ACORDO + FAKE DATING + SECOND CHANCE + FRIENDS TO LOVERS Safira Medeiros só tinha três desejos na vida: Viver um romance digno de filme. Participar do Baile do Amor que sua família realiza todos os anos no Dia dos Namorados. E ser livre. A família Medeiros vive de status há décadas, escondendo a própria filha para não ser vista por ninguém. Isso ocorre desde os sete anos de idade. Safira vive isolada da sociedade, mas quando finalmente completa seus 18 anos, ela cogita a possibilidade de enfrentar seus pais para viver sua liberdade. Com a ajuda de Betina, sua melhor amiga, ela convence seu novo vizinho, Daniel a ser seu par de mentirinha no Baile (que ela não poderia frequentar) e provar aos seus pais que tudo o que dizem sobre ela não é verdade. Um acordo será feito. Máscaras serão colocadas. Segredos serão revelados. Será que Safira conseguirá viver tudo que sempre sonhou?
Ler maisDaniel AlbuquerqueEstávamos a três dias do Baile do Amor e me sentia num beco sem saída. Precisava contar para Sari o que o pai dela me propôs assim que cheguei em Santa Cecília, mas tinha medo de perdê-la para sempre. Em contrapartida, contar a ela significava ter que enfrentar o Sr. Medeiros, e enfrentá-lo pode significar pôr a vida da minha mãe em perigo, e eu também não posso correr esse risco.Não tinha saída. Ia perdê-la de todas as formas.Hoje pela manhã, recebi a primeira visita de um possível comprador para essa casa, por isso não combinei nada com a Sari. Mas até essa boa notícia de finalmente ter alguém querendo negociar, me deixou angustiado. Abrir mão dessa casa, significa desistir de estar perto da minha garota.Porra, não acredito que
Sem precisar de mais nada, as mãos de Daniel me puxaram para perto dele. Sua boca me tomou em um beijo desesperado e totalmente apaixonado. Minhas pernas estavam penduradas em volta de seu corpo e sua mão livre ergueu a barra da blusa até a altura da minha bunda. Ele apertou-a e desceu a outra mão até o outro lado, apertando-a mais um pouco. Afastei minha boca da dele e olhei em seus olhos. Meu rosto já esquentando na mesma hora.— Estou um pouco nervosa.— Não se preocupe. Deixarei você mais confortável possível, antes de tentarmos qualquer coisa.A voz de Bruno Mars voltou a ressoar no lugar, mas dessa vez reconheci a música “Versace on the floor”, — Era Betina? Já tem que voltar? — Daniel perguntou.— Era, sim, mas não preciso voltar. Tina vai me dar cobertura.— Quer ir lá pra casa?— Pode ser. Melhor irmos antes que a chuva caia.— A moto tá em um estacionamento mais ali para frente. Vamos!Não demoramos nada para chegar em casa. E assim que Dani abriu o portão da garagem, a chuva começou a cair. Sorrimos e entramos o mais rápido possível. — Vou pegar uma bebida pra gente — Dani falou, me deixando à vontade no sofá verde-escuro da sala. — Sari! Daniel me gritou e me assustei. Corri até a cozinha e o vi todo molhado, segurando a torneira da pia com uma mão e tentando tapar o rosto da água que jorrava sobre ele, com a outra. — Nosso Deus, o que foi que aconteceu aqui? — falei sem me aproximar muito.— Desculpa, mas você vai ter que se molhar. — Sua voz saía alta para que eu o ouvisse do outro lado do vazamento. — Preciso que abra essa porta do armário debaixo da pia e gire o registro para fechá-lo, por favor! Confirmei comCapítulo 16
Olhei a minha volta e fiquei sem saber o que deveria fazer, mas precisava deixar os dois a sós. Peguei meu celular e enviei uma mensagem para Tina:“Amiga, peça a Pietro que te leve para casa.” Sorri assim que a mensagem foi dada como recebida. “A propósito, vocês dois formam um belo casal. Meu sexto sentido me diz que ele ainda é afim de você!” Enviei em seguida.Agora, do lado de fora, eu não tinha a menor ideia do que deveria fazer. Olhei para trás, vi o nome da pizzaria onde estávamos e coloquei no google. Nessas horas, ter passado uma vida inteira sem sair de casa sozinha me deixava em maus lençóis. Eu não s
Quando o dia amanheceu, eu estava sozinha na cama. Havia um bilhete em cima do travesseiro em que Felipe dormiu.“Obrigado pela companhia, minha linda Sari!Tá cedo demais para pedir bis?”Beijei o bilhete como uma boba apaixonada e me levantei, ainda estava nua e corri para o banho de que fugi na noite anterior.Os ponteiros do relógio pareciam girar na velocidade 5 do creu. Fiz tantas coisas que nem vi o tempo passar. Tive aula de idiomas, balé e jazz, e mal vi minha amiga que também passou o dia atarefada. Quando nos sentamos para c
Daniel segurava meu rosto com as duas mãos, por mais que meus olhos insistissem em ficar fechados, ele continuava a enxugar minhas lágrimas com seus polegares. Dani beijou meu rosto, um beijo de cada lado. Suas mãos desceram lentamente, mais uma vez afastando meus cabelos do meu rosto, acariciando meus braços, minha pele se arrepiando em resposta.— Não gosto de te ver assim, Sari. Minhas lembranças de você, sempre se remeteram ao seu sorriso acolhedor, a sua espontaneidade, a sua alegria contagiante. Não lembro de ter sequer um dia em que fiquei triste perto de você. Eu tive a melhor amiga que alguém poderia ter na infância.— Queria que você não tivesse ido embora — confessei.— Eu também. Sempre senti falta daqui. De você.Dani entrelaçou os dedos das noss
A noite passou lentamente. Pietro não falou mais nada e quase não olhava em minha direção, o que deixou meu pai preocupado a ponto de ele sugerir que eu fosse ao baile acompanhada do moreno ao meu lado. Sorri, nervosa e em completo tormento por dentro, mas, por sorte, Pietro disse que já tinha um compromisso inadiável e que marcaria um dia para ir até a nossa casa a fim de me conhecer melhor.Seria tudo perfeito se não fosse o fato do meu pai estar me olhando há muito tempo com ódio exalando, suas írises azuis queimavam como fogo, suas narinas dilatadas me causam um frio na espinha. Parei em frente à porta do meu quarto e esperei que ele falasse alguma coisa. Minha mãe parecia contê-lo com as mãos em volta do braço dele, as pontas dos dedos esbranquiçadas com a força que parecia fazer.— O que você acha que foi fazer naquele jantar? — meu pai
Quando chegamos ao restaurante italiano, no centro da cidade, a hostess nos encaminhou para o segundo piso, área exclusiva e reservada, onde o senhor governador já nos esperava com sua família. Absorvi todos os olhares que me direcionaram, respirei fundo e estampei o sorriso mais falso do mundo. Fui direcionada a me sentar ao lado do filho deles e reparei nele mais do que deveria. Olhos escuros, barba aparada e bem-feita, sorriso bonito, cabelos escuros, sua pele era de cor ocre, muito parecida com a luz marrom-suave que encontramos em um campo no fim de tarde de um outono, vestindo um conjunto cinza de linho e camiseta branca. Ele é muito bonito, não posso negar, mas também não posso evitar me sentir acuada perto dele. Nos cumprimentamos e ele beijou meu rosto duas vezes. Nossos pais sorriam e conversavam entre si. Olhava meu celular de dois em dois segundos, com expectativas de receber mensagen
— Encontrei a roupa perfeita para você e o gostosão usarem! — Betina entrou em meu quarto com toda empolgação do mundo, me tirando do meio de uma leitura para lá de quente. — Me assustou! — Me sentei na cama e ajeitei o cabelo em um rabo de cavalo. — Como é a roupa? — Olha aqui, ele é azul serenity, em lamê e lurex brilhoso. — Tina sentou-se ao meu lado e me mostrou a foto do vestido no celular. Meus olhos brilharam, e quando vi que havia bolsos fiquei ainda mais encantada. — Amei as alcinhas, e o fato de ele brilhar de cima a baixo. Uau! Você acertou muito. — Agora só precisamos arrumar uma máscara preta para você e para o Daniel. — Pensei em confeccionar, caso eu não ache nada. Me manda o link da loja desse vestido. Quando eu estiver com o Daniel, vou perguntar se posso pôr o vestido para chegar lá. — Sim, fala com ele. Não podemos correr o risco de você perder essa roupa. Agora, termina de se ajeitar, pois o jantar para você conhecer o filho do governador vai ser daqui alg