Ela se apaixonou perdidamente pelo BadBoy da cidade, só não imaginou que seria correspondida. Tudo parecia a mil maravilhas, até que ela descobriu que ele não era quem ela pensava. Com coração partido ela foge da cidade deixando todos para trás. Agora cinco anos depois ela está de volta a cidadezinha e seu ex-namorado, que nunca a esqueceu está decidido a reconquistá-la. Ele mudou de verdade? Ela vai dar outra chance a ele? Vem descobrir nessa história emocionante e divertida
Ler maisHelen & FernandoAssim que me virei lá estava ele, na penumbra da cozinha, vestido apenas com uma calça de moletom, com a luz parcial do quintal iluminando sua pele nua. O peito subindo e descendo com antecipação, os olhos ávidos na espera por alguma reação minha, e eu tinha certeza de que se pressionasse minhas mãos em seu peito seu coração estaria batendo tão rápido quanto o meu. Não tinha dúvidas porque era assim desde que o conheci. Fernando não disse nada, apenas ficou ali do outro lado do balcão me encarando. Eu fui a primeira a desviar o olhar me concentrando no micro-ondas como a covarde que era, torcia para que ele fizesse logo o que foi fazer ali e fosse embora. Mas o infeliz sabia bem como mexer comigo, não demorou para que eu sentisse o calor do seu corpo perto do meu. Seus braços me envolveram em um casulo quando ele agarrou o balcão a minha frente me deixando presa entre o granito frio e seu peito quente. Senti quando ele esfregou o nariz em meus cabelos, descendo até
Antes do final de semana eu já tinha mobiliado a casa toda para os meninos, podiam até chamar de precipitado, mas eu tinha comprado camas, guarda roupas, brinquedos, tudo o que as crianças iam precisar na nossa casa. Não consegui dormir na sexta a noite e no sábado já estava de pé com as galinhas, correndo para todos os lados querendo que tudo estivesse perfeito. — Você já conferiu todas as coisas ao menos um milhão de vezes. — Marcos falou me dando um beijo no cabelo e me puxando para fora do carro. — Vai dar tudo certo, amor. Sim eu tinha fé que ia, com ele ao meu lado tudo ia dar certo e com as crianças iria ser perfeito. — Bom dia! — exclamei vendo as crianças ali paradas esperando por nós, Rick com Lisa no colo e Rafa ao lado, Clarice estava ali com eles também, exibindo um sorriso largo. — Bom dia, Emy! — Lisa foi a única que me respondeu, Rick era mais calado e Rafa parecia ainda desconfiado. — Prontos para conhecer a futura casa de vocês? — Marcos perguntou se juntando a
Marcos lançou a pergunta no ar enquanto ele nos encarava, de um para o outro, parecendo incrédulo que aquilo estivesse mesmo acontecendo. — Não estou entendendo. O que querem dizer com isso? Ele estava mesmo sem acreditar no que estávamos perguntando, imagino que a esperança dele no último ano deve ter sido tão massacrada que ele se quer conseguia acreditar que aquilo era possível. — Nós estamos te perguntando se você quer ser adotado por nós, Henrique? Você e seus irmãos juntos conosco. Seu olhar se desviou para os irmãos que continuavam a nos espionar, achando que estavam escondidos. — Isso é verdade? Estão falando sério sobre adotar nós três? Eu não consegui conter o sorriso e acenei afirmando para ele e chamando a atenção dos pequenos, que correram em nossa direção. — Acho que seus irmãos podem te ajudar a entender mais rápido. — Lisa pulou no colo do irmão mais velho e Rafa ficou ao lado, parecendo desconfiado. Eu estava começando a ter uma ideia de como seria essa adapta
Eu me choquei com a fala da pequena e segurei a mão de Marcos. — Quem te disse isso? — Gente já sabe. — ela disse comendo as palavras, mas parecendo uma pessoa adulta já, até chegou a erguer o queixinho rechonchudo. — Leva meu imão. — Oh! — exclamei surpresa, a menininha era mais inteligente e ousada do que qualquer um que eu tinha visto. Todas as outras crianças continuavam em seus lugares, algumas já tinham parado de brincar ao notarem que estávamos ali, mas nenhuma chegou até nós. — E porque não você? — foi Marcos que fez a pergunta, já se abaixando e ficando na altura dela. — Eu sou neném, poxo fica aqui, ele não. — era tão fofo ouvi-la falando que quase me perdi no que ela falava. — E onde ele está? — Lá. — ela apontou o campo onde jogavam bola. — O de peto. — não foi muito esclarecedor sobre quem era ele, já que havia mais de um garoto usando preto ali. Marcos e eu não tínhamos pensado nem tocado no assunto sobre idade, na minha cabeça estávamos indo adotar uma criança,
Faziam três anos que Marcos e eu estávamos juntos, três longos anos casados. Não me levem a mal eu amo aquele homem, mesmo que alguns dias eu quisesse arrancar os cabelos com o tanto que ele me irritava, afinal Marcos sabia apertar todos os meus botões bons e os ruins. Mas eu gostava de saber que existiam mais momentos de felicidade, amor e compreensão. No primeiro ano de casados moramos na cabana, todos sabiam o quanto precisávamos de privacidade. Pensávamos em comprar uma casa na cidade, mas por hora a cabana estava perfeita. O lugar era tranquilo, o tamanho era perfeito para apenas nós dois e nos finais de semana recebíamos família e amigos. Mas depois do bombardeio que Joshua sofreu e com ele vindo morar aqui definitivamente, Bianca precisou da nossa ajuda, então voltamos para a casa de Marcos. Era uma coisa horrível ver o jovem cheio de vida e animado, agora detestando tudo a sua volta depois de ter sido dispensado dos serviços. Joshua ainda se sentia um peso para todos que t
Assim que estacionei de qualquer jeito na entrada do parque pulei para fora do carro, tomando cuidado para levantar a barra do vestido para não prender em nada e corri até um dos pequenos coretos que eu sabia que ainda estavam lá, no mesmo lugar. O tempo não tinha mudado aquele lugar, apesar da pintura nova ele ainda era o mesmo coreto que eu havia me sentado com Marcos várias vezes nas noites de verão. Um par de sandálias de salto alto era iluminado pela luz no centro do coreto, elas eram lindas, delicadas e perfeitas, em um tom perolado que combinava perfeitamente com o vestido. Embaixo delas estava mais um bilhete de Marcos. Dessa vez cortado cuidadosamente em forma de coração. "Nesse lugar, há anos, eu confessei que não conseguiria voltar atrás depois de beijar seus lábios. Era um caminho sem volta disso eu não tinha dúvidas e até hoje, cada vez que meus lábios tocam os seus, Emily eu sinto como me senti na primeira vez. Posso garantir, sem sombra de dúvidas que foram feitos
Cinco meses depois Minha vida em São Fernando parecia estar no caminho certo, não era um mar de rosas, mas eu estava feliz finalmente. Estava feliz com a chegada dos dois bebês, tínhamos acabado de fazer o chá de bebê para as duas, Helen e Bete, e eu estava grata por Helen estar cada vez mais animada. Elas estavam com oito meses, quase em tempo de nascer e meu irmão ainda não tinha dado o braço a torcer, passava a semana em São Paulo e vinha para casa nos finais de semana. Mesmo assim continuava a fingir que não conhecia a própria mulher, apenas quando ela estava dormindo era que ele entrava sorrateiramente no quarto para ficar com ela, um belo espécime de imbecil. Não via a hora que ele enxergasse de uma vez o que estava fazendo e se arrependesse, Fernando precisava cair na real antes que fosse tarde demais. Sara estava cada vez mais confiante quanto ao processo contra o ex-marido, apesar dele se recusar a assinar o divórcio, todas as provas e evidências que ela e meu irmão junta
Naquele fim de semana a chuva finalmente decidiu nos dar uma trégua, então não perdemos tempo. Papai, eu e Marcos organizamos tudo para o churrasco, a cabana estava impecável, como minha mãe adorava deixar. Colocamos a mesa na varanda, perto da churrasqueira, Marcos tinha colocado varais com luzes e eu decorei com várias flores a mesa e o corrimão que envolvia toda a varanda. Todos já estavam ali, conversando, rindo, Felipe e Fabio corriam atrás da bola, enquanto meu irmão ajudava nosso pai na churrasqueira, usando isso para fugir da mulher, que estava na mesa, rodeada por Sara e Pedro, Bi e Carla conversavam ali perto, Bete e seu homem estavam chegando a qualquer momento. — Você está bem? — senti os braços fortes envolverem minha cintura e a voz de Marcos contra o pé do ouvido. — Só estou observando tudo. Fizemos um bom trabalho aqui, não acha? — seus lábios tocaram meu pescoço, fazendo cocegas e enviando um arrepio por meu corpo. — Fizemos sim, dona Andreia deve estar feliz lá
Ele estava realmente ferido, sua postura dura e evitando de fazer contato visual comigo, esse não era o Marcos que eu conhecia. — Eu não vou embora, não há nada que você possa fazer para que eu vá. — falei sendo firme e assisti sua postura se enrijecer ainda mais. — Só vá Emily. Por favor! — ele murmurou, indo em direção aos quartos e eu o segui. — Não adianta Marcos Almeida, mesmo que a polícia apareça aqui eu não vou sair. Não tem a menor chance! — afirmei determinada, e recebi seu aceno negativo novamente. — Qual é o seu problema? Fala comigo, chora, grita, quebra alguma coisa Marcos! Mas eu não aguento mais ver você nesse estado inerte de sofrimento! — gritei, indignada por ser ignorada. — Pelo menos olha pra mim caramba! Então ele se virou com a respiração de repente descompassada, as narinas se abrindo como se buscassem o ar que lhe faltava. Seus olhos claros estavam revoltos e cheios de lágrimas não derramadas, as olheiras marcavam seu rosto dizendo o quanto ele não estava