me ajudou. — respondeu, com uma risadinha travessa. — Vi ela dando beijinho no dindo!Fin
LeonardoEra domingo, e, como de costume, estava à porta da casa da Manuela para nosso piquenique semanal. Bati algumas vezes e logo ouvi os passos leves da Luna. Quando a porta se abriu, fui recebido pelo sorriso mais radiante do mundo.— Bom dia, Léo! — exclamou ela, pulando de alegria.— Bom dia, princesa. Trouxe algo pra você. — disse, tirando de trás das costas um pequeno buquê de flores coloridas.Ela arregalou os olhos, pegando as flores com cuidado. — São lindas! Cheirosas! Eu adoro florzinhas!Meu peito aqueceu com o entusiasmo dela. — Que tal uma foto? Quero guardar esse momento.Luna segurou as flores com um sorriso enorme, e eu capturei a cena com o celular. Enquanto eu admirava a foto, Manuela apareceu na porta, carregando a cesta do piquenique e uma mochila. Seus olhos encontraram os meus, e percebi imediatamente que ela ainda estava magoada. Talvez por aquele dia no café. Suspirei. Eu precisava resolver isso.— Vamos? — perguntei, tentando quebrar o gelo.— Vamos. — r
BiancaHoje é sábado, meu aniversário. No entanto, minha ansiedade não é por causa da data, mas sim pela noite que planejei passar ao lado de Pedro, apenas nós dois. Mal posso esperar.Ao ouvir a campainha, corro até a porta. Sei que é ele, já que todos os outros convidados estão no fundo do quintal.— Pepe! — exclamo animada, envolvendo seu pescoço em um abraço caloroso assim que abro a porta.— Parabéns, princesa. — Ele sorri e beija minha testa. Em seguida, me estende um buquê de flores. — Isso é pra você.— Obrigada! — sorrio encantada. — Vem, não precisa ficar nervoso.Entrelaço nossos dedos e o conduzo até a cozinha, onde coloco o buquê em um jarro com água. Antes que possamos voltar para a sala, minha irmãzinha surge correndo.— Dindoooo! — Ela pula nos braços de Pedro, que a pega no colo com carinho.— Oi, pequena do dindo. — Ele beija sua bochecha e, em seguida, olha ao redor. — Oi, pessoal. — diz timidamente para os demais.Minha mãe vem até nós com um sorriso caloroso.— Qu
ManuelaUma Noite no ParqueEra sexta-feira, e tudo o que eu queria era passar o fim do dia deitada na cama com a Luna, comendo porcarias e vendo desenhos. Mas a campainha insistente me obrigou a levantar.Abri a porta e dei de cara com Leonardo. Ele estava bem vestido e parecia animado.— Leonardo, o que você está fazendo aqui? — perguntei, surpresa.— Tem um parque de diversões na cidade. Achei que seria divertido irmos lá. — Ele fez uma pausa, talvez percebendo minha expressão confusa. — Quero levar a Luna.— Ah, claro. Você espera a gente se arrumar? — perguntei, ainda tentando processar o convite. Ele assentiu com um sorriso.— Leeeeeo! — Luna gritou, aparecendo atrás de mim e pulando nos braços dele.— Que tal eu, você e sua mãe irmos ao parque hoje? — perguntou para ela, que respondeu com um grito animado de "Vamos!"Subi para ajudar Luna a se arrumar, e aproveitei para trocar de roupa também. Não pude evitar a surpresa pelo convite. Achei que ele quisesse ir apenas com ela, ma
ManuelaA manhã começou cedo. Depois de arrumar minha menina e eu mesma, tomamos um café rápido antes de sair. Coloquei Luna na cadeirinha, ajustando o cinto com cuidado, e entrei no carro.— Mamãe, o Léo não vai com a gente? — ela pergunta com os olhos brilhando de expectativa.— Vai sim, filha. Estamos indo buscá-lo agora. — respondo, tentando sorrir para acalmar a animação dela.— Achei que ele tinha esquecido nosso combinado! — diz, cheia de entusiasmo.Chegamos à casa dos padrinhos, e lá estava Leonardo, já arrumado, esperando do lado de fora. Ele parecia quase ansioso.— Bom dia, loirinha. Bom dia, Manuela. — cumprimenta, entrando no carro.— Bom dia, Léo! — Luna responde sorridente, a alegria transbordando.No caminho, ela começa a falar sobre como iria “esfregar na cara” da coleguinha que o pai dela estava presente. Leonardo e eu rimos da inocência dela, mas um aperto no peito me lembrou que essa felicidade dela era algo recente.Ao chegarmos à escola, descemos juntos para lev
Leonardo Passei a semana inteira perdido em pensamentos. A conversa que tive com meu pai me atingiu como um soco, e as palavras dele não paravam de ecoar na minha mente. Preciso ser melhor. Hoje é domingo, e decidi aproveitar o dia para ver a Luna. Quero levar minha filha à praia, talvez criar uma memória boa entre nós.Chego na casa da Manuela e bato na porta. Ela atende com uma expressão surpresa, vestida em um vestido simples, mas bonito, que combina perfeitamente com o modelo infantil que a Luna também usa. É quase impossível não reparar como ela se esforça para fazer a filha feliz, mesmo que isso a deixe de lado.— Bom dia, Leonardo. — Ela diz, um pouco hesitante, mas cordial.— Bom dia. Eu ia perguntar se podia levar a loirinha na praia, mas parece que vocês já têm planos. — Respondo, percebendo a cesta de piquenique em suas mãos.— Aos domingos, sempre fazemos piquenique. — Ela explica, com um leve sorriso, mas há algo contido no olhar dela, talvez mágoa.Antes que eu pudesse