Luana, Beto, Alice e seu irmão Rodrigo se conhecem desde pequenos e sempre foram a força um do outro. Aos 13 anos Luana perde seus pais, ficando órfã e passa a ser tutelada pelos pais de Alice e Rodrigo, indo morar em suas casas, com a aproximação diária de Luana e Rodrigo o sentimento de amizade que existia entre os dois passa a se transformar em algo mais. O sentimento de amizade fica cada vez mais confuso, a ideia de ter algo a mais com a melhor amiga de sua irmã soa um pouco estapafúrdia para Rodrigo. Os anos passam e torna-se impossível disfarçar seus sentimentos por Luana, até que ele toma coragem e os dois se entregam ao amor. Como nem tudo são flores, uma atitude de Rodrigo faz Luana ir atrás dos seus sonhos e mudar de país. Arrependido, Rodrigo vai em busca de sua amada com o único desejo de fazer com que o momento perfeito aconteça novamente e dessa vez seja eterno.
Ler maisRodrigoTodos os anos comemoramos nosso aniversário de casamento na praia e este ano não será diferente, quer dizer terá uma diferença, ao invés de fazermos nossa tradicional festa, cercada por toda a nossa família e amigos, seríamos somente nós quatro, sempre procuramos explicar e demonstrar eles o sentido verdadeiro da amizade e da família, Tavinho está com quinze anos e Brenda com dez, mas nosso amor ainda era o mesmo de anos atrás.Nem acredito que estamos completando quinze anos de casados!Sei que minha esposa está preparando alguma coisa especial, ela anda muito misteriosa ultimamente, mas procuro não me preocupar com isso. O hospital virou uma referência no país, todos os dias recebemos pessoas de todo lugar, buscando tratamento e na medida do possível tentamos ajudar a todos.Eu assumi a parte jurídica do hospital
Cinco anos depois...Rodrigo— Mas papai... oxê plometeu para eu que vamu blincar de bola hoje? — Tavinho fala fazendo bico.— Eu sei, garotão, mas primeiro precisamos pegar a mamãe no hospital antes de irmos para o parque — explico enquanto prendo o cinto de segurança na cadeirinha, faz uma semana que combinamos que ir ao parque jogar bola e Tavinho não vê a hora de poder brincar.— A imãzinha vai blincar com eu tumem? — Desde que descobrimos a gravidez e conversamos com ele sobre a irmã ou irmão que ele poderá ganhar, ele pergunta todos os dias se já chegou o dia que eles poderão brincar juntos.— Ainda vai demorar um pouquinho para sua irmãzinha chegar meu amor... — ligo o DVD para ele se distrair e no mesmo minuto ele se esquece da irmã. Lu fez
LuanaSou transferida rapidamente para o centro cirúrgico, Rodrigo está assustado com a quantidade de pessoas na equipe, e sei que isso é um pequeno exagero por parte de Carol e Benício.Depois de alguns minutos de esforço e com uma dor suportável, ouço um barulho mais lindo de todos: o choro do meu bebê. Rodrigo que até então está ao meu lado segurando a minha mão, vai em direção a Valquíria que está com meu filho nos braços.— Olha quem está aqui, Tavinho — ela diz entregando meu bebê para o ele. — Papai veio te conhecer...— Olá, meu amor! Eu sou seu papai, lembra como conversávamos quando você ainda estava na barriga da mamãe? — É lindo ver meu marido com nosso filho nos braços, o engraçado foi que Otávio assim que foi passado para o colo
RodrigoTer Luana desmaiada em meus braços não fazia parte dos planos, me desespero e não sei como agir.— Rodrigo, solta ela um pouco. — É a voz da doutora Valquíria. — Ela precisa de espaço para respirar e eu de espaço para examiná-la enquanto a ambulância não chega.— Não, ela precisa de mim.— Filho, por favor, deixa a médica trabalhar. — Ainda estou com Luana em meus braços, ela respira com dificuldade — Dá um pouco de espaço. — Meu pai coloca a mão em meu ombro e contra a minha vontade me afasto um pouco, deitando-a no chão.Todos os convidados estão próximos a nós, sento no chão coloco as mãos em meu rosto não conseguindo controlar as emoções e choro feito criança.— Vai dar tudo certo, cara!
LuanaA porta se abre e uma luz ilumina meu bonitão, que está lindo de terno, ele segura uma rosa azul na mão e ainda cantando, caminha lentamente até onde estou, Carol já não está mais ao meu lado, agora somos somente nós dois, ou melhor, nós três.Foi assim, como ver o marA primeira vezQue meus olhosSe viram no seu olharNão tive a intençãoDe me apaixonarMera distração e já eraMomento de se gostarQuando eu dei por mimNem tentei fugirDo visgo que me prendeuDentro do seu olharQuando eu mergulheiNo azul do marSabia que era amorE vinha pra ficarDaria pra pintar todo azul do céuDava pra encherO universo da vidaQue eu quis pra mim
RodrigoCada dia que passa estou mais apaixonado e realizado ao lado dos meus dois amores, nossa convivência não está sendo fácil, mas tenho consciência que na maioria das vezes a culpa é minha, já que não a deixo sair sozinha, sou seu motorista particular, a tenho acompanhado nas consultas médicas, shopping, hospital e qualquer outro lugar que ela queira ir.Estou tentando fazer tudo certo e dando o espaço suficiente para Luana, já que ela não está aqui a passeio, queria que ela desse o máximo possível em seu curso e isso a tem deixado um pouco estressada.Quando liguei para minha família e contei sobre a chegada do meu herdeiro, Luana ficou sem falar comigo por quase uma semana, só voltou a falar comigo, quando Martinha chegou.Foi por querer ter Martinha aqui para fazer suas famosas tortas de pêssego, que fui obrigado a contar tudo
LuanaAproveito que estou sozinha para relaxar, sento no sofá confortavelmente e me distraio na frente da TV.Acordo com a campainha tocando, vejo que adormeci por mais uma hora abro a porta e me deparo com um lindo buque de rosas, agora brancas e logo atrás dela o amor da minha vida.— Boa noite amor, estava descansando? — ele pergunta entrando.— Sim, nunca senti tanto sono em toda minha vida — ele me estende o buquê. — São lindas, obrigado.— Não mais que você. E como está meu garotão? — ele diz se abaixando e conversando com minha barriga. — Espero que não tenha dado trabalho para a mamãe. — Deposita um beijo nela, levanta-se e dá um beijo em minha testa.— Vou me trocar, não demoro. — Antes de me trocar, pego um vaso e coloco minhas flores, já havia separado uma roupa e logo fico pron
LuanaNessa hora ouço um barulho no corredor e logo a porta se abre, Carol e Benício entram conversando e rindo, mas logo ficam sérios quando nos vê.— Luana você está chorando — Carol diz ao se aproximar — o que você fez agora, Rodrigo? — Não aguentamos e começamos a gargalhar, eles olham para nós sem entender nada.— Ele me comprou uma torta de pêssego e... — digo entre risadas e choros —... disse que se eu quiser ele traz Martinha para cá.— Quem é Martinha? — Carol pergunta curiosa.— A cozinheira da mamãe — Rodrigo responde — ela é como se fosse nossa avó e a Lu é fascinada pela torta de pêssego da Martinha, hoje fiz uma sopa para o jantar — fala apontando em direção à mesa — e quando começamos a comer ela teve des
Luana— Você começa. O que quer me perguntar?— Primeiro quero saber o que está acontecendo com você. — Ele olha dentro dos meus olhos e respira fundo.— Bem, vou começar desde o início. Sei que tenho que pedir perdão de como te tratei naquele dia, você não merecia ter ouvido aquilo, principalmente de mim. Aquele dia fui do céu ao inferno, deixei o ciúme e a insegurança tomar conta de mim e nem sequer te dei o benefício da dúvida, sei que errei e agi sem pensar. Quando descobri toda a verdade, no dia que saí do hospital ouvi uma ligação sua com minha mãe e foi naquele momento que descobri que tinha colocado tudo a perder com você, preferia ter morrido naquele acidente, minha irmã e o Beto mal falavam comigo. Eles são os únicos que sabem da verdade, se meus pais soubessem como te tratei aquel