ACORDO + FAKE DATING + SECOND CHANCE + FRIENDS TO LOVERS Safira Medeiros só tinha três desejos na vida: Viver um romance digno de filme. Participar do Baile do Amor que sua família realiza todos os anos no Dia dos Namorados. E ser livre. A família Medeiros vive de status há décadas, escondendo a própria filha para não ser vista por ninguém. Isso ocorre desde os sete anos de idade. Safira vive isolada da sociedade, mas quando finalmente completa seus 18 anos, ela cogita a possibilidade de enfrentar seus pais para viver sua liberdade. Com a ajuda de Betina, sua melhor amiga, ela convence seu novo vizinho, Daniel a ser seu par de mentirinha no Baile (que ela não poderia frequentar) e provar aos seus pais que tudo o que dizem sobre ela não é verdade. Um acordo será feito. Máscaras serão colocadas. Segredos serão revelados. Será que Safira conseguirá viver tudo que sempre sonhou?
Ler maisDaniel, assim como eu, estava vestido a caráter parecia até que sabia que eu estaria vestida daquela forma. A máscara em seu rosto me deixando hipnotizada por seus olhos. — Não pode ficar aqui, meus pais vão chegar a qualquer momento. — pontuei tentando disfarçar o coração acelerado e a respiração desrregular.— Precisamos conversar!— Não temos mais nada para conversar.— Me deixe falar, e se depois você quiser que eu vá embora, eu vou e nunca mais volto!— Nunca mais? — ponderei.— Sim, nunca mais. Desapare
Safira MedeirosAmanhã é o grande dia. E não tenho mais vontade alguma de comparecer à grande festa.Descobrir tudo foi como ter as palavras do meu pai esfregadas na minha testa.Eu não sou capaz de ter alguém que me ame, que me enxergue além da marca em meu rosto. Alguém que veja que a cicatriz é uma parte de mim e não o meu inteiro. Alguém que me amasse pelo que não se é visto, somente sentido.Uma vez vi em algum lugar na internet, que toda panela tem sua tampa, mas que existem as frigideiras que sempre estão sem.
Daniel Albuquerque— Eu vim te ver. — Seu olhar estava triste, e eu sabia que era por minha causa, eu sentia que ela sabia de alguma coisa.— Você viu...— Eu vi meu pai saindo daqui! — ela me interrompeu. — O que ele queria, Daniel?— Vamos lá para dentro. A gente precisa conversar.— O que ele queria, Daniel?— Vamos conversar lá dentro, Sari. Por favor!Ela terminou de entrar, fechei a porta e fomos para sala. Eu não sabia o que dizer, nem por onde começar. Safira sentou-se no sofá e esperou que eu começasse a falar. Me ajoelhei na sua frente
Daniel AlbuquerqueEstávamos a três dias do Baile do Amor e me sentia num beco sem saída. Precisava contar para Sari o que o pai dela me propôs assim que cheguei em Santa Cecília, mas tinha medo de perdê-la para sempre. Em contrapartida, contar a ela significava ter que enfrentar o Sr. Medeiros, e enfrentá-lo pode significar pôr a vida da minha mãe em perigo, e eu também não posso correr esse risco.Não tinha saída. Ia perdê-la de todas as formas.Hoje pela manhã, recebi a primeira visita de um possível comprador para essa casa, por isso não combinei nada com a Sari. Mas até essa boa notícia de finalmente ter alguém querendo negociar, me deixou angustiado. Abrir mão dessa casa, significa desistir de estar perto da minha garota.Porra, não acredito que
Sem precisar de mais nada, as mãos de Daniel me puxaram para perto dele. Sua boca me tomou em um beijo desesperado e totalmente apaixonado. Minhas pernas estavam penduradas em volta de seu corpo e sua mão livre ergueu a barra da blusa até a altura da minha bunda. Ele apertou-a e desceu a outra mão até o outro lado, apertando-a mais um pouco. Afastei minha boca da dele e olhei em seus olhos. Meu rosto já esquentando na mesma hora.— Estou um pouco nervosa.— Não se preocupe. Deixarei você mais confortável possível, antes de tentarmos qualquer coisa.A voz de Bruno Mars voltou a ressoar no lugar, mas dessa vez reconheci a música “Versace on the floor”, — Era Betina? Já tem que voltar? — Daniel perguntou.— Era, sim, mas não preciso voltar. Tina vai me dar cobertura.— Quer ir lá pra casa?— Pode ser. Melhor irmos antes que a chuva caia.— A moto tá em um estacionamento mais ali para frente. Vamos!Não demoramos nada para chegar em casa. E assim que Dani abriu o portão da garagem, a chuva começou a cair. Sorrimos e entramos o mais rápido possível. — Vou pegar uma bebida pra gente — Dani falou, me deixando à vontade no sofá verde-escuro da sala. — Sari! Daniel me gritou e me assustei. Corri até a cozinha e o vi todo molhado, segurando a torneira da pia com uma mão e tentando tapar o rosto da água que jorrava sobre ele, com a outra. — Nosso Deus, o que foi que aconteceu aqui? — falei sem me aproximar muito.— Desculpa, mas você vai ter que se molhar. — Sua voz saía alta para que eu o ouvisse do outro lado do vazamento. — Preciso que abra essa porta do armário debaixo da pia e gire o registro para fechá-lo, por favor! Confirmei comCapítulo 16
Olhei a minha volta e fiquei sem saber o que deveria fazer, mas precisava deixar os dois a sós. Peguei meu celular e enviei uma mensagem para Tina:“Amiga, peça a Pietro que te leve para casa.” Sorri assim que a mensagem foi dada como recebida. “A propósito, vocês dois formam um belo casal. Meu sexto sentido me diz que ele ainda é afim de você!” Enviei em seguida.Agora, do lado de fora, eu não tinha a menor ideia do que deveria fazer. Olhei para trás, vi o nome da pizzaria onde estávamos e coloquei no google. Nessas horas, ter passado uma vida inteira sem sair de casa sozinha me deixava em maus lençóis. Eu não s
Quando o dia amanheceu, eu estava sozinha na cama. Havia um bilhete em cima do travesseiro em que Felipe dormiu.“Obrigado pela companhia, minha linda Sari!Tá cedo demais para pedir bis?”Beijei o bilhete como uma boba apaixonada e me levantei, ainda estava nua e corri para o banho de que fugi na noite anterior.Os ponteiros do relógio pareciam girar na velocidade 5 do creu. Fiz tantas coisas que nem vi o tempo passar. Tive aula de idiomas, balé e jazz, e mal vi minha amiga que também passou o dia atarefada. Quando nos sentamos para c
Daniel segurava meu rosto com as duas mãos, por mais que meus olhos insistissem em ficar fechados, ele continuava a enxugar minhas lágrimas com seus polegares. Dani beijou meu rosto, um beijo de cada lado. Suas mãos desceram lentamente, mais uma vez afastando meus cabelos do meu rosto, acariciando meus braços, minha pele se arrepiando em resposta.— Não gosto de te ver assim, Sari. Minhas lembranças de você, sempre se remeteram ao seu sorriso acolhedor, a sua espontaneidade, a sua alegria contagiante. Não lembro de ter sequer um dia em que fiquei triste perto de você. Eu tive a melhor amiga que alguém poderia ter na infância.— Queria que você não tivesse ido embora — confessei.— Eu também. Sempre senti falta daqui. De você.Dani entrelaçou os dedos das noss